Capítulo X
Ben pvo---
- As cameras estão desligadas. É a nossa vez.- diz o Capitão.- Fiquem aqui 2 minutos e depois podem partir.
Eles acenam afirmativamente e saímos do esconderijo. Corremos pelos corredores escuros e quando chegamos a um cruzamento viramos há esquerda.
- Estamos a chegar. É daqui a dois cruzamentos.- avisa ele.
- Certo. Não te parece haver poucos guardas aqui?- pergunto estranhando só termos encontrado 4 pelo caminho.
- Não muito. Eles andam aos pares e já achámos dois grupos. Talvez estejam noutro setor.....- mas ele não termina a frase pois um grupo de soldados aparece por trás de nós e começam a disparar.
Encosto-me ha parede do cruzamento e olho para o Capitão do outro lado.
- Começa a disparar!- grita ele.
Afirmo com a cabeça e começo a disparar. Coloco a arma em posição de forma a não ser atingido e disparo. Não sei em quantos acertei mas tenho a certeza que devo ter acertado em alguns pois os disparos começam a cessar.
- Acho que parou. Vou tentar espreitar.- aviso.
- Cuidado!- adverte Salvatore.
Dou uma pequena espreitadela e vejo que todos os guardas estão mortos. É provável algum ter fugido para avisar o resto.
- Como é que eles souberam que nós estávamos aqui?- pergunto.
- Algo não está certo. As cameras estão todas desligadas mas algo os está a alertar.
- Temos de avisar o resto da equipa.- digo começando a voltar para trás.
- Não. Nós vamos continuar. Vai ser desta vez que vamos achar Emma e colocá-la em segurança.
- Ok. Vamos então.
Voltamos para o cruzamento e viramos há esquerda. Voltamos a achar outro cruzamento depois de duas curvas e voltamos a ação.
- Matem-nos! Aos dois!- grita um dos guardas.
Desta vez não sou tão rápido a esconder-me e sou atingido na perna. Dou um berro de dor e caio para trás.
- Aguenta-te! Rasteja para trás!- grita Salvatore.
- Tenho de voltar! Não sei se consigo aguentar muito mais tempo!-grito em resposta.
- Eles devem estar a chegar! Aguenta-te mais um pouco!
Desta vez somos nós que estamos no corredor e os guardas no cruzamento. Não temos forma de sair. Olho para trás a tempo de ver um guarda a chegar. Ele faz mira ao Capitão mas consigo acertar-lhe primeiro. Ele cai no chão mas nesse preciso momento sinto algo a perfurar-me o peito. Olho para o local onde antes estava o guarda. Agora tem outro lá e a sua arma está apontada ao meu peito.
- Capitão.- falo o mais alto que posso. Vejo-o a virar-se e a disparar contra o guarda.
- Aguenta-te! Nós vamos ajudar-te!- grita ele voltando ao combate. Sinto imensa dor. Dor como nunca antes pensei. Sinto o sangue quente a escorrer dos buracos feitos pelas balas na perna e no peito.
Movo a cabeça muito lentamente para trás a tempo de ver Beckett, Alex, Jon e Clarke. Eles olham para mim.
Olho para Beckett.
Sorrio.
Escuro. Começa tudo a escurecer.
Vejo que Beckett me está a abraçar mas já não sinto nada. A dor já passou há muito. Já não sinto nada, não ouço nada, não vejo nada. Eu morri.
Beckett pvo---
- Ben! Não!- grito assustada. Corro para o homem gato e abraço-o. Ele não respira.- Ele morreu!
- Vem Beckett! Temos de ir!- grita Alex.
- Não vou deixá-lo aqui!- riposto.
- Clarke, leva o corpo do Ben para a nave. Tem cuidado!- grita ele.
- Obrigado.- digo enquanto me levanto deixando Clarke levá-lo.
- Não agradeças já. Temos de continuar. Temos de ajudar o Capitão.- ele diz avançando. Antes Alex agarra-me a mão e seguimos juntos.
- Tomem cuidado!- grita Jon.
Avançamos em direção ao combate.
- Capitão! Ben está morto! Quais são as suas ordens?- grita Alex.
Ele olha para nós. Ele também está assustado mas muda a sua expressão para a fúria.
- Continuem a vossa missão! Não iremos parar!- grita ele atingindo outro guarda.
Olho para Alex e corro na direção do cruzamento atingindo também um soldado. Corro contra a parede antes de ser atingida. Deito-me no chão e faço mira nos soldados restantes. Disparo. Falho o alvo pois ele se desvia mas acerto num outro soldado que estava a chegar há cena de combate.
- Temos de acabar com eles o mais rápido possível!- grita Alex.
- Eu acabo com eles!- grito em resposta. Abro a minha mala e procuro uma granada. Momentos depois ouço o desespero na voz dos soldados.
- Protejam-se!- grito tapando os ouvido e aconchegando-me contra a parede. Sinto um grande impacto e bocados de parede a voarem pelos ares. Quando olho para o cruzamento vejo todos caídos no chão.
- Bem pensado. Quantas te restam?- pergunta Jon passando por mim.
- 2 apenas.- digo seguindo-o.
Corremos pelos corredores e pelos cruzamentos. Disparamos contra alguns guardas e avançamos o mais rápido possível. Chegamos ao local. Uma porta preta está na minha frente. Coloco uma granada junto a ela e corro a me proteger a tempo de ouvi-la explodir. Quando o fumo desaparece vejo Alex e Jon a entrarem.
- Jon! Espera! Fica aqui fora a guardar a entrada! Deixa-me ir com Alex. Emma talvez queira ver um rosto conhecido.- digo.
- Ok.- ele diz. Ele afasta-se deixando-me entrar.
- Onde ela está?- vejo Alex a gritar com um guarda que tem uma ferida na perna. Todos os outros já estão mortos.
- Alex... O que se passa?- pergunto.
- Emma.... Ela não está aqui.- diz ele.
- O que?!- acabou a minha racionalidade. Vou até ao guarda e coloco o meu dedo no buraco feito pela bala. Ele grita de dor.- Onde ela está? Diz agora!
- Eu..... Não.....- começa ele. Sei o que ele vai dizer por isso coloco o dedo ainda mais fundo e começo a rodar. Sai mais sangue e com ele mais gritos de dor.
- Diz. Onde. Ela. Está.- digo pausadamente.
- Ela está a ser levada para uma outra base... Vão matá-la assim que lá chegar.- grita o homem.
- E onde ela está neste momento?- pergunto.
- Ela.....- ele hesita e dou um murro na ferida. Ele berra de dor e começa a chorar.- Ela está a chegar ás cápsulas! Se se despacharem ainda a apanham!
- Vamos.- diz Alex.
- Obrigado pela ajuda.- digo e dou um tiro na cabeça dele.
Alex olha para o corpo do homem e depois para mim.
- Porque fizeste isso? Ele disse-nos a verdade.
- Não interessa. Agora vamos. Temos uma pessoa para salvar.- digo e começo a correr em direção as cápsulas. Sei onde são pois todos estudámos as plantas da base.
Estou diferente. Consigo sentir. Estou mais forte, mais inteligente e mais fria. Tenho medo que isso afete a relação com o Alex. Ele ficou chocado quando dei um tiro no guarda. Mas era necessário e ele sabia. Ele próprio já tinha morto uma quantidade considerável de soldados e nunca o vi tão transtornado. Mas preocupo-me com isso depois. Agora tenho de salva a minha irmã.
- Capitão! Temos de ir até as capsulas! É para lá que estão a levar Emma!-grito e não espero por resposta e continuo a correr.
Começo a ouvir gritos.
- Emma!- grito.
- Beckett?! Ajuda!- grita ela em resposta.
Continuo a correr e quando faço a ultima curva vejo os 4 guardas a empurrarem Emma para a cápsula.
- Emma!- grito e disparo contra os dois primeiros.
- Beckett! Ajuda-me! Eles vão levar-me!- ela grita.
- Estou a caminho! Aguenta!- acerto no terceiro guarda.
Quando faço pontaria ao ultimo vejo que está a gritar com as mãos na orelha, cheias de sangue. Olho para Emma a tempo de a ver cuspir a orelha. Olho horrorizada para ela.
- Dispara contra ele!- avisa ela e faço o que ela pede.
- Finalmente encontrei-te.- largo a arma e vou abraçá-la.
- Obrigado por me achares.- sussurra ela ao meu ouvido.
- Agora vamos voltar.- digo.
- Hum... Beckett....- diz ela. Sinto preocupação na voz dela.
- O que é?- pergunto virando-me. Olho para o guarda e depois para a arma apontada a mim. Procuro pela minha arma e vejo que está atrás dele. Estamos encurraladas.
Fecho os olhos e ouço um disparo.
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Olá! Peço desculpas pelo final tenso! E sobre a morte do Ben..... Peço desculpas também!! Não se esqueçam de ler a minha outra história " Os 40 Mortais"!
Votem e comentem as vossas opiniões ou duvidas!
Bjs e abraços!
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