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𝐗𝐗𝐗𝐕𝐈𝐈: 𝐍𝐨𝐭𝐢𝐜𝐢𝐚ʳ

Nota: era para eu ter postado ontem, mas que não consegui. Eu sinceramente amei esse capítulo e como foi tão rápido escrever ele e ficar satisfeita! Espero que gostem S2




      Quando o céu começou a clarear, Annie pulou do capô e foi até os motoristas. Bateu no ombro do cara de cabelo ensebado, ele despertou e ela sussurrou para ele se preparar. Fez isso em todos os carros, acordando apenas os motoristas enquanto os outros dormiam e então eles ligaram os carros e começaram a dirigir para casa.

       Annie estava dirigindo em silêncio, o Sol brilhava iluminando todos com força e o calor já começava a fazer seu corpo suar. Mattie despertou quando o carro balançou bruscamente, rapidamente olhou em volta atordoado e se levantou lentamente. 

 — Dormiu bem, hein. – ela comentou.

 — Que horas são?

 — Ahn… oito horas! Oito e quinze, para ser exata. – respondeu olhando o relógio em seu pulso.

 — Cacete, dormi tanto assim?

 — Pois é, dorminhoco. Mas é bom, vamos chegar em algumas horas.

        Annie nota que ele estava com os lábios secos, então sem dizer nada puxa uma uma garrafa com água pelo final e entrega a ele. Ele não recusa, bebeu até a última gota e então coloca no canto. Eles não falaram nada durante a volta, passaram o dia dirigindo apenas fazendo uma pausa de alguns minutos na tarde para pegarem o combustível de dois carros do CRUEL e então deixá-los para trás. Os soldados de Mattie voltariam para buscá-lo outro dia, talvez amanhã ou depois. As peças eram importantes, úteis para mil coisas que só os mecânicos saberiam usar.

        Eles voltaram em silêncio.

*

Gally

        O sexto dia se arrastou lentamente, ele estava livre para não fazer nada, mas o sonho que ele teve e o estado em que Paulo o flagrou naquela manhã não o deixavam ter paz ou sossego. A vergonha de si mesmo queimava mais que o calor. Embora quisesse vê-la, ele implorava para que Annie demorasse um ou dois dias a mais para que Paulo esquecesse aquele ocorrido. Ele era velho, então a mente dele também era e logo ele esqueceria. A refeição tinha gosto cinzento, a massa gosmenta mal descia por sua garganta sem ajuda da água e ele se forçava a comer mesmo sem fome. Ordens de Paulo.

 — Você está com febre? – Luana surgiu ao seu lado com um prato de comida – Está todo vermelho e mal come. 

        Gally ficou surpreso, fazia alguns dias que eles não conversavam. A presença da garota parecia um sinal de que seu dia seria horrível, começando com aquela manhã vergonhosa. Seu rosto queimou de novo e ele focou a atenção em seu prato, enfiando mais uma colherada em sua boca.

 — Devo estar. – ele murmurou baixo.

 — Soube das novidades? – ela o encarou com um sorrisinho. Seu jeito animado não havia mudado naqueles dias, uma pena.  – O grupo de Mattie está voltando. Devem voltar essa noite.

      O coração de Gally pulou em seu peito, engasgou sozinho com a própria saliva e começou a tossir. Suas mãos avançaram com tudo no copo de alumínio e engoliu o pouco de água restante, tentando desesperadamente manter o controle. Seu rosto fervia agora como se fosse entrar em ebulição.

 — Vocês souberam? – uma garota que Gally conhecia por ficar nos portões, embora nunca tivesse conversado ou sequer sabia do nome dela, surgiu ali animada. Ainda carregava consigo aquela arma grande demais para seu corpo. 

 — O grupo de Mattie está voltando. Sabemos sim. – Lua respondeu.

 — Mas eu estava ouvindo uma conversa do meu superior com um dos homens do grupo principal de Mattie, e adivinhem? Rolou uma grande perseguição com três carros do CRUEL e nenhum dos nossos foi ferido!

 — Isso é sério? – Lua perguntou surpresa – Ah, Mattie como sempre sendo incrível!

       Gally ficou ouvindo a conversa delas e voltou a comer sua comida. Por sorte aquele assunto tirou aquele momento embaraçoso de sua mente e conseguiu ouvir o que tinha acontecido, embora sentisse que faltasse algumas informações e em nenhum momento elas citavam Annie. Ele respirou fundo, a saudade de sua única amiga doendo em seu peito e então voltou a atenção a sua comida. Não era segredo que Annie era odiada naquele grupo, embora não soubesse o motivo exato, as alegações eram sempre de que ela era uma pessoa ruim e cruel. A Annie que ele conhecia, a sua Annie, era gentil e louca e o jogava em uma briga com bêbados contaminados com fulgor no meio de um bar, enquanto ela o puxava pela coleira. Sua Annie. A palavra soou em sua mente de forma doce, mas o fez corar violentamente lembrando do sonho.

        Ele suspirou e se levantou após terminar. As duas meninas ainda conversavam e ele não tinha interesse em participar da conversa. Levou seu prato vazio e copo de volta, então seguiu para fora do refeitório e andou pelos corredores em direção ao seu quarto.

 — Gally! – a vozinha soou distante. Ele não parou de andar. – Espera, por favor!

        O menino se virou e viu a menina dos portões correndo até ele. Suas pernas curtas moviam-se rapidamente, mas ela mal saia do lugar. Principalmente por conta da enorme arma em seu corpo que balançava de um lado para o outro enquanto corria. Usava todas as suas forças para correr, mas levou alguns longos segundos para se aproximar de Gally e quando fez estava totalmente ofegante e com várias gotículas de suor. A menina devia ter um metro e meio de altura. Gally nunca se questionou sobre a sua própria, mas sabia que era bem alto.

 — Por que correu tanto? – ela perguntou curvada sobre os próprios joelhos

 — Eu estava andando normal. – respondeu confuso.


 — Parece que fiz uma maratona. – murmurou balançando as mãozinhas para abanar o rosto.

 — Tá tudo bem? – perguntou ainda confuso e agora preocupado.

 — Tá, tá sim! Você é alto, bem alto, deve ter mais de um metro e oitenta. Muito alto para mim!

 — Quantos você tem?

 — Um metro e cinquenta e três. – ela respondeu normalmente, mas depois corou e cruzou seus braços. – Uma altura muito correta para a minha idade, só para você saber.

 — Ah… okay. E o que você quer?

 — Vim te acompanhar! – exclamou animada.

 — Eu sei o caminho. – ele cerrou o cenho confuso e incomodado – Mas obrigado. – virou-se e começou a andar.

 — Vou fazer mesmo assim. – ela disse e passou a acompanhá-lo. Parecia mais correr do que andar ao lado dele. – Ah, só para você saber, meu nome é Isabela. Mas pode me chamar de Isa ou Bela, gosto dos dois. Você gosta da Annie, não é?

       Ele corou levemente e não respondeu. A garota tomou as orelhas vermelhas do garoto como resposta, então continuou:

 — Eu gosto dela também. Meu irmão me contou que ela matou a maior parte dos soldados do CRUEL. – Gally finalmente olhou para ela, curioso – um dos tiros foi a distância e acertou a cabeça do motorista! Pode uma coisa dessas? É quase impossível, mas ela fez! Queria muito entrar no grupo dela, mas… – um sorrisinho envergonhado surgiu em seus lábios – Não sou qualificada para isso.

 — E quem seria qualificado?

 — Ela só pega pessoas ruins, do tipo ruins mesmo! E todos andam na linha depois que entra no grupo dela. É o que dizem. As pessoas dizem que ela é ruim e violenta e o grupo dela é o pior de todos, mas se não fosse por ela então esses caras estariam fazendo o que querem e quando querem. São como monstros, sabe? 

 — Oh. 

 — Quando você sair mais e tiver missões contra Cranks e o CRUEL, saberá o que estou falando. Pessoas normais sentem medo e querem viver suas vidas mesmo no mundinho de merda, mas aquele pessoal não tem medo nem amor a vida. Já vi o que podem fazer. – ela estremeceu – E ter alguém que puxa as rédeas daqueles caras é bom. Por isso gosto dela. 

 — Entendo.

 — Mas eu tenho uma dúvida: é verdade que ela colocou uma coleira em você e andou por toda a cidade?

 — O que? – ele cora com a lembrança e a encara com raiva – Eu deixei ela colocar, okay? 

 — Ah, tá bom. – a garota começa a rir – Bom, eu tenho que ir. Foi legal conversar com você, Gally! Outro dia a gente conversa mais, preciso ficar no portão.

       Ele balança a mão suavemente despedindo-se da garota que corria de maneira desengonçada pelos corredores e pode sorrir. Achou graça dela e não a viu como alguém ruim ou mal intencionado, ela era pura e mais animada do que o normal naquela base, mas não do tipo irritante igual ao de Luana. E então ele voltou a ficar sozinho e pode voltar rapidamente para seu quarto sem vontade alguma de conversar com outras pessoas ou ter interações.

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