𝐗𝐗𝐗𝐈𝐕: 𝐏𝐞𝐫𝐬𝐞𝐠𝐮𝐢𝐜̧𝐚̃𝐨
AVISO: esse capítulo contém morte e sangue!
Nota: ... A autora se encontra apaixonada pela personagem Nimona. MELHOR PERSONAGEM DE 2023, SIM!!!
Nota²: Oh, gente, agora que vi que Infected tá com 11k de visualizações. Eu tô tão felizinha, só agora me toquei, MANO EN LEMBRO QUANDO COMECEI A POSTAR, EU COM MEDO QUE Ó POVO NAO IA GOSTAR. AHHH!!! muito obrigada pelos votos, comentários e visualizações. Isso me motiva muito a continuar e me permite saber que estão gostando dessa fic. Sério, muitíssimo obrigado a todos vocês ❤️❤️
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— Tá legal! – Annie diz pressionando um pano no corte feito em sua testa quando bateu no painel de ferro do carro – Dá a volta sem acelerar muito para não fazer barulho. Assim eles não irão nos ouvir.
A horda devia ter mais de 150 cranks juntos, cercados por dunas de areia quente e eles grunhiam e brigavam entre si. Mattie balançou a cabeça confirmando e seguiu as instruções enquanto retornava. O motor não roncava muito e ele manteve o pé no freio para parar se fosse necessário. Ele virou o carro e seguiu lentamente, optou por um caminho sinuoso entre grandes dunas de areia e seguiu por ali em baixa velocidade. Quando a horda de Cranks ficou distante o suficiente para serem encobertos pelas paredes das dunas gigantescas e seus grunhidos ficaram bem distantes, então eles respiraram fundo aliciados e o jovem aumentou a velocidade do carro saindo dali o mais rápido possível.
— Essa é a horda criada pelo CRUEL? – Perguntou Mattie, ofegante e suando pela tensão repentina.
— Possivelmente. Eles não ficam assim durante o dia e sempre se escondem, se estão ali no meio do deserto significa que foram levados para lá. – Annie comentou olhando para trás vendo o caminho que tinham passado – Além disso, há algum informante na nossa base.
— Quantos tinham naquela merda?
— Eu não sei. 100? Os montes de areia podem ter ocultado uma parte.
— Devia ter mais. Muito mais. E se tem um informante, então significa que a posição dos cranks não seja proposital.
— O que quer dizer? – Annie o encarou, curiosa e preocupada.
— Aquele ponto segue para qual caminho? Se estão bloqueando a gente, significa que não querem que a gente vá para algum ponto específico.
— Filhos da puta! – a garota exclamou enquanto puxava o mapa e via tudo, mas logo suspirou por não ter nenhum ponto significativo – Só… destroços de cidades e montanhas.
— O que a Jade disse sobre montanhas?
— Encontrou aquele cara lá, mas não faz sentido. Se ele viu Jade e Eleazar, então saiu de lá há muito tempo e deve estar em outro lugar. Se eles estão protegendo algo, isso significa que seja algo que não sabemos. Uma nova base do CRUEL?
— Difícil. – Mattie murmura e uma ruga surge em sua testa.
— Além disso… por que as montanhas? Será se aquelas doidas do deserto foram mortas? Faz dois anos que não encontro elas, fora que…
— Cala boca. – ele diz rapidamente e Annie o encara confusa – Ouviu isso?
— Isso o que?
— Sons de carro.
Annie parou de falar e prestou atenção, tentou aguçar sua audição e pode ouvir ao longe um som distinto de motor que ficava mais e mais alto. De repente, segundos depois de ser notado, um carro grande e preto salta metros acima deles usando a duna de areia à direita como rampa e cai a frente do carro. Era um carro do CRUEL. Logo atrás vinha mais dois e esses caíram atrás do carro de Annie e Mattie.
— PORRA! – os dois gritaram juntos.
— Continua dirigindo, mete o pé no acelerador e deixa que eu destruo eles! – Annie gritou.
Dito isso, ela foi para o banco de trás num salto e começou a vasculhar as caixas que tinham pego com Jade e Eleazar. Entre as armas e outros itens que tinham sido saqueados, havia um rifle que seria útil naquele momento. Annie rapidamente o pegou, analisando se estava em bom estado e pegou as munições, que não eram muitas. Ainda no volante, Mattie pegou seu walkie talkie e chamou seu grupo principal. Diferente de Annie, ele estava mais calmo, embora estivesse suando frio e tremendo, sua mente estava incrivelmente calma e se mantinha racional.
— Tá tudo certo aí? – ele perguntou.
— Não temos muita munição. – revelou enquanto ia até o ponto central do carro e socava o teto.
— Esse não tem abertura. – revelou.
— Mas que inferno, por que não fizeram abertura? – o homem apenas deu de ombros e então ela voltou para o banco da frente – Nas rodas?
— Nas rodas!
Annie abaixou a proteção de metal da janela ao seu lado e colocou metade de seu corpo para fora. O vento acertou seu rosto com violência e a areia vinha como minúsculas pedras ferindo e fazendo sua pele arder. Ela ignorou isso, a arma em sua mão estava posicionada e tentou mirar mesmo com os olhos semi serrados pelo vento e areia, além do abalançar e os trancos do carro que estava em alta velocidade.
Primeiro tiro. Errou.
Ela recarregou e respirou fundo.
Segundo tiro. Errou.
Recarregou. Um atirador do CRUEL saiu da janela traseira e mirou a arma nela.
Terceiro tiro. Ela acertou o homem.
O corpo do homem estava agora pendurado na janela, da cintura para cima estava para fora e da cintura para baixo estava dentro. Annie voltou para dentro a tempo de ouvir o impacto de uma bala na lataria perto de onde estava, olhando para trás pode ver dois atiradores mirando neles, um em cada carro.
— Acertar a roda de um carro a frente estando em um carro em alta velocidade e em terreno estável? – comentou Mattie com as sobrancelhas quase se colando e uma ruga surgindo entre elas, segurando o volante com mais força – Impossível para você. Matar o soldado segundos depois que ele apareceu e estando na mesma situação? Fácil, fácil.
— O cara é maior que uma roda, sua anta! – ela rebateu enquanto recarregava.
— Aposto que ele tem um tiro perfeito na testa! Imagine que as rodas são soldados, imagine que as rodas são soldados, droga!
Annie bufou e então saiu novamente, dessa vez mirando nos soldados de trás. Agora não era o vento e a areia incomodando sua visão, mas seu cabelo. Isso não a incomodou, ela mirou no mais próximo e atirou, no mesmo segundo o homem caiu morto com o corpo pendurado para fora. Ela entrou rapidamente, respirou fundo e contou até cinco para poder sair de novo, e então repetiu o processo.
Ela saiu, apontou e atirou no último e mais distante. Dessa vez ela errou por pouco, o carro se moveu para o lado e o ajudou a desviar. O soldado atirou contra ela e errou feio, muito feio, graças ao terreno instável e sinuoso. Annie se preparou, engatou a bala e mirou. O soldado estava morto. A garota se virou para frente e apontou para a roda do carro, atirou e errou.
Um grito de raiva saiu de seus lábios e então entrou novamente. A raiva tomando lugar da tensão e adrenalina pela perseguição, então socou com força o painel e buscou por mais balas.
— Vento e areia entraram nos meus olhos. – ela murmurou, justificando suas falhas.
— Pega os óculos de proteção na minha mochila!
Annie o fez. Enquanto isso, os atiradores mortos foram substituídos e agora novos atiravam no carro deles. Três atiradores ao mesmo tempo, um em cada carro, e podiam ouvir e ver as faíscas na lataria reforçada do automóvel. Após vasculhar a bolsa de Mattie, Annie puxou o óculos de proteção, era horrível, mas útil. As fitas pretas eram grossas e apertavam o nariz, mas as lentes estavam limpas e intactas com o cuidado que Mattie tinha.
— As minhas lentes já estão fodidas. – ela comentou, enquanto colocava com pressa. – Duas semanas depois que peguei e já estavam arranhadas e sujas.
— Presta atenção, as dunas acabaram e agora o chão é liso. Eles podem nos cercar.
Ela concordou e pegou seu rifle, mas tinham apenas quatro balas. Um xingo saiu de seus lábios, então optou pelo revólver já que tinha mais cartuchos cheios e no mesmo segundo colocou seu corpo para fora do carro. Três tiros rápidos foram precisos para o atirador a frente ser morto e cair no chão de areia quente, o carro deles balançou quando Mattie passou por cima.
— Cuidado!
O garoto gritou e então puxou Annie pela blusa a tempo de não ser esmagada pelo carro que estava ao seu lado. Os dois carros de trás ficaram lado a lado com Mattie e se aproximavam batendo nele, a lataria do carro do CRUEL era bem mais reforçada e seria fácil para eles estragar o carro.
— Merda. Pega aí. – ela entregou o revólver que usava para ele e tirou da bota a faca de sua irmã. – Eles vão querer entrar!
Mattie não se opôs e pegou, segurando o volante com a outra mão enquanto se preparava. Como Annie havia dito, o carro do seu lado acelerou de modo que a janela de trás e a janela de Annie ficassem alinhadas. No mesmo segundo que isso aconteceu, um soldado mirou uma arma neles e ela conseguiu agir rápido. Segurando e levantando o cano da arma a tempo, a bala que a acertaria perfurou o teto e com isso ela avançou quase entrando no carro deles para poder acertá-lo. No movimento rápido, sua lâmina perfurou o olho do homem que gritou e na mesma velocidade o esfaqueou na garganta. O carro se afastou, mas Annie ainda pode ouvir o som gorgolejante do homem se afogando no próprio sangue enquanto ela se sentava.
— Freia! – ela gritou e Mattie a obedeceu. Os carros continuaram avançando por alguns metros, deixando-os para trás. – Agora pra direita! Anda, anda! Acelera!
Ela gritava enquanto batia no painel a frente com a mão suja de sangue, Mattie acelerou o carro arrancando para direita e sendo rapidamente seguidos pelos soldados. Eles fizeram a curva deixando-os para trás e sendo perseguidos, tendo uma breve vantagem de alguns metros.
— Pra onde? – ele perguntou totalmente ansioso e nervoso.
— Você confia em mim? – ela o encarou ofegante, preocupada, mas obstinado com o plano que tinha em mente.
Mattie a encarou, percebendo sua expressão firme e sabendo que teriam que fazer algo arriscado. Muito, muito arriscado. E então ele gritou em resposta:
— Não! Claro que não!
— Ótimos, agora segue em frente e em direção aos Cranks
— O que? Por quê?
— Vamos usar eles. Confia em mim, okay! Só faça isso. A gente vai comer o cu desses filhos da puta! Quer dizer… os cranks vão!
Ela gritou e um largo sorriso macabro surgiu em seus lábios imaginando a cena e seu plano perigoso.
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