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𝐗𝐗𝐈𝐕: 𝐃𝐮𝐚𝐥𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞ʳ

Eles voltaram durante a noite, foi preciso o dobro de cuidado para não cair em buracos ou tropeçar em obstáculos. Também tiveram cuidado para não topar com gente mal encarada ou percorrer em caminhos perigosos, mesmo com a tensão na volta, ainda assim Gally adorou aquele momento. Além das dicas, conselhos e ensinamentos que Annie lhe concedia, havia também dois detalhes que deixaram o momento melhor: a luz da lua junto das estrelas e o vento frio. Já tinha reparado nisso há muito tempo, mas só agora prestava atenção sobre isso, o fato era que durante a manhã o calor era insuportável e a noite esfriava absurdamente. Com seu corpo quente devido a corrida noturna, o ar frio foi mais do que bem vindo.

Chegaram na base três horas depois, demoraram mais por escolha de Annie que precisou ser mais cuidadosa, mas chegaram são e salvos. Assim que chegaram, a garota disse que precisava achar alguém e que ele poderia ir para o quarto se limpar e descansar. Iriam se encontrar em alguns minutos no pátio, porém Gally não saiu dali, estava ofegante e sentia que poderia correr por mais meia hora. Ficou ali parado observando o nada, apenas pensava sobre seu dia quando, de repente, braços finos envolveram sua cintura por trás. O garoto se assustou, virou-se rapidamente enquanto se afastava e encontrou um par de olhos claros e um sorriso largo que parecia estranhamente inocente.

- É... - ele engoliu em seco devido ao susto e ao desconforto do toque repentino - Oi, Triz.

- Sabia que procurei por você na base inteirinha? Fiquei o dia todo atrás de você. - ela fez beicinho enquanto apontava para o garoto com o indicador - Só depois de muito tempo que alguém foi me explicar que você tinha saído. - ela sorriu novamente - Eu senti sua falta.

- Eu tinha saído com Annie. - explicou.

- Ah, ela. - de repente a expressão da garota se fechou e ela cruzou os braços - Aposto que ela te acordou de manhã sem nem avisar no dia anterior.

- Foi tipo isso. Ela só queria ver meu desempenho hoje, nada além, então corremos pela cidade.

- Permita-me adivinhar: ela deixou ou vai deixar você aos cuidados de outra pessoa, nem sequer vai te ajudar no treino para a seleção?

- Espera, você sabe sobre a seleção? Eu achei que não tinha contado que queria participar.

- Não precisou. - deu de ombros - Todos querem participar, então achei que você não seria diferente. Mas minha adivinhação está certa? Outra pessoa vai te treinar?

Gally pensou um pouco, puxou da memória algum momento em que Annie havia dito algo do tipo, demorou um tempo, mas ele se lembrou. Quando olhou para Triz, a jovem tinha um olhar convencido, como se soubesse que estava certa, então ele suspirou e revelou:

- É. Ela disse que tem uma pessoa que ela conhece e que vai me ajudar.

- Sabia! - Triz pareceu muito feliz por estar certa.

- Mas não tem problema. - deu de ombros.

- Ah, Gal, claro que tem!

Gal?" Pensou ele. Quando ela começou a usar um apelido? Triz ignorou a reação de desconforto dele e continuou:

- Vejo em seus olhos que quer ser forte, mas Annie se nega a ajudar você. - a garota se aproximou, uma expressão entristecida em face e de repente suas mãos foram até a face de Gally. Uma em cada bochecha, o forçando a olhar seus olhos e ver seu olhar diligente.

- Não tem problema, é sério. Ela tem os motivos dela. - deu de ombros.

- Claro que não! - seus dedos fizeram carinho nas bochechas de Gally - Veja todas as pessoas que Annie treinou e ajudou pessoalmente, há inúmeros exemplos que posso citar e todos eles são extremamente fortes e habilidosos. E por que ela não iria querer treinar você? Hum? - Triz suspirou e finalmente se afastou dando um passo para trás - E eu aposto que ela disse coisas ruins sobre mim, não é? Que não nos damos bem. Acho que ela me odeia, sempre odiou, mas eu sou a única que pode ver a verdade a respeito dela. A única!

- Ela não disse nada de ruim sobre você, apenas que não se misturavam. Só isso.

- Gal, seu bobinho. - ela se aproximou novamente - Ela não quer te treinar, vai te mostrar alguém aleatório da base e dizer que é uma boa pessoa, mas só faz isso por não querer te ver crescer, já que ela não gosta e nem se importa com você. Acredite em mim, Gal, ela é minha irmã e eu sei do que estou falando. Eu posso te ajudar de verdade, te tornar o que você quer e precisa ser. Vem comigo que te ajudarei pessoalmente.

- Não acho que seja uma boa ideia. - ele deu um passo para trás.

- Ah, vamos! - ela sorriu largamente - Você já me conheceu, sabe que eu não minto e tenho as melhores intenções. Diferente de Annie, eu sim gosto de você, Gal!

- Gosta de mim? - ele arqueou uma sobrancelha, totalmente confuso com tudo aquilo.

- Eu... - ela se aproximou mais quase colando seu corpo ao dele, pegou as mãos do mesmo e o encarou timidamente - Gosto e muito. Por isso sei que ela não gosta de você e nem sequer vai ajudá-lo a crescer, mas eu posso. Eu daria tudo por você, Gal, tudinho! Então deixe-me ajudá-lo, entre no meu esquadrão e eu irei te ajudar com tudo que precisar e muito mais!

Gally não respondeu, não sabia como reagir ou o que falar, apenas ficou lá encarando Triz enquanto sentia suas próprias bochechas corarem. Ela estava tão perto, podia sentir o calor de seu corpo irradiando e aquecendo o dele, as mãos o seguravam com delicadeza e seus lábios mantinham um sorriso paciente para ele.

Quando abriu a boca para responder, ouviu sons de passos e vozes se aproximando, quando olhou para o lado viu Annie conversando com um homem gigante que a ouvia atentamente, mas os dois pararam na entrada do pátio vendo os dois ali juntinhos. Triz nem sequer olhou para eles, tampouco soltou a mão do garoto, o corpo de Gally reagiu antes mesmo que pudesse pensar e então se afastou rapidamente. Engoliu em seco, o coração pulsando forte como se tivesse acabado de ser flagrado em algo totalmente errado. O rapaz abriu a boca para dizer que estava feliz em vê-la ou talvez reclamar da demora, mas nenhum som saiu. Absolutamente nada.

Annie apenas suspirou, sua expressão ficou neutra - o que ele sabia que era natural - e enfiou as mãos nos bolsos. O homem gigante apenas tinha os braços cruzados, não parecia surpreso ou sequer incomodado com a situação, parecia que esperava alguma ordem ou alguma resposta de Annie. Ela finalmente quebrou aquele silêncio constrangedor:

- Poderia sair, Triz? - sua voz era fria, mortalmente fria, era o extremo oposto de quando conversou com ele no posto de vigia onde ela ria e se divertia. Sua expressão também não mostrou nenhuma emoção, só um tédio absurdo e maçante - Você está atrapalhando.

- Ah, eu não diria isso, maninha. - Triz respondeu com uma voz divertida e um pouco arrastada - É você que está atrapalhando o momento que tenho com meu Gal.

- Oh, seu? - ela ergueu as duas sobrancelhas com o tédio ainda expresso em sua face - Bom, pouco me importa, o fato é que estou aqui a trabalho não a diversão, diferente de você. Então se não quiser problemas com Lawrence, sugiro que saia do meu caminho. - a frase pareceu ter surtido efeito rápido em Triz, já que sua face se fechou e ela fuzilou Annie com olhar.

- Trabalho? - ela de repente olhou para Gally e seu semblante se iluminou - Pensei que você gostasse dele, mana, mas vejo que você o vê apenas como um trabalho. - ela se virou lentamente para Annie e sua voz se tornou um sussurro afiado, ameaçador - Para você, ele não passa de uma ordem de Lawrence a ser obedecida, ou estou enganada? Diga, maninha, diga que estou errada.

- Beatriz, eu não devo satisfação nenhuma a você. Trabalho ou não, eu tenho uma função a seguir. - ela olhou para Gally, ele estremeceu com o olhar frio que ela o havia direcionado. Parecia que a garota esperava algo dele, uma resposta ou ação, mas o jovem estava tão congelado em seu lugar que não conseguiu dar um passo se quer por mais que quisesse. A demora de uma reação deixou Annie impaciente, ela se virou para o homem e murmurou algo bem baixinho, o grandão apenas concordou e se virou indo embora.

- Não vai cumprir sua ordem, mana? - Triz atiçou com um sorriso debochado.

- Faça como quiser. - a frase parecia ter sido direcionada a Triz, mas o rápido olhar que ela lançou para Gally deu a entender que era para ele - Só um alerta: Lawrence está a um fio de chamá-la para debater seus meses de inutilidade na base, se continuar sendo um estorvo, então o seu esquadrão estará a um passo de receber um novo líder. - ela se virou - Pense nisso. Só mais uma coisa... - ela parou e encarou Gally por cima do ombro - Esteja preparado às 8 horas de amanhã, é quando seu treinamento terá início.

Sem dizer mais nada, ela saiu e desapareceu quando adentrou a base. Gally ficou encarando o mesmo ponto sem desviar, não sabia o que fazer ou o que sentir, sentiu-se um completo tolo por não falar nada. Sua cabeça doeu com aquilo, por que não conseguiu reagir?

Por que sua mente ficou em branco?

Por que o toque e aproximação repentina de Triz o deixou sem ação?

Essa e várias outras perguntas enchiam sua mente, mas tudo pareceu desaparecer quando Triz riu baixinho e chamou sua atenção. Ela não o encarava, então se aproximou e envolveu a cintura do maior com seus braços. O puxou para si, descansando a cabeça em seu peito e podendo sentir o coração acelerado do garoto. Ele não se sentiu nem um pouco confortável com aquilo.

- Eu te disse, não é? - ela sussurrou. - Você não passa de uma obrigação para ela. Uma ordem que deve ser seguida.

As lembranças dos últimos dias em que esteve com Annie brotaram em sua mente, das vezes que ela riu e esteve ao seu lado, aquilo foi suficiente para ele reagir e segurar os braços de Triz com firmeza para afastá-los de si. A garota o encarou confusa, principalmente quando ele deu um passo para trás.

- O que há de errado, Gal? - perguntou com a voz fraca.

- Eu tenho que ir.

Foi a única coisa que ele disse, então se virou e saiu andando pela base. Correu a passos largos pelos corredores e escadas, trombou com outras pessoas que gritavam insultos, mas ele pouco se importou e continuou. Quando chegou em frente a porta de ferro vermelha estava totalmente ofegante, mas não perdeu tempo para recuperar fôlego ou coisa do tipo e rapidamente abriu com força. O quarto de Annie estava vazio, ele sentiu seu peito gelar e seu corpo estremecer, onde será que ela estaria?

Ele sentia que precisava vê-la, precisava conversar com ela e explicar tudo. Mas o que ele diria, exatamente? Sua mente estava confusa, nenhuma ideia ou pensamento se formava completamente. O coração palpitava com força em seu peito, seu corpo parecia gelado enquanto o suor escorria por seu rosto. Para ele, tudo aquilo parecia totalmente errado, desde o toque de Triz até o olhar gélido de Annie, tudo. Virou-se saindo dali, buscando-a, mas não a encontrava e nem outras pessoas pareciam saber.

Depois de vários minutos procurando, ele finalmente desistiu e voltou para seu quarto. Trocou de roupa, limpou seu corpo suado e então se deitou. Ela disse que o veria no dia seguinte bem cedo, talvez estivesse certa e talvez naquele horário pudessem conversar. Mas, de novo, o que ele diria? Com sua mente confusa, uma bagunça total, ele dormiu.

*

- Ali, ó! - Annie apontou para uma garota que andava no meio da multidão.

- Ela se parece com você. - Mattie observou, eles estavam escondidos na cidade do CRUEL e observavam o fluxo de pessoas que ali passavam - Vai segui-la?

- Vou. Não acho que vá ter outra por aí que se pareça comigo, vou apenas ver até onde ela vai e o que vai fazer. Daí podemos ter uma base para planejar o que fazer.

Mattie concordou e Annie saiu a passos rápidos atrás daquela garota. A multidão nem sequer se importou com ela, com seus problemas a jovem era praticamente invisível para eles e aquilo era bom. Muito bom. Ela seguiu a jovem por alguns minutos, evitou o olhar de guardas do CRUEL e de carros que passavam em rondas, tudo sem perdê-la de vista.

Mattie e Annie tinham criado alguns planos com relação ao CRUEL e sua queda, a primeira era conseguir informações, mas para isso iriam precisar de alguém de dentro da cidade que tivesse informações úteis. Claro que não esperavam pegar alguém que soubesse todos os segredos, mas o básico já seria útil. Contudo, ao ver a garota com traços absurdamente iguais aos dela, Annie traçou um novo plano.

Iria segui-la, ver o que fazia e onde morava, com o tempo e informações precisas iria sequestrá-la, pegar suas informações e então trocar de lugar, onde Annie passaria a fingir ser ela. Por sorte algumas pessoas estavam de máscaras, o que facilitaria mais ainda o processo de infiltração e nem sequer levantaria suspeita alguma.

A garota morava num prédio pequeno, não era muito bonito ou sequer grande como os prédios do CRUEL, aquele se localizava bem distante do centro e parecia ser um ponto bem mal cuidado. Ela correu até o prédio, Annie a seguiu e observou uma senhora de meia idade na recepção. Por sorte a velha estava dormindo e não havia outras pessoas ali, a jovem andou até às escadas e subiu apressada. Elas subiram até o terceiro andar e Annie a viu entrar em um dos quartos, então era ali que morava. Annie sorriu e então saiu.

- Você achou? - perguntou Mattie.

- Ela mora num prédio distante do centro, numa área bem mal cuidada pelos soldados do CRUEL, acho que as pessoas dali não são importantes ou coisa do tipo. - explicou enquanto bebia alguns goles de água - Acho que só tiveram sorte de estar dentro do muro.

- Acha que vai dar certo? - ela deu de ombros e apreciou a vista da cidade.

- Talvez sim, talvez não. Tudo pode dar errado, sabe disso, mas se não der... então teremos muita sorte. Se tivermos informações suficientes, podemos criar um plano para atacar o CRUEL.

- Ah, vai dar uma trabalheira danada. - ele disse se espreguiçando e bocejando alto. - Mas e aí, como você está?

- Bem. - deu de ombros - E você? Seu grupo conseguiu achar alguma coisa?

- Ah, não exatamente. O grupo rival que tínhamos informações já estava morto quando chegamos.

- Espera, como assim? Outro grupo os atacou?

- Aí que tá: não sabemos. As mortes não pareciam ter sido causadas por brigas, mas por outra coisa. - ele lançou um olhar tenso para a garota e aquilo foi suficiente para deixá-la incomodada.

- Que outra coisa? Mattie, eles morreram de que?

- Eles pareciam... envenenados. - suspirou alto - Todos eles.

A frase fez o corpo de Annie estremecer, lembranças começaram a brotar em sua mente e rapidamente sentiu medo.

- Pode ter sido ele, mas também pode ter sido outra pessoa. - ele continuou - Pedi para que alguns homens do meu esquadrão investigassem mais a fundo, eles irão me dar as informações assim que conseguirem algo. Mas... - ele sorriu animado em mudar de assunto - E como foi o seu dia? Soube que saiu com o garoto do cruel, como foi?

- Foi normal. - ela deu de ombros - Só corremos por aí.

- Alguma chance de ele ser uma futura raposinha?

- Ah, não. - Annie riu com a pergunta e o modo que ele a perguntou - Não, ele tá mais para uma cobrinha.

- Que merda, hein. Triz já está em cima de novo?

- É. - deu de ombros - Mas não me importo muito. Vamos voltar? Estou cansada.

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