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𝐗𝐕: 𝐏𝐫𝐢𝐦𝐞𝐢𝐫𝐚𝐬 𝐋𝐢𝐜̧𝐨̃𝐞𝐬ʳ

Nota da autora:

Eu não tenho me sentido muito bem nesses últimos dias. Como não quero que isso afete meu desempenho nas fanfics, então irei dar uma pausa de umas breves semanas.
Vou lançar todos os capítulos que faltam até esse capítulo quinze e quando estiver melhor irei voltar.
Espero que entendam ෆ

***

       O dia se iluminou com a fraca luz do sol que começava a aparecer no horizonte, Gally acordou após aquele pesadelo e se ver de novo caído sozinho com a lança no peito, seus olhos inchados varreram o quarto minúsculo que estava e pararam em Annie. Ela continuava ali sentada na cadeira ao lado da janela, apenas observando tudo lá fora, abaixo de seus olhos tinham notáveis olheiras pela falta de descanso e uma pontada de culpa acertou de leve o peito do garoto.

        Com custo ele se levantou sem ajuda, não estava doendo como antes, mas ainda doía. Annie o encarou, mas não disse nada nem o cumprimentou. Ele que quebrou o silêncio:


 — Você não dormiu. – comentou, Annie apenas concordou com um aceno – Por quê?

 — Eu disse que ficaria de vigia. – deu de ombros – Tá se sentindo melhor?

 — Não. – seu rosto ainda doía demasiadamente.

 — Quando a gente voltar, pode escolher ficar na base e ficar com os grupos de ronda.

 — O quê? – ele a encarou confuso, ela apenas suspirou cansada.

 — São aqueles que fazem rondas próximas à nossa base ou incitam jovens e outras pessoas à nossa "causa". – gesticulou aspas com os dedos.

 — E qual é a causa? 

 — Isso eu te explico outro dia. – ela sorriu de lado – Mas as rondas são consideravelmente mais seguras e a chance de você sair ferido é bem menor. 

 — Seria bom. – avaliou enquanto seus dedos deslizavam por seu maxilar e arfava quando tocava em alguns pontos. – O que vamos fazer hoje?

 — Eu quero te mostrar os passos de sobreviver nessa cidade, só os principais. Se você se sair bem em tudo, então iremos voltar em uma semana para a base.

 — Não vou ter que entrar em outra briga, não é? – ele encarou confuso Annie que riu com aquilo enquanto se levantava.

 — Não, na verdade, eu vou entrar. Vamos passar o dia juntos, isso é suficiente para as pessoas não te incomodarem nem tentarem te ferir.

       Gally concordou satisfeito com aquilo, mesmo que não admitisse sentia leve curiosidade sobre como a garota se sairia em uma luta, provou um pouco de como as pessoas podiam ser cruéis e animalescas ali e queria saber como ela se sairia. A viu se levantar e pegar a bolsa, ofereceu a mão para que ele se levantasse e ele aceitou.

       Eles saíram do quarto, Gally percebeu que estavam nas ruínas de um prédio, mas que algumas pessoas usavam para morar mesmo com os riscos e desabar uma hora ou outra. Quando eles desceram as escadas até o último andar, Annie de repente parou e ficou observando a abertura na parede que dava para rua. Gally notou aquilo e voltou até ela preocupado.

 — O que foi? – perguntou.

 — Lembra da minha condição na aposta? – o encarou, os cantos dos lábios tremendo querendo subir em um sorriso, mas a jovem lutava para permanecer séria. O garoto confirmou e ela puxou a bolsa a abrindo – Eu quero que você use uma coisa.

 — Tá legal, o que é? – perguntou curioso enquanto a vasculhava a bolsa e finalmente tirou.

 — Coloque isso. – ela estendeu o objeto.

       Gally pegou confuso, mas depois de uma rápida olhada notou que aquela fita de couro vermelho gasto e a corrente prateada eram, na verdade, uma coleira. Ele encarou a coleira, depois subiu o olhar para a jovem que ainda lutava para não rir.

 — Não. – foi a única coisa que disse.

 — Você perdeu a aposta. – o lembrou – Essa é a única coisa que você terá que fazer.

 — Eu não quero.

 — Aposta é aposta, Gally. Seja um bom perdedor e coloque isso logo.

 — Eu não vou por e ponto final!

 — Talvez queria passar outro dia sozinho aqui. – ela sorriu de lado estendendo a mão para que ele devolvesse – Por mim tudo bem se quiser ficar sozinho aqui.

 — Sua monte de plong! – ele murmurou enquanto revirava os olhos, um sorriso largo surgiu nos lábios da garota quando ele finalmente colocou – Se me chamar de cachorro eu vou embora, é sério!

 — Não seja assim, amorzinho. Se não, não irá ganhar um ossinho.

 — Mértila.

       Annie soltou um riso alto vendo a expressão de Gally ganhar uma coloração avermelhada juntando-se ao vermelho e roxo dos ferimentos. Ela não disse mais nada, apenas pegou a corrente conectada à coleira e começou a andar com ele atrás dela. Gally enfiou as mãos no bolso, o rosto tão vermelho que era difícil saber onde estava machucado ou não, então prestou atenção aos movimentos ao redor. 

      A garota ia em direção ao centro daquela cidade, local onde se concentrava o maior número de pessoas, até mesmo aqueles que o atacaram na noite anterior. O jovem engoliu em seco pensando que eles poderiam ir atrás dos dois, mesmo com Annie ainda assim seriam dois contra três e a tendência é sempre o maior número vencer.

      Ignorou isso quando notou uma coisa estranha acontecendo a sua volta, as pessoas os encaravam com faces assustadas e espantadas, mas quando chegavam perto todos abaixaram as cabeças com medo de encará-los, isso incluía um grupo de homens fortes que estavam ali perto. Gally observou a cabeça da garota sabendo exatamente que aquele efeito não era causado por ele, então começou a reconsiderar o nível de perigo que ela poderia emanar mesmo num corpo aparentemente frágil. Ele não disse nada, a jovem também não, então seguiram até uma construção grande e deteriorada, mas que não tinha aparência de que iria despencar. Duas portas de madeira foram pregadas de maneira malfeita na parede e abriam para os dois lados, Annie as empurrou provocando um ruído de ferrugem e adentraram um enorme bar. Tudo parecia velho, odor de suor, sangue e álcool era muito presente ali. Todas as mesas estavam ocupadas por dois homens ou mais, todos eles bebendo um líquido estranho enquanto conversavam de maneira embolada entre si.

       Annie foi até o balcão e sentou-se num dos bancos altos, puxou a corrente da coleira de Gally e deu dois tapinhas no banco ao seu lado.

 — Vem, senta aqui. – o chamou, ele a fuzilou com o olhar, mas não disse nada e se sentou.

 — O que viemos fazer aqui? – perguntou em um sussurro.

 — Primeira coisa, garoto, aprenda a sobreviver a um ambiente hostil. – ela disse se virando para ele no mesmo instante que o bartender, um homem de meia idade sem um olho, empurrou um copo pequeno totalmente cheio da mesma bebida que todos tomavam ali. O movimento derramou o líquido no balcão velho de tão cheio que estava. Annie não disse nada, apenas pegou o pequeno copo e virou bebendo tudo em um gole. – Ouça atentamente: a primeira coisa que se deve fazer ao entrar em qualquer ambiente que não seja seguro, é observar. – Gally varreu o ambiente com o olhar, mas Annie desferiu-lhe um tapa na cabeça – Discretamente, seu imbecil! Saber quantas pessoas estão, possíveis armas que estão utilizando e o estado que estão. Por exemplo, no fundo do canto direito está um homem encapuzado e ele olha para todo mundo como se fosse sacar uma pistola e roubar todo mundo. Tenha cuidado com esse daí. Já o gordão que está rindo alto a duas mesas de distância está totalmente alcoolizado.

 — Como você… – Gally encarou todo mundo só agora percebendo aqueles dois – Como você consegue?

 — Tive anos de prática. – sorriu de lado – Agora que você sabe analisar as pessoas sem chamar atenção, vamos para a segunda fase. A segunda significa que você está em uma confusão e prestes a brigar com outra pessoa, sempre esteja atento a qualquer movimento dessa pessoa! Ela pode avançar, te socar, sacar uma arma ou faca, qualquer coisa! Dependendo da ação dela, você saberá o que fazer!

 — Tá e como eu faço isso?

 — Uma pequena demonstração, meu amigo 

      Ela sorriu de lado e se levantou, Gally a acompanhou com o olhar e a viu ficar atrás do homem gordo que ria alto com outros dois amigos igualmente embriagados. Ela encarou o jovem confuso, sorriu de lado e então desferiu um tapa na nuca do homem gordo. O estalo ecoou e no mesmo segundo o homem parou de rir. 

       A cadeira rangeu quando ele se levantou, o olhar furioso e a face contorcida pela raiva. Devia ter quase dois metros, era enorme, Annie quase sumia perto dele. O grandão se virou e encarou a menina que não se moveu, nem sequer tremeu, os olhos fixos nos dele como uma ameaça e desafio silencioso. O primeiro movimento dele foi rápido demais, Gally nem sequer tinha certeza se ele mesmo conseguiria desviar, mas Annie se moveu tão suave pelo ar que parecia voar. 

         O punho do homem que queria atingir Annie foi direto para outro homem na cadeira atrás dela, o golpe foi tão forte que a cabeça do homem foi com tudo para frente e bateu na superfície da mesa de madeira. O ferido se levantou, não era tão grande como o gordo, mas ainda assim era alto. Encarou o gordão, um fio de sangue escorrendo de sua testa e então uma briga entre os dois começou. Foi tão rápido que Gally nem sequer teve tempo para entender os acontecimentos.

 — Se não puder ganhar, então sempre use o ambiente a seu favor! – Annie disse ao lado de Gally que se assustou, ele nem sequer tinha reparado na chegada da garota. Ela encarava com um sorriso divertido a briga que se intensificava, os golpes trocados entre os dois bêbados não se mantiveram só entre eles e logo outros entraram na briga após serem acertados. Já outros entraram na briga por pura diversão. – Tudo isso só por um tapinha.

 — E agora… – Gally disse com a voz trêmula, incerto de sua segurança naquele local – O que a gente faz?

 — Quarta lição, garoto. Começou uma briga assim… – seus dedos seguraram a corrente da coleira do mesmo – A gente foge!

       E ela começou a correr arrastando-o pela coleira.

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