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𝐋𝐗𝐗𝐈𝐈 - 𝐂𝐚𝐬𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨

Eu sobre esse capítulo: estou sentindo as minhas forças indo embora...

Rapaz, passei o dia todo escrevendo pq tava doida pra escrever por ele (o dia todo n. Eu escrevia duas palavras, ficava 2 hrs no TikTok. Voltava a escrever 2 palavras. Ia no mercado. Mais um palavras. TikTok. E assim até o presente momento yey)

EO SEGUINTE, eu sei um total de 0 coisas sobre oq um padre fala num casamento, taokey? Eu nunca fui em um. Então... Podem me julgar eu deixo ❤️

Nota um: tenham vista que TODOS os meus personagens, até os originais(exceto a Isa) são TODOS maiores de idade. Taokey? (Explicação no final da fic)

Nota dois: se o Wattpad derrubar minha fic eu me.jogo na frente de um carro.

Nota três: revisei isso igual minha cara, então pode ter erros okay

É isso. Boa leitura ❤️❤️

E A MENINA QUE EU RESPONDI O COMENTÁRIO FALANDO Q O GALLY E A ANNIE IAM TER INTERAÇÕES MAIS INTENSAS, TA NESSE CAPÍTULO AAAAAAAA
Se preparem, amo vocês. ❤️👀

____

— O nosso esquadrão é focado em atacar e saquear carregamentos do CRUEL. – Jade explicou para Isa, Gally também estava ali embora já soubesse de tudo aquilo – Na base não precisamos fazer nada, não lavamos, limpamos ou cozinhamos. Apenas se quisermos. Um exemplo disso é a Tanya que cuida da cozinha e das refeições. 

 — Então vocês não fazem nada, como cuidar da segurança? Buscar suprimentos? – perguntou Isa.

 — Se não quisermos, não. Mas atacar bases e carregamentos do CRUEL é muito difícil e requer muita experiência. A propósito, onde está dormindo?

 — Num quartinho no prédio perto dos portões. Por quê?

 — Arrume suas coisas, vamos te colocar num dormitório do nosso prédio. 

 — Gally também vai mudar de dormitório?

 — Vai, embora esteja no prédio, não está no nosso andar.

 — Espera, como assim? – o garoto franziu o cenho finalmente entrando na conversa.

 — Quando Annie definiu seu dormitório, ela garantiu que estaria no prédio central que é mais protegido. Afinal, você é imune, por isso Agatha sempre pede para coletar seu sangue. Bem, as coisas relacionadas ao nosso esquadrão são aprendidas no dia a dia, não em palavras. 

 — Oh. Entendido. – Isa balançou a cabeça.

 — Vem. Vou te mostrar nosso prédio. 

      Elas andaram pela base e foram até um prédio central, andaram pelos corredores e subiram vários lances de escadas.

 — Você não é nova, mas ainda assim devo alertá-la. – Jade virou-se para ela – Há áreas deste prédio que você não pode adentrar. Apenas se estiver acompanhado com algum membro antigo.

 — Por que não?

 — Bom, há coisas que você ainda vai descobrir, mas por ora peço que tenha cuidado ao vagar por esses andares. Mesmo sendo do nosso esquadrão, os guardas não vão ser tão legais assim como os outros da base. Mais pra frente Annie concederá essas permissões para você, mas apenas fique só nesse andar.

      Jade andou pelos corredores enquanto apontava para as portas e dizia o que eram. Como o banheiro masculino, banheiro feminino, os dormitórios e quem ficava e, finalmente, entraram no escritório onde costumavam ficar. Após voltarem a usar a sala, eles mudaram muitas coisas e limparam tudo. Gabriel tirou toda a mobília, mandou colocarem várias estantes onde colocou livros, cadernos e algumas decorações. Havia duas poltronas e dois sofás bem confortáveis e acima de um deles havia um quadro de uma casa ao lado de um lago. Outros quadros também estavam espalhados pelas paredes, todos eram pinturas bem verdes e bonitas. No centro havia uma mesa redonda com nove cadeiras, vários papéis estavam pilhados nelas, entre eles tinham anotações e mapas.

      Lá estava Darlan, Félix, Priscila e Eleazar. Cada um focado em alguma coisa, como Darlan com sua leitura, Feliz em suas anotações ou só descansando como Priscila e Eleazar. 

 — Aqui fazemos nossas reuniões e passamos boa parte do tempo. – Jade explicou – Gally também nunca esteve aqui, não é? – o rapaz concordou. 

 — Quem é a garotinha? – perguntou Priscila.

 — Nova integrante.

 — Não seria só o Gally? – perguntou Félix parando suas anotações e encarando a jovem que estremeceu sob seu olhar frio.

 — É, mas Annie mudou de ideia. – Jade sorriu e virou-se para Isa – Este jovem com cara brava é o Félix, não se assuste ou se deixe intimidar, ele só tem a cara, mas é um amorzinho. Aquela garota linda ali é a Priscila. Aquele menino de cabelo desgrenhado é o Darlan. O ogro dormindo é o Eleazar. Como sabe, há outros membros, mas eles não estão por aqui. 

 — A menina já está aqui? – Annie perguntou entrando.

 — Não é como se tivesse muita coisa pra mostrar para ela, não é? 

 — É. – Annie deu de ombros. – Talvez devêssemos ampliar mais e ocupar mais salas do nosso andar. 

     Eleazar grunhiu e então acordou num pulo, tossindo seco e limpando a baba que tinha nos cantos dos lábios, então se ajeitou no sofá e encarou todos ali.

 — Então vocês não fazem nada? – perguntou Isa para Annie.

 — Claro que fazemos! – ela se virou encarando a garota.

 — Bebemos, fumamos, jogamos e ficamos à toa. – Eleazar murmurou com a voz rouca, logo deu uma risada arrastada quando viu o olhar que Annie o direcionou.

 — É, na maior parte do tempo fazemos isso, mas você não vai beber nem fumar. 

 — E por que não? – Isa perguntou.

 — Porque você não tem 18! – cruzou os braços – Cê tem o que? Uns 10?

 — Eu tenho 13. – a sua resposta tinha o tom um pouco ofendido, o que fez Eleazar cair na risada.

 — Quanta diferença. – Annie suspirou revirando os olhos, mas logo sorriu de lado – Nosso trabalho cê vai entender mais pra frente, então relaxa e fica à vontade.

 — E quanto ao próximo grupo? – perguntou Félix mudando completamente de assunto.

 — Iremos nesta noite, será no mesmo lugar. A única diferença é que não vamos escoltar eles até o local de prova. – ela olhou para o relógio – Certo, já está na hora de ir, se eu me atrasar o Mattie vai me esfolar. Darlan, poderia preparar a mudança do dormitório de Gally? Quero que ele vá comigo hoje.

 — Claro. – Darlan respondeu enquanto marcava o livro e o deixava de lado.

 — Vou te ajudar. – Félix disse rapidamente, o que fez Annie estreitar os olhos para ele com um sútil sorrisinho.

 — E quanto a mim? – Isa virou para Annie com expectativa nos olhos.

 — Você fica e muda para seu novo dormitório. – a líder respondeu.

 — Não posso ir junto?

 — Não. Você vai ficar e vai buscar suas coisas. Bom, vamos Gally? 

 — Não se preocupe, querida. – Jade sussurrou acariciando seus ombros – Eleazar e eu iremos ajudá-la.

 — Finalmente cheguei! – de repente Gabriel brotou na entrada impedindo Annie de sair, ele estava completamente ofegante e suando. – Odeio correr.

 — Tá tudo bem? 

 — Tá sim, Jade. – ele respirou fundo tentando recuperar o ar – Só preciso de gente pra me ajudar na decoração.

 — Tá todo mundo ocupado. – a líder revelou – Mas Priscila e Eleazar estão livres. 

 — Ótimo. – o garoto entrou abrindo passagem pelos quatros que estavam na porta e foi até Eleazar, rapidamente o pegou no pulso e o puxou. Fez o mesmo com Priscila que o xingou quando foi puxada. – Quando vocês estiverem desocupados, vão lá me ajudar. Temos muitas coisas para fazer!

      E então saiu puxando Eleazar que ainda estava sonolento e Priscila que continuava proferindo insultos. Annie apenas balançou a cabeça e saiu da sala sendo seguida por Gally.

(...)

 — Tá, o que estamos fazendo aqui? – Gally perguntou enquanto se agachava ao lado de Annie. Os dois estavam em uma parte alta da montanha, era difícil ver a cidade em que ele havia feito a prova já que estava escuro.

 — Estamos aqui para ver o último exame do segundo grupo. – Respondeu enquanto entregava o binóculos – A direita. Entre os dois prédios inteiros.

     Gally apenas franziu o cenho e pegou o objeto. Seguiu as instruções de Annie, vasculhou os dois prédios e pode ver um grupo de cinco jovens reunidos com as lanternas ligadas. Deviam estar na mesma faixa etária que ele, todos com 18 anos, então eles adentraram mais a rua correndo o mais rápido que podiam. Quando desapareceram, Gally apenas baixou os binóculos, mas não tirou os olhos da cidade.

 — Fizemos isso na primeira prova também. – Annie revelou – Nunca os deixamos sozinhos, claro que não interferimos com frequência, mas sempre tentamos fucar de olho. E agora contigo no meu esquadrão não vou precisar ficar olhando você a distância. – os olhos de Annie desceram para os lábios de Gally, seu ser começando a aquecer em vontade de beijá-lo, mas se segurou e então ficou de pé. – Bem, vamos?

 — Pra onde? – também se levantou e ajeitou a blusa.

 — Ajudar o Gabriel. – e então se virou e começou a andar em direção ao carro.

 — Mas e quanto aos jovens? 

 — Há outros soldados cuidando deles. Não se preocupe.

 — E por que tem cinco pessoas?

 — Diferente do grupo em que você estava, muitos deles decidiram desistir e então ficaram só dez participantes que dividimos em dois grupos. 

 — E quanto aquelas pessoas que morreram?

 — Bom… Uma desapareceu e as outras duas estão… mortas. Foram mortas pelos cranks. Sem mais perguntas, vamos apenas para o shopping terminar aquela decoração urgentemente. Quero beber até cair naquela festa. – brincou enquanto um abria a porta do motorista.

 — Não acho que beber assim em casamento seja uma boa ideia. 

 — Bom, não é só o casamento que será comemorado. Vamos comemorar que agora você é uma raposa oficial.

     O garoto riu e então Annie ligou o motor dando partida no carro. O shopping estava a maior confusão, Gabriel gritava ordens e mais ordens enquanto o restante corria de lá para cá levando e trazendo coisas. Priscila estava sentada com a justificativa de estar com tontura, afinal não tinha contado para ninguém a gravidez, Darlan e Eleazar corriam o mais rápido que podiam, enquanto Félix carregava as coisas lentamente com seu passo manco e Jade apenas se mantinha ao lado de Gabriel tentando amenizar o caos.

 — Isso! Puxe esse arco aí! – instruiu Gabriel para Eleazar. – Vamos por umas flores falsas e ficará lindo. – então se virou para Darlan – Tá ótimo, Darlan! Só puxa um pouquinho mais.  – instruiu enquanto o garoto ajustava algumas cordas com fitas douradas brilhantes e outra com lâmpadas coloridas. – MAIS RÁPIDO, FÉLIX! 

 — EU NÃO CONSIGO CORRER! – o rapaz gritou em resposta.

 — E VOCÊ PRISCILA? – a garota não respondeu e apenas mostrou o dedo do meio para ele.

      Vendo a situação, Annie sorriu um pouco nervosa e deu um passo para trás enquanto sussurrava para Gally.

 — Ele não precisa de ajuda. Vamos embora.

 — Concordo. – Gally respondeu e então os dois se viraram juntos andando o mais silenciosos que podiam.

 — PARADOS! – Gabriel gritou e os dois congelaram – Annie, vá buscar a caixa com o número três pintado lá na minha sala.

 — Droga. – Annie suspirou e então se virou de cabeça baixa – Tô indo. – e saiu. 

 — Gally, ajude Darlan a puxar as cadeiras. Precisamos de quatro fileiras com cinco cadeiras cada! Quem vamos convidar, Jade?

 — Bom, além de nosso esquadrão, pensei em Lawrence, Mattie e Triz. – respondeu a mulher um pouco pensativa.

 — Hã?! Aquela mocoronga?

 — É, ela é só uma criança. Precisa de um pouco de diversão também.

 — Pra você todo mundo é criança, eu hein. – o rapaz cruzou os braços. 

 — Ah, não sou tão velha assim. – ela revirou os olhos levando tudo na brincadeira.

 — Não disse que você é velha, só que você vê todo mundo como criança. Cê tem o que? Vinte e nove anos?

 — Bom, infelizmente não. Tenho trinta e seis. – ela riu suavemente enquanto as bochechas coravam.

 — FÉLIX, PELO AMOR DE DEUS, ANDA RÁPIDO! ATÉ UMA TARTARUGA É MAIS RÁPIDA! – praticamente berrou.

 — Vem levar você, então! – respondeu, começando a ficar irritado.

 — Mas vocês já planejaram a lua de mel? – voltou a olhar para Jade.

 — Há uma casinha bem próxima ao mar que Eleazar e eu encontramos há alguns anos. Ficamos lá por algumas semanas, é um lugar aconchegante e é lá que queremos passar a lua de mel.

 — É uma boa. – Gabriel sorriu.

     Enquanto isso, Annie vasculhava as caixas que Gabriel havia numerado com tinta e buscava a com número três, porém não encontrava de jeito algum. Até que a voz de alguém a fez se virar rapidamente, mas era somente Isa mexendo em uma pequena caixinha ali.

 — Tá fazendo o que aí? – Annie perguntou enquanto se aproximava.

 — Gabriel disse para eu pegar um desses acessórios. – murmurou enquanto remexia tudo – Mas eu não sei qual pegar. 

 — Acessórios? – e então ela se aproximou e viu do que se tratava – Ah, tá! Bom, com tudo o que está acontecendo acredito que Jade tenha se esquecido de contar, mas quando um membro novo entra ele recebe um presente. – ela sorriu de lado – Falando nisso esqueci de presentear Darlan. 

 — Mas por que você faz isso?

 — Bom… – ela puxou uma correntinha de dentro da caixa metálica e então Isa pode notar o pingente em formato de raposa – Só um lembrete meu para vocês: “onde quer que esteja você sempre será uma raposa e eu sempre irei esperar por você”. 

 — Então é por isso que todos saem da base? Eles saem porque sabem que podem voltar para cá?

 — Saem porque não estão presos à base, se um dia você quiser sair e ir se aventurar pelo mundo, então irei lhe desejar boa sorte. E voltam porque há alguém esperando por eles. – ela deixou o colar na mesa e então puxou a caixinha vasculhando algumas coisas, logo tirou um broche e sorriu fechando a caixa logo em seguida. – Aqui. O broche de raposa. Pode por onde quiser.

 — Obrigada. – ela sorriu pegando o objeto e o girando nos dedos maravilhada – Eu queria te perguntar… por que me aceitou?

 — Não sei. – deu de ombros – Só achei que você merecia uma chance de demonstrar sua coragem e força. Vamos? – levantou-se enquanto enfiava o colar no bolso – Tenho que achar a caixa três. – murmurou em um suspiro.

 — É, chefe? – sussurrou enquanto se levantava, os olhos ainda fixos no broche em suas mãos – Pode por para mim?

 — Ah. Claro. – Annie pegou o broche e colocou na sua camisa. Embora para ela o ato tenha sido normal e sem importância, podia se notar que para Isa aquele momento tinha um grande significado – Bom, parabéns por entrar no meu esquadrão. Agora vá ajudar Gabriel antes que ele venha e nos puxe pela orelha.

      Isa riu com as bochechas rosadas e os olhos brilhantes, virou-se dando leves pulinhos enquanto corria para a porta, mas então parou e apontou para um canto escuro daquela sala.

 — Chefe, a caixa três tá ali. – e então desapareceu.

 — Chefe, não. – Annie choramingou baixinho enquanto ia até a caixa.

      Os preparativos da decoração seguiram até o amanhecer, todos estavam exaustos quando tudo terminou, mas Gabriel ainda estava animado com o restante da sua tarefa já que a decoração era só uma parte. Embora a simplicidade por ser algo pequeno, tudo ficou extremamente lindo, e foram separados em dois salões do shopping. 

      O primeiro era onde o casamento iria acontecer e o segundo onde seria a festa. O primeiro local não era tão grande, em vista que a quantidade de convidados não era tão grande assim. Logo na entrada de porta dupla era possível notar o tapete vermelho que seguia até o final, onde estaria Eleazar e em cada lado havia quatro fileiras com cinco cadeiras. O caminho estava todo preenchido com fitas prateadas que brilhavam à menor das luzes, e junto delas, também havia várias lâmpadas pequenas e redondas amareladas que deixava o ambiente aconchegante. Ao fim, onde Lawrence – que foi escolhido por Jade para casar os dois – e o casal ficaria, estava todo enfeitado. Um arco com flores amarelas falsas foi posto, com dois vasos grandes iguais um de cada lado e cada um com folhas verdes falsas. Embora não estivesse tão decorado assim, já que Jade não queria colocar tantas coisas ali, ainda assim ficou lindo.

      Entretanto, no salão de festa, Gabriel deixou seu espírito criativo tomar conta e encheu o local com enfeites brilhantes, com direito até algumas bolas de cristal de discoteca penduradas no teto. Várias lâmpadas de várias cores haviam sido postas para deixar o ambiente bem iluminado, várias fitas douradas e azuis foram coladas ao teto – algo que ele pode fazer já que Isa conseguiu encontrar uma escada alta –, além disso não foram coladas só no teto, como também na entrada. No canto esquerdo teria uma mesa com bebidas e as comidas, Gabriel se adiantou em pedir as bebidas do dono do bar antes mesmo que Annie pudesse cogitar a ideia e naquele dia eles receberam várias caixas. Tanya também estava dando duro na cozinha e quase nem pedia ajuda, mesmo que fosse fazer tudo sozinha já que ela sabia que podia dar conta de tudo. Havia também mesas redondas com cadeiras para se reunirem e comerem, um grande espaço para dançarem e um rádio com vários CD’s de músicas românticas e animadas separados. Outros itens foram colocados para a decoração, como espelhos, algumas plantas falsas e outras coisas que Gabriel achava útil.

      Tudo foi exaustivo, mas estava muito bem feito. Estavam tão exaustos que dormiram no mesmo local que haviam dormido na noite de jogos e só depois iriam para a base. Naquela tarde estava marcado a escolha das roupas começando pelos homens, embora não tivessem ternos completos, Gabriel decidiu que usariam paletós ou roupas que mais se aproximavam do um evento formal. 

      O mesmo aconteceu com as mulheres e dessa vez Gabriel focou em escolher vestidos mais simples, visto que nessa parte ele tinha uma grande variedade e era totalmente o oposto das roupas masculinas, pois queria que Jade usasse algo mais chamativo. Afinal ela era o foco da noite, os olhos estarão focados para ela e na sua beleza.

 — Eu sugiro que não escolha a cor branca. – Gabriel comentou para a mulher enquanto estavam no carro voltando para a base – Os vestidos brancos estão manchados, eu tentei tirar as manchas de todas as formas, mas não consegui. Por que não tenta ver um vestido de outra cor?

 — Bom… – ela suspirou um pouco decepcionada – Casar de branco sempre foi meu sonho.

       A conversa seguiu com Gabriel contando detalhadamente as ideias que teve, como um vestido verde lindíssimo que havia encontrado dois anos antes e estava em perfeito estado. Ou um roxo maravilhoso que insistia que combinaria com Jade. Annie ouviu tudo em silêncio, não dizia uma única palavra enquanto Isa e Priscila dormiam em seus bancos e os homens iam em outro carro.

 — Entrem. – Annie murmurou quando estacionou na frente da base, não se dando o trabalho de entrar.

 — E você? – Jade perguntou confusa.

 — Eu… – ela apertou o volante e sorriu – Tenho uma coisinha para fazer. 

 — O que quer que tenha para fazer, faça rápido! – exigiu Gabriel – Agora são 12h49min, quero você na base às 18h em ponto. 

 — Sim, chefe, pode deixar. 

      E eles saíram enquanto Annie estava quase os enxotando de seu carro. Naquela tarde ela não se importou com discrição, com cuidado e nem com os possíveis riscos de ser capturada por um soldado do CRUEL. Apenas foi para o apartamento que Ed havia conseguido para ela, havia dias que eles não iam para lá e o local estava intacto. 

      Sem esperar muito, Annie foi até o quarto e vasculhou os guarda-roupa já que não o havia feito antes, mas não encontrou nada.

 — Droga. – murmurou para si mesma.

     Saindo pelo corredor, ela pode ver as portas dos outros apartamentos fechadas e tentou abrir algumas. Todas estavam trancadas. Sem escolha, ela puxou dois alfinetes que costumava levar em seus bolsos e destrancou a primeira porta. Por sorte não havia ninguém naquela hora, então a jovem seguiu até o quarto e foi buscar no guarda roupa, mas não havia nada. Fez isso com mais dois quartos, mas em nenhum tinha um vestido branco.

      Cansada da busca infrutífera, ela apenas pegou algumas roupas do guarda-roupa e voltou para seu apartamento. Estava exausta, então apenas tomou um banho longo, colocou as roupas roubadas e foi dormir.

      Naquela tarde não sonhou com nada, mas despertou com seu relógio apitando às 19h. Quando olhou tudo em volta percebeu que não havia mais a luz do dia, levantou um pouco zonza e seguiu para fora do quarto. As luzes dos postes estavam acesas, alguns carros do CRUEL estavam vagando enquanto muitas pessoas andavam de lá para cá com máscaras em seus rostos. Graças ao banho e as roupas furtadas conseguiu passar despercebida, então seguiu pelas ruas vendo várias pequenas lojas abertas e uma delas chamou sua atenção. Era uma loja de roupas e na vitrine havia um manequim com um belo vestido branco, não era um vestido de casamento, mas era branco e seus olhos brilharam com aquilo.

      Rapidamente retornou para o apartamento e ficou lá esperando as horas passarem, andou de um lado para o outro, pegou um caderno para rabiscar e escrever e tentou de todas as formas ocupar sua mente. Não queria voltar a pensar na questão do traidor, isso era demais para ela e naquele momento tentou focar toda sua atenção no casamento de Jade e Eleazar. Segundo Gabriel, o casamento deveria ocorrer em dois dias logo após a seleção do último grupo. 

      As horas se arrastaram como lesmas e finalmente eram 21h quando ela saiu novamente do apartamento. Seguiu pelas ruas agora mais vazias até chegar a loja, não haviam grades de proteção e a porta seria fácil de destrancar. Olhou em volta verificando o movimento, o capuz do casaco era grande o suficiente para ocultar seu rosto de qualquer câmera e rapidamente abriu a porta usando os mesmos alfinetes que usou antes. Ela foi rápida ao tirar o vestido do manequim, o enrolou e enfiou dentro da blusa e saiu correndo pelas ruas até voltar para o lado de fora, nem sequer voltou para o apartamento.

 — ANNIE! – Gabriel gritou com todas as forças enquanto levantava do sofá quando ela entrou no escritório – ONDE VOCÊ ESTAVA?

 — Jade! – disse totalmente ofegante – Gabriel! Venham aqui!

    Os dois se entreolharam preocupados, mas a seguiram até uma sala ali ao lado, Jade a olhou preocupada e Gabriel totalmente furioso, mas assim que puxou o vestido branco e impecável, os dois arregalaram os olhos surpresos. Jade sorriu largamente, os olhos brilhando com aquilo e então olhou novamente para Annie.

 — Onde conseguiu, querida? – perguntou quase sem voz.

 — Roubei de uma loja do CRUEL. – ela respondeu com um sorrisinho.

 — Querida, você se colocou em risco?

 — Não. – deu de ombros – Sou muito boa para isso, além disso não há vestidos brancos na base e você merece.

     Jade a abraçou com tanta força e emoção que Annie quase caiu, mas conseguiu se firmar e retribuiu o abraço. Um sentimento caloroso aumentando em seu peito com toda aquela situação.

 — Tá perdoada, garota! – Gabriel murmurou – Vamos provar os vestidos, meninas! 

      Jade riu com o jeito do garoto e apenas saiu para poder experimentar. O coração de Annie bateu forte em seu peito quando a mulher apareceu com o vestido, era como se uma fada estivesse à sua frente e ela era a mulher mais linda do mundo. O vestido tinha o decote em v, mas não era tão grande assim, suas mangas eram de um tecido quase transparente e largas no pulso onde haviam detalhes de folhas e flores. A cintura era fina e se encaixou perfeitamente ao corpo dela, a saia era um pouco curta na frente indo até o joelho e longa atrás indo até os pés e balançava graciosamente quando ela se movia e girava. Ela estava absolutamente linda! E o sorriso brilhante em seus lábios melhorava tudo fazendo cada segundo valer a pena e se arrependeu de não ter trazido a câmera para registrar aquele momento.

     Gabriel aprovou totalmente, a encheu de elogios fazendo a mulher ficar com o rosto rosado enquanto ria feliz, após aquilo eles foram para seus quartos por ordem do garoto já que queria todos bem descansados para o dia seguinte.

      A dança não agradou Annie nem um pouco, não conseguiu acertar um único passo e se sentia um pouco desajeitada com tudo aquilo. 

 — Foca em seus pés. – Gabriel explicou – Agora vamos.

     Ele se aproximou, puxou a mão direita dela e a colocou em seu ombro, segurou sua mão e então com a outra segurou em sua cintura e a puxou um pouco para perto. Passou a guiá-la lentamente, em cada passo, cada virada e cada giro, tudo. Por um segundo ela se questionou onde ele havia aprendido tudo aquilo, mas não perguntou em voz alta. Eles continuaram dançando lentamente enquanto a jovem ia tentando pegar os passos, a mão de Gabriel estava firme em sua cintura e ele a impedia de cair, embora aquilo não impedisse de levar um pisão ou dois nos pés.

     Eles ficaram o dia todo assim, treinando os passos, o foco do garoto era uma valsa simples e agradável em que todos pudessem dançar. Então ficaram ali, treinando e treinando, por um instante Annie se sentiu fora da realidade já que por toda sua vida matou cranks e homens, mas agora estava treinando os passos de uma valsa para um casamento. A vida era mesmo estranha.

      Como o foco principal era o casal, então Gabriel os manteve na pista por mais tempo já que seriam os primeiros a dançarem e logo em seguida os outros dançariam. Eleazar não parecia nem um pouco rígido, muito pelo contrário, podia fluir e girar com facilidade pelo salão enquanto Jade o seguia com perfeição, um completando o outro.

 — O que tá achando? – Gally perguntou em um sussurro atrás dela, os lábios bem próximos de seu ouvido o que a pegou de surpresa.

 — Lindo. E você? – ela respondeu virando o rosto, suas faces estavam bem próximas, mas Gally apenas olhava para o casal dançando. Annie, por outro lado, focou sua atenção nos olhos tão azuis do garoto e se deixou perder ali enquanto o coração pulsava em seu peito.

 — Também. 

 — Tinha essas coisas onde você vivia? Na clareira?

 — Tínhamos noites de festas, eram mais como uma noite para relaxar, mas não tinha casamento nem nada disso. Afinal eram todos homens.

 — E daí? – ela arqueou uma sobrancelha e ele apenas deu de ombros.

 — Mas mudando de assunto, vai dançar com quem?

 — Não vou dançar, vou me embebedar. E você?

 — Vou dançar com você. – ele deu um sorrisinho de lado enquanto lhe lançava um olhar confiante – E você vai, não adianta recusar.

 — Não pensei em recusar. Bom, podemos dançar uma única dança, depois quero beber até cair e esquecer meu nome.

      A frase fez Gally rir, então ele voltou a ajeitar a postura e observar o casal dançando. A porta então foi aberta, Tanya apareceu ofegante e seguiu até perto dos outros enquanto via o casal continuar dançando.

— Foi mal a demora. – ela sussurrou para Annie e Gabriel – Perdi a hora na cozinha.

 — Cê não tá precisando de ajuda, não? – Annie a encarou preocupada.

 — Não. Tá tudo tranquilo. – ela sorriu e então olhou para Isa e arqueou a sobrancelha – Quem é tu?

-

     O dia do casamento finalmente chegou, todos podiam ver como Jade estava animada e nervosa, então os noivos se separaram e foram se arrumar. Eleazar estava com um terno preto, estava em ótimo estado embora as botas gastas quebrassem o look perfeito, afinal Gabriel não tinha encontrado sapatos masculinos. Lawrence estava sentado observando toda a decoração, estava admirando e fazendo comentários para os dois guardas que o levaram até lá para garantir sua segurança. Gally estava com um paletó cinza, mas com calça jeans azul e seu sapato de costume. Darlan estava com roupas mais escuras, assim como Félix, enquanto Gabriel estava com um paletó vinho bem escuro e seu chapéu preto que seguia todos os seus looks. Mattie também estava bem vestido, claro que Gabriel também tinha pensado em seus looks e foi correndo até o homem para puxá-lo pela orelha até o banheiro e força-lo a tomar banho para se arrumar ou então ele perderia a hora.

      Priscila estava com um vestido laranja tomara que caia e alguns acessórios no cabelo e um lindo colar, Tanya estava usando um vestido amarelo que combinava com ela e Isa estava com um vestido rosa que Gabriel conseguiu encontrar com muita sorte. Annie estava usando um vestido verde de alcinha, mas aquilo a deixou desconfortável já que não gostava de usar aquele tipo de roupa. Todos estavam limpos, bem arrumados, os cabelos bem penteados e com vários acessórios.

 — A noiva está vindo! – Darlan avisou enquanto ia até o seu lugar. 

       Gabriel se levantou e correu até o rádio, colocou a música que Jade e Eleazar tinham escolhido e todos se levantaram. Lawrence também já tinha ido para seu lugar já que tinha aceitado a proposta de casar os dois, enquanto isso todos esperavam por Jade.

      Do lado de fora, Annie segurava o braço de Jade, pois era ela que a mulher queria que a levasse. A garota acariciou a mão da mais velha e sorriu de lado.

 — Está pronta? – perguntou.

 — Prontíssima! – Jade sorriu largamente, o buquê de flores falsas em sua outra mão – Vamos.

      E então elas entraram, todos se viraram e focaram sua atenção na noiva e assim que os olhos de Eleazar caíram em Jade e em seu vestido ele começou a tremer e a chorar, mas tentou se manter firme. A música soava calmamente enquanto as duas entravam.

Heart beats fast

Colors and promises

How to be brave?

How can I love when I'm afraid to fall?

But watching you stand alone

All of my doubt suddenly goes away somehow

One step closer

I have died every day waiting for you

Darling, don't be afraid, I have loved you

For a thousand years

I'll love you for a thousand more

      O caminho não era longo, então não demorou muito para pararem diante do pequeno altar em que Eleazar estava esperando, Annie se virou e beijou o rosto de Jade e a entregou para o homem logo saindo dali e parando ao lado de Gally. Agarrou a mão do rapaz sentindo seus olhos úmidos com lágrimas de emoção. Lawrence gesticulou para que se sentassem e Gabriel correu para desligar a música, então todos se sentaram e ficaram em silêncio.

 — Hoje estamos aqui para unir Eleazar e Jade em casamento diante de Deus e da família. – Lawrence começou, sua voz era calma e tranquila, ele não tinha ensaiado muito bem e nem sabia exatamente o que iria dizer, apenas deixou seu coração guiá-lo. Eleazar e Jade tinham as mãos dadas, seus olhos apaixonados fixos um no outro – Eleazar, repita comigo: Eu, Eleazar. 

 — Eu, Eleazar. – ele repetiu.

 — Aceito você, Jade. Como minha legítima esposa. E prometo te amar e te respeitar na alegria e na tristeza, na saúde e doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias da minha vida e para todo o sempre.

      Eleazar repetiu cada palavra, mas havia um detalhe nos votos que o homem havia pedido para Lawrence. Ele, assim como Jade, não queriam a parte de “até que a morte nos separe”, pois não queriam se separar na morte e um não viveria se o outro não estivesse. Ao invés disso ele pediu que acrescentasse “para todo o sempre”.

 — Jade, repita comigo: Eu, Jade.

 — Eu, Jade. – ela repetiu.

 — Aceito você, Eleazar. Como meu legítimo marido. E prometo te amar, te respeitar na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, por todos os dias da minha vida e para sempre.

      Ela repetiu cada palavra com um largo sorriso, seus olhos brilhando enquanto as lágrimas escorriam com facilidade. Lawrence então finalizou:

 — Eu os declaro marido e mulher, o que Deus uniu o homem não pode separar. Pode beijar a noiva.

      Eleazar não perdeu tempo, puxou a mulher pela cintura e a beijou intensamente. Todos ali aplaudiram e se levantaram, alguns com os olhos úmidos e outros já desmanchando em lágrimas. Annie sorriu largamente enquanto uma lágrima escorria por sua bochecha, Gally a secou com o polegar e a beijou na bochecha.

      O bolo não tinha dois andares, mas era grande e tinha uma bela cobertura de glacê com várias flores enfeitando e decorando em cima. A mesa estava recheada com doces e salgados, todos feitos por Tanya que se dedicou tanto por horas. Tudo estava absolutamente perfeito e delicioso, Annie não perdeu tempo e comeu alguns doces. As bebidas estavam em baldes com gelo que pegaram nas geladeiras usadas para manter os frascos com enzima bem refrigerados, a festa estava ocorrendo de noite, então não estava o costumeiro calor da manhã para derreter tudo muito rápido. 

      A música Turning Page tocava ao fundo, Eleazar e Jade dançavam maravilhosamente no centro, todos os assistiam maravilhados até que Gabriel puxou Darlan e começou a dançar. Mattie fez o mesmo com Priscila que parecia não querer muito, mas logo se rendeu e os dois começaram a dançar. Félix e Tanya se encararam, mas logo foram até a mesa de bebidas. Gally foi até Annie e a puxou também, o homem segurou sua cintura com firmeza enquanto a puxava para si e olhava em seus olhos.

 — Você está linda nesse vestido. – ele sussurrou, o que a fez corar.

      Annie se questionou se foi apenas coincidência Gabriel ter lhe dado aquele vestido ou se ele se recordava que a cor verde era a favorita de Kaira. De qualquer forma, receber aquele elogio de Gally fez seu interior inteiro se remexer, seus olhos tão fixos nos dela tiravam todo o ar se seus pulmões enquanto e, por um breve segundo, todo o resto ficou borrado e apenas ele estava nítido. Só ele existia. A música continuou tocando, o medo de pisar nos pés dele sumiu e seus corpos se conectaram de uma forma nova, onde eles se moviam suavemente e em harmonia.

Your love is my turning page

Where only the sweetest words remain

Every kiss is a cursive line

Every touch is a redefining phrase

I surrender who I’ve been for who you are

For nothing makes me stronger than your fragile heart

If I had only felt how it feels to be yours

Well, I would have known what I’ve been living for all along

What I’ve been living for

     Os segundos passaram tão rápido que eles nem notaram, estavam tão focados um no outro que nada mais importava e apenas queriam ficar a noite toda ali dançando enquanto seus corpos se encaixavam perfeitamente. Foi quando a realidade puxou os dois de volta quando Lawrence tocou o ombro de Gally e os dois olharam para ele.

 — Posso ter uma dança com minha filha? – perguntou ele.

 — Claro. – Gally sorriu e então se afastou – Vou ver se Isa quer dançar.

      E então desapareceu. Annie sentiu falta de seu calor, mas logo voltou sua atenção para seu pai e então os dois começaram a dançar lentamente seguindo o ritmo do mais velho, já que ele tinha a bolsa de enzima para carregar e não era tão rápido assim.

 — Vocês fizeram um ótimo trabalho aqui. – ele disse olhando ao redor e Annie sorriu.

 — Graças a Gabriel, ele que planejou tudo isso. 

 — Eu imagino. E como você está? Não tivemos tanto tempo para conversar.

 — Eu… – ela mordeu o lábio inferior e respirou fundo – Eu to bem. Na medida do possível. Tentando distrair minha mente.

 — Faça o que tiver que fazer se o for o melhor para você. – ele sorriu. – Sempre vou estar ao seu lado. Nunca se esqueça que eu te amo, filha.

 — Eu também te amo, pai. 

       Eles dançaram por mais alguns minutos e então a música acabou e ele foi se sentar. Um dos seus guardas ficou ali com ele não querendo dançar mais, os dois comeram bolo que Eleazar e Jade haviam cortados juntos e alguns outros doces. Annie dançou com Tanya, depois com seu irmão onde não falaram muito e ele rapidamente voltou para os braços de Priscila, depois com Eleazar e então com Jade. 

 — O que foi, querida? – Jade perguntou – Você parece preocupada.

 — O que? – Annie forçou um sorriso – Eu estou ótima. 

 — Annie, eu te conheço. Pode falar comigo.

       Annie sabia que não devia contar sobre o traidor, pelo menos não naquela hora tão importante para ela, então emitiu uma parte se suas preocupações e apenas contou:

 — Eu estava me lembrando das coisas que fiz, sabe? No passado. Eu tenho medo de que as coisas que eu fiz venham me assombrar novamente, quem eu feri volte e acabe ferindo quem eu mais amo.

 — Oh, meu amor, não se preocupe com isso. Por isso estamos aqui, somos sua família e vamos estar com você para sempre. Você evoluiu muito, melhorou muito, nós não somos mais nossas falhas passadas e não somos mais quem éramos. E, seja o que for, estaremos todos juntos.

      As palavras de Jade a atingiram como um soco no estômago, ela diria aquilo se soubesse a verdade? Quando a música acabou, Annie a puxou e a abraçou forte, respirando profundamente e sentindo seu cheiro.

 — Eu amo você. – sussurrou baixinho – Você é a minha mãe e eu sempre vou amar você.

 — Eu também sempre vou te amar, querida. – ela sorriu e retribuiu o abraço.

       Gabriel rapidamente mudou as músicas e deixou as animadas para todos dançarem e se divertirem. Enquanto isso, Darlan pegou a câmera e começou a tirar fotos de todos ali. Annie já estava cansada, antes de se afastar ela foi até Darlan e entregou o colar para ele, disse a mesma coisa que havia dito para Isa e então seguiu para a mesa de bebidas. Não demorou muito e Gally apareceu.

 — Já vai começar a bebedeira? – brincou.

 — Exatamente. – ela riu, mas assim que engoliu toda a bebida de seu copo o encarou com uma ideia – Topa sair daqui?

      Gally estava com os braços cruzados e olhou para todos ali dançando, então virou-se para ela com um sorriso em seus lábios:

 — Topo.

(...)
(Menores de 18, por gentileza, se retirarem. ❤️)

 — Fazia um bom tempo que não vinha aqui. – ele murmurou olhando para a janela do apartamento do CRUEL.

 — É, podemos vir mais vezes aqui. – ela sorriu de lado – Eu vou tomar um banho.

      Annie não demorou muito, apenas limpou o suor do corpo e colocou o vestido já que não tinha outra roupa. Gally fez o mesmo e foi tomar um banho. Annie ficou na sala o esperando, mas logo foi para o quarto e observou a cama. Não demorou muito para sentir um par de mãos em sua cintura, então o hálito quente em seu pescoço e logo seus beijos lentos em sua pele. Seu corpo todo arrepiou com aquilo, sentiu algo diferente enquanto fechava os olhos e arfava com o toque dele. De repente Gally firmou as mãos em sua cintura e a virou fazendo-a ficar de frente para ele, os olhos do garoto estavam tomadas pelo desejo e a luxúria deixando a mente da garota totalmente nebulosa. Seus olhos vagaram por seu corpo notando a ausência de sua roupa, exibindo seu peito trabalhado e seus braços mais musculosos do que quando o conheceu, aquilo acendeu uma chama tão forte de seu interior que ela quis arfar apenas com a visão. 

       Não demorou nada para aquele sentimento de desejo tomar seu corpo, olhando-o da mesma forma e como imãs seus lábios foram atraídos um para o outro iniciando um beijo intenso. Seus dedos agarraram os fios da nuca de Gally enquanto o puxava para si querendo mais de seus lábios, enquanto isso o rapaz deslizava as mãos por seu corpo todo, desde a curva de sua cintura, suas costas e suas nádegas. Ele amava tocá-la e amava que ela o tocase, sentia uma sensação diferente quando ela o fazia e sempre desejava por mais. Cada toque, mesmo que por cima do vestido, deixava uma sensação quente na pele de Annie e seus pensamentos se voltavam apenas a uma única palavra.

      Mais.

      Deus, como ela queria mais daquele homem. Seu corpo, seu toque, seu gosto. Tudo. Ela queria tudo naquela noite. Ele também a desejava, a saliência já ficando desconfortável presa em sua calça, o ardor e o desejo profundo que cada um sentia há tanto tempo finalmente vindo à tona. Gally puxou o pequeno zíper do vestido de Annie e ela se afastou de seus lábios apenas para ajudá-lo a arrancar aquela peça de seu corpo e jogá-la para longe ficando apenas de peças íntimas. Gally também puxou a calça para baixo ficando apenas de cueca e não esperou para voltar a beijar a garota, os dois se movimentam em harmonia enquanto iam para a cama e se deitavam sem parar os beijos e as carícias. 

      Eles continuaram se beijando ali na cama, Gally roçando sua intimidade na garota que gemia a cada movimento sentindo sua pele arder e seu interior pulsar, as mãos dele deslizavam por todo seu corpo e agarravam seus seios por cima do sutiã. O calor de seus corpos começou a subir mais e mais até que as peças de roupa estavam por alguma parte do quarto. 

 — Você quer isso? – ele perguntou para se certificar.

 — Céus, sim! – ela sussurrou ofegante – Só… – ela corou envergonhada.

      O coração de Gally quase explodiu em seu peito. Era a primeira vez que a via daquele jeito, corada e com olhar envergonhado. Era a primeira vez que a via de forma vulnerável. Seu corpo pulsou mais e mais.

 — Vai devagar. É minha primeira vez. – ela revelou.

     Ele arfou e se posicionou entre as pernas dela, curvou sobre seu corpo e voltou a beijá-la, mas dessa vez com mais carinho. Ele segurou uma de suas mãos no alto da cabeça da garota enquanto a outra levou até sua intimidade para encaixar. 

      Annie gemeu, sua expressão se contorcendo com o desconforto que o fez parar. Ela respirou fundo, acostumando-se com sua grossura e foi instruindo ele a continuar lentamente. Quanto mais entrava, mais ela cravava suas unhas nas costas dele e o arranhava e ele gemia com aquilo nem um pouco desconfortável.

      Quando encaixou completamente, ele gemeu alto sentindo as paredes apertadas da garota o pressionando e aos poucos foi se movendo. Eles continuaram aquele ato durante a noite toda, não fizeram com tanta força ou velocidade, apenas aproveitaram cada toque um do outro enquanto faziam tudo com mais carinho. Quando a luz adentrou o quarto durante o amanhecer, eles ainda estavam deitados abraçados um no outro, Annie com a cabeça em seu peito e ele com o braço em volta dela. Ela respirou fundo, seus corpos suados, mas não estava nem um pouco cansada. A nova experiência a deixou completamente acordada e energizada. 

      Ela se ajeitou para encará-lo, então disse pela primeira vez aquela frase em um sentido totalmente novo:

 — Eu amo você.

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