Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

𝐋𝐕: 𝐓𝐞𝐦𝐩𝐞𝐬𝐭𝐚𝐝𝐞𝐬

Nota: 3k, eu queria fazer 4k só que não consegui. Acho que, no geral, esse capítulo tá bom. Eu ia tentar finalizar ele aí, mas acabou que não deu muito certo.

Nota: Eu gostei consideravelmente desse capítulo, os dois novos personagens ali são tranquilos e até divertidos. Não sei você, mas as vezes eu coloco personagens aleatórios e eles vão sendo desenvolvidos durante a escrita e vão tendo suas personalidades feitas ali. É divertido ver como eles se saem.

É isto, eu acho que eu tinha mais coisas pra falhar, mas é não lembro. Enfim, amo vocês e boa leitura ❤️✨

____
     Quando finalmente desceram das montanhas, Gally com Isa ainda em suas costas, eles seguiram em direção às construções. Graças ao pouco de luz que o sol ainda enviava para eles, puderam ver duas pessoas bem à frente deles indo em direção ao mesmo lugar. Gally engoliu em seco, temendo que eles fossem iguais aos anteriores, mas seguiu sem dizer uma única palavra para Isa que parecia não ter notado. Eles seguiram por alguns minutos até o corpo do garoto travar no lugar, pois tinham ouvido duas vozes gritando para eles. Quando se virou, viu dois jovens correndo até eles e acenando. 

 — Oi! – o rapaz disse ofegante quando parou ao lado deles após a breve corrida. – Eu sou Luan, está é Júlia! Caramba, vocês são as primeiras pessoas que encontramos aqui, por um momento pensei que estávamos indo pelo caminho errado. Juju não é lá muito boa com mapas aqui! – ele apontou com o polegar para a parceira que respondeu com um soco em seu ombro.

 — Sou melhor que você, seu babaca! – ela exclamou, mas logo se virou para eles e sorriu de um jeito amistoso – Mas é verdade, não encontramos ninguém! É bom vê-los. 

 — Júlia? – Isa se virou para a garota, parecia ter dormido ali nas costas de Gally e o rapaz nem sequer tinha percebido. 

 — Ah, e ai, Isa! Vejo que se deu bem, esse carinha aqui nem para ser um cavalheiro serve.

 — Eu, carregar você? Você é pesa… – o olhar assassino que Júlia lhe lançou fez o garoto se encolher – Nada, nada. Você é perfeita. – ele murmurou olhando para outro lugar. 

 — Podemos ir com vocês? A caminhada tá chatinha só com ele. 

 — Claro! – Isa exclamou animada – Eles podem, né Gally? Não é? Né? Né? Né? – repetiu rapidamente enquanto dava pequenos tapinhas no topo da cabeça do garoto. 

 — Se parar com isso, então podem! – exclamou olhando-a por cima do ombro. 

 — Ah, você é o Gally! – Luan comentou enquanto eles começavam a andar, Júlia ficou ao lado direito de Gally enquanto conversava sobre algum assunto aleatório com Isa – O povo do esquadrão de Mattie elogiou muito você pelo que fez com os infectados. Cara, aquilo foi demais! Espero que a gente possa ir em alguma missão juntos, vai ser foda explodir alguns infectados!

 — Acho que foi mais sorte. – ele respondeu pensativo – Os moradores tinham tudo para um coquetel molotov, mas não acho que eu teria outra ideia caso não tivessem. 

 — Ah, é complicado. Acho que é por isso que estamos aqui nessa prova, ou os líderes são doidos varridos e talvez estejam com fulgor. Não sei. – ele deu de ombros indiferente, o que fez Gally rir.

 — Pode crer, fedelho. 

      Eles andaram por mais alguns minutos naquele chão de terra, cada vez mais que se aproximavam das construções mais plantas rasteiras apareciam no chão. Na metade do caminho, decidiram parar para descansar e então se sentaram ao chão para beber mais água e comer mais uma barrinha. Isa conversava animadamente com Júlia, as duas pareciam ser amigas antes de tudo aquilo, enquanto isso Luan e Gally apenas contemplavam o vazio e descansavam. Após cinco minutos de pausa, o rapaz olhou para o céu notando uma espessa camada de nuvens cinzentas que encobriram o céu e a força dos ventos que começou a aumentar. De início parecia que ninguém tinha notado, mas logo a conversa cessou e o silêncio cobriu o quarteto como um presságio de algo ruim.

 — Temos que ir! – alertou Júlia se levantando e ajeitando a mochila nas costas.

 — Isso não é bom. – Isa murmurou levantando e pulando com a perna boa – Isso não é nada bom.

 — O que é? O que foi? – Gally se levantou, mas não com a urgência que elas e as encarou confuso.

 — A gente tem que chegar lá bem rápido. – Luan disse para Gally enquanto apontava para as construções que levariam uns minutos de caminhada para chegarem – E rápido!

 — Tá, mas por quê? – ele perguntou indo até Isa para que ela subisse novamente em suas costas.

 — As nuvens, garoto. – Júlia apontou – Não é coisa boa quando se juntam assim. 

 — Tempestades de raios. – Isa explicou abraçando seus ombros por trás – Não chove, mas caí raios!

 — Vamos! – Luan disse de maneira firme e logo os quatro seguiram o mais rápido que podiam.

      Gally não contestou aquilo. Na verdade, nem sequer pensou muito a respeito, não tinha visto chover uma única vez ali naquele lugar e ver o céu daquele jeito realmente não parecia algo positivo. Andaram o mais rápido que podiam, dessa vez de forma silenciosa e tensa, os músculos de todos estavam rígidos enquanto não chegavam nas construções. Diferente de Gally, todos ali já tinham visto uma tempestade de raios e como era assustadora e fatal. Os fortes ventos traziam consigo uma tempestade de areia e poeira ao ar, dificultando a visão e a capacidade de respirar. Ninguém ali tinha proteção em seus rostos, mas Luan e Júlia podiam manter os braços como proteção, enquanto ele precisava segurar Isa e seu rosto ficava desprotegido. Seus olhos arderam com a poeira e a terra, seu nariz queimou e começou a tossir de forma que atrapalhou  seu andado e sua velocidade. 

 — Aqui! – Isa murmurou em seu ouvido e então passou um pano rosa com bolinhas amarelas em seu rosto, amarrando as pontas em sua nuca.

 — Valeu. – ele sussurrou sentindo a garganta arder, mas apertou o passo para conseguir alcançar os outros.

      Os olhos semicerrados, a sensação de areia em seus olhos e a ardência em sua garganta e nariz não foram o suficiente para impedir Gally de continuar. Dois minutos depois ele conseguiu ver as formas de Júlia e Luan, os dois quase ocultos pela onda de poeira que deixava tudo ao redor escuro e difícil de ver. Eles andaram mais rápido sem sinal algum das construções, essas que não conseguiam mais ver devido a tempestade, mas continuaram sem parar. 

       De repente, Gally sentiu o chão tremer abaixo de seus pés e aquilo o fez parar e olhar para trás. Isa bateu no topo de sua cabeça e gritou:

 — CORRE!

       Quando ele se virou para Júlia e Luan, os dois tinham desaparecido no meio daquela onda de poeira, de começo Gally não ouviu o que Isa tinha ordenado que o fizesse e então voltou a olhar para trás. No meio daquela onda de poeira ele viu uma explosão brilhosa cair ao chão em ziguezague ali perto trazendo novamente aquele tremor, mas dessa vez mais forte. O som que veio em seguida era ensurdecedor, fazendo seus ouvidos doerem e começar um zumbido irritante. Outra explosão mais perto, depois outra e mais outra. Vendo que aqueles raios chegavam mais perto, ele fez o que qualquer pessoa com noção faria: virou e correu o mais rápido que podia. Gally estava cansado, o corpo dolorido e Isa parecia ficar mais pesada à medida que se cansava, mas ele continuou correndo o máximo que pôde já que sua vida dependia daquilo. 

       Os tremores e as explosões continuavam atrás deles, iluminando tudo ao redor e indo em ziguezague até o chão, como se zombasse dele enquanto o seguiam, um raio caiu alguns metros ao lado deles fazendo o ouvido de Gally chiar e então não ouviu mais nada corretamente. Era como se tivesse mergulhado em uma caixa d'água, os sons ficaram distantes e abafados, as explosões e os gritos de Isa também. Uma explosão luminosa irrompeu o ar ziguezagueando e explodiu no chão metros a sua frente, abrindo um enorme buraco ao chão enquanto levantava uma quantia absurda de terra para o ar. Gally não gritou, ficou preso em sua garganta, ele apenas desviou e continuou. Ele não sabia quanto faltava, nem se estava indo para o local certo e aquilo piorava seu desespero.

      O coração de Gally batia acelerado contra seu peito, a respiração mesmo com a proteção rápida e temporária parecia ficar mais difícil e toda sua faringe ardia como fogo. Era horrível. Além de seus olhos arderem com a sensação de secamento e os grãos minúsculos de areia. Os braços de Isa o agarravam com força, ela parecia uma criança agarrada a um adulto e totalmente amedrontada, embora ela estivesse ali naquele momento. Aos poucos Gally pode ver as sombras das construções e dos prédios, postes retorcidos e carcaças de carros do que parecia ser uma antiga cidade começaram a aparecer enquanto ele corria. Mais a frente, segurando a porta e gritando a plenos pulmões, estava Júlia.

 — Vem! Vocês conseguem! Corre, corre! Vamos!

      Ela esperou pacientemente pela chegada da dupla mesmo que sua própria vida estivesse em perigo ali, apenas para segurar a pesada porta de entrada para um dos prédios em decadência. Quando entraram, ela fechou com tudo e se afastou para o meio do local escuro onde Luan se localizava com uma lanterna iluminando o ambiente, mesmo que precariamente. Gally desabou ao chão, Isa caiu ao seu lado enquanto ele respirava quantias absurdas de ar, mas seu sistema circulatório parecia obstruído e queimado com fogo. 

 — Aqui! – Isa puxou sua garrafa pela metade e o entregou – Beba minha água!

      Sem questionar, ele pegou e bebeu um longo gole, algo que se arrependeu instantaneamente. Pois assim que a água levemente morna passou por sua garganta, ele sentiu como se pequenos grãos de areia arranhassem toda a região e deixasse ardendo mais ainda. Piscou várias vezes sentindo seus olhos lacrimejarem em uma resposta do seu corpo para limpar a sujeira. Após isso, ele se sentou ao chão, ofegante e exausto.

 — Isso foi assustador. – Luan comentou – Espero que ninguém tenha sido atingido, um amigo meu foi atingido por um anos atrás… Eu o vi quando acabou, deitado sem membros em uma cratera… O deserto é perigoso, garoto, e não só pelos cranks. A mãe natureza descarrega sua fúria sobre os humanos desde que o mundo queimou. 

 — Talvez seja castigo. – Júlia comentou – Mamãe contava sobre o mundo ser mais verde, não ser um total deserto quente! O sol queimou nosso mundo e estamos fadados a vivermos em um mundo quente. Depois do sol um vírus surgiu, ninguém sabe como, mas uns acreditam que foi em decorrência do derretimento das geleiras. Vai saber. – ela caiu no chão, inspirando uma grande quantia de ar e bocejando – Deu sono essa corrida.

— Você dormiu numa caverna há duas horas! – Luan exclamou virando a lanterna para ela.

 — Ah, vai falar que essa corrida não te cansou?

 — Na verdade, estou sob efeito da adrenalina um pouco.

 — Vai correr lá fora, então. Uma corridinha de dez minutos.

      Luan apenas estalou a língua olhando-a com cara feia, então a garota caiu na gargalhada. Gally ainda sentia o ouvido chiar, tudo estava distante, mas aos poucos começou a melhorar. Isa o encarava preocupada, culpada por ter forçado ele a correr com ela e não poder ter ido com suas próprias pernas. O tornozelo estava inchado e dolorido, mal conseguia colocá-lo no chão. Ela sentiu uma completa merda.

 — É… Juh? – a chamou timidamente e a garota se virou sorrindo para ela – Podemos ir… em um cantinho privado juntas? Sabe… Coisas de meninas.

 — Posso participar? – Luan perguntou de forma inocente.

 — Você é menina, por acaso? – Júlia se levantou indo até a garota para ajudá-la. Luan apenas negou com a cabeça. – Então está respondido. Bora lá, garota.

      As duas saíram de vista, levando uma lanterna que Júlia tinha pegado. Elas foram até um quarto, uma de costas para a outra e aliviaram suas bexigas em cantinhos afastados. Infelizmente não tendo nada para limpar. Quando voltaram a sair em silêncio, as duas passaram por um quarto fechado e Júlia parou.

 — Veja. – apontou a lanterna no chão, onde uma poça espessa e escura escorria por baixo da porta – O que é isso?

      Isa não respondeu, então Júlia resolveu abrir a porta que estalou quando girou a maçaneta e então a empurrou com um som irritante devido a sua ferrugem. Perto da entrada, caído de bruços no chão e com olhos sem brilho, estava um dos rapazes da seleção morto por uma pancada na cabeça. As duas seguraram o grito nas gargantas e voltaram apressadas correndo, o pavor preenchendo seus corpos, quando viu o estado das duas Luan rapidamente se levantou. Gally ainda estava exausto e nem estava totalmente melhor.

 — O que aconteceu? – Luan perguntou.

 — Alguém matou outra pessoa! – Júlia respondeu – Um garoto morto com uma ferida na cabeça!

      Gally, que já tinha a audição melhor que antes, se levantou no mesmo instante e encarou as duas garotas.

 — Onde? – perguntou, a voz ainda rouca pela garganta ainda ferida. 

 — Na terceira sala à esquerda no corredor. 

 — Cranck? – Luan perguntou incomodado.

 — Não, não tinha crank ali. – respondeu Isa.

 — Então foram outros que estão participando do teste. – Gally afirmou.

 — Como? Se é proibido ? – Luan se virou para ele, totalmente surpreso. 

 — Uma dupla nos roubou nas montanhas. – Isa revelou – Roubou nossa comida, nossa água, tudo! Quando fomos pegar de volta, eles tentaram nos matar.

 — E tinha uma garota morta em um buraco fundo no chão. – Gally a relembrou. – Estava sem algumas coisas na mochila.

 — Vocês mataram eles? – perguntou Júlia inquieta.

 — Não, nós só os deixamos inconscientes. 

 —  De que adianta? – perguntou Luan – Devem estar mortos pela tempestade de raios. Vocês não o mataram, então não quebraram regra alguma. Mas tem alguma chance de ter sido eles?

 — Eu… – Gally se recordou daqueles dois rapazes o encarando antes de irem para o deserto – Acho que tem mais. O cara que nos roubou mencionou ter gente querendo me matar.

 — Te matar? – perguntou Júlia – Por quê?

 — Eu… Eu não sei! 

 — E o que vamos fazer? – Isa perguntou baixinho, quase em um sussurro – Ficar aqui ou… Seguir a prova?

 — Não podemos ficar aqui. 

 — E não podemos sair! – Luan exclamou – Tá tempo tempestade ainda! – dito isso, um raio explodiu ali perto fazendo a construção estremecer e todos ficarem momentaneamente surdos – Viu?

 — Mas não podemos ficar aqui! – exclamou Júlia – Não com assassinos por ai. 

 –- E se foi um desentendimento? – perguntou Isa com um pouco de esperança – E se, quem for que tenha matado ele, tenha sido por uma briga e só se defendeu?

 — Ele tinha um machucado na parte de trás da cabeça, Isa, não acho que foi um conflito. 

 — Okay. – Gally suspirou – Isa, pegue o mapa e veja quanto falta para chegarmos ao ponto. Júlia, você pode ajudá-la? E Luan, vamos ficar de guarda caso alguém apareça. – sua voz saiu firme, como um líder e ninguém ali foi contra. Todos pegaram suas lanternas e mapas e se puseram a fazer o que foi ordenado. 

      Gally tocou a faca em sua cintura, sentiu o cabo de madeira contra sua pele e, por um breve instante, sentiu-se seguro com ela ali. Em sua outra mão estava a lanterna, ele iluminava todo canto daquele enorme local e observava cada lugar atentamente. Seu coração pulsava com aquilo, a lembrança da dupla e dois rapazes o encarando de maneira séria fizeram seu corpo estremecer. Por qual razão estavam tentando matá-lo? A dúvida não saia de sua cabeça um único segundo sequer. 

      Após cinco minutos de um debate quase silencioso entre as duas garotas e dos estrondos de fora que tremiam o chão, as duas finalmente terminaram e se levantaram chamando os dois rapazes:

 — Estamos a quase uma hora de distância do ponto final. – Isa revelou. 

 — É, ela tem razão. – afirmou Júlia ajeitando a mochila nos ombros – Se conseguirmos passar por esse local sem problemas, o que deve levar uns quinze minutos, então o caminho até a última parada levará trinta minutos.

 — Okay! – Gally puxou a mochila e jogou para Júlia – Então vamos logo. 

      Isa subiu novamente em suas costas e eles atravessaram aquela construção. Não tinha nada além de entulho e sujeira, eles passaram pelos corredores até a saída na parte de trás e ficaram ali esperando a tempestade de raio cessar. Por dez minutos, ninguém disse uma única palavra, Gally e Luan ainda estavam atentos a todo e qualquer sinal de alerta de possíveis ameaças. Aos poucos os raios foram cessando, diminuindo até finalmente parar, mas no segundo seguinte o céu começou a desmoronar em água e uma chuva torrencial começou. Tão forte que eles não conseguiam ver quase nada.

 — E então? – perguntou Luan – Vamos assim mesmo? 

 — A tempestade demorou para passar. – Júlia comentou – Essa chuva pode demorar também e eu… Não quero ficar aqui com aquele cara morto. 

 — É, é uma boa. – Gally comentou e ajudou Isa a se levantar – Você que vai se molhar mais. 

 — É justo. – ela soltou uma leve risada e subiu novamente em suas costas.

       Eles saíram correndo sendo atingidos por gotas grossas que pareciam pequenas pedras frias contra suas peles. Luan e Júlia lideravam a corrida, guiando-os para a construção mais próxima de forma que eles poderiam se abrigar e então repetir o processo e ir para outra construção. O processo foi lento, passar por aquela cidade destruída debaixo de chuva não foi fácil, e eles precisavam gritar acima do som da chuva. Mas finalmente chegaram à última construção. Quando entraram, limparam o rosto e o cabelo, estavam encharcados e as roupas molhadas davam sensações horríveis. Gally sentia sua pele pinicando graças a areia da tempestade antes do surgimento dos raios, estava ofegante e a única coisa que queria era se limpar e dormir. 

 — O que acham que esse local aqui foi? – perguntou Luan. Ele apontava a lanterna para o local, era quase tão enorme como um galpão e tinha vários entulhos enferrujados e ferros retorcidos. Podiam ver portas em todas as paredes, mas não parecia um lugar que alguém normal ficaria. Gally sentiu novamente um arrepio percorrer seu corpo.

 — Acho que é melhor a gente seguir. – ele sussurrou.

 — Vamos descansar, okay? Cinco minutinhos. – Júlia comentou.

      O trio se sentou ao chão, esticando braços e pernas para relaxarem e conseguirem descansar. Júlia novamente bocejou. Eles ficaram ali, trocando algumas palavras em conversas aleatórias que não fluíam mais por conta do cansaço, até que, de repente, um estrondo foi ouvido ao fundo daquele lugar. Todos ficaram atentos e em silêncio, e então veio o grito que Gally conhecia muito bem.

      Crank.

      Todos se levantaram no mesmo instante, ao fundo um único crank corria até eles, mas Luan foi mais rápido e puxou uma barra de ferro ao chão e a usou para atacar o infectado. Quando ele estava morto ao chão, soltando um líquido escuro e fétido, o rapaz comentou:

 — É, acho que podemos sair daqui agora.

      E então eles foram até a porta de onde tinham entrado e tentaram puxar a porta. Não conseguiram. Luan empurrou e puxou desesperado, mas a porta nem sequer se movia.

 — Que merda você está fazendo? – perguntou Júlia.

 — Tá trancada! Tá trancada! – ele exclamou ainda tentando desesperadamente abrir a porta.

      E então, ao fundo daquele lugar, não um, nem dois, mas vários gritos de infectados soaram.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro