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LXXXVII - Quebrando Distâncias

Gente, agora é quase uma da manhã KSKSKSKSKSK SEM ZOERA E eu terminei esse capítulo AGORA !!! O último cap eu n conseguia escrever por conta daquela cena, mas baby AGR Q VAI ENTRAR A AÇÃO??? MEU DEUS EU TO ANIMADAÇA!!!!
Daí eu pensei "hm.... Posso esperar até às 13h para postar", daí minha ansiedade veio e falou "pra q postar depois se pode postar AGR???" E cá estou eu com um novo capítulo S2

Espero que gostem !!! Amo vocês ❤️❤️

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— Você tá horrível. – Tanya murmurou com os braços cruzados em frente a cela mal iluminada de Triz. Ela tinha perdido uns bons quilos confinada naquele lugar, o corpo estava imundo e tinha olheiras notáveis ao redor dos olhos. Mas mesmo na merda ela ainda sorriu em deboche.

 — Pensei que nunca te veria aqui em baixo.

 — É, as coisas mudam. A gente tem que se acostumar a fazer o que não gosta.

 — Mas… – ela tentou se sentar ereta, mas os movimentos eram lentos e fracos. Tentou arrumar a franja ensebada que estava grudada no rosto – me fala aí, a que devo esta imensa… honra da sua visita?

 — Sabia que você tá na merda? – Tanya franziu o cenho – Que toda a base quer sua cabeça, mas que eles não descem aqui para se vingarem por Jade e Eleazar é justamente a ordem de Annie? Bom, mesmo você sendo um pé no saco total ela ainda te defende.

 — Você tá mentindo. – Triz deu de ombros, o olhar perdido quando ouviu os nomes de Jade e Eleazar. – Não é por eles que querem minha cabeça, não. Não é isso. Eles querem porque Andrey se revelou uma ameaça, não é? Acho que deve correr boatos que a base vai entrar em uma nova guerra e que eu, de alguma forma, tenho parte da culpa. Ninguém dos esquadrões cobra e lobo gostavam ou sequer confiavam naqueles dois, corriam boatos, sussurros e mentiras de todos os tipos.

 — Sussurros que você espalhou. – disse entredentes com os olhos injetados de sangue.

 — Acha que eu sozinha poderia manter os boatos correndo por tantos anos? As pessoas viam que eu não gostava do seu esquadrão, então pouco a pouco minha palavra perdeu a força. Então… quem você acha que manteve os boatos correndo?

 — Priscila. – o nome saiu em um sussurro antes de ela sequer pensar, a face empalidecendo com a revelação.

 — Ela sustentou por muitos anos. Às vezes diminuía a frequência, mas sempre voltava com os sussurros. Por isso o grupo manteve uma fama ruim por vários anos seguidos. 

 — Eu… – ela engoliu em seco, o calor daquele corredor fazendo uma camada fina e pegajosa de suor encobrir seu corpo. As mãos continuavam frias mesmo suadas e a roupa começou a grudar em sua pele de forma desconfortável. – Nunca entendi o que deu em você para nos trair assim. 

 — Cresça na sombra de alguém inalcançável e seja enganado. – ela deu de ombros, os olhos com um sutil brilho de lágrimas que refletia mesmo com a pouca luz ali.

 — O que quer dizer com isso?

 — Jade e Eleazar eram boas pessoas e não mereciam o final que tiveram. 

      Triz se encolheu no final da cela, abraçou os ombros e escondeu o rosto para não mostrar que estava chorando. Tanya suspirou e então tirou a chave do bolso, tirou o cadeado e a corrente e abriu a grade.

 — Engole o choro e vem logo. Tenho uma proposta para você, sua merdinha.

(...)

      Estava amanhecendo quando Annie se levantou do esconderijo, passou o dia e a noite toda ali e não pregou os olhos por um segundo sequer. Apenas observava aquela construção decadente, não desgrudava os olhos e estava atenta a cada mínimo detalhe, e quando o sol começou a surgir no horizonte foi que saiu de seu esconderijo e jogou a loja coberta de areia longe. A lona que a escondia também a protegia do sol, dessa forma sua pele, mesmo que não estivesse tão exposta, não sofreria queimaduras e graças ao cantil de água conseguiu se hidratar o suficiente para não sofrer uma grave insolação.

      Respirou fundo o ar frio do amanhecer, segurou com força o cabo da faca e marchou em direção a construção. Contornou o lugar todo até encontrar uma entrada discreta nos fundos, esgueirou-se contornando os entulhos e sujeiras que poderiam revelar sua localização enquanto avançava mais a dentro. Saiu por um corredor que dava a vários cômodos sujos, mas todos estavam vazios, e continuou até sair em um salão. O teto estava quebrado, de forma que podia ver os andares de cima e o céu que aos poucos ficava mais claro.

      As paredes estavam esburacadas e rachadas, olhou em volta procurando escada, mas não encontrou. O lugar estava vazio, completamente remexido como se tivessem saído às pressas, Annie andou até o centro do salão e girou olhando tudo ao redor. Um suspiro cansado saiu de seus lábios, aquele era um caminho sem saída, sem respostas ou sequer pistas. Estava exausta, sem dormir há três dias seguindo a pista daquelas malditas mulheres das montanhas e não era verdade. Ela fora enganada.

 — Porra. – sussurrou baixinho e sua voz ecoou pelo salão.

     Seus dedos afrouxaram no cabo da faca e seus ombros caíram, a exaustão começou a atingir seus músculos e a dor se alastrava por cada membro. Não sabia o que faria a seguir, talvez ir novamente às montanhas e verificar se havia alguma informação perdida. Alguma coisa. Qualquer coisa!

      Um ruído conhecido soou atrás dela e seu corpo reagiu virando rapidamente, no segundo andar ela viu um movimento e então se moveu para se esconder. Porém foi tarde demais e o disparou ecoou pelo salão com um som ensurdecedor.

(...)

      Darlan estava observando o céu clarear, as cores ficarem cada vez mais fortes e vivas, mas não se moveu de onde estava. Félix estava dormindo ao seu lado profundamente, os dois mal conversaram desde que saíram dias antes e Darlan estava tentando respeitar o espaço do rapaz, mas era difícil. Era difícil acessar o coração dele, os sentimentos, não quando Félix insistia em manter uma armadura fria de proteção após a morte de seu pai. 

      Ele não conseguia parar de pensar naquele dia quando foi capturado, o golpe forte que o nocauteou, as vozes distantes de Paulo quando ele e Priscila entraram em confronto e então aquela sala de jantar. A região de seu ombro ainda doía às vezes, principalmente quando acordava encharcado no próprio suor e com o coração disparado após os pesadelos. Ele via sempre Annie, a forma perturbadora e o olhar assustador que surgiu em seu rosto quando começaram a ferir Eleazar. A forma como não se importou consigo mesma e apenas fez o possível para salvá-los. E a forma como mordeu e arrancou um pedaço do pescoço daquele homem. Tudo voltava, de novo e de novo, mas não contava para Félix já que ele não confiava nele para contar os seus próprios pesadelos.

       A mente de Darlan estava confusa, não era tão clara quanto antes, mesmo com a queda do Braço direito e a perda de seu pai, ainda assim ele se manteve um garoto gentil e observador. Estava sempre disposto a dar um conselho amigável, a dar o primeiro passo quando fosse necessário, mas agora… agora ele não conseguia. Não quando Félix se mantinha distante e não quando ele precisava desesperadamente de apoio, mas não conseguia pedir.

      No fundo ele sentia falta de Gabriel, dos seus elogios sobre si mesmo, do seu narcisismo e de tudo o que ele era. A traição não doeu porque ele confiava em Gabriel, mas porque ele o amava e isso que doía mais. E também doía porque ele sabia que o amor não era recíproco, nunca seria.

 — Vamos, temos que ir. – disse batendo no ombro de Félix enquanto se levantava.

      Félix não explicou o que fariam, ele mal tinha um plano a respeito do que fariam com relação a Andrey e a traição dos irmãos, Darlan apenas o seguia para lá e para cá sem questionar ou opinar. De certa forma se lembrava do tempo com Gabriel, mas pelo menos era mais divertido.

      Eles vagaram por várias horas naquele dia, o sol escaldante quase fez o jovem desmaiar, mas ele se manteve firme enquanto Félix seguia. No começo da tarde finalmente chegaram a uma cidade, as pessoas andavam de lá para cá, uns gritavam, outros estavam caídos e inconscientes e alguns jovens vestidos com trapos e maquiados de forma chamativa estavam em frente a casas que tocavam música em último volume. Darlan não olhou para ninguém, apenas seguiu Félix até um prédio e entrou em um quarto. Não era grande e só tinha uma cama de casal.

 — Eu durmo no chão. – murmurou Darlan enquanto jogava a bolsa no chão.

      Félix não disse uma única palavra o dia inteiro, nem sequer o olhou, apenas se sentou e colocou as mãos nos joelhos. O olhar fixou-se no chão cinzento e ficou assim por alguns longos segundos, Darlan não se importou e apenas deitou no chão fazendo a própria bolsa de travesseiro.

 — Eu nunca contei o motivo de mancar. – murmurou Félix com a voz rouca por não usá-la há quase um dia inteiro. Aquilo atraiu a atenção de Darlan que se virou rapidamente. – Só o meu pai e a Annie sabem.

       Darlan lentamente se sentou e cruzou as pernas enquanto olhava para o rapaz na cama.

 — O que aconteceu? – perguntou desejando que ele respondesse, implorando internamente que conversasse com ele.

 — Há alguns anos minha mãe contraiu fulgor, eu devia ter por volta dos quinze… – ele suspirou sem mover o olhar do chão – Ela enlouqueceu e me atacou, foi meu pai quem a matou e naquele momento eu… eu senti tanta raiva do meu pai. Era a minha mãe… estava infectada, mas era minha mãe e ele nem sequer hesitou em matá-la! Uns dias depois eu saí da base durante a noite, fui até um prédio de quatro andares e me joguei lá de cima. – ele riu sem ânimo algum, debochando de si mesmo – Eu pensei que a queda seria suficiente para me matar, mas apenas quebrou minha perna e eu gritei de dor. O grito obviamente atraiu mais infectados, eles me cercaram e iam me matar, mas daí Annie apareceu. Ela apareceu e matou todos eles… me levou de volta para a base e Ágata cuidou da minha perna, mas ela nunca mais foi a mesma… Quando falei que queria me matar e perguntei o motivo dela me salvar, Annie apenas deu de ombros e falou que meu pai havia pedido a ela. – ele suspirou – com o tempo eu consegui perdoar meu pai e a pedido dele entrei no esquadrão. Eu nem sequer fiz a seleção, só cheguei nela e disse que queria entrar. Ela nem sequer olhou para mim, estava lendo um livro naquele dia e de novo apenas deu de ombros e falou: “okay”. 

      Darlan não falou nada, nem sequer sabia o que falar, mas quando respirou fundo pronto para responder Félix o interrompeu:

 — Não deita no chão, não. Deita aqui comigo. – ele sussurrou.

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