Capítulo 7
Chegamos no hotel a pé mesmo enquanto eu e Emanuel levamos as motos até a garagem.
Logo depois, fui até o balcão e pedi um quarto grande.
- Oque? Vamos dormir juntos?.- Cristina pergunta.
- Sim. A menos que queira passar fome e dormir na rua nos próximos dias.- Respondo.
Ela olha para mim, olha para cima, bufa e responde;
- Tá legal.
Depois de eu ter pego as chaves, subimos.
Entramos no quarto e logo percebemos que não era um dos melhores, mas que não tínhamos muitas escolhas.
- Peguem os dois colchões e coloquem no chão.- Digo.
Emanuel e Hanna vão pegar o colchão enquanto Cristina e eu vamos pegar os lençóis.
Alguém bate na porta.
- Pode abrir...- Emanuel diz.
Uma mulher abre a porta e pergunta;
- Precisam de algo?...
- Não obrigado.- Respondo a mesma.
- Lucas, estamos com fome...- Cristina diz.
- Tudo bem, Emanuel vai comprar algo.- Digo.
- Okay.- Cristina responde.
- Bom, já que não precisam de nada, irei me retirar, com licença.- A mesma que estava antes batendo na porta, diz e sai.
Dou uma quantia para Emanuel e o mesmo vai comprar algo.
Me jogo feito uma bigorna no colchão que já estava arrumado ao chão.
- Que dia!.- Digo.
- Acha que estamos seguros aqui?.- Hanna pergunta.
- Acho que não estamos seguros em lugar nenhum...- Respondo olhando para o teto.
- Concordo.- Cristina diz.
Depois de um tempo, Emanuel volta.
Todos pegam suas comidas e sentam.
- Lucas, acha que nossos familiares estão bem?.- Cristina pergunta e come.
- Não sei...- Respondo e dou uma mordida em meu hambúrguer.
De repente, ouvimos pisadas fortes vindo das escadas.
Olho para Emanuel, ponho o hambúrguer no chão e me levanto de vagar.
Vou até a porta e abro a mesma sem fazer barulho. Ao olhar, vejo sombras subindo as escadas.
Corro até a janela e a abro. Logo, perceb o que tinha uma lata de lixo abaixo e que poderiamos pular.
~ Perfeito. Não vai doer nada.- Penso.
- Vamos, vamos!.- Digo não muito alto.
Hanna e Cristina dão as mãos e pulam.
- Pula Emanuel!.- Eu digo.
- Primeiro você!.- Ele responde.
- Que droga!.- Digo e logo depois pulo.
Emanuel pula logo em seguida.
Nossas motos estavam muito longe para corrermos e ás pegar. E era um fato de que eles iriam estar no mesmo lugar que as mesmas.
Simplesmente corremos.
Logo a frente, haviam dois deles.
- Correm p'ra lá!.- Digo e as empurro para um beco.
Emanuel e eu nos viramos e corremos em direção aos homens, para os enfrentar.
Os mesmos, apontam suas armas para nós.
Dou uma rasteira, levanto deixando apenas um joelho no chão e dou um soco, levantando o braço direito de um deles para o alto.
O mesmo, da 2 tiros para cima e eu pego sua arma, dando com a mesma no queixo do homem.
Olho para o lado e Emanuel havia jogado o outro no chão, chuto a mão do mesmo que estava caido e Emanuel a pega.
Vamos andando para trás e quando percebemos que já estávamos longe deles, pegamos nas mãos das garotas e corremos.
Logo vem um deles, vindo de um corredor ao lado.
- Meninas, fechem os olhos!.- Emanuel diz.
Aponto para a cabeça de um e atiro.
Hanna e Cristina ouvem o tiro e ficam assustadas.
- Vamos!.- Digo as puxando.
Olho para trás e vejo Emanuel pegando mais duas armas e colocando em sua cintura.
Vejo um carro prestes a sair, vou até o motorista e aponto a arma.
- Sai!.- Digo.
O mesmo sai de mãos para cima.
Cristina e Hanna entram.
- Emanuel!.- Grito para o mesmo que estava correndo.
O mesmo chega e entra no carro.
Dou em disparada com o carro.
De repente um garoto aparece na frente do carro e dou um leve empurrão no mesmo.
- Oque você está fazendo ai?! Sai logo!.- Eu grito para o mesmo.
O garoto era moreno, tinha um cabelo curto e cacheado, continha olhos castanhos claros e tinha um corpo malhado.
- Agora que me atropelou quer que eu saia?! Nada disto, agora vai ter que me levar junto!.- Ele diz.
- Está maluco?!.- Grito.
O mesmo fica parado e faz um olhar cínico.
Bato com as mãos no volante e digo;
- Ain... Entra logo!.
O garoto abre a porta do carro, entra e senta do meu lado.
- Sabe que vai morrer né?!.- Pergunto e dou outra disparada no carro.
Olho para o retrovisor e vejo dois carros.
- Emanuel, cuida disso.- Digo prestando atenção na rua.
Emanuel pega uma arma, põe metade do corpo dele para fora do carro e começa a atirar nos carros.
- Tenta atirar nas rodas!.- O garoto diz.
- Okay.- Emanuel responde, atira em uma das rodas de um dos carros bate no outro e os dois param na pista.
- Okay, agora, qual é o seu nome?!.- Pergunto dirigindo.
- Marcos Aurélio, mas pode me chamar de Lio.
O mesmo responde e estende a mão.
Olho para ele e volto a olhar a rua.
O mesmo percebe e se ajeita no banco, olhando para frente.
- Pra onde vocês pretendem ir?.- Lio pergunta.
- Não sabemos ainda. Além do mais, para onde, você vai?.- Pergunto.
- Como não?. - Lio pergunta e depois de escutar a minha segunda pergunta, o mesmo responde.- Há, vou com vocês.
- Só.- Paro por um estante, engulo a seco e logo depois respondo. - Só não, okay?.- Respondo.
Ficamos em silêncio durante um bom tempo.
- Lucas, precisamos descansar.- Hanna diz.
- Ela tem razão.- Diz Emanuel.
- Okay, vou parar o carro na praia.- Digo estacionando.
Abro o carro e ficamos sentados.
- Emanuel, trouxe algo para se cobrirmos?.- Pergunto.
- Não... Além do mais, a mochila ficou no hotel...- Ele responde.
- Eu tenho um cobertor na mochila, mas só cabe duas pessoas...- Cristina diz.
- Você dorme com a Hanna então...- Respondo.
- Eu posso dormir sem cobertor mesmo, sem problemas, mulheres são mais delicadas.- Emanuel diz.
Ignoro completamente o Comentário desnecessário de Emanuel e apenas respondo;
- Okay.- Respondo.
Saio do carro e vou em direção a água.
Lio vem até mim com as mãos nos bolsos.
- Sobrou apenas eu e você né?.- Lio pergunta baixo, como se quisesse que apenas eu ouvisse.
- Han... Sim.- Respondo rigorosamente.- Mas eu não vou dormir no carro.
Digo e vou para a beira do mar e me deito na areia mesmo.
Olho diretamente para a lua, a mesma estava cheia e brilhante.
Lio ainda com as mãos nos bolsos, se senta no local onde antes, eu havia parado.
Durmo ali, olhando a lua e ouvindo o som das ondas batendo na areia.
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