Capítulo 11
Narrado por Hanna.
Após todos dormirem, Emanuel e eu saímos do hotel sem que ninguém nos visse.
- Precisamos ir naquele posto de novo.- Digo para Emanuel logo após descer do hotel.
- Okay vem.- Ele diz me puxando.
O mesmo me leva até uma moto estacionada e faz uma ligagem direta.
Olhei para o lado e para o outro, prestando bem atenção se continha alguém nos olhando.
- Vai logo!.- Digo baixo.
- Pronto.- O mesmo responde e sobe na moto.
Ao eu subir na mesma, Emanuel sai em disparada de volta para o posto onde Cristina fôra raptada.
Chegamos próximo ao posto e logo percebemos que não éramos os únicos.
Haviam lanternas circulando pra lá e pra cá.
Pessoas andavam por alí como se estivessem a espera de alguém.
Sem que eu ou Emanuel percebessemos, alguém nos encontra e nos prende, amarrando nossas mãos rapidamente.
- Droga.- Digo.
- Hanna Vitória e Emanuel Guimarães foram encontrados.- Um homem com um traje que parecia de um agente dos "homens de preto" diz.
Uma mulher magra, de cabelo curto e traje social bufa e vem até nós.
- Há cala a boca!.- A mesma diz revirando os olhos e pondo a mão sobre o ombro do homem.
- Quem são vocês?!.- Pergunto olhando para os mesmos.
- E como sabem os nossos nomes?!.- Emanuel pergunta.
- Onde é que Lucas está?...- A mulher pergunta fazendo um olhar cínico e indo em nossa direção calmamente.
- Não vou dizer nada!.- Respondi.
- Hm... - A mulher diz se abaixando e olhando em meus olhos.- Você sabe quem eu sou Hanna?.
- Não, mas adoraria saber.- Digo.
A mulher da uma risada sarcástica, acredito eu, e se aproxima mais um pouco.
- Por mais que eu a conheça muito bem, eu vou dizer.- A mesma diz se levantando.- Eu sou a mãe de Lucas.
Me surpreendo totalmente. Em hipótese alguma eu iria acreditar nela, porém alguma coisa em seus olhos afirmavam ser verdade. Ela é louca ?
- Não acredito. Eu conheço os pais de Lucas, faz muito tempo e eles viajaram.- Digo.
- Sim... Infelizmente eles viajaram para uma viagem sem volta.- A mulher diz normalmente porém deixa escapar um semblante um pouco abatido.
- Como assim?! Vocês os mataram?.- Pergunto agoniada enquanto tento me soltar.
- Hanna, a gente precisa sair daqui!.- Emanuel diz tentando se soltar.
- Chega. Já falei demais, levem-os para a SNABIL.- Ela ordena para as outras pessoas que estavam alí.
- Sim senhora.- Um homem diz nos levando.
Ao nos forçarem a entrar em uma van, nos fazem dormir com uma pistola com algum líquido amarelo, porém ainda sim conseguia ouvir um pouco enquanto minhas pálpebras iriam se fechando. Como um som com o volume baixo, ouvi uma voz dizendo;
- Eles não podem de hipótese alguma saber sobre Marcos.
E antes que eu pudesse ouvir o restante das palavras, eu desmaiei por completo.
Acordo aos poucos e abro os olhos, não estava enxergando muito bem então aos poucos vejo a mesma mulher de ontem a noite vindo até mim e Emanuel.
- Bom dia.- Ela diz com um sorriso que logo penso eu, ser falso, já que nos prendeu. Não tem desejo algum de bondade.
- Até quando vão nos prender aqui?.- Pergunto.
- Não posso lhe responder isso agora Hanna.- A mulher diz friamente.
Reviro os olhos e bufo enquanto tentava enxegar mais, minha visão ainda estava um pouco embasada, como um vidro banhado de vapor.
Enquanto a mulher saia, percebia que eu me encontrava em uma sala toda branca, com alguns móveis e que a porta abria e fechava com o olhar de um deles.
Olho para trás e Emanuel estava amarrado junto comigo.
- Ou! Acorda!.- Digo.
Emanuel acorda um pouco sonolento ainda e pergunta;
- Onde estamos?.
- Não sei, mas eu quero sair daqui.- Respondo.
- Mas como?.- Emanuel pergunta.
- Tá vendo aquele cara atrás da porta?.- Pergunto.- Vou chamar atenção dele e você o acerta na cabeça, okay?.- Pergunto.
- Tá, mas como vamos nos soltar?.- Emanuel pergunta.
- Só faz o que eu te pedi, okay?.- Pergunto novamente.
- Okay.- Emanuel diz.
Espero o tal guarda olhar para mim por um tempo.
Após o mesmo corresponder aos meus olhares, faço uma expressão de sofrimento, como uma gata que acabou de se machucar.
O guarda como um cachorro atrás de carne, abre a porta e vem até mim e Emanuel.
- Tudo bem mocinha?...- Ele pergunta se abaixando, fazendo uma carinha de preocupado.
- Não muito...- Respondo abaixando a cabeça, enquanto tentava me soltar.
- Oque está havendo?...- O guarda pergunta.
- Essas cordas...- Digo tentando me soltar, enquanto fazia uma expressão de sofrimento ainda.
- Wooun.- O guarda diz fazendo uma carinha como se quisesse dizer "Coitadinha".- Não sei se posso lhe ajudar...- O mesmo diz fazendo uma carinha triste.
- Tudo bem... Eu entendo...- Digo baixo.
O guarda levanta e vai andando de vagar até a porta.
Porém não havia dado minha deixa para a peça de teatro, eu tinha que incrementar algo a mais naquela cena.
- Aai!..- Digo fingindo gemer de dor enquanto tentava tirar as cordas de mim e Emanuel.
O guarda reviras os olhos, bufa e volta até mim e Emanuel.
- Ta beem, mas terá que me prometer que não tentará fugir e nem sair desta sala.- O guarda diz olhando em meus olhos.
- Ta.- Respondo com uma voz de criança.
O guarda nos desamarra e logo percebo que era a hora de dar a sacada.
Me levanto lentamente para que ele não desconfiasse de nada e fico de frente para o mesmo.
- Então... Eu queria lhe agradecer sabe... Aquelas cordas estavam realmente me machucando muito.- Digo fazendo um biquinho.
- Aee?...- O guarda diz, olha para atrás de mim e vê Emanuel.- Mas e ele?...
- Haa, ele é cego e mudo, tanto como uma madeira.- Digo pondo minhas mãos em seus ombros e dando uma risada.
- Há, então tá tudo bem...- O guarda diz pegando em minha cintura.
Antes que percebesse, Emanuel pega um livro grosso e bate na cabeça do guarda.
O mesmo não chega a reagir e acaba desmaiado.
- Vem!.- Digo e aproveito que a porta ainda estava aberta para sair.
Emanuel logo sai junto comigo sem ao menos olhar para trás.
- E para onde vamos agora?.- Emanuel pergunta.
- Vamos tentar achar a saída.- Digo encostando em uma parede próxima de um corredor.
Me viro e vejo se havia alguém vindo.
Após ver que não iria passar ninguém, puxo Emanuel e corro até um dos corredores à frente.
Rapidamente enquanto passava para o próximo corredor, percebo estar chegando algumas pessoas no mesmo.
- Espera!.- Digo parando Emanuel.
Vejo uma porta aberta, o que seria um armário de serviços gerais com vassouras, produtos e outros.
- Vem.- Digo o puxando para dentro do tal armário.
Após entrar, fecho a porta e ponho meus ouvidos atrás da porta.
- Oque acha de tomarmos aquele cafézinho que estávamos pensando?.- Alguém pergunta.
- Tudo bem, vamos!.- Alguém que parecia estar junto responde.
Olho para Emanuel e digo;
- Vamos ter que segui-los, entendeu?.- Pergunto.
- Sim.- Emanuel responde.
- Okay.- Digo e logo abro a porta de vagar.
Após perceber que eles já haviam saído, vou em direção aos mesmos logo atrás.
- Vem.- Digo puxando Emanuel enquanto andava.
De repente o casal em nossa frente param e esperam um elevador.
Observo os dois e espero os mesmos entrarem.
Após entrarem, o elevador desce.
Fico olhando para ver se mais alguém iria aparecer.
Após perceber que já poderíamos ir, pego pela mão de Emanuel e corro até o elevador.
Entro no mesmo e olho para os botões.
Especificamente haviam muito andares, porém obviamente escolheria o primeiro.
Clico no botão para descer e calmamente o elevador obedece.
Após o elevador descer, o mesmo abre a porta e sem pensar duas vezes, saio com Emanuel correndo.
Olho para os lados e percebo que estava vazio.
- Ótimo!.- Digo um pouco baixo.
Vou até a porta que logo abrirá automaticamente e saio com Emanuel.
Olho para nossas frentes e começo a me preocupar, pensando em como sairia dalí.
- Legal, você tem um carro ai?.- Emanuel pergunta irônico.
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