Capítulo 10 (Part 1)
Narrado por Hanna.
Pássaros, árvores e crianças brincando. É assim que eu imagino onde Lucas está.
Mas neste momento estou com o meu "mozão"(como eu chamo meu namorado, mas conhecido como Natan, seu nome).
- Hanna, preciso conversar com você.- Natan diz socando levemente um poste ao lado dele.
- Estamos aqui pra isso, não é?...- Respondo o olhando.- Pode dizer.
- Eu quero terminar...- Ele diz, fecha os olhos e abaixa a cabeça.
Pego meu celular e ponho no bolso.
- Pode me dizer pelo menos do porque, para eu poder questionar enquanto me engordo?.- Pergunto irônica olhando em seus olhos.
- Eu... Eu to gostando de outra pessoa...- Ele diz e abaixa a cabeça.
Do um leve riso sarcastico, me fingindo de forte.
- E não consegue nem me dizer isso olhando na minha cara?.- Pergunto olhando para o mesmo.- Seja homem o suficiente e me diga que não me ama mais.
- Desculpa Hanna...- Ele diz.
- O maximo que eu posso fazer é te desculpar agora né.- Digo e reviro os olhos.
- Acho que já deu pra essa conversa.- Ele diz.
- Tá, tchau.- Respondo fria sem ao menos acreditar que aquelas palavras saíram dos meus lábios.
- Tchau...- Ele diz se virando e indo embora.
Prendo meus sentimentos, os engolindo a seco e vou em direção ao parque, aonde Lucas, Emanuel e Cristina ja deveriam estar.
Mas que fraca eu sou, não aguentei, me deparo no meio do caminho, chorando. Minhas lagrimas molhando meu corpo, como se quisessem me dar um banho e me lavar de todo sentimento de magoa.
Mas eu tenho um leve defeito, eu transpiro enquanto choro.
Essa ultima frase pode lhe fazer rir, mas acredite, é horrível.
Limpo meu rosto para não parecer que eu estava chorando e Lucas começar a me dar sermão sobre meu relacionamento.
Logo à frente, em meio ao embasado das lagrimas, vejo Cristina, Emanuel e Lucas.
- Ei gente!.- Grito.
Vou em direção aos mesmos, de braços abertos e sorrindo.
Vejo eles conversar entre sí, suponho que não me reconheceram.
Continuo andando de braços abertos.
Logo vejo Cristina vir me abraçar e depois diz;
- Hanna você esta transpirando muito!.- Ela diz fazendo uma carinha de nojo.
Depois de abraça-la, Lucas me abraça.
- Hanninha! Oque houve que você demorou tanto?.- Ele pergunta me abraçando.
Penso em contar para eles que eu demorei por terminar com Natan... Mas não queria que eles ficassem em cima de mim dizendo para que eu não ficar triste.
Decido só responder uma das verdades.
- Estava com o Mozão.- Respondo e dou um leve sorriso para disfarçar.
Rimos um pouco.
Não queria pensar mas nisso, então parto para outro assunto.
- Vamos gente! Estou ansiosa para andar na nova montanha russa com vocês!.- Digo.
Emanuel logo chega dando os copos de açaí para Cristina e Lucas.
- Vamos.- Emanuel diz.
Vamos andando em direção à mesma, pois era muito próxima aquela praça.
Nos divertimos bastante, porém, houve um terrível acontecimento.
Um homem esbarra em Lucas e deixa cair uma arma, de inicio isso me assustou, mas percebi que não poderia reagir aquela cena.
Haviam mais homens no parque, todos eles estavam armados e começaram a pôr todos um do lado do outro.
Sem demorar muito um deles começara uma matança.
Não aguentava mais, meu coração estava sendo massacrado só por ver todas aquelas pessoas morrendo, cada criança e suspeitava de que eu também iria morrer naquele mesmo dia.
Viro meu rosto ao o lado oposto para não ver toda a cena.
De repente ouve-se um barulho.
A maioria deles vão até lá para ver o que havia acontecido, porém sobram 12 ainda.
De repente sinto Lucas pegando em minha mão, sem pensar muito pego a mão de Emanuel e o mesmo de Cristina.
Corremos todos até o portão, sem fazer barulho.
Conseguimos passar e fomos até a praça.
Paro e começo a respirar ofegante.
- Respira de vagar Hanna.- Lucas diz pondo uma das mãos em minhas costas.
- E agora?! O que vamos fazer?!.- Cristina pergunta.
- Não sei, ta legal?!.- Lucas responde.
- Não podemos fazer nada.- Emanuel diz.- E se nos acharem, irão vir atrás de nós.
Volto normalmente aos poucos e respondo;
- Verdade.
- Temos que esquecer o que houve hoje.- Lucas diz de cabeça baixa.
- Há claro! E esquecer a cena de todas aquelas crianças sendo mortas!.- Cristina responde irônica.
- Não complica mais as coisas Cristina!.- Lucas diz.
- Lucas tem razão... Se não esquecermos iremos comentar com alguém sobre isto e logo saberam que estávamos lá e fariam uma bela queima de arquivo. É isso que você quer Cristina ?.- Emanuel explica e em seguida pergunta para Cristina.
Ela o olha pra cima, bufa e vira de costas.
- Não.- A mesma responde.
No mesmo estante fazemos o mesmo, viramos de costas, um para o outro.
Primeiro Emanuel começa a andar, logo depois sou eu e Cristina.
~ Que merda...- Digo em minha cabeça.~ Hoje foi o dia.
Contínuo andando enquanto meus olhos ficavam vermelhos.
Por mais de que a dor fizesse com que meus olhos não parassem de arder, prendo meu choro até chegar em casa.
Como esperado, tomo um banho de lagrimas, não apenas por ter terminado com Natan, mas também pela morte daquelas crianças. As mesmas não deveriam ter partido naquela hora, deveriam ter suas vidas e vive-las não como eu viví, mas diferente, talvez fossem mais vezes ao parque ou ao cinema, ver um filme engraçado e rir, simplesmente rir.
Não aguento tanto sentimento ruim, precisava tirar aquilo de mim. Vou até a cozinha, pego um copo d'água com açúcar e bebo.
Após engolir aquela água melada, respiro fundo tentando conter as lágrimas de cairiam novamente.
O fim daquele dia não foi muito bom para mim e imagino que foi o mesmo para os outros.
[Um bom tempo depois]
Acordo de manhã e vou tomar café, um pouco tarde até, comparado aos dias passados.
vou até o banheiro escovar meus dentes, de repente ouço a porta da casa bater e alguém gritar:
- Hanna!.
Penso comigo mesma enquanto iria para a escada ver quem deveria ser.
Apenas Cristina e os garotos tinham a chave daqui de casa, portanto, se não fossem eles, já deveria ter chamado a polícia.
Chego na escada e percebo que é Cristina.
- Oque você está fazendo aqui a esta hora?.- Pergunto enquanto escovava os dentes e passava a mão esquerda em meu olho, na tentativa de desembaçar minhas vistas.
- Eles acharam o Lucas!.- Cristina diz olhando para mim.
- Oque ? Como assim?.- Pergunto.
- Os homens do parque! Eles nos acharam.- Ela diz.- Anda! Você precisa arrumar as suas coisas logo!.
- Pera!.- Digo e vou para o banheiro terminar de escovar meus dentes.
Após já ter terminado de escovar meus dentes e de pôr o necessário em uma mochila, desso até a sala.
- você está com a sua moto?.- Cristina pergunta.
- Estou sim, vamos!.- Respondo abrindo a porta e saindo.
Cristina sai e fecha a mesma.
Subo em cima da moto e Cristina sobe logo depois, deveriamos esperar Lucas e Emanuel, porém o nervosismo era tanto que se eles não aparecessem logo, eu daria a partida.
Lucas e Emanuel não demoram tanto e logo chegam.
Não pensamos duas vezes e corremos com as motos.
No meio do caminho para um lugar desconhecido, dois carros aparecem atrás de nós.
- Merda.- Lucas diz na moto de Emanuel, ao nosso lado.
Aceleramos mais.
Logo a frente havia alguns becos. Entramos em um deles, porém os dois carros conseguem passar.
- E agora?.- Pergunto.
- Continua em frente!.- Lucas responde.
- Tá legal!.- Respondo positivamente pois sabia que isso eu poderia fazer.
continuamos correndo por alguns segundos.
- Entra alí!.- Lucas diz para mim e Emanuel.
Sem pensar muito faço o que ele pede.
Desta vez os carros não conseguem passar.
Paramos no meio do caminho para descansar a adrenalina que corria em nossas veias.
- Precisamos descansar.- Digo.
- Para onde vamos?.- Emanuel pergunta.
- Sei de um bar.- Cristina responde.
- Vamos.- Lucas diz.
Vamos até o bar.
Ainda estava muito cansada, precisava dormir.
- Aonde vamos dormir?.- Pergunto.
- Não sei de nenhum lugar...- Cristina diz fazendo uma expressão de decepção em seu rosto.
- Podemos ir à um hotel próximo, sei onde tem um. Não é lá o melhor, mas, dá p'ro gasto.- Emanuel responde.
- Precisamos saber quanto temos de dinheiro.- Lucas diz.
- Eu só tenho isso.- Digo tirando uma quantia do bolso.
- Não tenho muita coisa.- Cristina diz e põe na mesa.
- Só tenho isso e uma bala.- Emanuel diz e põe na mesa.- Espera.- Ele diz, abre a bala e come.- não tenho mais a bala.
- Recebi a pouco tempo, dá p'ra ajudar.- Lucas diz.
o mesmo pega o dinheiro e guarda em seu bolso.
Precisava beber alguma coisa.
Vou até o balcão e peço uma bebida.
De repente um homem barbudo começa a rir.
Não me importo em saber aonde o mesmo se encontrava ou pelo o que ele estaria rindo, apenas continuo a espera de minha bebida.
De repente ouço a voz de Lucas perguntando;
- Qual é a graça?.
Olho para trás e o mesmo havia acabado de colocar a mão sobre a mesa.
~ Isso vai dar merda.- Penso.
Logo depois ouço o homem rir e responder em um tom irônico;
- Sua amiga querendo beber, ela não sabe que beber é para os homens?.
Reviro os olhos.
- Quer apostar que ela bebe mais do que você?. - Lucas pergunta.
Fico interessada e presto mais atenção na conversa.
- Agora eu quero.- O homem barbudo responde fazendo uma expressão má que mais parecia um velho rabugento.
Por um momento deu vontade de rir, mas me contenho.
- Todo o seu dinheiro, contra, todo o nosso dinheiro.- Lucas diz.
~ Eita...- Penso surpreendida.~ Que aposta.
- Fechado.- O homem responde.
Sem pensar duas vezes, peço ao invés de um copo, quatro garrafas e ponho na mesa.
Sem reclamar nem nada, vou bebendo de uma vez, enquanto ele, bebia meio copo por vez.
Termino minha segunda garrafa enquanto ele não havia terminado a primeira, comemoramos, pego minha jaqueta e vou embora com Lucas, Emanuel e Cristina.
Chegamos no hotel a pé e Lucas logo pede um quarto grande.
- Oque? Dormir juntos?.- Cristina pergunta.
- Sim. A menos que queira dormir e passar fome na rua nos próximos dias.- Lucas diz.
Cristina revira os olhos e logo depois bufa.
- Tá legal.- Ela responde.
Subimos para o quarto.
Olho para o mesmo e logo percebo que não é um dos melhores porém dava para o gasto.
- Peguem os colchões.- Lucas pede.
Eu e Emanuel vamos pega-los enquanto Lucas e Cristiana pegam os lençóis.
Sem demorar muito alguém bate na porta.
- Pode abrir...- Emanuel diz.
Uma mulher abre a porta e pergunta;
- Precisam de algo?...
- Não obrigado.- Lucas responde.
- Lucas estamos com fome.- Cristina diz.
- Tudo bem, Emanuel vai comprar algo.- Lucas responde.
- Okay.- Cristina diz.
A mulher que estava na porta diz algo e sai.
Lucas dá uma quantia para Emanuel e o mesmo vai comprar algo.
[Continua]
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