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Prendimi

Olá! Como vão vocês?

Bom, o que posso adiantar a todos é que Pâmela voltou \o/ Desejo a todos uma boa leitura! Não deixem de comentar <3

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Pâmela acorda, sentindo o peso nos olhos. Coça-os e observa ao redor, reconhecendo seu quarto. Espreguiça-se, levanta-se com a cabeça girando um pouco - efeito dos remédios que tomou no dia anterior. Vai ao banheiro, apoiando-se nas paredes e móveis. Ao olhar no espelho, nota que está mais pálida do que o habitual.
Caminha vagarosamente em direção à cozinha, ainda se apoiando em tudo o que vê pela frente. No entanto, é surpreendida ao passar pela sala.
- Bom dia, flor do dia! - Elaine exclamou, assustando-a.
Elaine e Carolina correm em sua direção e a abraçam.
- Como você está, Pam? - pergunta a morena.
- Mais ou menos. Minha cabeça está girando e mal me lembro de como cheguei em casa. - explica. - Mas onde estão meus pais?
- Foram trabalhar. Disseram que não poderiam faltar, mesmo sendo feriado. - esclarece a loira.
- Parece que foram escalados. Então pediram para que viéssemos cuidar de você! - completa Carolina.
O diálogo é interrompido quando uma notícia aparece na televisão:
"Um supervisor de uma empresa de telemarketing foi encontrado morto hoje pela manhã em uma esquina próxima ao local de trabalho."
Pâmela corre, pega o controle e aumenta o volume.
"O homem identificado como Antônio Nogueira Gelardino caminhava ao lado de uma funcionária, quando foi abordado por uma gangue de homens vestidos de preto e bem armados. Com medo, a mulher não quis dar entrevista."
- Meu Deus! - sussurra Carolina.
"Até agora, as evidências apontam para o Justiceiro de São Paulo, mas não há nada que ligue Antônio a atividades criminosas. Será que o intitulado 'herói' decidiu se tornar bandido?"
- Filho da puta! - a ruiva soca a mesa de centro.
- O que foi, amiga? - pergunta Elaine, aproximando-se.
- Esse é o idiota que me assediou!
As amigas se entreolham, boquiabertas.
- Como o Justiceiro sabia disso? - Carolina ergue uma sobrancelha.
- Também não sei. Mas uma coisa é certa: não fui a primeira.
- Terá sido a mando de outra funcionária? - pergunta a loira.
- Nunca saberemos.
Ela bufa, levanta-se do sofá e vai finalmente tomar seu café.
[x]
Já próximo ao meio-dia, decide ligar para o advogado indicado pelo vizinho. Mesmo que Antônio tenha morrido, a empresa ainda deve indenizá-la pelo ocorrido. Aproveitando que as amigas estão distraídas discutindo o almoço, vai para o quarto.
Pega o celular e o cartão de visita, disca o número. Chama quatro vezes e, prestes a desistir, é atendida:
- Alô?
- Bom dia. Senhor Rodrigo?
- Sim. Quem está falando?
- Meu nome é Pâmela. Sou vizinha do Thiago. Ele me indicou a falar com o senhor.
- Ah, oi Pâmela! Lembra-se de mim daquela festa? - ri. - O Thiago me explicou seu caso. Que tal almoçar conosco na casa dele?
- Claro que me lembro! - responde sem muita empolgação. - Acho ótimo! Que horas?
- Pode vir agora! Já estamos preparando a comida.
- Ok. Até daqui a pouco! - desliga.
[x]
Arrumada com uma roupa melhor, já que estava de pijama até pouco antes, passa pelas amigas e avisa que vai à casa do vizinho, sem dar muitos detalhes.
Deixa o celular no braço do sofá e vai à cozinha pegar um copo d'água, sendo seguida por Carolina. Elaine, aproveitando que a tela do celular está desbloqueada, não hesita em mexer no aparelho. Entra na lista de contatos e anota alguns números rapidamente.
Ouvindo os passos de Pâmela voltando, Elaine coloca o celular bloqueado onde estava e se afasta. Pâmela pega o celular e sai rumo à casa da frente, enquanto a morena reclama por não poder ir junto.
[x]
Thiago atende à porta com os cabelos levemente espigados e bagunçados. Seus olhos mostram olheiras, resultado de uma noite mal dormida. Veste uma camisa velha e uma bermuda surrada. Dá um sorriso fraco e abre passagem para que entre.
Pâmela observa a casa, constatando a organização impecável. Apesar das pequenas infiltrações e rachaduras nas paredes, acha o interior bonito. Dirige-se à poltrona onde Rodrigo está sentado, bebendo uma cerveja, vestido com uma bermuda de nylon e uma camisa preta.
- Nem aparenta ser um advogado, né? - Thiago aponta para o amigo, que se levanta para cumprimentar Pâmela.
- Não se deve julgar pela roupa, meu caro. Sabe que sou bom no que faço... - diz Rodrigo, piscando para Pâmela e beijando seu rosto.
- Vou terminar de preparar o almoço. Enquanto isso, adiante o caso para ele. - orienta Thiago, indo para a cozinha.
- Senhor Rodrigo, desculpe-me por interromper seu dia de folga...
- Senhorita! - interrompe Rodrigo. - Primeiro: Não me chame de senhor. Assim eu me sinto velho! - todos riem. - Segundo: o Thiago foi suspenso e estou sem nenhum caso. Ou seja, você é extremamente importante para mim! - afirma.
Ela sorri, mas se preocupa.
- Ele foi suspenso por minha causa, não é? - pergunta temerosa.
- Ah, ele nem gosta da parte burocrática... - Rodrigo faz um gesto de desprezo com as mãos. - Mas antes de falarmos de assuntos profissionais, por que não me conta qual é a sua relação com o Thiago?
- Relação? - altera o tom de voz. - Não há relação alguma! - responde defensiva.
Rodrigo lança-lhe um olhar e sorriso maliciosos.
- Sei... Pelo seu desconforto, fica claro que não há... relação... - enfatiza a última palavra.
Pâmela aproxima-se, com uma expressão séria.
- Não posso fazer nada se o destino insiste em cruzar nossos caminhos. Thiago é um bom homem, mas tem idade para ser meu pai! Além disso, estou muito bem comprometida. - diz, exasperada. - Que tal falarmos do motivo pelo qual estou aqui? - desconversa, afastando-se novamente.
Rodrigo inclina-se na poltrona, passa as mãos pelo cavanhaque e retruca:
- Estou todo ouvido!
[x]
Enquanto analisam as possibilidades de processar a empresa, são chamados para almoçar.
Prepararam arroz, feijão, bife e polenta. O cheiro da comida é delicioso e Pâmela se encanta com o sabor.
Após a refeição, ela se oferece para lavar a louça. O anfitrião hesita a princípio, mas acaba aceitando, com a condição de que ele guarde os pratos. Rodrigo vai para a sala, para deixá-los a sós e assistir ao jogo de futebol.
Enquanto ensaboa os copos, ouve Rodrigo colocar a música "Take On Me", do A-Ha:


We're talking away
I don't know what
I'm to say I'll say it anyway
Today's another day to find you

Ele canta animadamente. Pâmela decide brincar, tampando os ouvidos e balançando a cabeça em negação.
- O que isso quer dizer, mocinha? - Rodrigo coloca as mãos na cintura, fitando-a com indignação.
- Você canta muito mal! - caçoa.
- Ah é? - aproxima-se dela. - Take on me... Take me on... - canta alto próximo ao seu ouvido, enquanto continua tampando os ouvidos dela.
Agastada, Pâmela sacode as mãos molhadas próximas a ele, deixando-o todo respingado. Continua zombando até vê-lo se aproximar, fazendo cócegas em sua barriga, obrigando-a a se jogar no chão de tanto rir.
Ele para, tenta se levantar, mas acaba sendo puxado e caindo em cima dela. Aquilo os encabula; entretanto, nenhum dos dois tem coragem de sair daquela posição.
Encarando os olhos verdes dele, Pâmela perde-se em sua beleza. É indubitável a lascívia que a domina. Consome-a também, tem certeza disso. Se não quisesse, o afastaria; mas não o faz.
Pelo contrário, fecha os olhos, esperando que ele tome uma atitude. Rodrigo a beija desesperadamente, como se fosse a última oportunidade de fazer aquilo. Sua mão grande ampara a cabeça dela, enquanto se entrelaça pelos seus cabelos alaranjados. Seus braços envolvem suas costas, mantendo-o ali.
Rodrigo ouve as risadas e o silêncio repentino. Apenas a música ainda toca ao fundo, então decide conferir o que está acontecendo.
Sorri orgulhoso ao ver que o amigo está se dando uma nova chance, esquecendo-se pouco a pouco de Bruna e entregando-se a uma nova paixão. Sai discretamente para que não percebam que estão sendo vigiados.
[x]
Em um bairro próximo, Elaine desembarca de um ônibus e se dirige a uma casa com portão marrom. Toca a campainha e espera alguns minutos. Finalmente, um homem aparece na janela:
- Olá, no que posso ajudá-la? - pergunta.
- Fui eu quem te mandei mensagem, Daniel. Vai me deixar entrar?
Respira fundo, fecha a janela e coloca rapidamente uma bermuda, ralhando mentalmente por ter seus planos de assistir séries o dia todo frustrados.

- Quem é você e o que quer comigo? - pergunta, aproximando-se do portão.

Ela analisa o porte físico esbelto do homem e, encantada, morde o lábio inferior antes de responder:

- Meu nome é Elaine. Sou colega de faculdade da Pâmela. Venho te avisar que ela está te traindo!



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FDP MORRE CEDO, RAPÁ!

Olhem a carinha de anjo, inocente, dessa super amiga da Pâmela!

E aí, acharam o beijo precipitado demais? Rodrigo é o maior shipper de Pâmela e Thiago (inventem o nome do shipp, pois sou péssima!) que existe? O que vai acontecer depois disso? Não deixem de comentar!

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