Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Orizzonti

No meio da semana atribulada, Thiago se dá ao luxo de beber uma cerveja. Abre a garrafa pequena e se estende no sofá. Liga a TV, parando no canal que transmite o futebol. Lembra-se de que, desde que entrou para a polícia, não teve mais tempo para acompanhar nada, nem mesmo o seu time do coração.

Tudo está em paz até que o incômodo toque da campainha o interrompe. Ele respira fundo, hesita em abrir a porta e, desejando apenas descansar, solta uma série de palavrões.

A campainha toca novamente.

- Puta que pariu... É nessas horas que tenho vontade de usar minha legalização de porte de arma para atirar em alguém... - reclama, levantando-se e abrindo a porta.

Vê uma garota de pele morena, cabelos curtos e negros, lábios marcados. Estranha. Antes que possa perguntar algo, ela começa a falar:

- Com licença, senhor Thiago... Meu nome é Carolina. Sou amiga da Pâmela e vim te convidar para uma festa na minha casa no sábado...

- Festa? Garota, você nem me conhece! - ri pelo nariz.

- Estou convidando todos os vizinhos porque vamos fazer muito barulho. Não quero incomodar ninguém, então acho melhor que vocês venham. - explica.

- Ok... Obrigado pelo convite, mas eu não vou. Fique tranquila. Avisarei aos meus colegas de trabalho para não atrapalharem sua festinha... - comenta, sarcástico.

- O-O senhor é policial? - gagueja ao ouvir a informação.

- Sim. E um policial muito bravo. Passe bem, senhorita! - fecha a porta, deixando-a pasma.

Ainda boquiaberta com a frieza do homem, Carolina decide ir para a casa da amiga para ver se ela já estava recuperada do choque.

[X]

- Oi, Carol, tudo bem? Entre! - Maria abre a porta para a morena.

Assim que vê Pâmela sentada no sofá, Carolina corre para abraçá-la.

- Amiga... Como você está?

- Você não deveria estar na faculdade? - a ruiva pergunta, franzindo a testa.

- Hoje não teve aula. O professor enviou um e-mail avisando que está doente. E você, como está se recuperando do baque?

- Estou melhorando aos poucos... Desde ontem consegui voltar a falar. Os calmantes estão ajudando a dormir. - responde sinceramente.

- Podemos ir ao seu quarto conversar? - Carolina pergunta, olhando para as escadas que levam aos quartos.

Pâmela assente e ambas se levantam.

[X]

- Por que me trouxe aqui? O que quer me contar? - Pâmela está intrigada. Carolina só age assim quando tem alguma novidade.

- Fui à casa do vizinho bonitão... - Pâmela tenta falar algo, mas é interrompida. - Ele foi bem grosseiro comigo. Disse que não vai à festa e bateu a porta na minha cara!

Ambas riem.

- Minha mãe me disse que ele foi muito gentil no dia do... "Ocorrido". - Pâmela tenta evitar falar sobre aquilo, mas a lembrança vem à tona. - Ele é um cara meio ranzinza, porém, tem um excelente coração. E ainda é lindo!

- Pâmela... Você não está a fim dele, está? - Carolina pergunta, notando o brilho no olhar da amiga ao falar do homem.

A ruiva se ajeita na cama e suspira.

- Não, eu não estou apaixonada.

- Ah, bom, porque o Daniel...

- Eu não estou mais com o Daniel! - interrompe-a abruptamente.

- C-Como? Mas você ainda está usando a aliança... - aponta para o dedo anelar da mão direita.

- Ele tem agido de forma possessiva. Na semana passada, fez um escândalo comigo no shopping e chegou a puxar meu braço. Por sorte, Thiago apareceu na hora e o parou.

- Meu Deus! Por que você não nos contou isso?

- Sabe o olho roxo que eu estava na faculdade na segunda-feira? - Pâmela confirma com a cabeça. - Ele me bateu! Por sorte, já está melhorando.

- Amiga, você tem que denunciá-lo! Agressão é crime! - Carolina se levanta e começa a andar de um lado para o outro, passando as mãos pelos cabelos repetidamente.

- Denunciar? Para quem? Não tenho testemunhas. Além disso, me chamariam de vagabunda, submissa ou até diriam que gosto de apanhar. - explica Pâmela.

- Pam... Esse cara não te merece. Onde ele está agora?

- Viajou a trabalho e ficará fora por quinze dias. Prometeu que, assim que voltar, conversaremos.

- Vocês não têm o que conversar. Se ele te bateu uma vez, fará isso novamente! Considere-se solteira, porque você não merece um homem desses... - Carolina a abraça.

Pâmela se sente finalmente confortável com alguém depois de tanto tempo. Nunca teve uma amizade duradoura e foi trocada por pessoas mais "cool", namorados ou pela distância. Todos os amigos que teve a abandonaram.

No momento íntimo com Carolina, sentindo-se importada, Pâmela libera as emoções e permite-se chorar para se esvaziar de tudo o que sentiu nos últimos dias.

As lágrimas demoram a cessar, mas, quando finalmente param, a amiga a atinge com um travesseiro e faz cócegas.

Carolina só deseja ver Pâmela sorrir novamente e se sente mal ao ver as pessoas que gosta tristes.

[X]

A noite passa rapidamente. Já está tarde quando Carolina vai embora. Felizmente, são vizinhas. Ela se despede com um abraço e se oferece para ouvi-la sempre que precisar.

Desce as escadas, cumprimenta os pais e se vai.

A ruiva tem uma noite de sono maravilhosa e tranquila. Promete a si mesma que usaria os dias restantes de atestado para distrair a mente e não se martirizar pelos últimos acontecimentos.

[X]

No sábado de manhã:

Pâmela espreguiça-se na cama, levanta-se e vai à cozinha para tomar café. Ao chegar lá, é surpreendida por uma loira.

- Bom dia, flor do dia! - a pessoa se vira. Ao ver aqueles olhos verdes, Pâmela reconhece Elaine, que corre para abraçá-la. - Sentimos muita saudade na faculdade, viu... Não consegui vir antes por causa do meu trabalho. Está meio corrido por lá. - justifica.

- Como você entrou aqui? - cruza os braços, curiosa.

- Dei sorte. Cheguei e seus pais estavam saindo. Então, eles me deixaram entrar e me mandaram te acordar. Mas você parecia um bebezinho fofo, então preferi esperar... - aperta as bochechas da amiga, que lhe dá um leve tapa.

- Sua trouxa! - xinga, mostrando a língua.

- Sua otária! - retribui da mesma forma. - Já que você teve uma semana difícil, vim te convidar para tomarmos um sorvete e fazer umas comprinhas no shopping. O que acha?

- Ótima ideia! Mas primeiro, preciso tomar café... - aponta para a garrafa térmica na mesa.

- E precisa lavar essa sua cara de zumbi do The Walking Dead porque está foda, viu...

- Ah, vai se ferrar, cara de bolacha! - responde brincalhona.

[X]

Em seu quarto, já trocada, Pâmela prende o cabelo em um rabo-de-cavalo alto e decide sair sem maquiagem, já que o roxo de seu olho praticamente sumiu. Deixaria a maquiagem para a noite.

Coloca uma legging preta, uma regata pink e um tênis.

Desce e encontra Elaine esperando sentada no sofá. Ao vê-la, assovia como os homens fazem ao avistar uma mulher bonita.

Riem e, finalmente, saem.

Quando estão do lado de fora, param para Elaine procurar seu Bilhete Único* na bolsa.

Seus olhos se perdem na cena do outro lado da rua: Thiago está sem camisa, exibindo seu porte forte, uma tatuagem de um capacete medieval nas costas, lavando o carro de maneira sensual.

Os cabelos longos se movem levemente, acompanhando os movimentos de seu corpo que respinga água. A manhã estava quente, então não se importava em se molhar.

A bermuda preta que usa está colada ao corpo devido à água, destacando sua parte inferior.

Pâmela observa boquiaberta, como se estivesse em câmera lenta. Elaine morde o lábio e não hesita em gritar:

- Que delícia, hein, bebê... Êh lá em casa! - Thiago as olha com seriedade. A ruiva dá um leve empurrão na amiga e cora, envergonhada. - É com você mesmo que estou falando... Gostoso! - Elaine repete.

- Cala a boca! - a amiga sussurra entre dentes e a puxa pelo braço. Contudo, continua olhando para o homem, que sorri sem graça.

Para a tristeza de Elaine e alívio de Pâmela, o ônibus para o shopping chega e faz a parada para que entrem.

- Porra, Pam, você tinha razão. Seu vizinho novo é um pedaço de mau-caminho!

- Você não precisava falar aquilo. - comenta, ainda envergonhada.

- Qual o problema? Você já tem seu loiro bombadinho, agora é minha vez.
A garota fica constrangida ao lembrar do companheiro. Ele certamente não ficaria contente ao saber que ela estava tão fascinada ao ver o vizinho lavando o carro. No entanto, a conversa que tivera com Carolina durante a semana também lhe vem à mente. Ela não deveria se prender a Daniel, especialmente se o amor entre eles parecia ter se esgotado.
Esse dilema atormenta seus pensamentos ao longo do trajeto, enquanto tenta acompanhar a conversa de Elaine, embora sua mente esteja distraída.
Quando passam em frente à casa de Daniel, Elaine pergunta:
- Não é aqui que seu boy mora?
Pâmela apenas acena com a cabeça, mantendo o foco em ouvir a amiga falar.
A dúvida persiste: poderia considerar-se solteira mesmo sem ter formalizado o término com Daniel?

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro