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Mia Pace

Após um dia de diversão no shopping, onde se divertiram, comeram, fizeram compras e assistiram a um filme, Pâmela quase esqueceu o motivo de estar de atestado.
No final da tarde, ao chegarem em casa, tomam banho e se preparam rapidamente para a festa na casa de Carolina. Elaine faz uma trança embutida nos cabelos da amiga, enquanto Pâmela pinta as unhas. Antes de se maquiar, a ruiva veste o vestido vermelho e as sapatilhas baixas da mesma cor que comprara mais cedo.
- Arrasou, viada! - a loira brinca, enquanto seca seus cabelos.
Simultaneamente, Thiago, entediado, assiste à TV. A semana está tranquila demais! O único incidente que o justiceiro se envolveu foi com a vizinha. Seu celular toca e no visor aparece o nome de Rodrigo:
- E aí, parça! - cumprimenta o amigo.
- E aí... Algum caso pro justiceiro? - pergunta, animado, ajeitando-se no sofá.
- Nada, cara... Essa semana está tranquila. Pensei que talvez pudéssemos fazer algo juntos. Mas não sei o quê! - comenta despretensioso.
Ouviram um barulho de buzina insistente vindo do fim da rua. Thiago levanta-se e vai até a janela, bisbilhotando por trás da cortina. São os convidados da festa da vizinha chegando.
- Eu tenho uma ideia! Vem pra cá que te conto. - desliga.
Corre para tomar banho. Sai enrolado em uma toalha, com os cabelos ainda molhados. Enxuga-os rapidamente e abre o guarda-roupa à procura de algo para vestir.
Fuça os cabides e percebe que tem mais roupas sociais (que usa para trabalhar) do que casuais. Observa o uniforme do justiceiro guardado em um fundo falso e sorri orgulhoso. É realmente muito bonito!
Finalmente, após muita procura, encontra uma camiseta cinza mescla, um pouco escurecida pelo tempo, e um jeans surrado. Decide vestir-se assim para não chamar atenção.
Volta ao banheiro, aplica creme de barbear no rosto e redesenha os pelos que não combinam com o contorno desejado.
Não muito tempo depois, Rodrigo chega, trajando uma camisa social branca e calça preta. Ambos estão extremamente perfumados e alinhados. A noite promete ser mais interessante do que imaginavam.
[X}
Elaine usa um vestido curto e justo na cor azul. Seus cabelos louros, bem escovados, dançam conforme o ventilador bate neles. Faz muito calor, mesmo com Carolina tendo aberto todas as janelas e ligado todos os ventiladores de teto. A anfitriã conversa com a amiga enquanto esperam Pâmela voltar do banheiro, onde foi retocar seu batom vermelho.
Thiago e Rodrigo entram timidamente, procurando pela anfitriã que não percebe sua chegada. O advogado vê uma garota morena, de baixa estatura, com cabelos curtos e negros, e lábios chamativos. Ela parece convidá-lo para uma conversa e ele se encanta à primeira vista.
Aponta a garota para o amigo, que ao observá-la, percebe que é a dona da festa. Caminham em sua direção o mais rápido possível, porém Thiago se envergonha ao notar que a garota que o havia chamado de gostoso pela manhã está ao seu lado.
- Senhor Thiago... O senhor não disse que não viria? - Carolina indaga direta.
- Meu amigo e eu estávamos a fim de fazer algo diferente... E por favor, me chame de "você"! - responde timidamente.
Carolina olha para Rodrigo, que segura sua mão direita.
- Meu nome é Rodrigo. Estou à sua disposição! - beija-a. Ela ri, um pouco sem graça.
- Prazer, Carolina! Mas pode me chamar de Carol... Vocês querem comer ou beber alguma coisa?
- Não. - replica Thiago.
- Sim. - Rodrigo responde ao mesmo tempo. - Será que pode me levar ao lugar das bebidas? - vislumbra-a maliciosamente. O amigo logo percebe que aquilo é um pretexto para ficar a sós com a jovem e assim o fazem.
Elaine, ao notar que está sozinha com o vizinho misterioso, ousa passar a mão sobre seu peito forte.
- E aí, gostoso... Você veio aqui por alguma razão, não é? Claro que deve ter vindo por mim. - pisca.
- Não, na verdade, vim porque não tinha nada melhor a fazer. - retruca sinceramente.
- Não precisa mentir. Eu sei que... - e naquele momento, não consegue mais prestar atenção ao que a loira diz.
Seus olhos se fixam em Pâmela, que vem em sua direção de maneira graciosa, como se o mundo estivesse em câmera lenta. Parece que só existem eles dois ali.
A loira percebe seu desvio de atenção e se irrita:
- EI, ELA TEM NAMORADO, SABIA?! - grita, porém ele faz pouco caso.
Pâmela finalmente se aproxima da amiga e do vizinho. Abaixa os olhos para não encará-lo. Apenas o cumprimenta com um "Oi" frio. Elaine se dirige a ela com uma expressão emburrada.
- Vamos pegar algo para beber! - tenta arrastá-la pelo braço, mas Thiago segura o outro.
- Você está bem? Como foi sua recuperação depois do que aconteceu com o justiceiro? - demonstra claramente sua preocupação no tom de voz.
- Estou melhor. Tomei calmantes, fiz alguns hobbies e descansei a mente! - explica, ainda evitando contato visual.
- Amiga, vamos??? - Elaine a pressiona.
- Quando te levei ao hospital, fiquei tão preocupado. Até ofereci à sua mãe para comprar seus remédios, mas ela se recusou a aceitar. - ignora completamente a loira.
- Minha mãe é assim mesmo... Nunca aceita nada de ninguém. Mas e você, como tem passado os últimos dias? - finalmente o encara, perdendo-se naquele mar negro que são seus olhos.
Elaine bufa e sai irritada, deixando-os sozinhos.
- Ando entediado. Sabe como é... Rotina, vida parada, monotonia... Parece que nada acontece! - coloca as mãos nos bolsos da calça.
- Inércia. - completa. - Sei bem como é essa situação! Tenho andado cansada da minha vida ultimamente...
- Nunca diga isso, por favor. Ela pode estar enfadonha, mas ainda é sua vida! - repreende-a.
- Eu sei... No entanto, às vezes é inevitável aquele cansaço mental. As coisas sempre são da mesma forma. Ocasionalmente gostaria que algo diferente acontecesse...
- E seu namorado? - desconversa abruptamente.
- O que ele tem a ver? - cruza os braços e o fita séria.
- Talvez, se você contasse isso a ele, ele tentaria te agradar de alguma forma.
- Não estou mais com Daniel. - retorque seca.
- Creio que seja por causa do olho roxo que estava na segunda... - deduz.
- O-O quê? C-Como você...?
- Não sou bobo, Pâmela. Sou policial. - interrompe-a. - Conheço marcas de violência doméstica. Por que não o denunciou?
- Tenho medo. - abaixa o olhar.
- Mas não deveria! - dá um passo à frente.
[X}
Assim, passam boa parte da noite conversando, compartilhando histórias sobre seus passados, discutindo a situação política do país. Como toda jovem, Pâmela reclama:
- Eu odeio meu emprego! Sabe o quão horrível é sentar todos os dias numa P.A.*, colocar um headset* e ouvir clientes xingando você?
- Você é corajosa de trabalhar no inferno... Digo... SAC! - Thiago se diverte com o "apelido" que ela deu ao seu emprego.
- Vai dizer que ama seu trabalho na polícia?! - ergue uma das sobrancelhas.
- Preferia quando era policial... - pensa antes de prosseguir. - No entanto, cometi um ato que me fez ir para a parte "burocrática". - faz aspas com as mãos.
- Você matou alguém? - pergunta franca.
Ele pondera.
- Quase. - dá um sorriso sem graça. - Vamos beber algo? - aponta para a mesa de bebidas.
- Aceito uma água! - refuta e riem.
Chegam à mesa, Thiago serve água para ela, enquanto se serve com um pouco de vodca. Repara nas pessoas dançando ao fundo e não hesita em fazer um convite:
- Quer dançar um pouco?
- Não sei dançar! - gesticula com uma das mãos.
- Você acha que aquelas pessoas sabem dançar? - ri, indicando outros convidados. - Elas estão apenas mexendo o corpo. Vem comigo e te ensino! - toma o último gole de sua bebida e vai em direção à sala, onde transformaram o espaço em pista de dança.
Pâmela larga seu copo ainda cheio na mesa e corre para alcançá-lo. Ele começa a fazer alguns passos com os pés.
- Dois para lá e dois para cá. - ensina.
- Ah, meu Deus, você está fazendo os passinhos do meu pai! - gargalha.
- Ele é um homem de bom gosto então! Vivemos na melhor época que alguém poderia viver. - fala próximo ao seu ouvido devido à altura do som.
- Isso eu não discordo.
A canção acaba e começa Dancing In The Dark do Bruce Springsteen.

- Essa é foda! Vem que te ensino o passinho...

I get up in the evening

And I ain't got nothing to say.
I come home in the morning,
I go to bed feeling the same way


Ele mexe os pés rapidamente. Pâmela, tentando acompanhar os passos de forma desajeitada, provoca risadas entre os dois.
Quando a música chega ao fim, Pâmela está ofegante. Thiago também sente o cansaço e sugere que eles saiam para respirar um pouco de ar fresco na sacada próxima.
Ao chegarem lá, veem vários casais abraçados, conversando e se beijando. Pâmela, observando a Lua, sorri encantada.
- Sabe, sou fascinada pela Lua e tudo relacionado a planetas, sistema solar, alienígenas... - comenta, ainda olhando para o céu. - Às vezes me pergunto se estamos realmente sozinhos no universo. - Ela o encara.
Thiago sorri amplamente.
- Acho que algumas pessoas só querem estar sozinhas no universo... - diz, apontando para dentro, onde Carolina e Rodrigo estão sentados no sofá, se beijando. A ruiva sorri novamente. - Outras pessoas podem representar o universo para alguém. - Ele a olha sério, enquanto ela mantém a serenidade. - Se continuar sorrindo desse jeito, pode acabar partindo o coração de alguém! - avalia com naturalidade.
O sorriso de Pâmela se desfaz ao ouvir essas palavras. Seu coração bate forte contra o peito enquanto sente o hálito frio de Thiago em seu rosto. Ele se aproxima, deixando-os a poucos centímetros de distância.
Ele inclina o rosto em sua direção e, involuntariamente, suas mãos encontram a cintura dela, apertando-a. Pâmela sente um choque percorrer seu corpo e fecha os olhos, sem pensar em mais nada.
Os lábios se encontram devagar. Na mente de ambos, uma explosão de fogos de artifício coloridos parece acontecer, como se fosse muito aguardada. A química entre eles é evidente quando, ao provarem o toque das bocas, querem mais.
Pâmela finalmente envolve seu pescoço com os braços e o puxa para sentir o calor do corpo dele. Sua respiração fica descompassada, seu corpo treme e as pernas vacilam. O beijo se prolonga por mais de um minuto; mesmo quando seus rostos se afastam, eles continuam abraçados, como se precisassem daquilo para viver.
Uma forte falta de ar a acomete, fazendo-a respirar pela boca. Ela demora a perceber que aquilo não é normal. Empurra Thiago para se afastar e se apoia na sacada. Sua visão começa a escurecer, e ela ouve a voz dele apenas de forma distante.
Thiago a chama, sacode e verifica seu pulso. Não demora para que ele precise ampará-la. Ergue-a no colo e corre em meio às pessoas, que não prestam atenção ao seu desespero.
Ele interrompe o momento romântico do amigo e busca a orientação de Carolina.
- Ela desmaiou! O coração está batendo de forma irregular! - diz, com a voz carregada de preocupação.
- Vou chamar uma ambulância! - Rodrigo diz, pegando o celular.
- Levem-na para o hospital onde os pais dela trabalham! - instrui Carol, passando o endereço.
Thiago e Rodrigo correm para fora da casa, onde os socorristas a colocam na maca e permitem que apenas o policial a acompanhe.
Thiago passa as mãos pelo cabelo, desesperado, e não consegue evitar lembrar da noite em que Bruna morreu.
Ele não está disposto a perder outra pessoa que se importa. Não dessa forma. Não agora.

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