Notas:

Olá pessoas!

Primeiro, como vocês já devem saber, eu sou muito fã da Marvel (AH VÁ, É MESMO, PAOLA? CÊ JURA???) e hoje foi um dia muito especial com o lançamento do segundo trailer de Vingadores: Guerra Infinita. Minha ansiedade tá mais de 8 mil, bicho!!! Alguém mais aí assistiu? O que achou do trailer?

Segundo, quero começar me desculpando por fazer dois personagens tão FDP's - Daniel e Elaine - mas quero pedir que não desistam da estória e continuem aqui! Terceiro, quero desejar boa leitura a você que está lendo este capítulo <3

**********************************************************************************************

- Elaine? Você não é amiga da Pâmela? - ele pergunta, cruzando os braços sobre o peito.
- Sou. Ou melhor, era... Ai, eu não suporto ver o que estão fazendo com você! - responde ela. - Posso entrar para te contar os detalhes?
Apreensivo, ele abre espaço e a orienta a entrar.
Ao atravessar a porta, ela percebe que a casa é bem simples para as condições financeiras do rapaz. A única coisa que realmente se destaca é a TV de 43 polegadas com acesso à internet. O restante da decoração não combina com sua personalidade arrogante e exibida.
Ele pigarreia, trazendo-a de volta à realidade. Ela ajusta a postura e o observa com atenção.
- E então, o que queria me contar sobre a Pâmela?
- Bom, ela anda falando muito sobre um tal Thiago, que se mudou recentemente para a casa em frente à dela. Ela não para de elogiá-lo, dizendo o quanto acha ele bonito. - Daniel cruza as pernas e balança o pé no ar com nervosismo. - Acredita que um dia, quando fomos ao shopping, ele estava lavando o carro e ela começou a chamá-lo de gostoso, delícia, entre outras coisas?
- Eu não acredito nisso! - ela exclama, visivelmente desconfortável.
- Pois acredite! Depois disso, teve a festa na casa da Carolina, a qual você foi visitar no hospital depois. Sabe por que o Thiago estava lá? Porque eles se beijaram!
- Caralho... Sou muito burro! - ele soca o sofá. - Como não desconfiei de nada?
- Você não é burro, querido... - ela se senta ao lado dele. - Só está apaixonado, se deixando levar pelos sentimentos que nutre por ela.
- Está certa! Preciso mostrar quem manda!
- Isso! - a loira bate palmas. - Pode começar retribuindo a traição, por exemplo... - ela morde os lábios.
- Como ass... - antes que ele possa terminar a frase, vê Elaine tirando o vestido e ficando somente de lingerie na sua frente, exibindo seu belo corpo.
Ela pisca para ele e faz um sinal de "vem" com o dedo indicador. Ele fica sem reação.
[x]
Pâmela e Thiago ainda se beijam quando ela pega seu rosto e o desvia para o lado.
- Desculpa, Thiago... Tem que sair de cima de mim! - pede ela, em um murmúrio.
- M-mas... - ele gagueja nervoso. - O que fiz de errado?
- Você não fez nada. A culpa é minha! - ela o empurra gentilmente. Adorna a roupa e se coloca de pé, voltando a lavar a louça. - Vou terminar o que me comprometi a fazer e já vou embora. - evita contato visual.
Após alinhar as roupas, ele a pega pelo queixo, forçando-a a olhá-lo.
- O que está acontecendo?
Ela respira fundo, contorcendo o rosto para não chorar, mas não consegue segurar as lágrimas.
- É o Daniel... Estou confusa! Não sei se o amo ou o que sinto por ele. Estava tudo bem até um tempo atrás, mas agora ele está diferente! - desabafa.
Suspira pesadamente, desejando que ninguém se lembrasse dele.
- Quando exatamente ele mudou?
- Sei lá, acho que desde sua promoção para o cargo de gerente de vendas. Ficou mais grosseiro; prepotente.
- Ele não mudou, Pâmela. Sempre foi assim! Muitos casos de violência doméstica são cometidos por homens que parecem carinhosos e românticos. O cara nunca prestou, só estava com uma máscara!
- Eu discordo! - diz Rodrigo, entrando na cozinha e abrindo a geladeira. - Às vezes, homens que já foram casados mais de uma vez podem maltratar uma mulher, mas não maltratam a outra... - ele pega uma garrafa d'água e um copo. - Nem a psicologia sabe ao certo o que faz alguém se tornar agressivo. Talvez seja insegurança. Ou consequência de um relacionamento anterior. Também pode ser influência de amigos; colegas; que ficam dizendo "Ei, sua namorada é muito gostosa!" ou "Enquanto você está aí todo preocupado, ela está com outro!". - ele bebe um gole d'água e dá de ombros.
- Puff... - Thiago manifesta com desprezo. - O Daniel não é nenhum moleque para ser influenciado pelos amigos!
- Chega de falarem do meu noivo! - ordena Pâmela, irritada. - Meus problemas com ele, eu resolvo sozinha. Não preciso de sermões e orientações. - volta a focar na louça.
Os amigos se entreolham assustados.
- Só não queremos que você viva presa a alguém que te faz mal... - explica o ex-policial. - Mas se insiste, é problema seu! - caminha em direção à sala. - Deixe a louça em cima da mesa que depois eu guardo! - ele sai, deixando um silêncio perturbador.
- Sabe, Pâmela... O Thiago realmente gosta de você! - o advogado se manifesta. - Ele não costuma se preocupar tanto assim com as pessoas...
- Que tal ir estudar as leis, tentar me ajudar a processar a porra da empresa, ao invés de ficar dando uma de cupido? - interrompe ela, nervosa.
- Ui, essa doeu! - ele coloca a mão no peito, tentando parecer dramático. - Desculpa, então! - deixa o copo na pia e volta à sala.
Ela bufa, arrependendo-se de ter sido grosseira com pessoas que só estão tentando ajudá-la.
[x]
Após Rodrigo explicar que pesquisou alguns casos parecidos com o dela, mas que, infelizmente, foram mal-sucedidos, e ela se desculpar por sua atitude mais cedo, percebe que já é hora de voltar para casa.
Anoitece quando ela passa pela porta da casa do vizinho, que se despede com um aviso:
- Qualquer coisa... O que precisar... Conte conosco! Somos seus amigos agora! - sorri.
- Obrigada por tudo. - ela retribui o gesto, abraça-o e dá-lhe um beijo na bochecha, deixando-o ruborizado.
Ela o vê com os olhos enquanto atravessa a rua, entra em sua casa e desaparece. Ele volta para a sala, onde Rodrigo o aguarda com um sorriso jocoso.
- Logo uma novinha... Aí sim hein, Thiago! - eles gargalham.
Ao adentrar em seu domicílio, ele se depara com uma surpresa: Daniel está sentado no sofá da sala, com um sorriso estampado no rosto.
- Oi, amor! - cumprimenta Pâmela, caminhando em sua direção.
Daniel estica o braço, a freia, levanta-se e passa as mãos pelos cabelos dela, mantendo a simpatia.
- Onde você estava?
Ela engole em seco, sem saber o que responder. Nada vem à mente, então ela apenas o encara.
- Ouviu o que perguntei? - ele franze o cenho.
- Sim. - ela responde, abaixando a cabeça.
- Você estava com o tal Thiago, né?
- Como sabe? - ela continua mirando o chão.
- Quando cheguei aqui, Carolina e Elaine estavam desesperadas porque você foi à casa do vizinho e não voltou mais. - ele ergue seu queixo, forçando-a a olhá-lo. - Não te disse para ficar longe dele?
- Disse, mas...
- NÃO TEM "MAS", PÂMELA! - ele a empurra. - VOCÊ NÃO QUER SER CURADA DA SUA DOENÇA? NÃO QUER RECEBER UM TRATAMENTO DIGNO PARA O SEU PROBLEMA? - ele começa a chorar, enquanto ela põe as mãos diante do rosto para se proteger dos gritos. - VOCÊ NÃO ME OBEDECE! - ele puxa seus cabelos, atirando-a contra a parede.
Ela bate com as costas, e o vê se aproximar com um tom ameaçador.
- Por favor, Daniel. Para!
- Você merece ser punida... - ele toca suas madeixas. - Que tal um novo corte de cabelo? - ele sorri de maneira sádica. - Já volto. Vou buscar a tesoura da sua mãe. - Vai para a cozinha, onde Maria guardava uma tesoura em cima de uma velha máquina de costura.
Ela aprove
ita e sai correndo dali, sem se importar com seu visual desordenado. Atravessa a rua desnorteada; por sorte, está deserta. Bate desesperadamente na porta do vizinho, que atende de prontidão.
- O que aconteceu para você estar nesse estado?
- O Daniel enlouqueceu. Proteja-me!
Com uma expressão assustada, ele a coloca para dentro, tranca a porta e as janelas.
- Rodrigo, pegue um copo de água com açúcar para ela! - ele solicita. Rodrigo corre para a cozinha. - Você precisa se acalmar, ou vai parar novamente no hospital.
- Não sei como ele se tornou esse monstro... O que eu fiz? - ela fala entre soluços e lágrimas.
- Como ele era quando vocês se conheceram?
- Um príncipe encantado! - ela sorri saudosa. - Tudo começou há dois anos, quando eu voltava de uma entrevista de emprego...
---

***********************************************************************************************

O que posso adiantar é que o próximo capítulo será 99% flashback. Alguém consegue apostar sobre o quê?

Alguém aí está com vontade de matar o Daniel? E a Elaine? Rodrigo melhor personagem, sim ou claro?