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𝐯𝐢𝐢𝐢. A GUARDIÃ DOS BOSQUES

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𝐈𝐍𝐄𝐅𝐅𝐀𝐁𝐋𝐄
[ CAPÍTULO OITO ]

A GUARDIÃ DOS BOSQUES

BETTY BIRDWHISTLE percorria os grandes olhos azuis esverdeados pelo interior do castelo de Cair Paravel; sem dúvidas, nunca estivera em um lugar tão bonito quanto aquele. Ao seu lado, Lúcia parecia pensar o mesmo, com um grande sorriso no rosto e mal piscando seus olhinhos, desejando memorizar cada detalhe do castelo dos quatro tronos. Mesmo após uma grande batalha, o cansaço não parecia desanimar ninguém ali, afinal, haviam vencido!

─ Não é incrível? ─ Betty perguntou para a mais nova, que piscou duas vezes antes de voltar a atenção para a loira.

─ O quê? ─ indagou, confusa, ainda com um sorriso no rosto.

─ Sorrimos porque nossos corpos não são capazes de conter a alegria! ─ explicou, soltando uma risada e divertindo Lúcia.

─ Tem razão, Betty, é incrível!

As crianças seguiram Aslam por mais algum tempo, sempre sorrindo admiradas enquanto eram observadas por diversos narnianos. Finalmente, após alguns lances de escada, o belo Leão parou a caminhada, se virando para os filhos de Adão e as filhas de Eva com um olhar solene.

─ Nárnia está livre, graças a vocês ─ contou, calmamente. ─ Para a profecia se completar, no entanto, os quatro tronos hão de ser ocupados. Pedro, Susana, Edmundo e Lúcia, arrumem-se para serem coroados os novos reis e rainhas de Nárnia!

Seus rostos se iluminaram em grandes sorrisos, e seus olhos brilhavam de felicidade.

─ Uma rainha! ─ Lúcia riu. ─ Mas sou tão pequena!

─ Mas o seu coração é grande! ─ Betty assegurou para a pequena, que agora era carregada nos braços de Pedro. ─ E todos sabem que vai fazer um ótimo trabalho! Todos vocês vão!

Os Pevensie agradeceram, sem jeito. Sentiam-se inseguros, ao mesmo tempo que dispostos a dar seu melhor para que Nárnia nunca mais sofresse como já havia sofrido por séculos.

─ Estarei aguardando por todos vocês lá embaixo, na sala do trono. Arrumem-se, que logo a coroação se iniciará.

O Leão se distanciou, e logo as crianças abriram as portas dos quartos que haviam ali, procurando por quais seriam os seus. Dentro dos quartos, alguns narnianos os aguardavam, prontos para os auxiliar no que fôsse necessário.

─ Edmundo, não vai querer ser coroado desse jeito, não é? ─ Betty fez uma careta ao perceber que apenas ele ficara ali, ainda usando sua armadura e com diversos ferimentos sujos. ─ Vá se arrumar, você está imundo!

Em resposta, o menino revirou os olhos. Mas não se moveu, fazendo a menina franzir o cenho em preocupação.

─ O que foi?

─ Acha mesmo que posso ser um bom rei? ─ ele questionou, agoniado. ─ Não acha que vou ser um tirano, como disse antes?

─ Ah, Edmundo ─ ela enrugou o nariz, dndo de ombros. ─ Naquela hora, você havia me enganado por pura ganância! Mas sei que estava sendo enfeitiçado pela bruxa. Então, não acho que vai ser um tirano, todos nós confiamos em você. Sei que você vai fazer tudo o que puder para que Nárnia seja o melhor lugar do mundo!

O menino abriu um pequeno sorriso olhando para o chão, ainda preocupado com o que seria seu reinado, e subiu os olhos para Betty novamente.

─ Você é esquisita, Betty. Deveria estar brava comigo depois de tudo o que eu fiz, mas está me apoiando.

Elizabeth estava mais do que acostumada a ouvir coisas daquele tipo. Por diversas vezes, recebia broncas de sua mãe por ser boazinha demais; mas Betty não tinha culpa se tentava sempre enxergar o melhor nas pessoas, tinha? Poderiam chamá-la de boba, mas a menina não mudaria seu jeito de ver as coisas.

─ Quer que eu fique brava com você? ─ ela cruzou os braços, levantando as sobrancelhas. ─ Vou ficar brava se não entrar no seu quarto imediatamente e começar a se arrumar para ser coroado como rei de Nárnia. Ande logo, Edmundo!

Certo, mãe! ─ ele resmungou, franzindo o cenho, e andou devagar até o quarto que supôs ser o seu, por estar com a porta aberta. ─ Obrigado, Betty.

A menina não respondeu, apenas sorriu por cima do ombro enquanto caminhava pelo corredor, pronta para descer as escadas.

─ O que faz aqui, Elizabeth? ─ Aslam perguntou quando a menina alcançou o corredor de baixo. O Leão estava de costas, admirando o horizonte através das grandes colunas que se erguiam do chão ao teto, formando uma espécie de grade. ─ Deveria estar se arrumando para a coroação.

─ Oh, pensei que pudesse me arrumar em outro lugar, para não os ver antes de serem coroados e ser surpreendida como todos os outros narnianos!

Aslam se virou para a olhar, com um pequeno sorriso. O vento atingia suas costas, soprando levemente sua bonita juba.

─ Ora, mas você não vai apenas assistir a coroação. Você é parte dela! ─ Aslam falou, e a menina franziu o cenho em confusão. ─ Há uma tarefa especial para você, e um quarto lá em cima.

Com as feições denunciando curiosidade, a menina se aproximou do leão, tocando o topo de sua cabeça enquanto caminhavam juntos.

Conte-me mais!

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Parada próxima a Tumnus, Betty sorria ao observar todos os narnianos que haviam na sala dos tronos, todos ansiando para assistir seus novos reis e rainhas serem coroados.

A menina tinha o corpo envolto por um vestido dourado, soltinho, e os cabelos caindo livremente pelos ombros e costas em formato de ondas. Todos estavam muito bonitos; a senhora Castor havia se penteado, como desejou desde o início, e Tumnus usava um belo cachecol verde.

─ Eu já os vi! ─ Elizabeth disse aos outros. ─ Descemos juntos, mas eu entrei primeiro. Os quatro estão muito bonitos, vocês precisam ver!

─ Acho que vamos ver agora! ─ Tumnus disse, conforme ouviam o barulho das portas sendo abertas. Imediatamente, os centauros se alinharam, com suas espadas apontadas para o ar.

Lúcia, Susana, Aslam, Pedro e Edmundo caminharam calmamente lado a lado, sendo observados por olhares felizes e ansiosos. Betty tentou até mesmo bater palmas, mas foi interrompida pelo fauno.

─ Agora não é a melhor hora, Betty ─ sussurrou, com uma risada baixa. ─ Espere só mais um pouquinho.

Ela assentiu, e voltou a assistir os amigos caminhando, até que pararam diante de seus quatro tronos, sendo os de Pedro e Susana os dois do meio, e os de Edmundo e Lúcia aos cantos. Cada trono tinha um objeto desenhado em dourado, representando coisas de extrema importancia para cada irmão em Nárnia.

Vendo Betty e os outros à sua esquerda, próximos as pilastras prateadas, Lúcia sorriu feliz, acenando discretamente.

─ Em nome dos brilhantes mares ocidentais, apresento-lhes rainha Lúcia, a Destemida! ─ Aslam nomeou, enquanto os castores se aproximavam com duas almofadas, cada uma com duas coroas.

Tumnus foi logo em seguida, e a menina que tinha um sorriso capaz iluminar todo o castelo no rosto. Ele pegou uma delicada coroa de flores prateadas e a posicionou gentilmente sobre sua cabeça. O fauno, que fôra o primeiro e talvez mais marcante contato da pequena Lúcia em Nárnia, sorriu orgulhoso, se afastando.

─ Em nome dos grandes bosques do ocidente, rei Edmundo, o Justo! ─ o Leão bradou novamente, e foi a vez de Betty se aproximar dos castores.

Ela pegou uma coroa tambem prateada, porém menos delicada do que a de Lúcia; essa não contava com flores, e era pontuda. Betty caminhou até o menino, que sorria tão feliz quanto a irmã. Edmundo se abaixou, pronto para receber sua coroa, que lhe foi colocada na cabeça delicadamente, e então se levantou, encontrando uma Betty sorridente à sua frente.

O justo ─ ela repetiu, antes de se afastar e voltar para seu lugar inicial. Edmundo, o justo, parecia finalmente acreditar em si mesmo após receber o título tão nobre, concedido pelo próprio Aslam.

─ Em nome do radiante sol do Sul, rainha Susana, a gentil ─ foi a vez da senhora Castor entregar a própria almofada ao marido e pegar uma coroa parecida com a de Lúcia, mas de flores douradas dessa vez.

Susana precisou se abaixar bastante para ser coroada, mas o fez com um sorriso radiante no rosto. A Senhora Castor, que lhe havia sido tão simpática e prestativa desde o início, sorriu de volta ao ver a menina se levantar, confiante como a rainha que era.

─ E em nome do limpo céu do Norte, apresento-lhes rei Pedro ─ Aslam disse, por fim. ─ O Magnífico.

Oreius guardou sua espada, se distanciando dos outros centauros e pegando a última coroa restante. Era de ouro, pontuda como a de Edmundo, mas tinha desenhos diferentes. Pedro então foi coroado por seu mentor e braço direito durante a batalha contra a feiticeira, sentindo-se realizado e orgulhoso.

Os quatro irmãos se sentaram em seus tronos pela primeira vez, e todos os reverenciaram.

─ Quem é coroado rei ou rainha de Nárnia será sempre rei ou rainha. Que vossa sabedoria nos abençoe até que as estrelas caiam dos céus!

Então, iniciou-se um coro de vivas.

VIVA O REI PEDRO! VIVA O REI EDMUNDO! VIVA A RAINHA SUSANA! VIVA A RAINHA LÚCIA!

Os narnianos nunca estiveram tão felizes em séculos. Ali, iniciava-se uma nova era em Nárnia, que ficaria conhecida no futuro como a Era de Ouro.

Quando os aplausos e gritos de alegria se finalizaram, após minutos de comemorações, Aslam rugiu mais uma vez, e dessa vez quem apareceu foi Baguete, o grifo, trazendo em seu bico uma coroa de louros dourados.

Todos estranharam, aguardando ansiosos por uma explicação. Um, dois, três, quatro tronos. O que faltava, afinal?

─ Betty, venha até aqui, querida ─ Aslam mandou, e a menina arregalou os olhos, obedecendo sem entender. De seus tronos, os Pevensie sorriam, não parecendo surpreendidos. ─ Você lutou por Nárnia. Foi tão importante para nossa vitória quanto os outros, e é agora uma verdadeira narniana.

O que está acontecendo, Aslam? ─ ela indagou, em um sussurro, e o Leão riu.

─ Pelas florestas e criaturas ─ Ele iniciou, se virando para a multidão novamente. ─ Pelos mares e pelos ventos de toda Nárnia, Elizabeth, a guardiã dos bosques!

Enquanto a menina ainda tinha a boca aberta em surpresa, Baguete se aproximou e colocou a coroa em sua cabeça, desajeitadamente. Com uma risada, a menina a ajeitou, afinal, estava quase caindo.

─ Eu sabia que seria grande ─ o grifo contou baixinho, com orgulho, e a menina sorriu.

─ Sucessora de Luthien, a ardilosa. ─ o Leão finalizou, agora com a voz mais suave. ─ A detentora de Viridi Hastam.

Agora, Oreius foi quem se aproximou da menina, com sua lança em mãos. Quando a garota a segurou, algo estranho aconteceu. Pela primeira vez, suas pedras de esmeralda brilharam, a assustando.

De qualquer forma, Betty foi a única que estranhou o acontecimento. Todos aplaudiam, observando felizes sua guardiã.

─ Viridi Hastam não apareceria a menos que alguém digno de a utilizar aparecesse ─ Aslam explicou a menina, para que apenas a mesma ouvisse. ─ E ela apareceu para você.

Finalmente deixando de lado sua surpresa, ela soltou uma risada, ainda observando a lança, e então subiu o olhar para encontrar o Leão.

─ Eu vou fazer um bom trabalho ─ assegurou, tentando convencer a si mesma.

Sem dúvidas.

Então, uma festa se iniciou. Faunos tocavam suas flautas e dançavam com dríades e naiádes, e as crianças rodopiavam pelo salão, felizes como nunca estiveram. Suas risadas ecoavam pelo local, enquanto dançavam mesmo sem saber como o fazer.

Betty girou Lúcia uma última vez, antes da pequena ser levantada por Pedro, que rodopiou com a irmã nas costas por todo o salão, enquanto Susana o chamava a atenção.

─ Pedro, vocês vão cair! ─ ela exclamou, correndo atrás dos dois. E ela acertou; naquele momento, Pedro e Lúcia trombaram em Edmundo, quase se desequilibrando e ocasionando a risada do mais novo. ─ Cuidado com Lúcia!

Mas Lúcia não parecia se importar, e gargalhava nos braços do irmão, agarrada fortemente ao seu pescoço. Betty imitava os passos de uma dríade, também rindo, até que quase foi derrubada pela dupla também.

Foi uma tarde alegre, a mais alegre de suas vidas, e antes que percebessem, o sol já começava a se pôr. Lúcia e Tumnus observavam a praia por entre as pilastras do castelo, e Betty se aproximou, curiosa e cansada de dançar.

─ Não se preocupe, vamos vê-lo outra vez. ─ O fauno assegurou a mais nova.

─ Quando?

─ Na hora certa. Um dia ele estará, e no outro não. Não gosta que o prendam, afinal, ele não é um leão domesticado.

Betty sorriu, ainda despercebida.

─ Não ─ Lúcia concordou. ─ Mas ele é bom.

O fauno assentiu com a cabeça, suspirando.

─ Tome, você precisa mais do que eu ─ ele disse, antes de a entregar um lencinho, que a menina aceitou, antes de segurar a mão do fauno enquanto finas lágrimas começavam a rolar por suas bochechas.

Encararam a praia novamente, onde Aslam já se tornava apenas um pontinho prestes a desaparecer e Betty sorriu triste, já sentindo falta do leão.

Mas sabia que ele voltaria. Seu sorriso voltou a ser de alegria, e ela espantou uma única lágrima de seus olhos, balançando a cabeça negativamente.

Voltou para o salão onde todos ainda estavam, e se aproximou de Baguete, rodopiando ao redor do grifo, que ria.

─ Vai ficar tonta, desse jeito ─ Edmundo se aproximou, com as sobrancelhas levantadas e soltando uma risada. ─ Parece um furacão dourado!

─ Ora, não fique com inveja de minha graciosidade! ─ ela franziu o cenho, antes de puxar o menino pelas duas mãos.

De repente, um furacão prateado se unia ao dourado. As crianças giravam como se brincassem de ciranda em seu mundo, com suas risadas ecoando enquanto começavam a se sentir tontas. E aí, caíram os dois de bunda no chão, sem nunca parar de rir.

Tudo estava bem, afinal.

Depois de semanas sem atualizar, eu voltei! Espero que gostem do capítulo ♡

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