Vivo tentando encontrar meu propósito no mundo,
como se houvesse uma resposta esperando
em algum canto escondido da minha alma.
Mas quanto mais procuro, mais parece que
nada me cativa, nada me completa.
Sinto-me medíocre em tudo,
uma eterna aprendiz que nunca se forma,
sempre longe do "ser alguém" que imaginei um dia.

Tenho questionado minha existência,
e, de certo modo, acho que isso é normal.
Há dias em que tudo parece um ciclo sem fim:
dependemos de momentos, de conquistas,
de pequenos milagres que nunca chegam.
E quando não chegam,
as frustrações me atingem como um balde de água fria,
apagando até a menor faísca de esperança.

Queria me esforçar mais,
queria ultrapassar limites que me prendem,
mas às vezes parece que meu próprio corpo,
minha própria mente,
são barreiras que eu não consigo transpor.

E ainda assim, sigo tentando.
Talvez o propósito não esteja em encontrar algo grande,
mas em sobreviver aos pequenos dias.
Talvez o simples fato de questionar
seja a prova de que ainda estou aqui,
procurando um sentido,
mesmo quando tudo parece perdido.