Você me deixa em êxtase,
uma explosão silenciosa dentro do peito,
um amor que nunca soube ser possível,
que talvez nunca tenha existido antes de você.
É um toque que não toca,
uma presença que consome na ausência.

Estar longe de você me mata aos poucos.
É uma dor que sangra invisível,
que pulsa em cada minuto de silêncio.
Eu odeio cada instante que nos separa,
como se o tempo fosse um carcereiro cruel,
rindo do meu desespero.

Quero gritar para o mundo,
esvaziar meus pulmões com o seu nome,
quebrar as distâncias que nos fazem prisioneiros.
Mas o grito fica preso,
virando raiva, virando febre,
virando uma saudade doentia.

É cruel, esse amor à distância,
porque é lindo demais para ser suportável.
É uma chama que queima as bordas do coração,
uma poesia que dói, mas encanta.
E, mesmo assim, eu o amo.
Eu amo essa dor, porque é sua.