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Era um dia como qualquer outro -ao menos parecia ser.
Até que meu celular tocou, o atendi, e naquele momento, o meu mundo caiu.
Ela havia partido! Ela havia ido buscar cura para sua dor.
Minhas pernas perderam o controle e acabei por cair sentado na cama.
Tudo parecia em câmera lenta, e ali, eu tive noção que ela era mais importante do que eu pensava.
Um misto de sensações tomou-me, e um filme ressoava em minha mente.
E saber que não a veria mais dissipava meu coração.
Mas ela teve que ir;
Ela não suportava mais, viver em um mundo onde mortes, são conquistas.
Sua importância para mim, não era diminuto, e eu apenas percebi isso após sua partida.
Naquele momento, eu queria ter você para dançarmos na chuva, ao menos pela última vez.
Fechei os olhos, e se não podia ter-te ali, te trouxe em pensamentos.
-Me dá as honras?. -Ajoelhado pedi, você me deu a sua mão, e dançamos lentamente, enquanto a chuva caia intensa sobre nós.
Você rodopiava em meus braços, e eu fazia questão de admirar-te. Você parecia real, e para mim, naquele momento, era.
A beijei, necessitava daquilo.
Mas a realidade me puxou.
Fazendo-me despertar do meu multiverso, agora criado para nos encontrarmos.
Eu deveria ter dito que a amava, no nosso último encontro.
Deveria evitar as brigas, o orgulho.
Deveria dizer, o quê de fato eu sentia.
Ela merecia a minha melhor versão.
Mas, com medo entreguei apenas meus pedaços.
Se eu pudesse voltar, tentaria mostrar-lhe, o mundo com outros olhos.
E não iria considerar drama, a sua tristeza.
Eu a perdi.
Se eu a tivesse comigo agora, falaria que a amo, e que gostaria de dançar na chuva eternamente!
02 DE MAIO DE 2020.
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