9
Após uma noite regada por comida, divertimento e — para a felicidade dele — sem flash mob, Leto dormiu tranquilamente e teve uma manhã calma. Comeu torradas com geleia de morango e bebericou uma vitamina rosa com goji berry(Alicia tinha ensinado a receita em um de seus encontros), conseguiu dar uma das cápsulas de Marika sem esforço e limpou superficialmente o terrário.
O ser que Leto inicialmente via como odioso se mostrou bastante pacifico, Surya foi o nome escolhido após debater com Fabien por horas.
Marika não estava lá muito satisfeita, sempre que Surya andava pela casa ele podia ter certeza que a gata estaria observando atentamente em cima do balcão de pedra.
— Sem bagunças — disse para os animais.
Foi saudado pela sra. Moore assim que pôs os pés no bicicletário, retribuiu com um aceno e saiu para o trabalho.
Era como se a vida fosse, de fato, um morango. Um namoro numa época de confusão parecia um apaziguador, Leto só desejava que qualquer que fosse o ser que comanda tudo não tirasse isso dele; pelo menos não agora.
Por muitas vezes ele já sentiu que não tinha nada além de Marika; Leto nunca nutriu um relacionamento bom com os pais, sequer sabia onde eles estavam morando e imaginava que vice-versa. Adiou sua faculdade para conseguir se estabelecer após sair de casa jovem e por sorte, conseguiu uma chance na TSK e não queria desperdiçar. Mas até onde isso levaria ele? Leto não sonhava em ficar com a bunda sentada numa cadeira o dia todo.
Não tinha amigos de verdade, somente colegas de trabalhos anteriores que sabiam vagamente de sua vida. Amizade de infância? Iam e vinham tão rápido que ele não conseguiu criar um laço mais profundo que um pires.
Ter Alicia em sua vida era como respirar ar fresco, conseguir ver de perto uma pessoa realizando seus sonhos e vivendo com tanto fervor o deixava acanhado, com medo, mas também o instigava a ser alguém melhor.
— Bom dia, sr. Delyon — as mulheres da recepção disseram em uníssono.
— Bom dia, Ava, Estelle.
Assim que pisou no elevador, seu celular vibrou. Tirou-o do bolso e arrastou a tela de bloqueio, um número desconhecido enviou mensagem. A foto de perfil era o famigerado contorno de pessoa vetorizado.
~ desconhecido: ᴠᴇɴʜᴀ ᴘᴀʀᴀ ᴏ ᴇsᴛᴀᴄɪᴏɴᴀᴍᴇɴᴛᴏ ᴅᴏs ғᴜɴᴅᴏs, ᴘʀᴇᴄɪsᴏ ᴅᴀ sᴜᴀ ᴀᴊᴜᴅᴀ.
Contrariando todo o bom senso, saiu antes das portas fecharem. Felizmente ainda faltavam quinze minutos para seu horário de entrada, era o tempo de ir lá fora e ver o que tinha.
Leto quase se arrependeu, não sabia da existência de um pátio(insuportavelmente extenso) nos fundos, placas indicaram que o estacionamento vinha depois. Canteiros de árvores cercados por banquinhos e mesas de pedras estavam por todos os lados, uma pequena fonte gorjeava no centro e passarinhos voavam e bicavam o chão. Pelo horário, Leto entendeu o motivo de estar vazio, mas imaginou que deveria lotar em outros períodos e uma súbita raiva subiu seu pescoço.
Ele nem conseguiu explorar o prédio direito por estar sempre ocupado com a perturbação de Mikaela, a perseguição o deixava atolado a semana inteira e tinha decidido que comer na própria estação era mais cômodo.
A maior aventura de Leto fora do escritório foi no dia em que uma desinteria bateu forte após um café de origem desconhecida. A possibilidade de terem colocado um laxante era altíssima e ele se segurou para não apontar o culpado.
Assim como o pátio, o estacionamento era pavimentado por pavers acinzentados, intertravados e que davam a sensação de um ambiente calmo e orgânico com o contraste de diferentes plantas. Leto jurava que tinha visto um artigo sobre como a arborização no trabalho afeta positivamente o desempenho das pessoas, fora o conforto e maior estabilidade climática.
Olhou para os lados e não viu ninguém, alguns carros já estavam estacionados, mas sua atenção correu para o Bugatti Chiron Super Sport 300, ele quase caiu para trás.
— Eu preciso de um-
— Ah!
— Favor.
A alma de Leto saiu do corpo e foi passear em algum lugar de Vancouver. Mikaela o fitou, as feições alternando entre descrença e aversão.
— Que tipo de problema você tem? Não é normal chegar por trás das pessoas assim!
— Eu não consigo entender como Alicia gosta de você — ela suspirou — e ainda veio aqui sem perguntar nada, que tipo de idiota faz isso?
Leto botou a mão no peito, indignado.
— Você me chama aqui para um favor e começa a me insultar? Se for só isso, já estou indo.
O fato de Mikaela ser quase da altura dele o deixava levemente desconfortável, a aura intimidadora dava a sensação que a qualquer momento ele seria mandado para o reino dos sonhos.
— Eu não queria dizer isso — ela coçou a nuca, incomodada. — Preciso que cuide de uma coisa para mim.
Leto finalmente percebeu que ela estava usando uma bolsa de ombro feita de pano que parecia uma ecobag. Mikaela remexeu dentro do objeto e antes mesmo que tirasse, ele ouviu um miado.
Só podia ser brincadeira.
— Meu Deus — ele queria chorar ali mesmo — eu não...
Um gatinho de pelagem rajada em preto e caramelo adentrou seu campo de visão, tinha olhos heterocromáticos nas cores verde e azul. Era bem filhotinho e parecia magro, mas também bastante curioso. Seus olhinhos brilharam para Leto e ele quis morrer.
— Achei esse gato pouco antes de te enviar a mensagem — ela mudou o peso de uma perna para a outra. — Olha, fique com ele até eu arrumar as coisas lá em casa, não posso levar Yoshi hoje.
— Yoshi? — arquejou — você nem sabe se vai ficar com o gato e já deu um nome? O que te faz pensar que eu aceitaria ficar com ele?
Mikaela o fitou como se fosse óbvio.
— Você já tem vários animais em casa, falou até daquela lagartixa — Mikaela estendeu os braços com o gatinho em suas mãos. — Não faz diferença ter mais um.
Oh, se faz. A responsabilidade de manter um animalzinho já é grande, dois? Ainda mais, três? Ele dispensava.
— Surya é uma iguana, um tipo de lagarto — Leto franziu as sobrancelhas. — Você quer que eu leve... Yoshi para o meu apartamento agora?
— Obviamente — à esse ponto, Leto já tinha certeza que Mikaela o via como um ser de intelecto inferior. — Você sabe que se ele ficar aqui tem o perigo de sumir, certo? Pode ser atropelado ou morto.
— Digamos que eu não possa levar, o que acontece?
— Então, digamos que você terá que ter cuidado com o que come.
Isso era cabível de processo.
— Você é maluca.
Leto pegou o gatinho e pensou na crise de ciúmes que viria de Marika. A gata não suportava seres vivos que não fosse ele, a sra. Moore e Alicia.
— Eu venho de bicicleta, então me dá essa sacola. Também preciso de dinheiro para a ração de filhotes — Leto calculou em qual ambiente do apartamento o gato iria se acomodar — e sobre o dia de hoje? Vou ganhar falta?
— Não, fique de folga o resto do dia — Mikaela pegou o celular do bolso e digitou algo — eu aviso que você saiu para cuidar de um trabalho de Adina.
Ela foi embora ainda focada no celular, deixando Leto para trás com um gato em mãos e uma sacola no ombro.
Do outro lado do pátio, um carro desgovernado entrou e estacionou com uma derrapagem digna de Need for Speed. O motorista saiu de seu Pagani Huayra azul petróleo e Leto começou a andar rapidamente.
— Ei! — Seiji falou, ofegante de correr até ele. — Você está fugindo?
— Eu tenho algo importante agora.
A última coisa que Leto precisava era do irmão de Mikaela em seu encalço, o relacionamento deles não parecia nada bom. Fazer algo e virar motivo de picuinha entre seus superiores? Eh, não.
— Isso é um gato?
— Sim? — ele aproximou Yoshi do peito. — Aconteceu algo?
— Harold quer uma reunião sobre Adina na sexta, amanhã, vamos conversar sobre a abertura de sábado e o resto das coisas... — Seiji mordeu o lábio inferior — vai ser num restaurante aqui perto, eu te envio a localização.
Leto assentiu e foi embora dando graças aos céus de não ter durado mais.
Mas era estranho que as pessoas ali simplesmente pegavam seu número e pronto, arranjavam no sistema sem pedir. Quem autorizou Mikaela? Quem autorizou Seiji?
Seus carros chiques davam um indício.
🫐
Leto fitou o GPS com cuidado, mais uma vez alternando os olhos entre a tela brilhosa e o restaurante. Dahkho Firanghi tinha dois andares de fachada, mas era compacto, lembrava à ele uma mistura de arquitetura italiana e portuguesa.
A porta principal era de abertura dupla com madeira maciça, foi colocado vidro granito(embaçava bem a visão) e imbuída por ferro postigo com diversos formatos.
Antes mesmo de tocá-la, ela foi aberta por um homem de camiseta branca de manga curta sobreposta por um colete preto e gravata.
— Boa noite, senhor. Qual a sua reserva?
Reserva? Leto não fazia ideia, a mensagem de Seiji foi direta: Apareça no Dakho Firanghi às 20h.
— Está no nome de Harold — chutou. — É uma reunião de trabalho. Meu nome é Leto.
O atendente procurou algo na prancheta, comprimiu os olhos e pigarreou. Endireitou-se e acenou para que Leto o seguisse.
Passado paineis de ferro com o mesmo formato que os da porta, Leto enfim ultrapassou a divisória entrada-restaurante e se deparou com um mundo novo.
Era como um grande salão de filmes de época, pilares enormes de sustentação na cor creme com frisos acima formavam um espaço livre para a passagem, deixando as mesas e cadeiras espalhadas pelos lados. Diferente da coloração cinza chumbada da fachada, por dentro divergia em amarelo-vermelho-laranja-verde-branco. Parecia muita informação, mas ornou perfeitamente, uma coisa complementava a outra.
Um grande arco podia ser visto no fim do salão, misturava amarelo e vermelho em rajadas, um sobrepondo o outro. No teto também era possível observar as diversas luminárias caríssimas.
— Eles não estão por aqui? — perguntou quando ultrapassaram o arco.
— Não, o sr. Lapointe tem uma reserva na área vip.
Leto subiu pela escadaria que o atendente indicou e quando chegou no fim, ar fresco bateu em seu rosto. O ambiente era calmo e tinha vista para o false lake. Cada mesa tinha sua própria estrutura de proteção, quatro ripas de madeira para sustentar e panos alaranjados como cortinas.
Quando virou-se para fazer uma pergunta, constatou que o homem já havia sumido. Aquilo era o terraço, procurou vagarosamente por uma mesa com um homem de cabelo branco e acabou achando perto da sacada.
— Boa noite, sr. Harold — acenou — boa noite, Seiji.
— Sente-se, jovem.
Harold esticou o cardápio para Leto e rolando rapidamente os olhos, eles quase ficaram por ali mesmo. Ele nunca pensou que comida indiana fosse tão cara.
Um garçom se prostrou ao seu lado e Leto por pouco não arquejou, decidiu não escolher o prato mais barato, preferiu o segundo mais barato para fazer uma média.
— Um frango com chutney de maçã e como bebida... Aam Panna.
Os dois não pediram nada, então Leto supôs que já haviam feito antes dele chegar. O fato agora era: ele nunca mais pisaria em qualquer restaurante nos arredores desse lago, 450C$ num único prato? Isso era o que Leto gastava em duas semanas de alimento para ele, Marika e Surya.
Harold iniciou uma breve conversação de como o dia de Leto tinha sido e se a empresa continuava com sua indulgência aos trabalhadores, um diálogo genérico sobre a faixa salarial e até mesmo se a locomoção era fácil.
— Irei me intrometer... — Seiji bebericou um copo de vinho — as coisas com Adina parecem ir bem demais. Acredito que tenha sido uma boa escolha, não é?
— Sim, sim! — Harold sorriu largamente — ainda bem que deixei nas mãos dele, mas foi surpreendente um jovem e ainda por cima, novato, conseguir essa façanha.
— Mikaela também trabalhou bastante neste projeto — Leto não se sentia muito confortável com todos esses elogios, algo parecia errado. — Ela montou o visual de Adina, do qual as pessoas tanto falam na internet. Conseguiu parcerias e elaborou várias ideias.
Os dois se entreolharam e Harold tossiu secamente.
— Evidentemente — ele coçou a barba. — Mas nada aconteceria se você não tivesse apresentado essa ideia, Mikaela nem mesmo queria aceitá-la.
O frango chutney de maçã e a Aam Panna de Leto chegaram.
— Por falar nisso... — Leto cortou um pedaço da comida e experimentou. Delicioso. — É uma reunião sobre Adina, Mikaela ainda não chegou?
— Mikaela não vem. — Seiji disse irritado. — Ela não foi chamada e nem será envolvida nessa reunião. Queremos conversar com você.
Harold colocou a mão na testa e suspirou, Seiji aparentemente saiu dos eixos e falou o que não devia.
Nenhum deles tinha pratos de comida, apenas bebiam aqui e ali um pouco de vinho. Parecia mais uma intimação do que um jantar e Leto se sentiu mal de ter pedido algo para comer.
— Certo — Leto experimentou o Aam Panna, era refrescante. — O que exatamente vocês querem de mim?
— Dê um jeito de Mikaela cair fora do projeto por conduta inadequada ou que ela arruine algum show — Seiji sorriu — ela precisa ser humilhada numa situação grande, o ideal é que seja com a nova queridinha da empresa.
Harold apenas acenou em concordância enquanto tomava outro gole de seu vinho.
O gosto da comida já havia se tornado amargo.
— O sr. Tsukomo pretende colocar Mikaela como a herdeira do negócio — Harold tamborilou os dedos na mesa — mas estou apostando minhas fichas em Seiji! — e deu batidinhas nas costas do jovem.
— Mikaela não parece ser uma má escolha, mas geralmente esse tipo de coisa vai automaticamente para o mais velho — Leto fez uma careta. — Pelo menos nos filmes é assim.
Harold era o associado com a maior porcentagem de possuinte fora o próprio sr. Tsukomo e pela maneira como ele e Seiji se tratavam, algum tipo de manipulação parecia acontecer. Tudo bem que Mikaela não é exatamente agradável, mas o que essa mulher tinha falado que afetou tanto Harold?
— Eu fui clinicamente diagnosticado com- — Seiji balançou a cabeça, como quem recupera os sentidos — não faz diferença. Pode ser cisma do meu pai, mas acredito que seja favoritismo, ele sempre preferiu Mikaela.
— Sr. Harold? — Leto indagou — ela já fez algo muito ruim?
— Bem, você sabe... — Harold deu de ombros. — Ela é uma mulher.
🫐
Leto saiu da mercearia com duas Ginger Ale e um pacote generoso de salgadinho de presunto; era um lugar humilde que ficava numa das milhares de esquinas de Vancouver.
Ele sentou-se na calçada e entregou um refrigerante para Fabien.
— Foi mal te chamar do nada, somos só colegas de trabalho.
— Acho que sou um pouco mais importante do que isso para ser convidado nessa hora da noite — Fabien deu um gole no refrigerante. — Terminou com Alicia?
Ele pegou um punhado de salgadinhos e enfiou na boca. Diferente do trabalho, Fabien parecia despojado e não estava usando óculos, trajava um suéter azul marinho e calça moletom preta, o cabelo lembrava um ninho de passarinho.
— Não.
E então, explicou toda a história do jantar. Fabien ouviu cada detalhe atentamente e Leto não se arrependeu de ter tirado-o da cama às 23h30 da noite.
Além dos fatos, despejou também observações que teve, como o diagnóstico não dito de Seiji e as tramas que pareciam mancomunar.
— No mínimo isso é bem bizarro — Fabien coçou o pescoço. — Além de estarem querendo sabotar a sra. Mikaela é uma traição com a escolha do sr. Tsukomo.
— O que você acha de Seiji?
Fabien deu um longo gole na bebida.
— Seiji definitivamente não é um santo. Pelo pouco que já vi e ouvi falar, é um diabinho mirim. À primeira vista pode parecer que Harold está manipulando-o, mas eu não teria tanta certeza assim.
— Pedir pra mim sabotar algo é loucura — Leto botou a cabeça entre os joelhos e sentiu o corpo inteiro agonizar. — Eu nunca faria isso com a carreira de Adina ou Mikaela por mais ruim que ela tenha sido comigo.
— Situação de bosta, o que você disse para eles? — Fabien encheu a boca de comida — e como você não está se afogando em bebida barata?
— Foi uma ameaça tripla, se eu não aceitasse, o projeto seria cancelado na hora e Adina teria ficha suja pelo resto da vida e eu e Mikaela seríamos apontados como culpados também. — Leto bebeu tudo de uma vez só. — Falei para eles esperarem um pouco, o show de amanhã ainda é precoce para fazer isso. A carreira dela não está consolidada.
— Cara... — Fabien arregalou os olhos e levantou — vou pagar uma bebida para você agora.
— Eu não bebo.
— Um cigarro?
Leto sorriu fracamente.
Quando já estava com o tabaco em mãos, sentiu-se nostálgico ao olhar para o passado através de um punhado de papel e filtro; a tragada reverberou em seus pulmões e o cheiro de nicotina incendiou seus poros.
— Parece uma cena de filme — Fabien disse, encantado. — Você gosta tanto de fumar?
— Três anos sem fumar — Leto tragou e expeliu — é meio melancólico.
— Foi mal, eu não sabia. Deixa a cartela comigo, beleza?
Leto deu de ombros.
— Não tem problema, não é grande coisa.
Leto e Fabien conversaram por horas, assuntos pessoais e besteiras convencionais; Leto descobriu que Fabien vinha de uma família indiana que mudou-se para o Canadá pouco antes dele nascer. Quando contou de suas experiências culinárias no Dahkho Firanghi, o jovem gargalhou e disse que aquilo era o básico do básico, as comidas tradicionais que os pais faziam eram infinitamente melhores.
Relaxado e com a visão de um amigo real após muitos anos, Leto sentiu abertura para contar sobre o relacionamento ruim que manteve por anos com os pais. A coisa era tão feia que teve que sair de casa aos dezesseis e se virar.
— Sua infância foi no Brasil? — Fabien perguntou, surpreso. — Você fala quantas línguas?
— Sim, é algo que lembro com carinho. Brinquei muito na rua e vim para cá com meus oito, nove anos — Leto expeliu mais um trago — falo inglês, português e espanhol.
— Cara, isso é bem legal! A Índia é um país meio complicado, mas espero conseguir visitar o lugar que foi a casa dos meus pais por tanto tempo.
Perto das duas da manhã Fabien foi embora, estava pingando de sono e Leto agradeceu pela companhia.
Pensativo e com uma soturnidade que não via em si mesmo há anos, quando as coisas eram complicadas de um jeito fácil e doloroso, Leto se viu sentado à mercê das ruas vazias por horas. Por fim, fitou um único cigarro solitário no maço e levantou-se, o sol estava prestes a raiar.
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