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CAPÍTULO 18

Boa noite!

Boa leitura...



— Olha esse aqui! — Melissa se distanciou para olhar outra banca de tecidos.

Estávamos andando pela cidade já tinha algum tempo. Ela estava realmente turistando, como disse que faria. Eu procurava me manter longe quando ela se interessava em algo, porque pelo fato de estar comigo, as pessoas não queriam cobrar, e eu não achava isso justo.

Era o trabalho delas. Muitos dependiam das vendas para colocar comida na mesa. Melissa comprou o que queria e quando ela voltou decidimos procurar um lugar para comer alguma coisa. Entramos em uma loja de doces.

— Olha eu tenho que confessar algo. — Melissa olhou para os lados antes de falar, se cetificando que os segurancas estavam longe. — Apesar de estar amando tudo isso sobre o casamento de vocês, não consigo ver algo bom em seus olhos. — sorri sem vontade para ela. — Você parece triste.

— Porque não tem nada de bom nisso tudo. — peguei a colher e mexi o chá que estava tomando. — Mustafá é somente mais um que me odeia em meio a um mar de gente, dele ao menos sei o que esperar, já que ele deixa tudo bem claro. — ela parou de comer e me encarou séria.

— Eu não sei quem são esses outros, mas ele não odeia você. — sorri sem vontade ao ouvir ela falar isso.

— Existe muito mais coisa no nosso casamento que você possa imaginar, e eu não acho que seja um assunto para ser conversado com você. — bebi o chá e ela me encarou com a sobrancelha levantada. — E não acho que ele esteja errado em me odiar, se fosse ao contrário eu o odiaria com toda certeza. Então eu entendo.

— Todos acham que me protegem me mantendo alheia aos assuntos, acreditam que eu não vou saber lidar com isso. Mas na verdade eu cresci em meio a tudo de ruim que você possa imaginar. Aprendi muito cedo a ler as intenções nas entrelinhas, era uma questão de sobrevivência. — é sua vez de sorri sem vontade. — Quem deveria me proteger, não fez. Na, verdade foram os que mais me machucaram, e hoje todos acham que não tocar no assunto vai fazer com que tudo suma, mas não é assim que as coisas funcionam. Eu ainda sonho com algumas coisas, as vezes sentada as lembranças surgem do nada. — em tão poucos segundos ela descreveu minha vida em palavras.

Como poderíamos ser tão parecidas?

— Por isso você procura ocupar a mente. — agora compreendo algumas de suas atitudes, ela concorda.

— E, de todos, Mustafá foi o único que nunca mediu as palavras comigo, me tratou de igual para igual, nunca escondeu nada de mim. Inclusive me ensinou que enfrentar o problema de uma vez, faz com que ele se resolva aqui dentro. — ela põe a mão no peito.

Meus pensamentos se voltam para algumas coisas que já vivi e hoje simplesmente finjo que não tenha acontecido. Será que essa possa ser a razão de não conseguir esquecer?

— Isso é muito legal da parte dele. — falo deixando meus pensamentos de lado e voltando ao momento atual. Rimos. — Nem dá para acreditar que estamos falando da mesma pessoa. Ele gosta muito de você, e isso é nítido.

— Ele me ama, mesmo que não admita. — ela sorri e seu sorriso é nitidamente sincero. — Mas não foi sempre assim, eu tive que bater o pé para ficar perto dele, na verdade até hoje sempre que pode ele me põe para escanteio. — ela ri. — Mas ele me ensinou tão bem a ser persistente, que acredito que hoje ele se arrepende. — acabamos rindo juntas. — Eu sei que esse ódio que ele diz sentir por você, na verdade é mais ódio dele mesmo, talvez por querer te odiar e não conseguir. — sorri com sua positividade, mas eu sabia que na prática isso não era verdade.

— Não acredito que seja assim, ele realmente me odeia. — levanto o dedo. — Ele faz questão de deixar claro isso a todo momento. —lembro de algumas coisas que ele falou e fez, que me magoaram.

Mesmo sabendo que ele estava em seu direito, me magoou profundamente.

— Me dê um exemplo.

Eu ainda estava olhando um dos relatórios entregue por Abul quando Melissa entrou em meu quarto pela porta que ligava meu quarto ao de Ayra. Continuei o que estava fazendo, e tinha que agradecer a meus diretores, porque eles estavam levando as coisas muito bem na minha ausência.

Notei que Melissa parou a minha frente, expirei fundo, porque conhecia a pestinha bem o suficiente para saber que já iria reclamar de alguma coisa.

— Como foi o passeio? — iria tentar mudar o foco.

— Você sabe que Ayra acredita que você procurou outra mulher na noite de núpcias? — ela falou cada palavra pausadamente o que indicava que ela estava incrédula com o assunto.

— Sim. — abri uma outra pasta, mas antes que conseguir tirar as folhas ela teve a audácia de colocar a mão me impedindo. — Foi o que falei que faria.

— Mas você não fez isso.

— Não, eu não fiz. — tentei puxar a pasta mais uma vez, e nada. — Apesar de estar curioso para saber como você sabe disso, eu não me importo. Estou tentando trabalhar.

— Eu escuto algumas coisas por aí. — ela falou fazendo pouco caso, e claro que eu sabia que a minha querida irmã deve ter ido fazer fofoca com a Izabel. — Mas você não se importa com o que ela tem pensado a seu respeito? — levantei o olhar.

— Se me importasse não teria falado isso para ela, não acha? — puxei a pasta com tudo e ela cruzou os braços. — E no meu ver isso não é um assunto que te diga respeito.

— Eu odeio esse seu gênio sabia?

— Sabia. — concordei. Um silêncio incomodo se seguiu e eu sabia que ela estava estudando a situação e logo jogaria suas cartas. Vamos Mel, me surpreenda.

— Eu acho que tem muita coisa que sei que não me diga respeito. — ela baixou o tom, e lá viria sua jogada. — Saber que o Sultão e o pai do tio Almir se conheciam, também não é algo que me diga respeito, mas eu sei. — absorvi com cautela o que ela falava, e levantei lentamente meus olhos encarando Melissa que olhava casualmente para as unhas pintadas de preto. — Sei que você precisa da minha ajuda, afinal é para isso que você me chamou aqui. — me recosto na poltrona.

Peste.

— O que te faz pensar que preciso da sua ajuda? — ela se senta sorrindo.

— Vamos por partes. — ela levanta um dedo. — Por mais que todos tentem me esconder as coisas, eu não sou burra. Vi como você foi levado do acampamento, não tive mais notícias suas desde então e todo mundo media as palavras comigo. Você discutiu com Ayra falando que ficou incomunicável, porque isso aconteceria? Abul me trouxe, mas não quis ser visto por ninguém da realeza. — ela sorri e pisca. — Ao contrário de você, eu sei ligar os pontinhos. — sorrio sentindo satisfação dentro de mim, por ela estar aprimorando sua perspicácia.

— Eu sei. Por isso gosto de você. — ela me mostra o dedo do meio, rio.

— Tem algo muito errado acontecendo, só não consigo acreditar que Ayra esteja envolvida. — reviro meus olhos.

— Aí que entra sua inocência e ingenuidade. Você se limita a sorrisos que recebe.

— Tudo bem eu sei que você foi forçado a se casar contra sua vontade, mas... — minha vez de levantar o dedo.

— Não existe, mas... O problema aqui não é o casamento Melissa. — expiro fundo me sentindo cansado e tentando raciocinar. — Zayn falou algo que é verdade, o casamente é um excelente negócio. E é o que todos enxergam, que eu fui sortudo em me casar com uma princesa e receber em mãos tudo quem vem com ela. E isso pode até ser verdade. Mas tocaram em algo que para mim não tem preço. Minha honra, me acusaram de algo que eu não fiz. Isso eu não vou perdoar, independente dos benefícios que essa porcaria de casamento me traga. Vou me vingar de cada um deles, inclusive da sua amiguinha. — vejo como ela torce a boca e me analisa.

— Eu entendo você, mas tente ao menos não fazer nenhum mal a ela, pelo menos até descobrir o que está escondido. —estreito meus olhos sabendo que ela vai me pedir alguma coisa. — Eu sei que você está com muita raiva da Ayra, mas eu não acho que ela tenha culpa. Eu sinto isso, gosto muito dela, e não gostaria de ver uma pessoa que gosto ser destruída por você. Aí eu seria obrigada a te odiar de verdade. — filha da mãe, ela usaria de chantagem emocional.

— Ela poderia ter evitado isso se tivesse falado a verdade, e não fez. — pontuo.

— E, se ela já gostava de você e tenha aproveitado a oportunidade? Afinal era você ou o brucutu do Berat. Até eu morreria de amores por você. Você não vê isso? — reviro meus olhos, mas algo me chama a atenção. — Já tentou saber os motivos dela por ter aceitado tudo isso?

— Não, acho que não vai fazer diferença agora.

— Você precisa deixar algo bom entrar nesse coração de pedra. — não querendo perder o momento, volto o assunto.

— Como você sabe sobre Berat? Ela te falou algo em relação a ele? — ela me encara fazendo uma careta.

— Não escutou a parte que falei que ninguém me fala nada? — reviro meus olhos. — Passei quinze dias estudando tudo sobre essa cidade e todos que frequentam, afinal ninguém me falava nada, e eu precisava saber onde você estava. — Melissa fica visivelmente envergonhada e sem jeito.

Sorrio.

— Eu estava preocupada e... — ela se levanta e começa a andar de um lado para o outro e eu sei que ela faz isso para controlar a ansiedade, mas não consigo evitar de encará-la. — Para de sorrir, você sabe que eu me preocupo com você, mesmo você não merecendo. — apoio meu braço na mesa e coloco minha cabeça em minhas mãos, me deleitando com o constrangimento dela.

— Eu sei sim. — ela para de andar e me encara.

— Por isso fico preocupada com o que Ayra pensa a seu respeito. — fecho meus olhos e expiro fundo. De novo essa porra de assunto. — Eu quero que vocês dois fiquem bem, eu gosto dos dois.

— Eu estou muito bem, como vê. — abro os braços. — E, ela também está bem, afinal como você falou ela não se casou com o brucutu. — me arrumo na cadeira e aponto a da frente para que ela se sente. — Agora me diz aí o que tanto você sabe sobre tudo e todos. — Melissa se recusa se sentar, olhando para a cadeira e para mim. — Como você sabe que o pai dela e o pai de Almir se conheciam? — ela cruza os braços e sorri.

— Já está pronto para negociar? — mordo o lábio para evitar que algumas palavras ofensivas saiam. Respiro fundo.

— Estou pronto para te mandar para um lugar escuro e bem apertado. — ela começa a rir.

— Vejo que ao menos está se esforçando a não falar palavrões na minha frente. — ela se senta. — Nossa negociação será moleza para você. — ela arruma o cabelo. — Eu tenho uma única condição.

— Posso não estar disposto a cumprir. — falo estreitando meus olhos, ela me encara e se aproxima da mesa.

— Posso não estar disposta a te ajudar, e você vai mofar nesse lugar. — bato a mão na mesa, e ela sorri.

— Porra Melissa!

— Já regrediu nos palavrões, um a zero para mim. — ela bufa. — Acorda Mumu, nem é algo de outro mundo o que tenho a pedir. — bato os dedos na mesa, e faço sinal para que ela fale. —Trate bem a Ayra daqui para frente, e eu falo tudo que sei, e te ajudo em tudo que precisar. — pondero sua condição.

Eu já tinha chegado à conclusão que não posso ficar batendo de frente com Ayra, afinal o que a atinge me atingiria por tabela. E querendo ou não ela era meu passe para entrar e sair dessa porcaria de lugar. Então não seria uma condição muito absurda.

Sorri, e apertei a mão da Melissa. Selando nosso acordo.

— Aceito. — ela sorri contente.

— Eu sabia que você iria aceitar. Você é um excelente negociador. — reviro os olhos.

— Chega desse papo furado e vamos ao que interessa. O que você sabe?

Ela me conta o que sabe sobre o sobrinho de Lâmia, o que não é muita coisa, mas algo me chama atenção o tal encontro delas com o Sultão, e ali eu entendo que esse encontro foi o que deixou Ayra abalada na hora que saímos do palácio. Achei que fosse por minha causa, até fiquei feliz em achar que eu a incomodava a ponto de somente minha presença já ser o suficiente para irritá-la.

— E tem outra, a madrasta dela é uma nojenta, a forma como ela olhou pra Ayra me causou enjoo. — a menção a madrasta me fez lembrar a forma com que Lâmia olhou para Melissa na hora do café.

— Isso eu já tinha notado. Inclusive quero que você tome muito cuidado com ela.

— Relaxa, sei como lidar com gente como ela. Já esqueceu onde cresci? — eu não tinha tanta certeza se isso seria o suficiente para que ela não se metesse em problemas com a madrasta, mas daria meu jeito para ficar de olho Melissa dentro do palácio.

— Mas sobre a história no diário não lembra de mais nada? — ela nega.

— Não, porque não tive tempo de ler na verdade. Falei para o sultão que não sabia ler árabe. — ela sorri, e acabo rindo junto.

— Você lê e escreve árabe melhor do que eu se duvidar. — pontuo.

— Eu sei, mas ninguém precisa saber desse detalhe.

— Gosto dessa sua sagacidade.

— Eu também, e você sabe que ele logo vai atrás do tio Almir, não sabe? — concordo com a cabeça. — Eu imaginei, por isso tirei foto de tudo e salvei. Mas eu não trouxe, achei melhor deixar no seu sitio. Pedi para Abul deixar lá. — ela olha no relógio e se levanta.

— Aonde vai?

— Vou cumprir minha parte no nosso acordo. — ela arruma a roupa, e passa a mão nos cabelos. — O sultão me espera, ele quer me mostrar algo. — ela sorri. — Cumpra sua parte no nosso acordo.

Ainda não me conformo com a facilidade que ela tem em conquistar as pessoas. Amarguei 15 dias de prisão e nem cogitaram levar meu único pedido a ele, e agora Melissa esfrega isso na minha cara.

Eu iria me aproveitar disso.

Ela sai batendo a porta, e eu olho para a porta que liga meu quarto ao de Ayra.

Como pode o pai dela e de Almir se conhecerem, e ninguém nunca sequer comentar algo? Procuro lembrar se meu pai já havia comentado algo em relação a eles no passado, afinal ele era amigo de Fauze até certo ponto da história. Mas nada me vem à mente.

Preciso ir atrás de respostas.

Saio do meu quarto indo atrás de uma certa pessoa. Haidar. Olho para trás estranhando que o guarda que era minha sombra sumiu. Não que eu esteja sentindo sua falta, mas é algo estranho.

Mais à frente vejo o menino que joguei na piscina. Ele caminha distraidamente em minha direção, o que me faz pensar que esse corredor em que estamos leva a ala onde ficam os quartos meu e de Ayra. O que ele está fazendo livremente aqui?

Ele está indo atrás dela?

Ainda estou divagando sobre sua liberdade quando ele me olha, e claro que quando percebe, quem está a sua frente, tenta dar meia volta, mas sou mais rápido e o seguro pelas roupas.

— Não senhor, por favor. Eu não estava fazendo nada... — ele fala gaguejando.

— Eu sei que ainda não estava fazendo nada. — puxo-o para mais perto e o solto arrumando suas roupas. — Já aprendeu a nadar? — pergunto distraidamente para tentar amenizar o clima. Ele não fala nada somente nega com a cabeça. — Seria bom aprender. — seus olhos se arregalam.

— O senhor vai me jogar de novo na piscina? — olho para ele, e por um momento quero dizer que sim, caso ele fique de trê-lê-lê com Ayra, mas ignoro isso no momento, afinal ele pode ser útil.

— Não garoto. Relaxa. — noto que ele solta o ar ruidosamente.

— Então se me der licença... — ele tenta se afastar, mas eu volto a puxá-lo, só que dessa vez pelo pescoço. — O senhor disse que não precisava de mim.

— Eu não disse isso, disse que não pretendo te jogar na piscina. — olho bem em seu olhos. — Por enquanto. — completo. Ele engole em seco. — Na verdade acho que podemos ser amigos, o que acha? — ele me olha de forma estranha.

— O senhor não tem cara de quem tem muitos amigos. — estou tentado a perguntar a ele, o porquê dessa certeza, mas não posso perder o foco no momento.

— E não tenho, e pelo que vejo você também não. — ele torce a boca, e dá de ombros.

— Gosto de ficar sozinho, e ter amigos atrapalha meu silêncio. — minha vez de questionar sua afirmação com o olhar. — Mas como sabe? Afinal você está aqui há pouco tempo.

— Você tentou se matar e não vi nenhum amigo seu tentando te salvar. — ele dá de ombros. — E, como sabe que eu não tenho muitos amigos? — acabo me rendendo e perguntando. Ele ri.

— Só tinha dois em seu casamento, e um deles é seu cunhado. Então não conta. — reviro os olhos. Passo o braço em seu pescoço e o forço a andar comigo.

— Se ele não conta, imagina o outro que só veio para tirar sarro de mim. Aquele sim, não é amigo. — ele ri e me olha de lado.

— E porque ele tiraria sarro de você, no dia do seu casamento? — penso porque Zayn tiraria sarro de mim.

— Isso é uma longa história que vai ficar para outro dia. Agora eu preciso que meu mais novo amigo que no caso é você. — bato em seu peito, e ele se retrai. — Me conte algumas coisas...

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