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CAPÍTULO 10

Boa noite...

Me digam o que estão achando da história?

O casamento.

— Tem dois dias que você está com essa cara. — Almir comenta ao meu lado.

— É a única que eu tenho. — falo sem me dar ao trabalho de olhar em sua direção.

— Eu sei que você está assim porque foi obrigado a casar... — o olhar que lancei a ele, fez com que suas palavras morressem.

— Ninguém me obrigou a casar. — falo segurando o ímpeto na voz. — NINGUÉM! — ele meneia a cabeça.

— Então já que ninguém obrigou você a se casar, veja se melhora a cara, o dia hoje é de festa. — desvio o olhar do meu cunhado e volto a olhar o grupo de dança que se apresenta no meio do salão.

A música está alta e ninguém ao nosso lado ouviu nossa quase conversa. Eu não queria conversar, nem mesmo suportava os olhares que eram destinados a mim. Estava de saco cheio de tudo, e não via a hora desse espetáculo de circo acabar. Passei os dois dias anteriores reunido com os homens das duas famílias, em parte das comemorações, enquanto as mulheres estavam fazendo o mesmo com a noiva.

Hoje é o último dia, onde todos se reuniram no salão principal para a fatídica cerimônia. Pensando em minha noiva olho para o outro lado, e a vejo olhando para o grupo de dançarinos. O sorriso singelo que ela exibia some de seu rosto, Ayra baixa o olhar e sinto a mudança em seu comportamento.

Olho para onde ela estava olhando e vejo um homem ao qual eu não faço ideia de quem seja a encarando. Passo meus olhos por inúmeros rostos desconhecidos, tirando meu pai, minha mãe, Almir com Ayla, e Zayn com a esposa, eu não conheço mais ninguém aqui.

Faço uma nota mental para que assim que o dia amanhecer preciso dar ordens a Abul para que descubra quem são cada uma dessas pessoas que estão aqui, e quais suas ligações com a família de Ayra. Volto a olhá-la e ela continua de cabeça baixa.

— Quem diria. — recebo um aperto no ombro. — Foi melhor do que eu poderia imaginar. — reviro meus olhos para mais um dos comentários do meu pai, em relação a meu casamento. — Conseguiu fisgar uma princesa. — ele para a minha frente. — Eu sabia que você havia puxado a mim.

— Está atrapalhando minha visão. — falo e vejo em seus olhos a mudança que sempre vi durante anos seguidos. Ele não gostou do que ouviu. — Não me olhe assim, mandar retirar meu próprio pai da minha festa de casamento não iria pegar bem. — ele amassou o papel que segurava enquanto me encarava.

Bem-vindo ao clube dos enfurecidos, pai!

Assim que ele saiu da minha frente, busquei minha mãe pelo salão, e para minha total surpresa, ela estava conversando com Ayra. Não tive a coragem de falar a verdade para ela. Admitir para minha mãe que eu não estava de acordo com esse casamento, só iria preocupá-la, sem necessidade.

Ela abraçou Ayra e sorriu ao olhar para mim. Desviei o olhar quando outra pessoa parou a minha frente, eu já estava pronto para xingar o infeliz quando me deparei com o pai de Ayra.

— Gostaria de ter uma palavrinha com você. — ele fala comigo e cumprimenta meus amigos que estão sentados ao meu lado.

Amigos?

Olhei mais uma vez para Almir e Zayn. Ambos cumprimentaram meu sogro. Os dois olharam em minha direção, e eu pensei sobre eles serem ou não meus amigos. Eu não gostava dessa palavra, mas tinha um certo apreço pelos dois. Mesmo que nos últimos dois dias minha vontade de deixar a florzinha viúva tenha passado pela minha cabeça com uma frequência constante.

— E, então? — voltei a olhar para o Sultão que insistiu.

— Essa é a festa do meu casamento. — falei dando a entender que eu não iria a lugar nenhum. Tivemos dois dias de comemorações sendo que um deles era exclusivamente para os homens, e ele nem se deu ao trabalho de aparecer. Senti um cutucão na costela vindo do lado de Almir.

— Eu sei, mas preciso falar algo com você. — Aikan voltou a falar.

— É que ele bebeu um pouquinho a mais. — olhei para Zayn. Tanto ele quanto Almir sabem que eu não tinha colocado uma única gota de bebida em minha boca nesses dois dias de festa, e nem hoje. — Ele fica teimoso. — ele se levanta. — Porque o senhor não o espera na biblioteca. Acredito que lá seja um lugar melhor para conversar. Vou passar uma água na cara dele para ele despertar, e já o levo até lá. — meu sogro olhou de Zayn para mim, concordou e saiu.

— Que merda você acabou de fazer? — perguntei.

— Ganhei tempo. — ele falou se sentando novamente.

— Na verdade foi perda de tempo, não pretendo ir a lugar nenhum. — voltei a olhar a apresentação de outro grupo de dança que começou.

— Ele não é seu pai. — Almir falou.

— Não vejo diferença. Ambos estão se fodendo para o que acontece comigo. — olhei para Almir. — Fiquei quinze dias preso como um bandido, sendo que não fiz porra nenhuma. — só em lembrar já sentia o sangue ferver. Eu precisava descontar a raiva que estava sentindo, ou algo de ruim poderia acontecer.

— A diferença é que seu pai não tem mais domínio sobre sua vida. — olhei para meu cunhado. — Aikan sempre terá. — eu odiava ter que admitir que ele tinha razão. — Não é nenhum pouco inteligente da sua parte bater de frente com ele.

— Vamos eu te mostro onde fica. — Zayn se levantou e ficou esperando na minha frente, enquanto eu avaliava, se iria ou não.

— Mustafá...

— Eu só vou porque não aguento mais vocês buzinando no meu ouvido.

Levantei e antes de sair do salão olhei para Ayra que estava me encarando, seu olhar parecia demonstrar angustia ou até mesmo desespero. Sem saber ao certo o que pensar, sai do salão acompanhado por Zayn e mais dois guardas.

— Se vou andar com essas sombras você não precisava ter vindo. — falei olhando para os guardas que se mantiveram sérios sem me olhar.

Andamos por alguns corredores antes de chegar a duas portas grandes de madeira, toda entalhada em arabesco, e eu poderia jurar que as cores douradas tinham sido pintadas com ouro.

— Veja se consegue sair vivo. — mostrei meu dedo do meio para Zayn, e entrei sem esperar que os guardas abrissem as portas.

Ao entrar confesso que fui surpreendido com o que encontrei. Ao imaginar uma biblioteca, imaginei uma sala escura com livros espalhados por todas as paredes. Bom, os livros estavam ali, mas as paredes, elas pareciam não existir.

Eu gostei do que vi.

Pelo menos a parede que estava a minha frente era em vidro, e se tinha toda a visão do jardim do lado de fora. Realmente eu não esperava por isso.

— Bonito não é mesmo? — escutei a voz de Aikan atrás de mim, mas não me movi. Ele parou ao meu lado.

— É parecido com a vida nesse palácio. — falei virando para olhá-lo. — Te passa uma falsa sensação de liberdade. — dei um passo e toquei no vidro. — Uma bela prisão.

Meu sogro ficou me olhando e eu não desviei o olhar.

— Você não parece estar como uma pessoa que tenha bebido além da conta.

— Eu não bebi. — comecei a caminhar e olhar as paredes onde estavam os livros. — Zayn só arrumou uma desculpa para tentar justificar o fato de que eu não querer vir conversar com vossa majestade.

— Mas você veio.

— Eu não queria me casar, e, no entanto casei, o que é uma conversa? — falei estampando o mais falso sorriso em meu lindo rosto. — Tenho aprendido que nem tudo é como queremos, e você tem sido um ótimo professor. — puxei um livro da prateleira, e li o titulo.

Cosmogonia Grega, o início do caos.

Incrível como até a porra de um titulo de livro parecia remeter a minha vida nos últimos dias.

— Eu acredito em você. — coloquei o livro no lugar e olhei para ele.

— Não diga? — tentei não carregar no sarcasmo, mas não sei se havia funcionado. — Não parece.

— Não acreditei de início, mas soube que você não desistiu da ideia mesmo sabendo que poderia morrer.

— Desisti sim, estou aqui, não estou?

— Não sei quem te convenceu. Mas sei que não foi por si só.

— Isso não faz a menor diferença. — falei perdendo a paciência. — Afinal o que queria falar comigo? Estou perdendo a festa do meu casamento.

— Espero que faça minha filha feliz. — eu fiquei o encarando.

Ele está de sacanagem para meu lado, não está?

Depois de toda a humilhação que passei, ele está aqui pedindo para que eu faça sua filha feliz. Mesmo tendo acabado de me dizer que acredita que eu nada fiz contra ela. Ele quer que eu a faça feliz.

"Não é nenhum pouco inteligente da sua parte bater de frente com ele"

A porra da voz do Almir estava gritando dentro dos meus ouvidos. Ele tinha razão.

Sorri.

— Sua querida filha, irá viver num mar de rosas. — falei respirando fundo, e engolindo o nó que essas palavras estavam formando em minha garganta. — Irei garantir isso todos os dias da minha vida. Lhe dou a minha palavra.

Ele concordou sem saber o que realmente se passava em minha cabeça. Sem falar mais nada ele se encaminhou para as portas, e como num passe de mágica as portas se abriram, e ele saiu me deixando sozinho.

Dois soldados fortemente armados o acompanharam.

Eles estavam escutando a conversa?

Como sabiam que ele iria sair?

Ele nem falou nada, e nem fez algum barulho que indicasse sua partida. Com as portas abertas, pude ouvir a música que vinha do salão. Essa noite tinha que acabar o quanto antes.



— Você deveria estar sorrindo mais, afinal é seu casamento! — Lila está eufórica. — Seu marido está tão lindo. — comenta rindo de forma travessa. — Acabei de vê-lo passar com dois guardas fazendo sua escolta.

Eu estava em meu quarto me preparando para ir para o quarto onde passaríamos a primeira noite, e eu não sabia o que esperar desse momento, essa era a verdade. Durante toda a cerimônia ele se manteve calado, só falou algo nos momentos necessários e esperado, fora isso só fui alvo de seus olhares.

Notei o momento em que meu pai o tirou do salão, e, confesso que fiquei curiosa e temerosa, não sabia como estavam os ânimos, ninguém me falava nada, e isso me matava lentamente.

— Eu tenho tanta curiosidade em saber o que acontece na primeira noite. — as palavras de Lila chamaram minha atenção. — Promete que vai me contar amanhã? — acabei rindo de sua inocência.

— Não prometo nada, mas quem sabe. — primeiramente eu deveria saber o que iria acontecer. — Se eu sobreviver. — sua risadinha me fez respirar fundo.

— Todas sobrevivem, porque com você seria diferente? — eu sabia que ela estava fazendo uma pergunta retórica, mas acabei respondendo para mim mesmo.

Talvez porque meu marido tenha passado os últimos quinze dias pensando em formas diferentes de me matar sem deixar vestígios.

Ela trouxe o robe longo de seda branca com as mangas trabalhadas em renda, ele combinava perfeitamente com a camisola que eu estava vestindo. Ele tampava perfeitamente todas as partes do meu corpo que a camisola revelava.

O conjunto era simplesmente lindo.

Por um misero momento me permiti pensar que isso poderia realmente dar certo. Foi pensando dessa forma que terminei de me arrumar e fui em direção a porta que separava meu quarto de dele.

Que Allah me proteja.    

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