Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

CAPÍTULO 08


Eu não conseguia ter nenhuma reação diante das palavras de Haidar. Ele soltou meu queixo, se afastou se sentando no sofá e puxou seu celular.

— Eu sei que ele não é o marido dos seus sonhos. — ele falava. — Mas é sua melhor opção.

— Ele vai me odiar. — minha voz saiu fraca.

— Você vai tirar isso de letra.

— Ele vai me matar.

— Ele é ambicioso, Ayra. — eu sabia que meu primo tinha razão, mas não conseguia enxergar mais o Mustafá que conheci no começo. — Não vai matar a mulher que vai lhe dar de mão beijada tudo o que sempre buscou. Riquezas, status, nobreza.

— Você não o conhece. — meu primo riu. — Ele não é desse jeito.

— Dois dias fizeram com que você mudasse de opinião sobre ele? — ele se levantou. — Minha parte eu fiz, agora você tem que fazer a sua. — ele se aproximou. — Mostre a ele que não existe escolha. — ele ponderou. — Na verdade existe sim, ou ele casa, ou ele morre. — Haidar começou andar pelo quarto. — Mas se ele optar pela segunda opção, você continuará livre para Berat, e a crueldade dele pode só aumentar em saber que não será o primeiro, e tudo o que fiz será em vão. Inclusive a morte do seu mais novo amigo.

— Como você consegue pensar em tudo assim, com essa tranquilidade? — ele sorriu.

— Não me preocupo com as pessoas. — falou dando de ombros.

— Você se preocupa comigo. — falo. Ele me olha intensamente.

— Você é minha família. — estreito meus olhos.

— Você comprou Lila de um mercador, para salvá-la de ser escrava. — ele trava a mandíbula antes de dar um passo.

— Comprei ela para ser sua serva. — ele fala as palavras em tom baixo. — Não me preocupo com ela. — falou sorrindo. — Preocupada você terá que ficar se ele não se case com você. — ele pegou a pasta e abriu. — Berat marca as mulheres da mesma forma que marcamos os animais. — ele me olhou. — Você ter que conviver com o ódio que Mustafá possa desenvolver por você, não será nada perto do que passará caso se case com Berat. — ele se sentou ao meu lado. — Você vai continuar morando aqui, não terá que se mudar para outra cidade, e ficar a mercê da família de Lâmia.

— Eu não tinha pensado nisso. — ele soltou uma profunda respiração.

— Pois procure pensar em tudo, é sua única chance. — ele se levantou. — Quando tiver certeza do que quer, me procure, tenho que cuidar para que tudo saia como o esperado. — concordei.

Meu primo saiu e eu voltei a deitar.

O prato de refeição foi colocado a minha frente, e, eu somente o empurrei para o lado juntando com os outros. Um dia havia se passado e ninguém sequer veio até mim. Eu não tinha telefone, eu não tinha como saber o que estava acontecendo a um palmo do meu nariz, e isso estava me deixando louco.

Ouvi passos, e barulho das grades sendo abertas. Não me dei ao trabalho de levantar os olhos, para saber quem era. Eu só queria falar com o pai de Ayra, e resolver logo tudo para poder ir embora.

— Fazer greve de fome não é uma atitude muito sensata. — pela voz reconheci o primo de Ayra.

— Quando poderei falar com o pai dela? — perguntei.

Haidar chutou um dos pratos e mandou o guarda tirar tudo dali. Eu esperava logo a resposta, mas parecia que ele estava testando minha paciência.

— Sabe, essas celas já foram bem piores. — ele falou se sentando em um dos bancos. — Não tinham nada. — eu levantei lentamente a cabeça o encarando. — O que você realmente quer? — sua pergunta parecia sincera.

— Eu quero ir embora. — admiti. Ele balançou a cabeça concordando.

— Eu também faria qualquer coisa para sair daqui. — ele olhou em volta. — Nem ao menos o sol entra aqui, isso torna tudo sombrio e mofado.

— Nós vamos ficar batendo papo até quando?

— Até que você entenda a situação. — um arrepio inquieto me percorreu. — Você não irá embora. Não da forma que pensa.

Por um minuto pensei na onda de euforia que percorreria meu corpo se eu conseguisse matar Haidar, agora. Com minhas mãos. Torcendo seu pescoço e vendo seus olhos saltarem para fora. Seria sem sombra de dúvidas algo melhor de sentir, invés do sentimento de impotência que me dominava.

Eu compreendi perfeitamente o que suas palavras insinuavam. Mas eu não havia feito nada. Eu era inocente. Eu iria provar. Era algo fácil de provar.

— Eu quero falar com o pai dela. — voltei a pedir. Ele emitiu um som de negação com os lábios.

— Você não manda.

— Eu estou pedindo. — falei alterando a voz. — Mas que porra, você sabe que eu não fiz nada, só quero falar com o pai dela. — comecei a andar pela cela e chutei uma mesa. — Vocês não podem simplesmente me sequestrar, me enfiar nesse buraco e me tratar como se eu não fosse ninguém. — ele me observava atentamente e no final bateu palmas.

— Gostei do show, mas não é dessa forma que você vai me convencer a tentar falar com meu tio. — ele tirou uma sujeira imaginária de sua roupa e me olhou. — Afinal foi ele quem mandou te trazer. — ele ficou de pé. — Ele sabe que você está aqui, sabe que anda comendo qualquer merda que te sirvam, e sabe que deve estar a ponto de matar qualquer um, e sabe de uma coisa? Ele não se importa. — ele se aproximou de mim lentamente. — Você é o cara que foi pego com a filha dele na cama.

— Eu não toquei nela.

— Isso não faz mais diferença.

— Como não? — perguntei.

— Você é um cara inteligente, sabe o que vai acontecer. Sabe quais são suas opções, e espero que seja inteligente o suficiente para fazer a escolha certa. — eu estava nervoso demais para compreender que merda de escolhas eram essas. — A única forma de sair daqui vivo, é se casando com Ayra.

Ele começou a sair e eu não sabia o que pensar. Mas uma coisa era certa.

— Eu quero falar com ela. — eu não a conhecia bem, mas acreditava que Ayra jamais concordaria com algo assim. Ela poderia confirmar minha inocência. Haidar me olhou.

— Isso talvez eu possa providenciar. Vou pensar no seu caso. — eu espero que sim, é aí que vou ferrar com você.

Eu não sabia com exatidão o que estava sentindo, uma crise de ansiedade ou medo de perder a coragem de fazer o que era necessário. Haidar havia passado cedo em meu quarto e avisado que Mustafá queria falar comigo.

Eu sabia o que ele queria. Ele queria a verdade. Era algo tão simples.

"Faça sua escolha, Ayra"

As palavras de Haidar ecoavam em minha mente.

"Você poderá conviver com o ódio"

"Ele marca as mulheres, como nós marcamos os animais"

O soldado abriu a porta que me levaria para o meu destino, seja ele qual fosse. Olhei para o lato, vendo a luz da manhã começando a pintar as paredes. Tudo parecia tão normal, tão habitual. Mas ali dentro estava o homem que havia salvado a minha vida, e esperava que eu fizesse o mínimo por ele.

Engoli a vontade de chorar e sair correndo. O soldado olhou indeciso para mim, somente abaixei a cabeça para que pudesse secar o canto dos olhos. Respirando fundo, entrei.

O cheiro era insuportável. Parecia que tinha algo podre, ou morto aqui dentro. Meu estômago se revirou quando meus olhos avistaram Mustafá. Meu coração acelerou e se espedaçou com o que vi. Ele estava deitado em um banco de pedra, e um dos braços escondia seus olhos.

Fiquei parada diante da cela, tentando me convencer que o que eu faria era o certo. Certo, eu sabia que não era, mas ao menos era o melhor.

— Achei que seu guardião não fosse permitir que viesse até aqui. — ele falou ainda estando do mesmo jeito. Como ele sabia que eu estava aqui?

Mustafá se sentou e olhou para mim.

— Como sabia que era eu? — ele mexeu o pescoço de um lado para o outro, pude ouvir alguns estalos.

— O montanha, ou seu primo cheira tão bem. — ele se levantou e veio até a grade. — Se bem que qualquer coisa cheiraria melhor que esse lugar. — ele olhou para o soldado. — Não vai abrir? Eu preciso falar com ela. — um buraco se abria em meu peito.

— Ela fica aqui fora. — Mustafá pareceu surpreso, e olhou de mim para o soldado.

— São ordens. — falei. Ele concordou.

— Certo. — ele segurou na grade. — Pode nos dar ao menos um pouco de privacidade? — ele pediu. O soldado negou. — Se você não reparou, existe uma grade entre mim e sua princesa. — o soldado me olhou, e eu concordei. Ele se afastou alguns metros. Ainda escutaria qualquer coisa que seria dita. — Ayra, eu só preciso que fale a verdade. Fale para seu pai que nada aconteceu entre a gente, que tudo não passou de alguma brincadeira de mau gosto, mas eu não toquei em você.

Eu não conseguia olhar em seus olhos.

— Ele não vai me ouvir. — falei.

— Mas ele precisa saber da verdade, alguém tentou contra nós dois, e você sabe disso. Eu sei disso, e o seu primo também e, é claro que nós dois sabemos quem foi. Não sabemos? — ele falou tão baixo que levantei meu rosto e olhei em seus olhos.

Eu tentei não chorar, eu tentei segurar as lágrimas. Mas olhar para a esperança em seus olhos, me quebrou.

— Ayra? — ele insistiu. Eu neguei.

— Eu não posso. — falei entre as lágrimas. — Eu sinto muito. — ele se afastou segurando a nuca.

— Como assim não pode? — perguntou.

Olhei para Mustafá. Como eu explicaria que precisaria mentir pela primeira vez na minha vida, e que seria algo bom para nós dois? Eu ficaria livre de me casar com Berat, e ele ficaria vivo.

— Eu não posso falar o que você quer que eu fale. — ele começou a andar de um lado para o outro.

— A verdade, é isso que você quer dizer. Eu quero que você fale a porra da verdade! — ele gritou. Sua agressividade não me surpreendia. Eu já esperava por isso.

— Se você conseguir raciocinar, vai ser melhor para nós dois. — ele parou de andar e me encarou.

— O que será melhor para nós dois? Me casar com você? — concordei. — Eu prefiro morrer. — ele falou se aproximando da grade. — Você acha que eu sou tão otário assim? Eu já entendi tudo, você não pode falar a verdade para seu pai de que nada aconteceu, porque não é mais virgem, e acha que eu sou a sua saída de não ser humilhada por todos. — suas palavras me machucavam.

Mas era a verdade. Eu não era mais virgem, e ninguém sabia.

— Sabe o que mais me deixa perplexo nisso tudo? — eu não falei nada. — Como foi dissimulada durante esses dias. Eu acreditei que você estava em perigo, que tentaram contra sua vida, cheguei a ficar com pena de você. — ele começou a rir, e bateu os punhos nas grades. — Que burro que eu fui!

— Mas tentaram me matar, e você salvou minha vida. — ele começou a rir mais alto.

— Antes tivesse te deixado morrer, pelo menos eu não estaria aqui. — ele gritou. As lágrimas voltaram a cair pelo meu rosto.

— Eu serei eternamente grata pelo que fez. — sem que eu esperasse, Mustafá se aproximou da grade e passando os braços pelas barras de ferro, conseguiu segurar minhas roupas, me puxando com tudo contra a grade.

— Eu tenho vontade de te matar agora. — o soldado interferiu conseguindo me soltar das garras de Mustafá. — Tire-a daqui, ou serei capaz de matar ela só com pensamento. — ele me soltou e bateu nas grades. — Inferno!

— Princesa, é melhor sair. — olhei para o soldado que falava comigo.

Mas eu não conseguia compreender o que ele falava. Mustafá estava destruindo tudo dentro da cela. Fui arrastada para fora, e encontrei meu primo na entrada. Ele olhou para mim e pelo que se podia ouvir vindo de dentro, ele já sabia qual era escolha dele.

— Eu não consegui. — ele me abraçou.

— Eu vou dar um jeito.

Eu não sentia nenhum músculo do meu corpo. Tudo parecia estar amortecido, e ao mesmo tempo a sensação de que algo estava me dilacerando por dentro era grande. Eu estava deitado em meio ao caos de coisas que quebrei no meu momento de irá.

Eu tentava pensar no futuro. Mas não via nada além de uma escuridão.

— Eu achei que você fosse mais inteligente. — continuei no mesmo lugar. Haidar não conseguiria tirar o que me restava nesse momento. Minha decisão.

— Vai se foder. — ele entrou chutou algumas coisas e apareceu no meu campo de visão. Fechei meus olhos. Eu estava decidido. — Vim para resolvermos a situação.

— Veja só, pela primeira vez você não tem o controle de algo. — falei e ri. — Eu não vou me casar com ela.

— Você não tem escolha.

— Sempre se tem outra opção, inclusive você me deu ela. — ele ficou em silêncio por um longo tempo.

Eu não me dei ao trabalho de abrir os olhos, eu queria que ele, a prima, e, qualquer outro fosse para os quintos dos infernos.

— Sabe... eu nunca tive medo de morrer. — falei ainda de olhos fechados. — Mas confesso que imaginei que sentiria algum medo, mas no atual momento não sinto nada além de uma paz interior. — abro meus olhos e o encaro. — Seu esforço foi em vão. — sorri vendo seu semblante endurecer. — Não vai ter casamento, e todos vão descobrir o que você está tentando esconder. 

Algumas pessoas estão me cobrando avatar da Melissa e idade atualizada. Essa história ainda segue a cronologia do final da história da Jasmim...

No próximo capítulo, é quando Almir é chamado até Omarak porque nosso mocinho nem tão mocinho, foi preso.

Então ela continua com seus "quase" quatorze 😅

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro