Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

CAPÍTULO 06

Boa noite, até sexta posto mais um...

Até mais...

Quando sai da tenda me deparei com Mustafá conversando com Abul, e eles pareciam preocupados.

— É melhor você ir até lá e ver o que está acontecendo.

— Sim senhor. Ligarei assim que chegar lá. — Abul me olhou, cumprimentou-me com um menear de cabeça e saiu. Mustafá passou a mão nos cabelos.

— Aconteceu algo? — perguntei.

— Nada demais, só meu competidor que não cumpriu o tempo devido e não faço ideia do por que. — ele olhou para os lados. — Procura algo?

— Você viu a moça que me emprestou as roupas? — ele ficou me olhando, depois desceu o olhar para as roupas que eu vestia. — O que foi?

— Você fica bem com roupas mais simples. — então voltou a me olhar nos olhos. — Na verdade, você parece outra pessoa.

— Espero que isso seja um elogio. — ele sorriu.

— Podemos dizer que sim. — Mustafá apontou para uma das tendas a frente. — Ali é o dormitório, Nádia deve estar lá.

Olhei para onde ele apontou, mas não me movi. Olhei para ele novamente, e vi que me olhava. Tinha algo que simplesmente me impedia de me afastar dele. Ficamos nos encarando em silêncio. Por um minuto acreditei que ele não fosse tão ruim quanto gostava de parecer. Acabei sorrindo.

Mustafá continuou sério, mas o clima estranho que nos rodeava foi quebrado quando gritos foram ouvidos, e Melissa saiu correndo da tenda, seguido por um rapaz que segurava um tecido em chamas.

— Você está louco? — ela gritou.

— Foi você que colocou fogo lá dentro, não eu. — ele falou mais algumas coisas que não consegui ouvir. Mas ele parecia bravo com ela. Eu acabei rindo.

— Ela não para. — comentei.

— Eu tenho pena do futuro marido dela, isso sim. — Mustafá comentou ao meu lado.

— Ela é nova, vai crescer e amadurecer muito até lá. — pelo semblante Mustafá não parecia ter tanta certeza.

— Que Allah te ouça. — ele levantou as mãos para o céu. E rimos os dois.

— Queria te agradecer. — ele ficou sério. — Eu sei que você vai cobrar o favor em algum momento, mas mesmo assim, obrigada por ter salvo minha vida. — sem que ele esperasse, eu me aproximei o suficiente para lhe dar um beijo no rosto.

Não queria esperar para ver sua reação, porque eu sentia que meu rosto estava começando a esquentar, pela atitude ousada. Mas antes que eu me afastasse, sua mão segurou meu pulso, gesto esse que me fez tremer por inteira. Meu coração estava batendo rápido demais para que pudesse acompanhar com a respiração. Me virei e vi que seus olhos me analisavam intensamente.

— De nada. — foi o que ele falou antes de se afastar e entrar na tenda. Segui para onde ele havia dito que eu encontraria a Nádia, prestando atenção nos passos que dava, seria muito fácil eu errar o compasso.


Já era noite e eu estava cansado. Todos estavam á volta da fogueira novamente, tinha algo que estava me incomodando, eu não sabia dizer o que era, somente sentia algo ruim. Talvez a mensagem que recebi sobre meu competidor não ter conseguido cumprir o trecho de hoje no tempo que estimei.

É, poderia ser isso. Com certeza era, afinal não havia outro motivo que poderia me deixar desse jeito.

Olhei para os lados vendo que os homens que cuidariam da ronda noturna essa noite, se encaminhavam para as dunas mais altas. Acampar no deserto tinha seus prós e contras. Eu gostava de me precaver de todas as formas, dos contras. Gostaria de não estar com essa sensação estranha de que algo iria acontecer, porque isso me impediria de interagir, e me custaria mais uma noite de sono.

Eu odiava ficar sem dormir, porque o dia seguinte era improdutivo. Evitei o tumulto da fogueira e segui para a tenda. Eu precisava descansar. Deparei-me com Ayra sentada em uma das almofadas que estavam no chão.

— Achei que estivesse com os outros. — falei me sentando no lado oposto.

— Hoje não. — sua voz estava baixa e melancólica. — Preciso pensar, e aqui está melhor para fazer isso. — concordei. Afinal eu fazia o mesmo quando precisava tomar alguma decisão.

— Já pensou em ligar para sua família? — ela concordou.

— Farei isso pela manhã. — uma serva entrou na tenda carregando uma bandeja com comida e suco. Olhei para ela, e não a reconheci.

— Onde está Nádia? — perguntei. Ela colocou tudo em cima da pequena mesa de madeira e abaixou a cabeça.

— Ela está ajudando a menina. — respondeu sem me olhar.

— Obrigada. — Ayra agradeceu, e a mulher saiu. — Você não comeu? — Ayra me perguntou. Neguei.

— Estou sem fome. — falei me levantando para ir atrás da mulher.

Pensei por um momento que eu não conhecia todas as mulheres que trabalhavam para mim, isso quem cuidava era Abul. Somente Nádia era a quem eu havia contratado pessoalmente. Assim que saí da tenda vi Melissa e Nádia conversando e indo em direção a fogueira. As duas realmente estavam juntas. A mulher não havia mentido. Toda essa desconfiança deveria ser efeito das noites mal dormidas e o cansaço do dia.

Eu precisava dormir.

Entrei novamente na tenda. Ayra estava comendo algumas frutas secas. Sentei onde estava antes e fiquei a observando enquanto comia. Eu havia sido sincero quando falei que ela parecia outra pessoa nesses dois dias que está aqui.

— Você sempre foi assim arredio? — sua pergunta me fez pensar um pouco.

— Defina arredio. — ela me olhou e começou a me analisar.

— Você não parece gostar muito do convívio social. — fiquei surpreso com sua observação. — Você gosta somente de manter essa pose de mal, acho que no fundo não gosta de pessoas a sua volta. — me estiquei e me servi com um pouco de suco.

— Não tenho problemas com pessoas. Geralmente são elas que tem algo contra mim. — falei bebendo um gole e sentindo um gosto amargo. Olhei o copo. — Isso é o que? — ela riu.

— Suco de Kiwi. — ela falou bebendo um pouco. — É o que parece. — deixei o copo de lado. — Você não pretende se casar?

— Pretender eu pretendo tantas coisas, mas essa não é uma delas. — ela voltou a comer. — E, antes que me pergunte o porquê, devo lembrá-la que isso não é da sua conta. — sorri. — E, você? — ela me olhou incerta.

— Eu o que?

— Já não deveria estar casada? — ela desviou o olhar.

— Não sou eu quem decide sobre essas coisas, como você deve saber. — ela forçou um sorriso. — Mas isso vai mudar logo pelo que soube. — ela voltou a beber o tal suco horrível.

— Por isso está adiando sua volta. — conclui, compreendendo agora algumas coisas.

— Podemos dizer que sim. — meus olhos começaram a ficar pesados. Forcei a vista. Ayra deixou o copo na bandeja, mas ele caiu. — Nossa, acho que estou mais cansada do que imaginava. — ela falou bocejando, e segurando a cabeça. — Será que tinha álcool nesse suco?

Eu me sentia levemente entorpecido, e vi o momento em que ela foi caindo de lado até estar deitada completamente no chão. Fui sair de onde estava, mas não senti minhas pernas, e acabei caindo de joelhos no chão.

— Mas que... — minha voz estava pesada e saia arrastada. Olhei para minhas mãos, e senti a vista embaçar. — Ayra... — isso não era sono ou cansaço.

Meus olhos foram fechando conforme fui sentindo meu corpo cair. Antes de fechar os olhos por completo, vi uma sombra perto de onde eu estava, mas quando fui olhar para o lado, senti uma pancada na cabeça, me fazendo mergulhar de vez na escuridão que começava a me dominar.

Uma dor latente me tirou do sono profundo em que eu me encontrava. Eu estava cansado, eu sentia meu corpo pesado. A dor na cabeça voltou a latejar, me deixando consciente de tudo. Então as lembranças do que tinha acontecido voltou.

Eu não tinha dormido naturalmente.

Fui levantar, mas a dor de cabeça só permitiu que eu fizesse isso de forma bem lenta. Ao menos eu estava na cama. Mas não conseguia me lembrar de ter vindo até aqui. Ao me mexer senti um braço ao meu lado. Abri os olhos com dificuldade, já que a claridade piorava a dor de cabeça. Olhei para o lado vendo Ayra deitada ao meu lado.

— Ayra? — a chamei, mas ela não acordou. Quando fui me sentar vi que estava sem minhas calças.

Eu estava nu?

Levantei o lençol confirmando.

— Mas o que aconteceu? — perguntei a mim mesmo, tentando lembrar de algo.

— A noite parece ter sido muito boa, não é mesmo?

Escutei uma voz de homem vindo de algum lugar de dentro da tenda, mas não consegui identificar onde. Passei a mão de baixo do travesseiro procurando a adaga que sempre deixava ali, mas não encontrei.

— Procurando por isso? — então Haidar saiu detrás de um dos tecidos que separava o ambiente na parte de dentro.

Pela primeira vez na vida, eu senti medo. Não pelo fato de ter um homem que eu sabia muito bem não gostar de mim, segurando uma adaga na minha frente. Mas sim porque eu me senti vulnerável, primeiro por não lembrar de muita coisa da noite passada, e segundo por estar sem minhas roupas.

Fiz menção de levantar, mas ele fez sinal para que eu permanecesse onde estava.

— Se você se levantar vai precisar usar o lençol. — claro, já que eu estava sem roupa. Gênio. —Mas eu não quero, e acredito que nem você quer que meu tio a veja da forma como ela se encontra. — eu olhei novamente para Ayra que estava ao meu lado. Ela também estava sem roupas? — Nua. — ele completou. Fechei meus olhos por um misero segundo.

— Nada aconteceu. — falei compreendendo o que isso dava a entender. — Eu posso garantir. — ele sorriu.

— Muitas coisas aconteceram nesses dois dias. — ele falou se aproximando. — Achou mesmo que eu não os acharia? — balancei a cabeça tentando buscar uma solução. Ayra começou a se mexer ao meu lado, e quando ela abriu os olhos, sorriu.

Sorriu para mim.

Fechei meus olhos. Não faça isso. Ainda de olhos fechados senti que ela se moveu ao meu lado, e então o lençol foi arrancado de forma abrupta de cima de mim.

— O que... — a voz dela estava baixa e confusa. Puxei o travesseiro para me cobrir. — Haidar? — ela quase gritou. — O que faz aqui?

— Não se preocupe comigo amada prima. — ele falou andando em volta da cama. — Pode ter certeza que eu sou o menor dos seus problemas, princesa.

Assim que ele terminou de falar alguns homens vestidos com as roupas da guarda de Omarak entraram, e logo atrás entrou um homem mais velho, com as roupas chiques demais, para ser somente mais um guarda. Ele olhou tudo em volta, e então olhou para a cama. Olhou para Ayra. Olhou para mim.

— Pai? — eu abaixei a cabeça quando Ayra o chamou de pai.

Eu estava fodido.

Eu tinha que procurar manter a calma. Isso tudo era somente um mal entendido, eu deixaria os ânimos se acalmarem, e explicaria o que aconteceu. Ou no caso o que não aconteceu. Era algo simples a se fazer, eu só tinha que manter a calma.  

Acho que deu ruim....

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro