5 - Hello, Califórnia!
OLHA, QUE ORGULHO DE VOCÊS. PASSEI O DIA ESCREVENDO. POR QUE? PORQUE VOCÊS CUMPRIRAM A META DE 400 COMENTÁRIOS. SÉRIO! QUE DEMAISSSSSSSSSSSSS!!!! Parece pouco, mas poxa, não é não hahaha E isso ajuda o livro a subir cada vez mais. Confiem em mim :)
Olha, se a gente chegou em 400 podemos chegar em 450. Hein? rs Se a gente conseguir, eu posto. Se não, eu posto de qualquer forma na próxima terça :)
Olha, gente. Obrigada pelo carinho. Tenho recebido palavras lindas tanto sobre Misteriosa Essência quanto Indecifrável Atração e fico feliz demais por isso. GRATIDÃO SEMPRE!
Agora, vamos ler o capítulo. Tenham calma que tudo está fluindo no ritmo certo haha Não sejam "tão" ansiosas. Por falar nisso, esse capítulo será interessante. Tenho misturado assuntos mais complexos com a leveza porque um livro precisa ter elementos variados e eu adoro uma profundidade no momento certo :) Comentem, compartilhem experiências e não deixem de votar.
> Capítulo não revisado ;)
Amo tus!
Você pode viajar ao redor do mundo
Mas nada chega perto da costa dourada
Se você vier vai curtir com a gente
Vai se apaixonar.
California Gurls, Katy Perry.
Liv
Chegamos no Aeroporto por volta das 11h da manhã e agora estamos devidamente acomodadas na primeira classe. O voo de Nova York para Los Angeles leva em torno de 5h40min e, apesar de ser consideravelmente longo, será bom para descansarmos antes da recepção que Klein fará em sua mansão hoje à noite. O que com certeza vai virar uma festinha, como tudo o que acontece naquela cidade. E eu adoro, claro.
De qualquer forma, não pretendo exagerar porque quero estar disposta para o show de amanhã, que antecederá a festa mais esperada.
O avião decola e assim que estabiliza no ar eu e Ticy desafivelamos os cintos de segurança.
— Agora é para valer, ginger — digo, virando para Ticy que está na poltrona do corredor.
— Sim, minha amiga. Los Angeles que nos aguarde! — exclama, fazendo com que eu ria da sua animação. É isso que eu amo nessa garota. Ela demora a aceitar novas ideias, mas quando aceita, entra de cabeça.
Logo uma aeromoça aparece:
— Bom dia, senhoritas! Desejam algo para beber?
— Por favor, queremos duas taças de champagne. — Antes que eu possa pedir qualquer coisa, Ticy me atropela.
— Já trago, senhorita. Com licença — responde a funcionária, saindo das nossas vistas.
Ainda estou com meus olhos arregalados e sobrancelhas arqueadas quando Ticy vira para mim, claramente percebendo minha surpresa.
— O quê? — ela pergunta, como se tivesse feito algo natural.
— Você ainda pergunta? — questiono.
— Ah, Liv. Depois de tanto ouvir você e Scarlett dizendo que eu precisava tomar as rédeas da minha vida, não há mais nada que me pare. Não vou mudar minha essência, mas quero arriscar mais e ser mais direta como que quero. Como você disse, eu sou nova e a vida tem muito a oferecer.
— Minha amiga, e eu te dou total apoio! Você só me orgulha, mulherão da porra.
Ticy sorri orgulhosa e logo nossas bebidas chegam.
— Um brinde a um novo começo — digo. E como não poderia faltar, complemento com nosso famoso ritual: — Que a amizade dure e que meu homem você nunca roube, amém!
Nossas taças tilintam e juntas sorvemos o líquido borbulhante.
A viagem começou bem. Já posso visualizar como eu e a nova versão da Ticy nos divertiremos para caralho.
Calma, ansiedade da porra! Calma. Sempre que fico muito agitada ela ameaça me dominar. Respiro fundo, prendo o ar por oito segundos e solto devagar, forçando minha mente a pensar em outras coisas e não na falta de ar que tenta se apoderar de mim. Exercícios sagrados para uma mente ansiosa. Foi assim que aprendi e me ajuda a controlar 80% das minhas crises.
O primeiro episódio veio sem aviso prévio e me deu um susto absurdo há dois anos, a ponto de eu pensar que estava tendo um ataque cardíaco. Na época, eu estava trabalhando todos os dias por mais de 15 horas. Eram ensaios e mais ensaios para administrar e meu cérebro não conseguia parar. Cheguei em casa um dia, esgotada, e resolvi dormir. Tudo parecia normal até que subitamente acordei com falta de ar. Meu coração batia descompassado, minhas mãos suavam frio e eu me desesperei. Imagine? É inevitável pensar no pior.
Chamei Scarlett e fiquei esperando na recepção, junto do meu porteiro, que obviamente estava tão assustado quanto eu, contudo senti uma necessidade louca de não ficar sozinha em meu apartamento. Até hoje não sei como minha amiga apareceu tão rápido ou se eu estava tão preocupada com o que estava sentindo que não vi o tempo passar, mas logo estávamos no hospital.
Após exames e mais exames e ter ficado em observação por 24h, não encontraram nada de errado com minha saúde, mas a médica alertou dizendo que o quadro indicava ser um transtorno de ansiedade e que eu deveria procurar a ajuda de um profissional antes que pudesse piorar.
Desde então a psicanálise faz parte da minha rotina e é o melhor investimento que eu faço em prol do meu bem-estar. Se eu tivesse demorado a me tratar, as coisas poderiam estar bem diferentes hoje em dia. O quanto antes buscamos ajuda, mais chances temos de aprender a lidar com estes episódios que podem nos acompanhar para o resto da vida.
Quer saber o que odeio? Quando as pessoas dizem: "Ah, mas isso é bobeira sua..." "Isso é passageiro, não se preocupe..."
Porra, entenda o seguinte: não pague para ver. Hoje você pode achar bobeira porque é com outra pessoa, mas cara, não queira passar por essa "bobeira". Isso é foda e desestabiliza de uma forma que chega a ser injusto julgar ou discriminar quem passa por transtornos de ansiedade.
Então vamos ser mais compreensivos e ajudar ao invés de dar uma de "sabe tudo", vamos? Ok, obrigada!
A nossa mente, definitivamente, é uma caixinha de surpresas e só a levamos a sério quando ela avisa que está na hora de frear. E ela tem diversos modos de "dizer" isso.
Não há status e nem condições financeiras. Todos estão passíveis de serem acometidos por uma crise de ansiedade. Não é uma escolha ou opção! Acontece e devemos estar atentos aos sinais, nunca deixando de buscar ajuda.
A fim de melhorar minha qualidade de vida, diminui a carga de trabalho e tento não me estressar à toa. O mais difícil é lidar com a ansiedade que é inerente de todo ser humano. Como agora.
Evito ao máximo tomar remédios — a não ser que esteja numa crise ferrada, o que, graças a Deus não acontece há um bom tempo — e prefiro me acalmar com uma taça de vinho, que me relaxa consideravelmente. Assim como o champagne que estou bebendo.
— Está tudo bem, Liv? — Fiquei tão focada nos meus exercícios de respiração que nem vi o tempo passar.
— Tudo, ginger. Não se preocupe. Estava dando uma oxigenada na mente — brinco e ela ri, ao mesmo tempo mantendo uma expressão receosa.
Natural minhas amigas se preocuparem comigo, mas não chegam a encher meu saco. Só Scarlett que vez ou outra testa minha paciência mantendo segredinhos, como seu homem misterioso fez com ela. Aquela ali foi guerreira. Ficar sem saber quem era o cara que tinha dançado com ela por tanto tempo... Meu Deus, se fosse comigo eu estaria mortinha, literalmente. Mas no final, a recompensa foi grande. Ô homem... lá vai eu falando do Mr. M de novo. Mas o cara... Enfim, não vou falar como ele é gostoso e maravilhoso... Afinal, ele é muito príncipe para o meu gosto...
— Vou dar uma descansada, amiga — Ticy avisa, interrompendo meus loucos devaneios.
— Claro! Eu também vou.
Deito a poltrona no máximo e me ajeito à procura da melhor posição. Meus pensamentos me levam para logo mais e não vou negar que a expectativa dessa aventura esteja me consumindo, mas nada que preocupe. Calma, estou bem. É só aquele friozinho na barriga comum de expectativa. Completamente saudável.
E assim o sono vai me dominando, até que adormeço com um sorriso nos lábios.
Adivinhem em qual hotel estamos hospedadas?
Hotel Magnific L.A.
Lembra alguém para você?
Eu só fui saber que havia um hotel da rede na Califórnia quando estava conversando com Scarlett há dois dias. Ela achou que eu sabia e por isso não tinha comentado antes, mas não, eu não sabia. Na mesma hora troquei as reservas que já tinha feito em outro lugar.
Eu e Ticy chegamos, fizemos check in e fomos comer alguma coisa. Por mais que tenhamos beliscado uns snacks no voo, é sempre bom reforçar.
No momento, Ticy está no banho e eu estou colocando nossos vestidos, de hoje e amanhã, nos cabides. O que vestirei logo mais é todo bordado em lantejoulas e dégradé com cores variadas, assemelhando-se ao efeito furta-cor. Ele chega um pouco abaixo da altura da coxa e a parte que prende no pescoço, formando um "V" no colo, possui pedrarias, e se não fosse por isso, ele seria tomara-que-caia. É um vestido mais comportado, digamos assim. Pelo menos mais do que o de amanhã.
O de Ticy é preto, básico e lindo, sem mangas e de um ombro só, que chega dois dedos acima do joelho. O toque especial ficou por conta de uma gola em estampa geométrica que cobre perfeitamente todo o pescoço.
— Pode ir, Liv — Ticy diz ao sair do banheiro vestida com um roupão branco felpudo.
— Já vou. Acabei de ajeitar nossas roupas, ok?
— Perfeito. Obrigada, amiga. Vou me maquiar primeiro. Estamos com tempo para fazermos tudo com calma e isso é bom — ela diz, referindo-se ao horário da festa que será às 22h.
— Com certeza! — digo a caminho do banheiro!
Exatamente às 22:30h chegamos à mansão do Kevin Klein. A distância entre o hotel e Hollywood Hills — bairro nobre de Los Angeles e onde fica a casa do meu amigo — é curta, assim como o ginásio do show de amanhã, e sou grata por Scarlett ter dado a dica da rede Magnific.
Quando vamos entrando encontro diversos rostos conhecidos, não apenas por serem famosos, mas porque já trabalharam, ou ainda trabalham, comigo. Modelos e mais modelos, atores, produtores.
— Liv Scott, a poderosa de Nova York está na Califórnia. Com certeza é sinal de que a festa vai bombar — ouço alguém dizer, fazendo-me virar em direção à voz.
— Não seja exagerado, Deny — digo assim que reconheço o autor da frase. — Esta é minha amiga Ticy Parker. Ticy este é Deny. Ele já trabalhou na agência.
— Prazer, lindona — ele diz, deixando claro que já está alterado, só não sei dizer se por ingestão de bebida alcóolica ou outros tipos de drogas. Infelizmente algo corriqueiro nas badalações.
Deny é um rapaz bonito, de olhos claros, mas é daquele tipo sem profundidade. Ele tentou se aproximar uma vez e logo cortei. Não rolou química e como eu conhecia a figura, nem sua beleza me atraiu.
— Prazer, Deny — Ticy retribui, apertando a mão do rapaz. E olhando para mim, entendo que ela também percebeu algo estranho nele.
— Vamos encontrar com Klein agora. Você sabe onde ele está? — pergunto, sem delongas.
— Ele estava na parte de dentro. Vá lá — Deny diz, apontando para o que penso ser a sala da casa e, despedindo-me com um beijo em seu rosto, sigo para o local informado.
Se eu já tinha ficado boquiaberta com a casa de Daniel nos Hamptons, agora estou sem palavras. Esta é uma mansão de respeito.
A antiga casa de Kevin era imensa, mas esta vai além. É deslumbrante.
Uma piscina de borda infinita e extensa toma conta da área descoberta e ao levantar a cabeça tenho conhecimento de outro andar, que inclusive está repleto de convidados e um DJ anima a galera. O que destaca a casa é que ela é ampla e quase sem divisórias e eu adoro esse tipo de proposta, o que me faz lembrar do meu próprio apartamento. Porém, cinquenta vezes maior.
— Você acha que essa casa ganha da de Daniel Hant? — Ticy pergunta, parecendo ler minha mente.
— Olha, minha amiga, fiquei em dúvida. Acho que pode ser a mesma coisa, mas com detalhes diferenciados por Hant e Klein terem personalidades bem diferentes — comento, avaliando cada canto iluminado.
— É verdade — ela diz. — Você tem um ponto.
Continuamos conhecendo o lugar até dar de cara com o anfitrião. Apesar de seus 72 anos de idade, Kevin esbanja jovialidade.
— Se não é minha querida Olívia Scott — Cheio de pompa, ele vem ao meu encontro e me aperta em um abraço de leão. Meu Deus, ele quase me esmagou.
Só ele para me chamar de Olívia. Não adianta!
— Está cheio de saúde, Klein! Quase perdi o fôlego aqui — brinco, desvencilhando-me dos seus braços.
— Como sempre exagerada, não é? — ele ri. — Isso foi um abraço de saudade da minha querida parceira e amiga. Quanto tempo!
— Verdade, querido, faz um tempo! Mas agora estou aqui e poderemos colocar nosso papo em dia e todos os seus segredinhos sujos. Quero saber de TU-DO. — Ele ri, pendendo a cabeça para trás. Adoro sua risada despretensiosa e só agora tenho noção do quanto estava com saudade desse homem. — Aliás, preciso te apresentar minha amiga. Esta é Ticy Parker.
— Ah, então conseguiu convencer a pequena — Ele não iria deixar passar. — Você consegue ser persuasiva quando quer, Olívia.
— Um prazer conhecê-lo pessoalmente, Sr. Klein — Ticy fala, toda formal. Tadinha, não conhece a fera.
— Senhor? Minha querida, vamos parar com cafonices. Sou Kevin ou Klein para quem frequenta minha casa, como vocês. Tudo bem?
Ticy ri e concorda com a cabeça. Ela ainda está tímida, mas logo se solta.
— Vamos beber alguma coisa, meninas — ele chama, mas para de repente e emenda — Inclusive, temos muito o que conversar, Olívia. Amanhã quero te apresentar à banda. Todos virão após o show e preciso que você me ajude a recepcioná-los. Ter uma mulher como você ao meu lado fará bem para a imagem da festa, diferente daquelas modelos que tenho visto por aí que mais parecem urubus em cima da carniça. Você e Ticy têm mais classe. O que acham?
Mas que pergunta, não é? Eu nem queria nada disso, mas... o pedido de um amigo como KK não pode ser negado.
— Mas é claro, Klein. Estaremos à disposição! — respondo por mim e por Ticy, que me olha com os olhos cerrados, sabendo qual minha verdadeira intenção.
Estaremos à disposição, em todos os sentidos, penso e sorrio comigo mesma.
Essas duas estão tão sapecas kkkkkkkk
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