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4

Puxo a mão rapidamente de dentro da calça, e sinto o meu rosto queimar de vergonha.

Não tinha um olhar naquela sala de aula que não estava voltado pra mim.

Meu coração batia tão rápido que eu sentia que a qualquer momento ia ter um treco, tentei pôr em prática alguns exercícios de respiração que o meu pai havia me ensinado, mas não estava funcionando.

Eu vou morrer!

Essa frase se repetia várias vezes na minha cabeça.

Quando me dei conta, já estava no chão me contorcendo toda como uma minhoca presa no anzol.

As pessoas se agruparam ao redor de mim, formando um círculo, e ficaram me observando como se eu fosse uma atração do circo de horrores.

Até que o professor surgiu no meio deles, pedindo para eles abrirem espaço.

—– Chloe, respira — disse com uma voz distante e depois ele olhou para uma das alunas  — Brigitte, vai chamar alguem

A garota se apressou e saiu se espremendo entre as pessoas.

De repente tudo se silenciou, e eu não consegui ouvir mais nada, mas senti quando o professor me tomou em seus braços enquanto os meus olhos iam se fechando aos poucos.

Por fim, eu apaguei, mas logo depois recobrei a consciência, o que é uma pena, porque eu queria ter morrido.

Corri os olhos em volta, e notei que eu estava na enfermaria na escola, deitada em uma cama confortável.

Olhei para o relógio na parede e notei que eu fiquei um bom tempo desacordada, o que pra mim pareceu um piscar de olhos.

O meu pai já tinha chegado e estava  conversando com o professor no corredor.

Não dava pra entender o que eles estavam conversando, mas espero que o professor não esteja contando o que aconteceu na aula.

Nem eu sei o que aconteceu, estou confusa e assustada, e sinto como se eu de fato tivesse vivenciado aquilo, pareceu tão real.

Nunca me ocorreu antes, sempre tive sonhos do tipo, mas nunca acordei naquela situação.

E o olhar do meu pai me julgando é a última coisa que eu quero agora. Todo mundo nessa escola tem uma impressão equivocada sobre mim, então pode ser que eles considerem como mais uma de minhas loucuras.

Eu não queria esse título, nenhuma adolescente quer ser tratada como a  louca da escola, mas quando você é filha de uma, isso é inevitável, é como se você herdasse uma herança maldita.

O lado bom nisso  é que na aula do professor ele não permite que usem o celular, então ninguém gravou, o que me trás um certo alívio

Pior do que o bullying e ter um vídeo meu espalhado por aí.

Não quero nem pensar na repercussão que isso teria.

Meu pai percebeu que eu tinha  acordado e veio até mim, o meu corpo ficou tenso na hora.

—– Vou deixar vocês as sós — Disse o professor me deixando ainda mais aflita

Olhei dentro dos olhos do meu pai pra ter certeza de que ele ainda me ama apesar de tudo, e que ele não vai me abandonar como fez com a minha mãe.

Ele se sentou do meu lado e pegou uma das minhas mãos e levou até os lábios depositando um beijo em seguida, e ele ficou um tempo olhando pra ela antes de finalmente encarar os meus olhos.

—– Como se sente?

—– Bem.

—– O professor me disse que você teve uma crise do nada, mas nós dois sabemos que essas crises nunca vêm do nada, então me conta o que aconteceu.

Eu não vou contar pro meu pai o sonho louco que tive e muito menos a situação comprometedora na qual eu acordei, mas também não sei o que inventar.

—– Filha, está tudo bem, você pode me contar tudo

—– E-eu lembrei da mamãe.

—– Filha, já conversamos sobre isso, falei pra você lembrar das coisas boas que sua mãe fazia como...

—– Cookies com gotas de chocolate — completo

—– Isso.

Pra ele é fácil falar, ele não estava lá, não foi ele que recebeu os miolos dela no rosto, que ficou parada no mesmo lugar até o socorro chegar, não é ele que tem que se entupir de remédio todos os dias pra esquecer todo esse horror.

Eu tenho que continuar vivendo quando tudo o que queria era não estar aqui.

Lágrimas escorreram pelos meus olhos,  e o meu pai enxugou todas elas.

—– Você tem razão pai – Fungo

—– Não se preocupe, filhinha, vamos superar

Ele sempre diz isso, mas a verdade é que eu não sei como superar essa merda.

Eu fecho os olhos e vejo ela parada com o rosto encharcado de lágrimas, respiração ofegante e o corpo tremendo.

Eu não pude fazer nada pra impedir, eu a deixei morrer.

Meu pai me abraçou, e eu senti as minhas emoções se estabilizarem.

Não tem nada no mundo mais reconfortante que o abraço do meu pai, apesar dele ter errado, isso não faz com que eu o ame menos.

Ele é o meu porto seguro.

Após isso, fomos pra casa, meu pai não voltou pro trabalho, e passou a tarde inteira cuidando de mim. O que achei incrível.

É sempre bom quando ele está por perto, eu sei que nem sempre vai acontecer, então tento aproveitar o máximo.

—– A sua avó vai vir pro seu aniversário no final de semana — Ele diz, enquanto prepara o almoço

—– Sério?

—– Sim, eu falei com ela no telefone.

—– Que ótimo, estou morrendo de saudades dela.

Eu gosto muito da minha avó paterna, ela mora longe, mas sempre quando vem trás presentes pra mim.

Seria engraçado se no dia do meu aniversário ela aparecesse sem presente.

Ela também é divertida e faz uma comida deliciosa, agora sei quem o meu pai puxou, ele é impecável na cozinha.

Termino de cortar a cebolo e vou para o tomate.

—– Ela vai trazer a Adê? — pergunto

—– Provavelmente.

—– Então acho melhor esconder as facas — rio

Meu pai também ri, mas depois fica sério.

—– Ela não está mais assim, eu prescrevi um remédio ótimo pra ela, agora ela está mais calma.

—– Mesmo assim, vou esconder mesmo, só por precaução.

—– Que maldade, parece que ela gosta de você.

—– Eu sei, mas sempre fico tensa quando ela está por perto, sinto que a qualquer momento ela vai me atacar.

—– Não deveria se sentir, Adeline tem os seus defeitos, mas nunca feriu ninguém

—– Se feriu, a vovó deve ter sumido com o corpo

—– Para.

—– Está bem, vou temperar as coxinhas de frango.

Minha avó adotou uma menina logo depois que o meu pai saiu de casa, porque ele é filho único e ela não queria se sentir sozinha, já que é viúva.

E com a Adê ela não se sente sozinha, mas também nunca mais teve paz, mas está na cara que ela não bate bem, ela  tem quase trinta anos, mas se comporta como uma criança de cinco, e a vovó vive protegendo ela.

Quando ela era pequena, matava todos os animais que minha avó dava pra ela, mas a minha avó dizia que era porque Adê era gordinha e acabava sentando nos bichinhos sem querer.

Engraçado que os bichinhos não morriam esmagados e sim  meticulosamente cortados.

Ela e Mason dariam uma ótima dupla.

Ou seja, estou cercada de loucos por todos os lados, não é atoa que eu estou me tornando uma.

—– Vou convidar Parker e a família dele.

E por falar no diabo.

—– Que?

—– Eles são os nossos vizinhos e sempre quando fazem algo, convidam a gente.

—– Mas é o meu aniversário, então eu vou decidir quem eu quero convidar, e Parker não faz parte dessa lista

—– E por que não? Ele é um ótimo garoto.

Revirei os olhos e bufei impaciente. Por que eu iria querer alguém que eu odeio na minha festa?

—– Não é não.

—– Não entendo por quê  você não gosta dele? Ele nunca te fez nada.

É, ele não fez nada, só acabou de foder o meu psicológico no colégio.

—– Eu só não vou com a cara dele.

—– Dá uma chance, ele pode te surpreender.

—– Não acredito que estou ouvindo isso do meu próprio pai — Pego a forma com as coxinhas de frango e coloco pra assar, meu pai vem atrás — você não deveria, sei lá, repelir os garotos e não permitir que eles se aproximem

—– E então, chamo eles? — Ele fala atrás de mim, ignorando tudo que eu disse

—– Tá, que seja — suspiro irritada 

—– Legal — Ele explode em excitação — vou começar os preparativos

Eu não gosto de aniversários, nunca gostei, mesmo quando a minha mãe era viva, porque de um jeito ou de outro ela sempre conseguia estragar tudo, mas como não é sempre que a minha avó vem, então vou me esforçar pra estar bem, não quero que ela me veja triste  nem nada do tipo, quero tornar esse dia especial pelo menos para ela.

Mesmo com a presença detestável do Parker que consegue deixar qualquer ambiente tóxico.

Depois do almoço, eu arrumei a cozinha e fui assistir com o meu pai, mas eu estava tão cansada que acabei dormindo no sofá.

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