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Eu não costumo me interessar por nenhum garoto da minha escola, mas desde que Aaron Brandon cruzou os portões da escola, os meus hormônios descontrolados não tiveram um minuto de paz.
Ele é o tipo de garoto que desperta na gente os pensamentos mais libidinosos.
O sonho de toda garota.
O que é uma pena, já que ele namora a Alissa Madison, a garota mais popular da escola. Aquela que todo mundo quer ser, até mesmo eu.
Mas é só pra namorar o Brandon. A influência dela não me importa, já me acostumei a ser invisível, e não quero os holofotes voltados pra mim.
Nos meus sonhos, imagino Brandon e eu, andando de mãos dadas pelos corredores da escola, e a Madson com a maquiagem borrada de tanto chorar.
Mas é claro que isso nunca vai acontecer.
Até parece que ele vai trocar ela por mim, o que eu tenho pra oferecer?
Eu sou um fardo.
Saí da fantasia e peguei a chave no bolso para abrir o meu armário. E quando eu estava pegando os livros, senti alguém se aproximar.
Meu corpo estremeceu, pensando que poderia ser o Mason, mas quando eu olho pra trás não vejo ninguém.
Estranho, eu podia jurar que senti a presença de alguém atrás de mim.
Fecho o armário e sigo pelo corredor, e a sensação que eu tenho é de estar sendo perseguida.
Mas novamente olho pra trás e não vejo ninguém e o meu coração acelera. Será que estou ficando louca?
—– Seu cabelo está lindo hoje, Chloe — Alguém diz atrás de mim, e quando me virei pra olhar, notei que era o Brandon.
Parei incrédula no corredor, e ele passou por mim, depois olhou pra trás e sorriu de canto.
Ele simplesmente sorriu pra mim, isso só pode ser um sonho, eu pensei que ele nem sabia o meu nome.
Quando o sinal tocou para o recreio, todos saíram da sala, menos eu, por que eu precisei terminar o dever já que eu não fiz durante a aula porque eu estava pensando no elogio que o Brandon me fez do nada.
Aquele sorriso não saia de jeito nenhum da minha cabeça. Não acredito que ele falou comigo, e ainda elogiou o meu cabelo.
Agarrei o cabelo e fiquei pensando em como seria se suas mãos o tocassem, fechei os olhos e me entreguei a deliciosa sensação que minha mente perturbada me proporcionava.
Eu sou mesmo uma iludida, ele já deve ter notado o jeito que eu fico, então só disse aquilo pra me ludibriar.
—– Sonhar não vai garantir que você consiga uma bolsa na faculdade, não é? — Falei pra mim mesma tentando focar no que realmente importa.
De repente o Brandon surge na sala, justamente quando eu tentava tirá-lo da cabeça.
Senti o ar faltar quando ele se aproximou de mim.
Ele escorou na minha carteira e ficou me olhando, senti um frio na barriga.
Olhei brevemente em seus olhos e depois desviei timidamente ao perceber a forma como ele me olhava.
Que sonho louco é esse? Parece tão real.
Ele me olhava como se fosse me devorar a qualquer momento, e pra ser sincera, eu também queria muito isso.
Na verdade, Brandon é o mais perto de algum personagem fictício que desperta desejo em mim.
E só de imaginar, fico excitada e acho que isso é tão errado. Não é certo tomar o namorado de ninguém. Não quero que a Mad cometa uma loucura por minha causa.
—– Sua namorada sabe que você está aqui? — Perguntei, sem olhar pra ele.
Nem sei de onde veio essa audácia.
—– Eu e a Mad, não estamos mais juntos.
—– Duvido — Olhei para ele buscando no seu rosto algum sinal de que ele está mentindo.
Mas eu só consegui perceber que ele ainda é mais bonito de perto.
Ele sorriu de lado e umedeceu os lábios, depois apoiou as mãos na mesa e inclinou o rosto próximo do meu .
—– Agora a única garota que me interessa é você — Provocou, olhando para a minha boca, depois voltou a olhar para os meus olhos.
Esse movimento foi suficiente para me desconcentrar.
—– Quer dar uma volta comigo?
—– O que? Não, o que os outros vão pensar? — Recusei, ajeitando o cabelo atrás da orelha, retraída
—– Foda-se o que os outros vão pensar, eu não ligo — Disse levantando o meu rosto
Olhei para os seus lábios rosados e úmidos, e senti uma vontade de beijá-lo.
Por que o proibido é sempre mais excitante?
Mordi os lábios para me conter e desviei o olhar.
—– Eu.. eu tenho que terminar o dever — Abri o livro em um gesto desesperado sem saber ao certo em que parte eu parei.
Ele fechou lentamente o meu livro sem tirar os olhos dos meus, depois pegou a minha mão e me arrastou pra fora da mesa.
—– Brandon, eu não posso — Sussurrei.
Mas ele não estava nem aí.
Inconscientemente eu fui sendo levada por ele até a porta, hipnotizada pelos seus olhos.
Mas quando vi que teria muitas testemunhas oculares, puxei o meu braço de volta e me afastei.
Por mais que eu goste dele, não posso fazer isso com a Madson, é errado.
Mas tinha uma vozinha irritante na minha cabeça me avisando que tinha que dar o troco por todas as vezes que ela me humilhou e me colocou no topo da lista que denominava a mais feia da escola.
—– Eu preciso mesmo terminar o dever, me desculpa — Ri de nervoso.
Ele fechou a cara e deu de ombros, e eu me senti mal por ter rejeitado ele.
Mas o que um garoto como Brandon iria querer comigo?
Eu não faço o tipo dele, talvez pra ele eu sou apenas um brinquedinho.
Fechei os olhos e tentei controlar as vozes da minha cabeça, mas elas eram gritantes.
Talvez eu nunca tenha tido essa oportunidade.
—– Brandon, espere — Chamei e ele parou e olhou pra trás — Talvez tenha um lugar reservado que a gente possa conversar, você sabe, um lugar onde ninguém nos veja
—– Me encontre no vestiário, eu aviso quando estiver vazio.
—– Ok.
Ele olhou para o meu corpo e depois saiu sorrindo satisfeito.
Um sorriso se estendeu no meu rosto e o meu coração começou bater forte.
Será que eu estou sonhando?
Eu sei exatamente o horário que começam os jogos e terminam, pois eu tenho vigiado o Aaron mais do que haters no bbb.
Então assim que deu o horário, eu saí da sala e fui andando pelo corredor da escola rumo ao vestiário.
Eu estava muito ansiosa.
—– Meu Deus, o que será que o Aaron vai fazer comigo, ele não está com cara de quem quer conversar, eu nem estou preparada pra perder a minha virgindade ainda, eu nunca nem beijei, meu Deus que loucura
—– Tá falando comigo? — Um garoto aleatório perguntou
—– Ah, não, eu estava...pensando alto.
Ele sorriu, confuso e depois seguiu o seu caminho.
Respirei fundo e virei o corredor à direita.
Minha escola parece mais um hospital abandonado, e cheia de corredores infinitos que muitas vezes não te levam a lugar nenhum.
E isso é um pouco assustador.
Eu perdi uma aula importante de matemática, espero que Aaron faça valer a pena.
É só por ele que eu faço esse sacrifício.
Sinto passos atrás de mim, e quando me viro não tem ninguém.
Espero por um tempo para ver se a pessoa aparece, mas nem sinal dela.
Então sigo.
A escola ganha um ar sombrio quando todos estão nas aulas, e você escuta as pessoas conversando ao mesmo tempo e não sabem que direção as vozes estão vindo.
Quando chego no vestiário, percebo que não tem ninguém, então já começo pensar que Aaron me enganou.
Então sento em um dos bancos e suspiro arrasada.
E quando estou prestes a chorar o meu celular vibra no meu bolso.
Apanho ele e vejo uma mensagem na aba de um número desconhecido.
[ Mudança de planos, me encontre no banheiro feminino].
Uma voz intuitiva me diz que eu não deveria ir.
Mas eu a ignoro e me levanto decidida.
Faço todo caminho de volta e dessa vez viro o corredor a direita que é onde os banheiros ficam.
Minhas pernas já estão ficando doloridas de tanto andar.
Tomara que o Aaron nao esteja brincando comigo.
Assim que chego no banheiro, respiro fundo e coloco meus pensamentos no lugar.
Vou andando de porta em porta, até que na última sou puxada violentamente e bato em algo rígido.
Logo percebo que é o peitoral de Aaron, marcado em sua camisa regata branca. Levanto os olhos e dou de cara com seu olhar verde sobre mim.
Sinto novamente o frio na barriga, e logo fico ofegante.
—– Aaron — Suspiro
—– Tira a blusa.
–— O que ? Me afasto e olho pra ele.
—– Não temos muito tempo.
—– Eu não posso, eu...
Ele agarrou os meus seios por cima da blusa e despertou em mim, sensações que eu nunca tinha sentido antes, pelo menos não com alguém real.
O que está fazendo? Parei suas mãos, mesmo tomada por uma excitação sem fim.
—– Eu quero ver eles, na verdade eu quero ver você toda — Ele disse ofegante
Ele está mesmo me pedindo isso? Por que ele ia querer ver os meus seios, são tão pequenos que nem marcam na blusa.
—– Brandon, não, aqui não é um bom lugar.
Ele me ignorou e me empurrou contra a parede, e pressionou o seu corpo contra o meu. Enfiou a mão por baixo da minha blusa, e agarrou um dos meus seios, enquanto a sua língua invadia a minha boca. Eu sequer tinha ensaiado como daria o meu primeiro beijo. Foi a coisa mais nojenta e ao mesmo tempo prazerosa. Ele lambuzou os cantos da minha boca com a sua baba, e os meus mamilos ficaram doloridos. Mas eu estava gostando e queria mais e mais.
Minha calcinha estava encharcada e a minha intimidade pulsante, e quando eu estava quase tendo um orgasmo, isso apenas de sentir o seu membro duro roçando em mim, que era maior do que eu imaginava. Algumas vozes adentraram os meus ouvidos como um enxame de abelhas. Um barulho quase que ensurdecedor.
Quando eu abro os olhos, percebo que estou na sala de aula, e tanto o professor como os meus colegas me encaravam.
Mas o pior não era nem isso, era porque eu estava com a calça desabotoada e a mão enfiada onde não devia.
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