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Não preciso de despertador, pois é a minha ansiedade que me acorda todas as manhãs e me lembra que eu se eu não for a escola, vou me tornar uma fracassada no futuro, além de listar todos os problemas que a falta de estudo pode gerar na minha vida, e as catástrofes ambientais que poderão acontecer durante o caminho, mas antes que esses pensamentos comecem a gerar sintomas em meu corpo e me faça sofrer por antecipação, pego um comprimido e enfio goela abaixo.

O efeito é imediato, o gosto é horrível, mas os sintomas logo se estabilizam.

Pra falar a verdade eu não gosto de tomar esses remédios, os efeitos colaterais são terríveis, mas é melhor do que ter um ataque de pânico no meio da escola e virar motivo de chacota.

Antes uma overdose, do que ouvir um bando de ignorantes rindo da minha cara.

Levanto da cama e vou ao banheiro, sento no vaso e espero a última gota do meu xixi pingar, mesmo sabendo que daqui alguns minutos vou voltar pra fazer mais.

Me tornei uma fábrica ambulante de xixi.


Faço minha higiene pessoal, e apenas lavo o rosto pois não sou adepta ao uso de maquiagem.


" Temos que gostar de quem somos por trás de toda essa auto afirmação".

Ass: Dr Joel Smith

Meu pai.

O que não é o meu caso, mas eu estou tentando, inclusive tenho uma folha de papel que sempre carrego comigo no bolso da minha unica calça jeans surrada.

Nesse pedaço de papel contém algumas qualidades que eu tento repetir pra mim mesma todo dia, como um ritual, e confesso que me ajuda um pouco a lidar com o meu complexo de inferioridade.

Saio do banheiro e volto para o quarto para me vestir e pentear meus longos cabelos negros.

Sempre pensei em deixar ele solto, mas acho que vou ficar igual a Samara do filme; "O chamado". Então desisto. Prendo ele e suspiro pesadamente, pensando que nunca vou ser bonita como as garotas da minha escola.

Eu nem tenho aqueles peitões, ou aquela bunda grande e durinha que elas tem, que deixam os garotos boquiabertos e babando, além de fazer o nível de testosterona deles subirem.

Não sou tão atraente, como nos meus sonhos quando eu estou transando com algum personagem de algum filme, dorama, ou simplesmente com o vocalista da minha banda favorita.

Na vida real, eu sou só uma magricela sem graça, que ninguém nota, ninguém gosta e muito menos ninguém quer nem pra usar e descartar.

-- Monstrinha? - Meu pai bate na porta - Está pronta?

Ignoro ele e abro uma gaveta do armário que fica embaixo da pia e pego um estojo de maquiagem empoeirado que está ali faz um tempo.

Era da minha mãe. Ainda tem muitas coisas dela aqui, que eu me recuso a jogar fora.

Lembro da obsessão que ela tinha de ficar bonita e agradar o meu pai a todo custo, mas ele ficava o tempo com a cara enfiada no notebook e não a notava.

Me olho no espelho e penso um pouco, observando a minha cara lavada.

E se...

Depois penso que isso não vai me tornar mais popular, e muito menos vai me deixar bonita, só vai gerar mais motivo para os outros zombarem de mim.

" Olha lá, a palhaça da escola"

Respiro fundo e fecho a gaveta, e volto a me olhar no espelho.

-- Não importa quantos quilos de maquiagem você passe, sempre será o patinho feio da escola - Falo e as lágrimas saltam dos meus olhos e sinto a angústia queimar dentro de mim.

-- Filha?

Limpo rapidamente as lágrimas e guardo as coisas de volta na gaveta.

-- Tô viva pai - Disfarço a voz - Já estou saindo .


-- Ok, só não demore.

Conto os passos do meu pai se distanciando da porta, depois volto a olhar para o espelho, volto a chorar, depois paro, solto um suspiro trêmulo e verifico se não há vestígios de lágrimas nos meus olhos.

Não quero que o meu pai me veja assim e fique preocupado.

Não quero ser um fardo na vida dele como a minha mãe.

Quero que ele pense que as sessões com a psicóloga estão funcionando, mesmo eu não as frequentando.

Chego na cozinha e encontro ele em pé me esperando com um sorriso no rosto. Ele só toma café se eu tomar com ele.

Ele puxa uma cadeira pra mim, eu me sento e forço um sorriso.

-- Obrigado, pai


-- Como está se sentindo hoje? - Ele pergunta

-- Bem - Respondo desviando o olhar para o café que despejo na xícara.

-- Tem certeza? - Ele insiste procurando os meus olhos

Não.

Olhei para ele brevemente.

-- É, eu tenho, pode confiar - Suspiro

-- Filha..

-- É sério, só estou um pouco preocupada porque vai ter prova e eu não estudei.

Me sinto mal por mentir pra ele, na verdade eu tenho feito isso com tanta frequência que tá virando um vício, começou quando comecei faltar as sessões com a psicóloga.

Eu não aguento mais olhar para cara daquela vagabunda e ter que escutar ela fingindo que se importa comigo, quando ela sabia que o meu pai tinha família e mesmo assim não pensou duas vezes em se envolver com ele.

Eu sei que meu pai não tem que passar o resto da vida sozinho, ele ainda é novo, bonito, porém merece uma mulher decente, e não uma mulher que usa de sua profissão para atrair homens solitários.

E ele também podia ter me contado, e não ficar fingindo que nada aconteceu.

Eu não sou mais criança.

Toda vez que ia para as consultas ficava imaginando os dois se pegando na mesa enorme que ela tem no consultório dela.

Sempre notava um objeto ou outro fora do lugar, e isso tirava minha concentração, além de embrulhar o meu estômago. Então para não ficar criando cenas obscenas dos dois na minha cabeça. Eu parei de ir. E como os dois não tem mais se encontrado, não tem como o meu pai saber disso, pelo menos não por enquanto.

Eu sempre finjo que estou indo pra lá, quando na verdade eu vou para uma ponte que tenho aqui na minha cidade, sento nela e fico me perguntando quando vou me jogar de lá.

-- Mesmo assim, poderia ter me contado, não gosto que me esconda as coisas - Ele interrompeu meus pensamentos.

"É mesmo pai? Você não é a melhor pessoa indicada pra falar disso"


-- Desculpa, pai - Suspirei cabisbaixa -- Achei que não fosse importante.

Ele estendeu a mão por cima da mesa e eu a agarrei um pouco acuada e encarei seus olhos castanhos.

-- Tudo bem - Sorriu fraco. Só quero que saiba que pode contar comigo, sempre.

-- Eu sei, pai.

-- Ótimo - Ele puxou sua mão de volta - Agora come sua torrada se não vai se atrasar pra escola.

Modisquei a torrada e fiz uma cara boa, quando na verdade, tem gosto de palha.

Aqui em casa, além de seguir uma dieta rigorosa, ainda tenho que correr com ele todos os dias, depois da escola, porque segundo ele isso me ajuda com a ansiedade e o estresse.

Confesso que comecei a me sentir menos ansiosa depois que passei a correr com ele.

Eu gosto que meu pai fique preocupado comigo, mas às vezes ele exagera.

Enquanto alguns adolescentes reclamam do pai ausente, o meu é presente até demais e chega ser sufocante.

Acho que ele tem medo que fique igual a mamãe, e pra ser sincera, eu também.

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