Capítulo 2 - LOW
Duas semanas! Exatas duas semanas que conheci Jheniffer...
Conhecer exatamente não, apenas vi a garota.
Então porque não consigo me livrar da imagem dela?!
Às vezes, me pego olhando alguns sorrisos das meninas da casa noturna ou os olhos com cílios longos e naturais como aqueles, mas nada. Nenhuma delas chega perto daquela garota irritante que tem dominado minha mente. Não consigo nem transar sem lembrar daquela boca rosa carnuda...
— Low.... Tá escutando babaca!
— Que foi imbecil? — digo irritado. Preciso relaxar, mas não consigo transar e isso está me matando.
— Alguém não tá comendo direito, a Jay disse que você nem tocou nela direito cara, tá doente das bolas? — Nossos seguranças gargalham, enquanto Black só observa.
Black é o oposto do seu nome, quando entrei nas drogas ele não demorou para me encontrar, disse que eu era melhor que aquilo e que tinha potencial. Lembro-me de olhar para ele e mostrar o dedo do meio achando que ele era da assistência social da igreja da minha mãe ou qualquer outro figurão.
Ele estava de terno e perfumado, com dois homens gigantes ao lado que eram seus seguranças. Para complicar mais, o cara é loiro e tem olhos azuis daqueles que parecem o oceano. Como eu ia adivinhar que ele era o chefão chamado Blackout?
Dei sorte por ele gostar de mim ou eu já teria morrido, quando mostrei o dedo ele torceu fazendo deslocar por completo e depois chegou perto do meu ouvido e disse: "gostei de você, se quiser sobreviver, me segue".
Desde então ele cuida de mim, e eu dele. O problema é que ele se sente meu pai, consegue ler meus movimentos e não consigo mentir para ele. Os seguranças que cuidavam dele na época, me ensinaram muita coisa, principalmente que preciso cuidar da segurança do Black.
— Saiam! — diz Black, num rompante, assustando todos. — Menos você, Low! — Todos saem e fecho a porta. — Você está chapado? — pergunta, cruzando as mãos em baixo do queixo e coloca os cotovelos sobre a mesa.
Sabemos que negócios são negócios e que devemos usar a mercadoria só nos dias de folga. Nossa função é testar para ver se é o que dizem. Por isso estou certo se que ele está mesmo bravo.
— Tô quase limpo, não uso nada há uns dias — digo irritado.
— Então para de pensar com o pau e começa usar a porra do cérebro, Low. — Levanta me encarando, e depois dá risada. — Pensa que não sei que está amarrado naquela menina de cabelos escuros?
Droga! Detesto ter contado isso à ele. Não dei detalhes sobre o ocorrido, comentei que a levei para a estação, porém, foi o suficiente.
— Low é normal nós pensarmos com o pau antes de usar o cérebro, mas no momento está dando problema. Preciso de você bem, será tenso na doca e se você não estiver ligado, Bad...
— Estarei ligado, fica tranquilo, Black. — Levanto o tranquilizando, e lembrando da minha posição atual. Essa garota do inferno tem que sair da minha cabeça. — Vou estar te cobrindo. — Bato no ombro dele, e carrego minha arma. — Indo trabalhar. Chegou o carregamento do Pinho, vou dar uma conferida.
Ele concorda, mas seu olhar está me dizendo para ficar atento. Chamo os meninos que irão comigo e saio na frente. A noite só está começando...
Black, fez uma busca minuciosa com relação à Bad e sua gangue, por isso sabemos todos os pontos fracos deles e já temos as possíveis rotas de fuga, inclusive planos caso haja tiroteio já que Black negocia como verdadeiro chefe, apenas com caneta e papel, nada de armas. Com isso a segurança dele fica toda e completamente em nossas mãos.
Estarmos sempre fora do radar. Somos encontrados apenas quando queremos, e sempre negociamos com máscaras, portanto, parecemos outras pessoas. Como conseguimos? Simples.
Black conhece Lanna. O gênio por trás de todas as informações desegurança e privacidade. Ela é gostosa pra caralho, mas prefere o outro lado. Uma pena. E como dizia ela é um gênio e por isso descobrimos que Bad realmente faz justiça ao seu nome e não há nada que ele deixe em seu caminho quando quer alguma coisa do jeito dele. Financiamos 100% do trabalho dela no desenvolvimento e criação de softwares, em troca ela nos camufla de modo que nunca fomos vistos em lugar algum. Resumindo, nenhum de nós existe.
Só que agora precisamos de armamentos diferentes e tecnológicos. E se tem alguém que é bom com isso esse alguém é Bad. Infelizmente para nós, ele é o cara que consegue as melhores armas de nível de exército que podemos camuflar e passar despercebido em diversos lugares, por isso Black resolveu negociar com o cara. O cara é tão fantasma quanto nós, por isso Black cobrou uns favores e negociou vários malotes, até chegar nele.
Os rapazes me barram para mostrar os planos novamente e Lua entra no meio da conversa interrompendo. Se não fosse mulher do Black, já teria morrido.
— Sim, Lua. — Deixo os rapazes com os planos, e afastamos. — Algo que precise de mim?
Somos chamados por conta de clientes que bancam o engraçadinho ou para acalmar os ânimos de alguns idiotas que bebem ou fumam além da conta.
— Como estão os planos para o fim de semana?
— Lua, sabe que Black não quer que você se envolva, então dá o fora. — falo da maneira que Black autorizou. Não sou louco de triscar nela por nada.
— Promete que ele vai voltar bem. — Olha séria para mim. — Consegue prometer isso?
Lua é morena, quase uma mulata, tem cabelos fartos e com muito cacho, vive cheia de maquiagem e adereços e sempre com roupas bem decotadas, é muito bonita e chama atenção onde passa, mas o último engraçadinho que ousou olhar para ela de outra forma, comeu terra no dia seguinte, e não foi nada agradável até ele parar de respirar.
— Nunca descumpro meu trabalho, Lua. Vou trazê-lo mais rico do que está indo.
— Traga-o com vida, já é o bastante. — Segura a gola da minha camisa, fazendo-me ficar bem próximo ao rosto dela. — Se não fizer isso, saiba que não verá mais a luz do dia. — Afasta e sai rebolando.
Como eu disse o fato dela ser mulher do chefe lhe dá regalias, e nenhum de nós pode fazer outra coisa a não ser escutar e concordar, se queremos ver o dia nascer novamente.
Saio após finalizar os últimos detalhes do plano e aviso os rapazes onde me encontrar. Vou para casa dar um cochilo, Pinho falou que o carregamento só será liberado às 3h, parece que tem polícia por perto. E os nossos estão de folga.
Saio do esconderijo ainda pensando, Black tem razão o Bad é um cara de muitas estratégias e precisamos estar preparados para tudo, montar o plano perfeito leva certo tempo e com aquela garota irritante rondando minha mente está sendo quase impossível. E temos apenas um mês para executar tudo.
Estou precisando dormir já que tem um dia e duas noites que não consigo fazer isso, esse carregamento de armas está acabando de vez com a gente e para piorar, tem Jheniffer.
Ouço barulho no meio dos drogados, deve ser briga por espaço. Levanto a cabeça e... É Jennifer, falando com Marlon. Só pode ser imaginação minha, ela não seria tão louca assim. Preciso mesmo dormir. A voz fina e irritadiça de mulher segue e volto a olhar. Não é miragem, é ela. Seus cabelos estão voando com o vento frio da noite e agora tem uns nóias imbecis se aproximando dela.
Mulher maluca do inferno! Está franzido a testa e torcendo a boca formando um bico, enquanto fala com uns nóias. O que ela está fazendo aqui? Porque está conversando com esses caras? Ela só pode ser maluca de ter voltado aqui, ou vai ver... Ela é da facção rival e está aqui tentando me enganar. Desgraçada filha da puta. A deixaria nas mãos desses imbecis, mas quero eu mesmo lhe dar uma lição.
Talvez seja por isso que ela não saia da minha mente. Carinha ingênua, boca sexy, uma porra. Preciso me livrar dessa mulher, mas antes posso me divertir a torturando um pouco.
— Qual é?! É pedir muito você apenas me informar se o viu? — Ela continua falando, e Marlon, já está meio chapado para agir de forma correta.
Jheniffer, está rodeada por um bando de gente drogada e nem parece se importar. É Low, a carinha bonita te enganou mesmo. Babaca. — minha mente grita.
Mesmo que ela esteja merecendo, não respondo por mim se um desses idiotas tocá-la.
— Eu só quero saber se você viu o Low, por aí? Qual é? — Passa a mão sobre o rosto. — Sei que sabe de quem estou falando, preciso falar com...
Ela para de falar porque assim que chego atrás dela os idiotas vão se dissipando e Marlon paralisa olhando por cima do ombro dela. Todos me conhecem, porém, "nunca sabem onde estou", essa é a regra. Não importa quem pergunte, eu não existo.
Mantenho minha identidade original fora disso, aqui sempre estou com a máscara de Low e poucos conhecem meu rosto, assim posso andar livremente sem ser reconhecido, todas negociações são feitas com máscaras e para cada ocasião uso uma máscara diferente.
Aqui é sempre o mesmo, cabelos escuros, olhos negros. Para todo mundo "Lucas" não existe. Aqui sou Low, braço direito do Black. Por isso outras facções e até mesmo policiais tentam me encontrar através desses drogados, mas eles sabem que qualquer que vazar informação não vive pra contar história.
— O que foi? Viu um policial? — Jheniffer vira, e quase esbarra em mim
— Pior... Viu o diabo. — Uso minha voz grave e falo baixo. — Queria me ver? Eis me aqui. — Ela engole em seco, e Marlon diz: "juro que não disse nada, Low". — Vamos conversar, moça. — seguro-a pelo braço, trazendo bem junto ao meu corpo. — Não se preocupe, Marlon a moça encontrou o que procurava. — digo num tom sombrio e Marlon se encolhe. — Anda.
Passo pelo mar de drogados que estão jogados pelo caminho com dificuldade, já que estou praticamente arrastando Jheniffer. Ela luta tentando se soltar e está praticamente gritando para que eu a solte, mas é claro que nenhuma pessoa é maluca suficiente para me enfrentar, principalmente quando estou nervoso, como agora.
Poderia levá-la ao meu apartamento e lhe mostrar, do meu jeito, quem manda aqui e finalmente acabaria com meu mau humor, porém, ela pode mesmo ser uma garota da facção rival e será melhor eliminá-la aqui.
Entro no clube e subo as escadas de acesso aos quartos ainda com ela aos gritos, alguns clientes olham meio assustados, outros nem se importam. A primeira porta empurro com força e entramos. Pego minha arma da cintura e aponto para a cabeça de Jheniffer, mas ela arregala os olhos espantada e depois os fecha ao olhar a cama. Olho e suspiro. Na ponta da cama tem um cara sentado apenas de cueca e duas das nossas garotas estão nuas fazendo algum tipo de show.
— Fora! — grito.
Jheniffer, puxa mais o braço. Viro para ver o que está havendo e percebo que ela está sem graça, talvez não seja comum ver duas garotas e um cara prontos para transar.
— Qual é cara! Eu paguei e... — Ele para de falar assim que me encara, não estou nem um pouco calmo.
— Fora, agora. — Uso o tom baixo e as meninas já sabem que não devem discutir.
Jheniffer está cobrindo o rosto como pode, já que estou segurando seu pulso, e o cara não para de reclamar, não faz ideia de com quem está falando. De certa forma ele tem razão, não é nada agradável ter algo ou alguém atrapalhando sua foda.
— Levem-no para o 250 e deem um tratamento vip, considerem um presente garotas. — Elas abrem um sorriso enorme e os olhos brilham, somente as melhores tem acesso lá. — Agora saiam daqui. — Dou uma última ordem, e os três saem com as roupas nas mãos.
— VOCÊ É MALUCO... — Jheniffer grita, assim que eles saem, e puxa de vez que braço. — Como entra assim e... — Puxo-a por completo, junto ao meu corpo.
— Vamos ter que competir para saber qual dos dois é mais maluco, Princesa. — Dou risada usando o tom ameaçador, e ficando bem próximo a boca dela. — Quem é você e o que faz aqui?
— Acho que definitivamente eu que sou a doida. Queria falar com você.
— E simplesmente veio no meio da noite, e resolveu interrogar drogados, sobre quem tinha me visto?
— Tinha outro modo? — diz se mexendo em meus braços, completamente cheia de si.
Essa garota além de ferrar minha capacidade de transar, está conseguindo foder meu cérebro. Nenhuma garota é tão impertinente e burra desse jeito.
Afasto-me, pois parece que alguém lembrou-se para que serve dentro da minha calça.
— Para quem você trabalha, Jheniffer? — Vou a porta e tranco. — Se é que seu nome é mesmo esse. — Viro a encarando. Ela está morrendo de medo e olha a chave em minhas mãos. — Se for uma boa menina e responder tudo certinho, te deixo pegar isso. — Coloco a chave sobre a mesa. — Mas dependendo das suas respostas serei forçado a usar outra saída. — Seguro minha arma. — Então Jheniffer, o que faz aqui e o que quer comigo? — Uso o mesmo tom que interrogo, todos os traidores.
— Já disse vim falar com você. — diz empinando o queixo, depois revira os olhos.
— Não nos conhecemos, não falamos mais que algumas frases semanas atrás, e definitivamente não acho que eu possa lhe oferecer algo, então o que faz aqui?
— Eu... Eu... — gagueja, e começa engolir em seco.
Ela leva a mão para trás e aponto a arma para ela. Porra, esqueci de revistar a garota.
Aproximo-me e a encosto na parede. Ela arregala os olhos e abre a boca tentando respirar, seguro as duas mãos dela acima da cabeça com uma das mãos, e com a outra vou tateando, sem pudor algum, o corpo sexy dessa gata. Meu corpo inteiro se acende ao sentir essas curvas e pede para que finalize de vez meu desejo, mas minha mente agora está alerta.
— Quem é você? Hein!? Para quem trabalha? Porque está me procurando? — falo baixo, próximo ao seu ouvido, enquanto minha mão se certifica de que está limpa.
— Sou Jheniffer Alpha, trabalho no hospital central, Luiz Villela, sou recepcionista, e estou te procurando por... — suspira e morde o lábio. A danada está gostando da minha exploração. — Porque vim te pagar.
— E qual tipo de pagamento alguém como você pode me oferecer? — falo sussurrando em seu ouvido, e ela suspira fechando os olhos.
Porra, é a imagem mais sexy que já vi, caralho podia emoldurar essa imagem para sempre.. E olha que nem a fiz gemer ainda. Passo a ponta da língua em baixo da orelha dela provocando-a, ela estremece, me fazendo ficar ainda mais duro.
— Sabe Jheniffer, você é muito corajosa. — Beijo seu pescoço, dando uma leve mordida, ela aperta meu braço soltando um pequeno gemido. — Sabe quantas pessoas morreram só por ter vindo perguntar de mim? — Desço um pouco mais os beijos em direção aos seios, e minha mão sobe devagar por seu corpo. — Você tem noção do perigo que está correndo?
Tá legal meu bom senso me diz que preciso me afastar, que ela não é para mim, ela é muito meiga e inocente vai ferrar meu mundo. Então porque simplesmente não consigo? Paro minha mão antes mesmo de chegar ao seio dela. Nunca toco em uma mulher sem permissão. A encaro e fico quase em êxtase com a imagem perfeita dessa garota.
— Sabe o perigo que corre tentando me achar? — Nossas bocas estão praticamente coladas, e ela está respirando com dificuldade. Então ela muda o semblante e fica séria.
— Claro que eu sei, seu idiota! — grita e se afasta andando pelo quarto nojento do clube. — Acha mesmo que não pensei dias, antes de tomar coragem para procurar você?
Ela está gritando e gesticulando pelo quarto, falando comigo sem se intimidar, coisa que nem mesmo os seguranças do clube se atrevem.
— Só queria te entregar seu dinheiro. — Coloca a mão no bolso e automaticamente engatilho a arma. — É só dinheiro idiota, não sei porque está com essa arma. — Fico admirado. Como ela é irritante e sem noção. — Trouxe o dinheiro da jaqueta e da passaram do outro dia.
Paro olhando as duas notas de R$100 e fico pensando "quanto tempo será que levou para juntar isso?". Chego a conclusão que não é da minha conta e o melhor a fazer é amedronta-la a ponto de não querer nunca mais pisar aqui.
— Esse não é o tipo de pagamento que eu esperava. — Aproximo ainda segurando a arma, porém travo por precaução.
— Queria que eu fizesse um cartaz de agradecimento?
Mulher impertinente do cacete! Merece levar uma surra para aprender me respeitar, mas para sorte dela não bato em mulheres.
— Pensei em algo mais prazeroso a nós dois, algo que compartilharíamos talvez. — Aproximo mais e traço seu rosto com a ponta da arma.
Ela paralisa e olha para a arma fixamente, depois me encara com os olhos mais meigos que já vi um dia.
— Low, por favor, guarda essa arma. — Pede engolindo em seco, e abaixo a arma. — Desde que meu irmão morreu baleado que não suporto ver uma coisa dessas.
Tá legal, não consigo ser tão cruel com uma moça tão meiga assim, simplesmente vou aceitar esse dinheiro ridículo e me certificar que ela não volte mais aqui.
— Olha Jheniffer, aceito seu pagamento com uma condição.
— Qual? — diz em um fio de voz.
— Que aceite sair comigo. — Encosto-a na pilastra da cama, e ela levanta o rosto para me encarar. — Um jantar, se preferir.
— Você parece bem perigoso, Low. — Morde o lábio, mas olha minha boca. — Acho que não faço seu tipo. — Me encara e seus olhos ficam ainda mais azuis.
— Você é inteligente Jheniffer, sou muito perigoso. — Encosto-me mais a ela, mostrando como estou duro. — Mas isso não impediu você de vir aqui.
— Tinha que te pagar. — diz engolindo em seco.
— Não é o pagamento que eu aceito. Quero que saia comigo.
— E se eu disser, NÃO? — engole em seco.
— Você vai embora, mas ainda vai ficar me devendo e podemos nos esbarrar por ai, qualquer dia. — digo quase colado a sua boca.
— Só um jantar? — diz receosa, e lambe os lábios.
— Podemos ver isso depois.
Que se dane controle. Capturo sua boca rosada em um beijo intenso, ela leva um susto e demora corresponder, mas por incrível que pareça, corresponde. Suas mãos estão me puxando mais e agora estou arrependido por não a ter levado ao meu apartamento. Nossas línguas estão entrelaçadas em uma dança sexy, e caralho, que mulher gostosa.
— Low... — ela arfa e volta me beijar com mais vontade. — Fiquei sonhando com seu gosto. — Beijo seu pescoço e acabo sorrindo com sua confissão boba.
— Não sou para você Princesa, você merece um anjo e eu sou o diabo.
— Você não é isso. — diz séria, e para o beijo me encarando. — Vou te provar.
— Olha onde está Princesa. Parece o céu para você? — Afasto e cruzo os braços. Meu pau está doendo. — Podemos terminar essa conversa em outro lugar e sem roupas, o que acha?
— Um jantar na Lenns. Próximo final de semana. — Ergo a sobrancelha. — Fica perto da igreja posso chamar o padre para te exorcizar. — diz rindo.
— Nunca mais quero te ver aqui. Fui claro? — digo sério, mas amei o senso de humor dela.
— Nunquinha. — Aproxima de forma sexy. — Mas como te encontro para o jantar?
— Eu te acho. — Seguro seu queixo. — Não tem medo de mim?
— Posso não ser tão ingênua quanto imagina. — Me olha como se estivesse conferindo um doce. — Vai pagar para ver? — Sai de perto, pega a chave de cima da mesa e abre a porta, vira e me encara. — Pode me dar cobertura até a estação de trem?
Com isso saímos da casa noturna e a levo até a estação.
Essa mulher é muito louca, e pode ser uma espiã muito bem treinada, vou ao jantar preparado para acabar com essa carinha de santa dela. Só espero que eu esteja mesmo pronto para isso.
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