Final
Ainda sentado na cama e olhando para a frase na parede que ainda não tinha limpado, penso na Clarice. Como foi possível? Como ela foi capaz de matar alguém? Pensei que a conhecia, mas... eu nem mesmo me conheço, como poderia conhecer a ela?
O dia fora mais longo do que eu imaginava, levanto e começo a limpar aquela frase, ainda lembro do olhar da Clarice, ao perceber que fora pega. Com o meu relato a polícia conseguiu achar uma câmera em um ponto cego da Universidade, onde fora flagrada no momento exato em que encontrou Vinny e Dandara, pelas câmeras não era possível ver o que os dois estavam fazendo, mas após alguns minutos foi captado o momento em que Dandara correu e foi puxada pelos cabelos por Vinny e Clarice a esfaqueou.
A encontrei no caminho de volta da delegacia, como não demonstrar o horror que estava sentindo? A decepção?
Consegui despistá-la e para sorte ela não desconfiou. Estava indo para a casa do Vinny provavelmente. Liguei para a polícia e ela foi pega com o Vinny na casa dele.
Termino de limpar a frase no espelho e vou tomar um banho. A água gelada cai sobre meu corpo tirando o peso daquele longo dia e por fim deito na cama.
O telefone toca. Era a Alice.
Atendo e conversamos por quase dez minutos. Eu estava exausto, ela também. Desligamos o telefone e por fim adormeço.
Sonho com a mamãe!! o pequeno Dante ainda existia em mim! Ele adora ouvir as histórias que a mamãe contava, repetiu a frase que lembrei ser de Alice no País das Maravilhas: "Quando acordei hoje de manhã, eu sabia quem eu era, mas acho que já mudei tantas vezes desde então". Mudar não é errado, Dante. A mamãe sempre nos disse isso, você lembra? Não tenha medo de nós, e nem que qualquer um de nós sejamos loucos. Todo mundo tem um Chapeleiro Maluco interior, as pessoas só têm medo de admitir isso. Acordei e sorri.
O pequeno Dante tinha razão. Todo mundo é um pouco louco, e todo mundo é inconstante. Não preciso ter medo disso.
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