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• OITO ||- OTÁVIO

Eu sou o homem dela.

De tudo o que eu ouvi da discussão das duas, essa foi a única parte que eu realmente me interessei. Conveniente eu sei mas foi somente essa pequena mas poderosa sentença que fez meu coração se contrair violentamente em meu peito. A dor da perda vem me sufocando a medida que os dias se passam após a última respiração de minha Cássia. Meu norte quando eu não tinha ninguém para lutar por mim. Minha âncora quando estava com tanto medo de dormir que minha bexiga perdia o controle. Meu lugar seguro quando as coisas saiam do controle.

Carolina disse acidamente que ela não era nada. Mas ela está tão enganada, seu ego e egoísmo a cegando completamente. A mulher para quem apresentei Mariana dias atrás, era meu centro de apoio. E quando ela foi embora sem se despedir ou me abraçar pela última vez, foi como se algo importante em mim tivesse morrido. A pequena porção de felicidade que habitava dentro de mim, se foi com ela. Não tinha ideia do motivo dela ter me abandonado. Mas na carta que ela deixou para mim com sua sobrinha, ela me explica que Carolina a obrigou a ir embora. A mulher é tão insensível que não mediu esforços para me tirar a única coisa que me fazia sorrir.

Ainda é difícil imaginar um mundo sem ela. Por isso me tranquei em mim mesmo por dias. A única família que conheci, que é formada por meus poucos amigos esteve ali por mim. Ty com suas palhaçadas e risada histérica. Bel com seu jeito calmo de ser e abraço que me aquecia em tantos níveis. As crianças com sua inocência acerca da morte me fazendo ver que não é o fim. Rita com seu colo de mãe e ela. Mariana Melo. A tempestade em minha vida. Suas loucuras, comida que não é tão excelente, sua risada simples e sua companhia. Ela ainda está em meu apartamento e dorme comigo como se fosse algo normal. E talvez para ela seja, a mulher se faz a vontade em todo o lugar que chega.

Não me pronunciei acerca disso e acho que não vou. Te - la assim tão perto é como um bálsamo para minha alma. Ainda não disse para minha psicóloga sobre isso mas em breve ela saberá sobre ela. Desde que chegou ao meu apartamento aos prantos falando milhas por hora, que durmo bem em minha cama. É certo que depois do enterro de Cássia eu não dormi mais do que duas horas inteiras mas acredito que logo estarei entrando no meu normal.

Sinto o vento passar rente ao meu rosto, dou dois passos para trás desviando por pouco do pé de Tyler. O filho da puta ri como se tivesse contado uma ótima piada, aperto meus olhos em sua direção. Ele ri ainda mais dando de ombros.

- Está distraído Otávio. Foco na luta! - bate suas luvas pretas juntas, um sorriso completo estampa seu rosto. A barba quase loira cobrindo parte dele. Bufo como um touro raivoso, partindo para cima.

- Impressão sua russo abusado! - lhe dou um pontapé frontal, que ele consegue desviar por pouco. O infeliz joga a cabeça para trás em vitória.

Pulando de um pé para o outro, ambos fazemos uma avaliação conjunta de onde acertar um ao outro. Ambos vestindo somente um calção de tecido mole que acumula um pouco do nosso suor. Nossos troncos nus acumulam um certo número de hematomas. Mas é disso que eu preciso. Uma semana trancado em mim mesmo, remoendo o fato de que ela se foi e então o estopim de tudo foi ter que cruzar com Carolina novamente na minha casa e ser ferido mais uma vez por suas palavras ácidas. Acredito que se Ty não tivesse ido me buscar, eu faria meu caminho sozinho para não quebrar na frente dela.

Da mulher que amo.

Essa verdade se confirmou em meu coração quando achava estar sozinho e ela ficou lá por mim. Anos de desejo reprimido, anos de idas e vindas, anos de resistir a ela. Anos cansado de lutar comigo mesmo. Sentindo fluir através de mim uma nova força e energia, ataco com um uppercuts.

- Yeb vas! - rosna me atacando com crosses, mas consigo me desviar a tempo.

- Te acertei russo!

- Você fez! Mas não por muito tempo!

Desse momento diante, trocamos golpes atrás de golpes. Recebi alguns pontapés frontais mas lancei um pouco de uppercuts como pagamento. Eu ainda estava com raiva de Carolina e sofrendo por Cássia, queria expurga - la de mim a todo o custo. Não chorei desde o momento que o último grão de terra foi lançado sobre seu caixão.

- Você sabe que vai ter que falar um dia não sabe? - desvio de um medium kick. Bufo tentando ignorar sua tentativa de diálogo. Estava demorando a acontecer. Revirando os olhos esverdeados, me lança mais um golpe.

- Eu não quero falar Ty!

- Você precisa Otávio! Me preocupo com você cara! Não chorou desde aquela dia!

- As vezes eu só não quero chorar Tyler!

- É necessário!

- Não! Não é!

Paro de lutar, meu peito se comprime por completo. Me sinto sufocar de uma hora para outra. Paro de balançar sobre meus pés, Tyler se mantém distante, suas mãos revestidas pelas luvas ao lado do seu corpo. Meu corpo ainda está quente pela luta. Meus olhos ardem sobremaneira, mas seguro firmemente. Alguém pode entrar aqui.

- Pedi para Renan não abrir a academia hoje Otávio!

- Quanto lhe custou russo intrometido? - tento brincar mas minha voz rouca me entrega. Ele dá de ombros.

- Seu conforto!

- Não deveria...- digo entre ofegos.

- Você não me falava muito dela mas eu entendo o que está sentindo cara! - nego veementemente. Olhos pregados no chão escuro. - As vezes é difícil até de respirar. Você vive aqui pensando na pessoa que se foi, a saudade é esmagadora eu sei mas ela gostaria que você vivesse a vida com alegria. Eu fui vê - la. - isso me chama a atenção, o fuzilo com um olhar. Com um sorriso triste me pisca um olho. - Ela era forte por ter resistido até o fim com um sorriso no rosto castigado pelo tempo e  claro as histórias que consegui dela faraó parte do meu arsenal contra você!

- Filho da puta.

- Seu amigo que te considera como um irmão. Meus pais são seus pais, Peter é seu irmão e meus filhos seus sobrinhos. Não percebeu ainda que tem tudo Otávio?

- Não sei...

- Carolina é um ser humano indigno de ser chamada de mãe! - esbraveja totalmente puto. Os olhos apertados pela raiva. - Aquela mulher fodeu com sua cabeça em tantos níveis que é difícil dizer. Fico feliz por estar vendo uma psicóloga, não imagina o quanto mas as vezes você precisa ver a realidade do seu jeito. Você se isola, se tranca em você mesmo e afasta a mulher que ama.

- Quem te contou? - digo com os olhos arregalados.

- Está no rosto de vocês. Todos conseguem ver, menos vocês!

- Ela pode não sentir o mesmo por mim! - puxando os cabelos com frustração, ele se move tão rápido que não vejo. Só sinto a ardência do soco em minha mandíbula. - Porra!

- Revida Otávio!

- Vá a merda Ty!

- Chora Otávio!

- Não me testa!

- Chora!

- Não!

- Da! - me acerta mais uma vez! - Chora!

- N - Não! - minhas pernas falham e me vejo em um intervalo de uma semana no chão novamente. Só que ninguém vem por mim.

Meu corpo todo estremece pelo choro dolorido contido por tanto tempo. Meus coração sangra ferozmente, falta ar e somente deixo as lágrimas deslizarem por meu rosto. Elas queimam como ácido em minha pele.

- É seu direito passar pelo luto. Expurgar a dor através das lágrimas!

Não digo nada em resposta pois no fim dele está certo. Eu tenho esse direito, nem Carolina nem ninguém pode me impedir ou medir minha dor. Abraço a mim mesmo e grito com tudo o que sou. A angústia fluindo de mim em ondas agonizantes. Sinto - o se aproximar de onde estou, em seguida seus braços fortes estão em volta de mim e é o melhor lugar do mundo para se estar. Nós braços de alguém que te ama verdadeiramente.

[.....]

Nada mudou desde a última vez que estive aqui. Que foi no dia de seu aniversário. No dia que o mundo ouviu seu grito rouco depois de nascer. Um homem de valor e honra. Mesmo sendo a cópia mal feita de Tyler. Alegre ao extremo, emanava carisma por onde passava. O mundo perdeu um grande homem, que não terá a oportunidade de ver o filho crescer. A tarde está fria, esfriando o suor que não fiz questão de tirar do meu corpo.

Depois de chorar praticamente minha alma machucada naquele tatame, meu amigo e eu conversamos um pouco mais e decidimos visitar nosso amigo, não fazendo questão de tomar banho e muito menos trocar de roupa. O que eu queria depois de sair daqui, é ir para casa. Para os braços da mulher que me suportou nos meus melhores e piores dias.

Como um ritual sagrado, Ty retira uma flanela do bolso de sua calça jeans escura. Com um cuidado extremo, ele retira com suas próprias mãos as folhas e flores ressecadas de sobre o túmulo de mármore claro. A foto do homem sorridente nos encara com o que penso ser saudade. Saudade essa que me assombra diariamente.

Raphael era minha única família quando era criança. Ele assim como sua mãe, Mérida viam os maus tratos que sofria por parte de Carolina minha própria mãe e a indiferença covarde por parte de Manuel, meu próprio pai. Em todos os momentos, ele revidava por mim. Até que Mérida parou de leva - lo até minha casa, dizendo que eu era uma péssima influência para o filho. Continuei sofrendo por anos. Nunca levantei a voz ou revidei fisicamente, pois no fim das contas. Ela era minha mãe. Mas o estopim para tudo ir para os ares, foi quando eu estava completando quatorze anos. Como não tinha amigos a não ser meu primo que chegaria de viagem naquele dia com seu pai, minha mãe achou interessante fazer uma festa surpresa para mim com as pessoas que faziam negócios com nossa família como convidados. Todos na faixa de entre trinta e quarenta anos. Eu simplesmente surtei gritando que não queria festa alguma. Com um rosto impassível, ela encaminhou a todos em direção a porta de nossa casa. Me lembro que aquela noite foi a pior da minha vida. Além de ficar trancado na dispensa, Carolina quebrou meu dedo mindinho, não me levando para o hospital depois disso. Meu pai criou coragem para me tirar daquele inferno após três dias trancado, isso por que meu primo estava ameaçando chamar a polícia. Fui levado para o hospital com febre alta e com risco de perder meu dedo. O que não aconteceu mas nunca mais recuperei os movimentos nele.

- Otávio?

- Disse alguma coisa? - pigarreio gravemente. Olho novamente para o túmulo para vê - lo limpo e com novas flores.

- É sua vez! Já tivemos nosso papo cabeça. - pisca - me um olho.

Nego suavemente, enfiando uma mão em meu bolso. Dou de ombros, me mantendo calado. Bufando, passa os dedos através dos fios loiros e longos. Se coloca de pé, apertando meu ombro suavemente. A passos lentos me deixa sozinho.

- Não sou bom nessa coisa de falar com você, Raphael. Quando venho aqui, fico somente em silêncio e para mim está bom. - solto uma respiração profunda. - Ela se foi Rapha, babá Cássia se foi. Quero acreditar que ela está junto a você em um bom lugar cara.

Olho ao redor. Túmulos e mais túmulos me cercam. O céu acima de mim é de um cinza escuro e a brisa gélida me arrepia a pele. Todos as bonitas lembranças que tenho dele passam em minha mente como se fosse um filme. Nossa primeira ressaca, perdendo a virgindade juntos, nossas formaturas, a viagem por alguns países também juntos, as contusões que ele e Tyler se metiam. Tudo e percebo que não me arrependo de nada. Meu único desejo era ter mais tempo com ele.

- Eu te amo Raphael, você estará sempre em meu coração. Tyler e eu vamos cuidar de Mateus como se ele fosse nosso. E acho que finalmente vou me abrir para a mulher que eu amo. Sim, eu a amo. Em breve estaremos os dois aqui.

Me despeço dele rapidamente. Chego em frente ao cemitério encontrando - o já no banco do motorista. Usando óculos escuros, balançando a cabeça loira enquanto entoa uma música russa. Reviro meus olhos, abrindo a porta do carona. Me sento para em seguida colocar o cinto de segurança. O caminho até meu apartamento é rápido e não espero meu amigo estacionar para pular para fora do carro. Escuto sua risada atrás de mim.

- Tchau para você também Otávio! - nem me dou ao trabalho de olhar para trás, somente aceno por sobre meu ombro.

Subo as escadas de dois em dois degraus para vê - la tão logo eu chegue ao meu andar. Arfando e suando feito um porco, abro a porta para dar de cara com o vazio. Não há sinal dela em canto algum do apartamento. Vou para meu armário, vendo que suas poucas coisas não estão mais lá. Gritando em frustração, corro escadas abaixo com um único objetivo: encontra - la.








Yeb vas - Foda- se

* Uppercuts - Golpe de punhos diferido de baixo para cima, onde há uma pronunciada rotação do tronco.

* Crosses - Golpe de punhos lançado lateralmente, com rotação do tronco alinhado à altura do ombro, cotovelo e punho num ângulo reto.

* Low kick / Medium Kick / High Kick - A técnica destes três pontapés é bastante semelhante. Diferencia na zona do corpo em que o pontapé é dado, tal como podemos ver nas imagens. É essencial no pontapé bater com a tíbia (vulgarmente chamada canela) e não com o pé. O pé de apoio (que está no chão) deverá fazer uma rotação interna de 180º, para uma maior eficiência do movimento.

Pontapé Frontal- O pontapé frontal é um golpe de pernas feito também em linha reta, normalmente para a zona abdominal do adversário. A zona de impacto de quem faz o pontapé frontal é a planta do pé. Serve para afastar o adversário.

Fonte : Site Holmes Palace. Link: http://holmesplace.pt/pt/fitness-5-movimentos-do-kickboxing-a3894.html#sthash.R8gDRFuh.dpbs

28/04/20

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