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27 | Dementadores

- Dementadores -

◆ ◆ ◆
AMBER

Me apoiei na pia do banheiro tentando manter o equilíbrio. A cabeça girava e meus pensamentos pareciam embaralhados, a conversa com Draco ainda ecoava na minha mente.

Meu peito estava apertado, mas eu não sabia dizer se era por causa dele ou porque eu estava me afogando no álcool daquela festa ridícula. Respirei fundo, ou pelo menos tentei.

O cheiro de produto de limpeza misturado com álcool estava me deixando enjoada.

Eu precisava sair dali. Precisava de ar. Sai do banheiro e comecei a passar a multidão de alunos com dificuldade. Abria a porta, passei pelo pequeno túnel e logo estava de volta na sala comunal, silenciosa e calma. O zumbindo no meu ouvido insuportavelmente alto, deviam ser no mínimo cinco da manha.

Saí da sala comunal e caminhei pelos corredores tropeçando um pouco mas me mantendo firme. O corredor tinha alguns alunos espalhados, muitos deles se agarrando em um canto ou em outro.

Foi então que de longe vi a sombra de um garoto vindo até mim. Quando me aproximei, o reconheci.

O garoto do desafio. O garoto que eu tinha beijado. Ele estava vindo na minha direção.

Ele não disse nada, só veio direto me cercando. Antes que eu percebesse ele me empurrou contra um armário. O toque dele era pesado, insistente, e eu senti o cheiro forte de álcool em sua respiração.

- Sai da minha frente! - falei tentando o empurrar.

Ele tentou me beijar, mas eu virei o rosto. Meu coração disparou. Usei todas as forças que tinha para empurrá-lo, me desvencilhando de seus braços. Minhas pernas estavam trêmulas, mas eu andei o mais rápido que pude. Não olhei para trás, só queria distância dele.

- Você e maluca! - ouvi sua voz embriagada ao longe.

Minutos depois, após subir uma escada no final do corredor, alcancei uma torre. Era uma das poucas áreas silenciosas do castelo,
e o ar ali sempre me trazia um pouco de paz

O frio era imenso e o vento parecia cortar minha pele, abracei a mim mesma tentando me aquecer. Fiquei observando o horizonte por longos minutos, até que reparei que algo estava errado.

Eu estava com tanto frio que meus dedos começaram a formigar. O frio não era apenas do vento, tinha uma sensação ruim.

Levantei os olhos com dificuldade e os vi: duas formas escuras flutuando contra o vento. Meu coração apertou no peito. Eu sabia o que eram. Tinha lido sobre eles, visto ilustrações em livros. Mas uma coisa é ler, outra coisa é estar diante de dementadores.

Meu coração começou a acelerar, eu não sabia oque fazer. Eles se aproximavam devagar, como predadores, enquanto tudo ao meu redor parecia parar.

Eles se moviam devagar como se saboreassem o momento. Tentei correr, mas minhas pernas não obedeciam. O ar ao meu redor parecia congelar e eu me sentia mais fraca a cada segundo. Quando um deles inclinou a cabeça na minha direção, senti o pior frio da minha vida. Era como se minha alma estivesse sendo arrancada.

Minha visão começou a escurecer. Toda alegria, toda força, tudo o que eu era parecia desaparecer. Não consegui resistir. Meus olhos se fecharam, e a escuridão me engoliu.

CORTE DE TEMPO

Se um dia eu pensar em beber de novo, peço que me proíbam. Abri os meus olhos devagar, sentindo minha cabeça arder de dor. Meu corpo ainda estava fraco e o cheiro característico de ervas medicinais me fizeram perceber onde estava.

Eu estava na ala hospitalar do castelo. Por um momento tentei me lembrar de como tinha chegado ali, mas as imagens eram confusas.

Alguns segundos se passaram e as coisas ficaram mais claras, a lembrança dos dementadores já tinha retornado.

Madame Pomfrey surgiu ao meu lado com passos apressados, carregando uma bandeja com algumas poções. Seus olhos me analisaram rapidamente e ela balançou a cabeça em aprovação.

- Você é mais resistente do que parece, querida. Tome isso. - disse ela estendendo-me uma pequena taça de vidro com uma poção fumegante. - Vai ajudar com a fraqueza.

Peguei o frasco e engoli o líquido amargo enquanto ela ajeitava os lençóis ao meu redor.

- O professor Dumbledore quer vê-la assim que estiver em condições. Ele insistiu que é um assunto importante.

Dumbledore queria falar comigo? Será que ele descobriu sobre a festa? Ou sobre a briga que aconteceu? Minha cabeça rodava com as possibilidades e nenhuma delas parecia boa.

- Está melhor agora? - Madame Pomfrey perguntou interrompendo meu devaneio.

Assenti e, mesmo com as pernas ainda um pouco trêmulas, me levantei. Ela me acompanhou até a porta onde eu fiquei hesitante por um momento antes de seguir pelo corredor.

Caminhei pelo castelo apreensiva indo em direção a sala de Dumbledore. Não sabia muito bem onde era mas estava fazendo o meu melhor. Enquanto virava um corredor, acabei esbarrando com uma pessoa que vinha na direção oposta.

Abri meus olhos devagar e quando vi, Harry estava lá. Ele me viu e deu um pequeno aceno com a cabeça mas não disse nada.

Ficamos ali nos encarando por longos e constrangedores segundos. Antes que eu pudesse perguntar o motivo de ele estar ali, o som de passos firmes ecoou pelo corredor.

Era a professora McGonagall, com seu manto esverdeado e um olhar determinado. Ela parou diante de nós e nos olhou por um breve instante.

A presença dela ainda me dava calafrios.

- Ótimo, já estão aqui. Me acompanhem. - falou com seu nariz empinado e começou a andar pelo corredor.

Eu e Harry nos entreolhamos confusos mas rapidamente a seguimos. Logo chegamos a uma deslumbrante escultura feita de pedra que representa uma fênix. Os detalhes tornavam tudo melhor.

- Senha? - a gárgula de pedra perguntou.

- Sorvete de limão - disse McGonagall com firmeza e uma escada apareceu lentamente.

Ela entrou primeiro, sem dizer mais nada. Harry entrou em seguida como quem já esteve naquele lugar antes. O silêncio do corredor parecia mais pesado do que nunca.

Entrei rapidamente e senti a escada se movendo para o alto.

Quando chegamos, uma grande porta de carvalho se fez presente e Minerva logo deu três batidas na madeira.

A porta se abriu revelando o escritório do professor Dumbledore iluminado por uma luz suave que refletia nas inúmeras prateleiras de livros, instrumentos mágicos e pequenos objetos estranhos que pareciam zumbir levemente.

No centro da sala, sentado em uma cadeira de uma longa mesa, estava Dumbledore. Era a primeira vez que eu via o diretor tão de perto. Antes disso ele era apenas uma figura distante nas refeições do Salão Principal, com seus olhos cintilantes observando tudo como se soubesse mais do que todos ali. Agora seu olhar estava fixo em mim e em Harry, a gravidade em sua expressão me fez ficar mais apreensiva.

Minerva entrou primeiro com sua postura rígida, mas seu tom parecia mais casual do que o normal.

- Dumbledore, cá estamos. - ela se virou brevemente para nós antes de continuar - Sr. Potter, Srta. Amber, acho que precisamos esclarecer algumas coisas.

Eu e Harry nos entreolhamos novamente ainda mais confusos mas permanecemos em silêncio aguardando. Dumbledore assentiu e se inclinou levemente para a frente, os dedos entrelaçados sobre a mesa.

- Sentem-se, por favor. - ouvi sua voz calma.

Eu hesitei por um momento antes de me sentar e Harry logo sentou-se ao meu lado. Dumbledore começou a falar, sua voz carregada de seriedade.

- Antes de mais nada, preciso esclarecer uma questão que acredito estar pesando em sua mente, Srta. Amber. - seus olhos se encontraram com os meus - A execução de Bicuço foi adiada.

Por um segundo a informação pareceu não fazer sentido. Não era sábado que ele deveria morrer? O dia do meu aniversário? A dor de imaginar aquela criatura perdendo a vida havia sido um peso constante.

- Adiada? - murmurei surpresa.

- Sim, senhorita. - Minerva interveio. - Pedimos desculpas pelo transtorno, sabemos que toda a situação foi... sensível para você. Hagrid conseguiu apresentar novos argumentos ao Ministério, o que comprou um pouco mais de tempo.

Eu respirei fundo sentindo um alívio que vinha misturado com cansaço. Dumbledore, no entanto, não parecia disposto a desviar do tema principal.

- Agora, sobre os eventos recentes, como já devem saber, devo dizer que a situação com os dementadores é muito preocupante.

Ele olhou diretamente para mim, minha garganta secou.

- Já e de nosso conhecimento que a senhorita foi atacada ontem à noite.

Senti meu estômago despencar. Não era algo que eu queria lembrar, a sensação de frio que parecia devorar minha alma, as memórias dolorosas que inundaram minha mente...

Era como reviver tudo de novo. Harry se virou para mim abruptamente, seus olhos arregalados.

- Também te atacaram? - havia algo em sua voz que soava mais como pânico do que surpresa.

- Sim... Por que eu e Harry, diretor Dumbledore? - perguntei, minha voz quase um sussurro.

Dumbledore respirou fundo antes de responder.

- Ainda não sabemos o motivo, Amber. Mas é claro que não é coincidência.

Minerva se mexeu inquieta e Dumbledore continuou.

- Os dementadores foram designados para proteger os limites de Hogwarts. Seu objetivo é claro, capturar Sirius Black.

Notei Harry mudar de expressão e sua respiração acelerando ao ouvir o nome desse homem, como se tivesse raiva pela simples ideia de sua existência.

- E eles estão falhando. - a voz do garoto ao meu lado saiu baixa, mas cheia de rancor. - Esses dementadores, em vez de fazerem o trabalho deles, estão atacando a mim e a ela.

Ele gesticulou na minha direção e por um momento não consegui evitar estremecer. Nunca tinha visto Harry tão irritado e eu não entendia bem o motivo de tanto ódio.

- Sr. Potter... - começou Minerva, mas Harry continuou, levantando-se de sua cadeira.

- Isso não faz sentido! Os dementadores não deveriam estar aqui para proteger todos nós? Não deveriam estar procurando por Sirius? O homem que matou meus pais está solto! - ele se virou para Dumbledore. - Agora ele está lá fora, livre, enquanto eu, enquanto nós somos atacados!

Comecei a entender o motivo por trás de sua reação. Sirius Black. O homem que matou seus pais. O homem que havia escapado de Azkaban agora estava livre enquanto Harry carregava o peso de uma perda irreparável.

Dumbledore observou Harry em silêncio com calma. Sua expressão era compreensiva mas continuava firme.

- Entendo sua frustração, Harry. É por isso que me preocupo tanto com resolução de tudo isso.

Harry respirou fundo e se sentou novamente.

- Desculpe, diretor. - Harry murmurou desviando o olhar, agora inquieto, para os cantos da sala como se evitasse encarar Dumbledore diretamente.

O Diretor assentiu levemente,

- Não se preocupe, Harry. No entanto, precisamos focar no que pode ser feito daqui em diante. - pausou por um instante - Tomaremos medidas adicionais. Vocês dois participarão de aulas especiais com o professor Lupin.

- O professor Lupin? - perguntei tentando acompanhar a mudança de assunto.

- Ele é a pessoa mais qualificada para ensinar esse tipo de magia e é imperativo que vocês aprendam. Ele ensinará a vocês como conjurar um Patrono. É a defesa mais eficaz contra os dementadores e é essencial que saibam usá-la com confiança. Não podemos permitir que outro ataque ocorra sem que vocês estejam preparados.

Harry parecia aliviado ao ouvir o nome de Lupin. O diretor se levantou levemente caminhando até a janela atrás de sua mesa onde Fawkes, sua fênix, repousava.

- Quero que saibam que estou monitorando essa situação de perto. - Dumbledore continuou, sua voz mais firme agora. - Hogwarts ainda é um lugar seguro e não permitiremos que nada os machuque novamente.


- Maratona 3/3

- Espero que tenham gostado da maratona amores, muitas coisas estão por vir!!

- Votem e comentem <3

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