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18 | Sinto Muito



- Sinto Muito -

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"All this time
We always walked a very thin line
You didn't even hear me out
You never gave a warning sign (I gave so many signs)

Exile - Taylor Swift

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◆ ◆ ◆
AMBER

Quase um mês havia se passado desde aquela noite e eu me encontrava na torre de meu dormitório observando o nascer do sol se refletir em meu rosto.

Acabei dormindo ali no chão frio abraçada com Pandora. No dia seguinte fui acordada pelos miados dela.

Abri os olhos lentamente, sentindo o peso das pálpebras e a dor nas costas. Dormir no chão definitivamente não tinha sido a melhor ideia.

Com dificuldade me levantei e desci para o meu dormitório.

Tomei um banho relaxante e penteei meus cabelos cuidadosamente para que ficassem soltos em minhas costas. Passei um pouco de perfume e, sem estar com fome, decidi ir para o lado de fora do castelo onde o vento gelado me acolheu.

Caminhei até uma árvore próxima que fazia uma sombra tranquila. Me sentei e encostei-me nas raízes, fechei os olhos e respirei fundo, aproveitando aquele raro momento de paz antes que as aulas começassem.

Desde minha última conversa com Draco, nós nos afastamos completamente. E para ser honesta, eu não sabia como me sentir sobre isso.

Nas aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas, nos sentávamos lado a lado, mas ele agia como se eu não estivesse ali.

Meus olhos as vezes se voltavam para ele, mas ele parecia não me ver.

Os amigos dele, de vez em quando, faziam algum comentário direcionado a mim. Mas Draco permanecia em silêncio. E por mais que eu não quisesse admitir, isso me incomodava, era como se eu tivesse desaparecido de sua vida.

Também não saía da minha cabeça os murmúrios preocupantes que circulavam pela escola sobre Sirius Black. Seu nome se tornou um fantasma, estavam todos preocupados com o que o ex-presidiário poderia fazer se entrasse em Hogwarts.

Estava imersa nesses pensamentos quando ouvi passos se aproximando. Abri os olhos e virei minha cabeça, vendo Harry sentado ao meu lado.

- Bom dia. Você está com uma cara péssima. - ele comentou.

- Eu sei.

Harry percebeu que eu não queria falar sobre isso e apenas assentiu, respeitando o silêncio.

- Onde estão os outros? - perguntei, finalmente quebrando o clima pesado.

- Hermione está bastante abatida pelo Bicuço. Parece que ele vai ser sacrificado. Rony ficou com ela tentando confortá-la. - respondeu, fazendo uma pausa antes de continuar. - Ouvi dizer que ele supostamente atacou um aluno da Lufa-Lufa, mas para falar a verdade, ninguém parece saber ao certo o que realmente aconteceu.

- Que notícia horrível. - murmurei, olhando para ele. - E quando vão fazer isso? Quando ele será sacrificado?

Harry suspirou, parecendo relutante em responder.

- Vai ser no fim da semana... – começou hesitante. - Infelizmente escolheram uma data que não é exatamente a melhor. Você sabe... no seu aniversário.

Fiquei paralisada por um momento.

Harry não disse mais nada. Ambos sabíamos o quanto essa situação era delicada. Ninguém iria comemorar meu aniversário enquanto o Bicuço estava prestes a ser executado.

- Não posso acreditar que isso esteja acontecendo. - falei apoiando a cabeça na árvore e fechando os olhos.

- Estamos tentando encontrar uma maneira de salvá-lo. - afirmou Harry, tentando me confortar. - Você vai ver, nós vamos conseguir.

Ficamos em silêncio por um momento quando ouvimos os passos dos alunos começando a surgir, o que significava que as aulas iam começar.

Me despedi de Harry e comecei a andar em direção à aula de Poções, sentindo o frio da masmorra me envolver como sempre.

Cheguei na sala e Snape me cumprimentou com um aceno de cabeça, mas eu mal registrei. Sentei em minha carteira habitual distraída. Era difícil não pensar nisso.

A aula começou, ninguém se sentou ao meu lado, ninguém parecia notar que eu estava ali.

Após alguns minutos ouvindo o professor falar, ouvi Snape instruir os alunos a buscarem ingredientes no estoque para a poção que iríamos preparar na aula de hoje.

Todos os alunos se levantaram e o barulho de conversas se fixou no ar. O professor saiu da sala sendo seguido pelos estudantes.

Permaneci em meu lugar. Quando todos voltassem, eu iria buscar meu material. Cruzei meus braços sobre a mesa e descansei minha cabeça sobre eles.

Nesse momento a frustração e o cansaço tomaram conta de mim e meus olhos começaram a marejar, querendo chorar. Mas eu não me permiti, já não me permitia há muito tempo. Chorar não muda nada, aprendi a engolir o choro, sufocar as emoções e seguir em frente.

Mas não pude evitar que meus olhos se enchessem de lágrimas.

Foi então que, no meio da minha luta interna para não mostrar fraqueza, ouvi alguém se sentar na cadeira ao meu lado. Senti um peso suave em meu ombro, como se esse alguém estivesse ali para me confortar.

Foi então que ouvi.

- Sinto muito. - um tom quase baixo demais para se ouvir.

Levantei a cabeça e quase imediatamente franzi a testa surpresa. Ele estava ali. Draco estava ali. Era quase cômico.

Sua expressão indecifrável, entre orgulho e desconforto, como se nem ele tivesse certeza de por que estava fazendo aquilo.

- Ah, então todos já sabem - falei com um sorriso triste. - Olha, se for para falar algo idiota para mim, é melhor nem tentar. Já não durmo direito há dias e estou extremamente cansada.

- Eu não vou, não se preocupe. - respondeu. - Sua cara está péssima.

- Você não é a primeira pessoa que me diz isso hoje. - falei com um toque de sarcasmo, tentando esconder o cansaço por trás de uma resposta rápida.

- Estava chorando? - perguntou sem nenhuma delicadeza.

- Não, apenas cansada mesmo. - murmurei olhando para as mãos, tentando cobrir meu rosto.

O silêncio constrangedor se instalou, como eu já esperava.

Draco manteve a mão em meu ombro, e então o polegar começou a se mover, formando pequenos círculos imaginários. Um gesto que me surpreendeu por ser tão... pessoal.

Ele parecia um tanto quanto inquieto.

- Por que eu sinto que está tentando me contar algo? - perguntei finalmente, meus olhos agora fixos nos seus.

- Bem, acho que você tem o direito de saber. - disse ele enquanto sua mão apertava suavemente meu ombro, como se estivesse buscando as palavras certas. - Foi meu pai quem mandou executar Bicuço.

Isso bateu quase como um choque, mas mantive a calma. Em meio a tudo, oque eu menos me preocupava era com o pai de Draco.

Sei que os Malfoy não eram a melhor família para se conviver, por isso não fiquei tão surpresa.

Draco ainda carregava aquele orgulho, mas olhando para o fundo de seus olhos, pude ver que ele não estava exatamente contente com isso.

- Não sei o que dizer. - susurrei, apenas para preencher o silêncio.

- A data foi marcada aleatoriamente, ele não sabia que seu aniversário seria nesse dia.

- Draco, a última coisa que eu quero agora são suas explicações. Todos os meus aniversários passaram batido, então não finja se preocupar agora. - falei sem qualquer emoção no rosto. - E o simples fato de seu pai mandar matar uma criatura que só tentou se defender já o torna um monstro.

Quando terminei de falar já me preparei para o pior. Sabia que Draco era impulsivo, e tocar no nome de seu pai, ainda mais de forma tão direta, parecia pedir por um confronto.

Me encolhi levemente esperando que ele reagisse com sua grosseria , uma resposta afiada. Mas para minha surpresa não foi o que aconteceu.

Ele ficou em silêncio por alguns segundos, o rosto tenso, mas sem a raiva que eu esperava ver. Em vez disso murmurou algo quase inaudível, como se estivesse falando mais para si mesmo do que para mim.

- Eu sei que ele é.

Franzi a testa incerta se havia escutado direito. O tom era tão diferente do habitual Draco, não havia sarcasmo, apenas algo que soava como descontentamento.

- O que você disse? - perguntei, tentando decifrar aquelas palavras sussurradas.

Ele balançou a cabeça de leve como se quisesse afastar o assunto.

- Esquece. - desviou o olhar e tirou a mão de mim. - De qualquer jeito, peguei o material para você também.

Me entregou uma pequena mala com alguns ingredientes dentro. Por essa eu não esperava.

- Bom, obrigada Draco. - agradeci com um pequeno sorriso constrangido.

- Não se acostume. - sorriu de volta e se levantou, indo para o seu lugar.

Os alunos começaram a entrar na sala. Logo Snape recuperou a atenção de todos e voltou à aula.

CORTE DE TEMPO

A aula de Snape correu tranquilamente. Meu desempenho nas aulas de Poções havia melhorado consideravelmente.

As "aulas" de Draco não tinham me ajudado em nada, obviamente, mas eu estava me dedicando muito para evoluir.

O gesto discreto do platinado durante a aula me reconfortou de certa forma. Não pela situação em si, mas pelo fato de saber que pelo menos ele notava minha presença.

Não era como se eu gostasse dele, mas a sensação de ser ignorada e me sentir invisível nos últimos dias era algo que eu não desejaria a ninguém.

Quando a hora do almoço chegou, eu estava com uma fome absurda. Entrei no Salão Principal e o cheiro da comida quente invadiu minhas narinas. As mesas estavam lotadas de alunos conversando animadamente.

Eu estava prestes a me sentar na mesa da Sonserina, quando Harry acenou para mim. Ele estava com Hermione, Ron e Neville. Fui até a mesa da Grifinória.

- Oi gente, nem tinha visto vocês. - cumprimentei. - Oi, Neville, é bom te ver.

Ele me respondeu com um sorriso tímido.

- Amber, estive pensando no que te dar de presente de aniversário. - comentou Ron enquanto segurava um pedaço de frango. - Achei um livro incrível sobre quadribol, acho que você ia adorar. Quem sabe assim você finalmente comece a gostar do esporte, não é? Além disso, também tenho um jogo de xadrez novinho em folha, sei o quanto você gosta de jogar.

Fiquei genuinamente feliz ao ouvir alguém falar sobre o meu aniversário sem mencionar os problemas que estávamos enfrentando.

Era um alívio, e ouvir Ron falando sobre um presente trouxe um pouco de alegria.

- Ron, eu adoraria o livro de quadribol! Assisti a alguns treinos esses dias e achei realmente interessante. Acho que finalmente estou começando a entender o jogo.

Hermione, que estava ao nosso lado, franziu a testa ao ouvir isso. Ela nos olhou com surpresa.

- Ron, como você pode pensar em presentes e diversão agora? Temos um problema sério se aproximando. - disse ela com preocupação visível no rosto.

Eu mal podia acreditar no que estava ouvindo. Olhei para Ron, que parecia envergonhado, e então me virei para Hermione.

- Eu sei que a situação é séria, Hermione, mas é o meu aniversário. Não vou passar o tempo todo pensando em coisas tristes.

Hermione cruzou os braços, lançando-me um olhar sério.

- Não é apenas sobre o que você quer, Amber. Temos que nos preocupar com o Bicuço. Ele está em perigo e não podemos simplesmente ignorar isso!

- Eu não estou ignorando nada! - respondi, sentindo uma pontada de frustração. - Só quero um momento para relaxar e aproveitar um pouco. Não é como se eu estivesse esquecendo dele.

Eu já sabia que Hermione era assim. Quando havia algo a ser feito, uma missão a ser cumprida, ela o faria sem se importar com nada nem ninguém. Mas essa situação estava me deixando chateada.

Harry percebendo a tensão tentou intervir.

- Todos estamos preocupados com o Bicuço. Mas Amber também tem o direito de querer se distrair um pouco.

Hermione olhou de Harry para mim, com um misto de raiva e frustração.

- Está feliz agora, Amber? Vai fazer meus amigos se virarem contra mim por um capricho seu?

- Está falando sério, Mione? Não era você quem queria comemorar comigo e festejar? - perguntei, confusa e desanimada, afinal eu a considerava minha melhor amiga.

- Pois é, mas as coisas mudaram. - respondeu ela, com uma frieza que eu nunca tinha visto antes.

- O que você quer dizer com isso?

Hermione respirou fundo, tentando se controlar.

- Eu só... Eu só não consigo lidar com a ideia de você se divertindo enquanto o Bicuço está em perigo. E parece que eles (ela gesticulou em direção a Harry e Ron) se importam mais com o que você pensa do que com o que eu penso.

Fiquei surpresa com sua confissão. Estava claro que a causa daquela discução era o ciúme.

- Mione, você está com ciúmes? Isso é uma besteira completa!

- Não é ciúme! - ela respondeu, mas seu rosto mostrava o contrário.

- Podia ter nos contado que se sentia assim. - disse Ron, tentando amenizar. - Você sabe que temos um carinho especial por você...

- Não falem como se eu fosse uma criança! - ela explodiu, levantando-se e chamando a atenção de vários alunos ao redor.

Antes que pudéssemos dizer qualquer coisa, ela saiu do salão nos deixando para trás confusos.

- O que foi isso? - perguntei, ainda tentando entender a reação dela.

Harry e Ron trocavam olhares igualmente perplexos.

- Não sei, mas acho que ela realmente está abalada. - disse Harry, balançando a cabeça. - Devemos ir atrás dela.

- Sim, vamos. - concordou Ron, levantando-se apressadamente.

Eles se afastaram rapidamente indo atrás de Hermione e me deixaram sozinha na mesa, um pouco decepcionada com o rumo da situação.

Eu não queria que as coisas tivessem chegado a esse ponto, mas parecia que tudo estava saindo do controle. Observei-os saírem e depois de um momento me levantei e me dirigi à mesa da Sonserina.

Enquanto tentava processar tudo o que havia acontecido, ouvi risadas vindas da mesa em que acabei de me sentar. O tom era claramente zombeteiro, e mesmo sem identificar quem tinha falado, as palavras cortaram como uma lâmina:

- Parece que perdeu a única amiga, Lazarenta.

Eu não sabia que tínhamos falado tão alto. A dor da rejeição apertou meu peito e a vontade de me esconder cresceu. Olhei ao redor e vi alguns rostos conhecidos, todos rindo e trocando olhares.

Respirei fundo tentando ignorar as provocações. Não deixaria que eles vissem o quanto aquilo me afetava.

Naquele momento, decidi que não poderia continuar assim. A partir de agora, as coisas iriam mudar.


Tradução

"Todo esse tempo
Sempre andamos em uma linha muito fina
Você nem me ouviu
Você nunca deu um sinal de alerta (eu dei tantos sinais)"

Exile - Taylor Swift



- Amber vai finalmente reagir, eu ouvi um amém?

(Lembrando que precisamos entender a personagem. Ela passou muito tempo sofrendo bullying, e só quem já passou por isso sabe o quanto é difícil sair dessa situação!)

- Fico muito feliz em saber que essa fanfic está ganhando novos leitores. Só queria pedir para que não sejam leitores fantasmas e comentem quando sentirem vontade. Assim a história consegue crescer <3

- Hermione teve um mini surto, mas tudo vai se resolver.

- Votem e comentem <3

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