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05. one company

{Uma companhia}

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VICTORIA NÃO PODIA voltar para o seu apartamento em Nova York pois provavelmente seu pai estaria lá após Ezra ter contado onde ela estava, a essa altura do campeonato ela estava surpresa por não ter nenhum cartaz espalhado com a sua foto dizendo fugitiva, recompensa mil dólares. Era completamente estranho, mas ela tão pouco se importava pois apostava que o motivo por ainda não ter cartazes com seu nome era por que ele não queria que outras pessoas soubessem o que estava acontecendo com sua família —, isso incluía Dexter. Então, tudo isso englobava para que Victoria sentisse muito mais ódio por Henry do que deveria, já que até em momentos como esse ele agira como um completo canalha por privilegiar sua reputação antes de sua família. Porém, ela não estava surpresa.

Não tinha um lugar fixo a qual os três poderiam passar aquela noite, e para falar a verdade eles nunca estiveram tão cansados como nesse instante. Então, com o dinheiro que Victoria havia guardado em sua poupança para escolher um vestido de noiva dos seus sonhos, — ela alugou um quarto de hotel por uma noite nos arredores de Baltimore. Não era especificamente um quarto, podia ser considerado um apartamento não muito grande. Continha um quarto separado, um banheiro, uma sala e cozinha acopladas juntas. Os tons quentes era o que mais chamava atenção nos detalhes do lugar, a parede da sala e da cozinha eram de tijolinhos vermelhos, o chão era de madeira. O sofá era de duas pessoas — em tom marrom esbranquiçado —, e no chão continha um tapete branco pouco felpudo pelo desgaste.

Nenhum dos três queriam algo de luxo, pois nenhum dos três tinham tanto dinheiro para algo desse tipo. Então, aquele mini apartamento serviria perfeitamente para aquela noite. Qualquer lugar serviria.

Quando Victoria entrou no chuveiro e a água gelada acertou sua pele — a água quente havia queimado —, ela arfou alto pois nunca fora fã de tomar um banho gelado... por quê eles sempre lhe acordavam e a deixava alerta a tudo a sua volta. Então, não demorou muito para que seus pensamentos fossem brutalmente roubados pelo rosto de Dexter. Como continuava a acreditar que eles não haviam feito nenhum mal a ele, até agora? Já que os Apátridas não ligaram pedindo resgate, não definiram nada, não o ameaçaram. Então, como Vic tinha tanta certeza de que o irmão estava bem e seguro? Não dava para ter uma certeza clara, mas o pontinho de esperança ainda queimava seu coração.

No segundo em que colocou seus pés para fora do banheiro, já vestindo uma peça de roupas limpas, enquanto secava o cabelo na toalha, — Victoria sentiu o cheiro de algo gostoso vindo da cozinha. E isso fora exatamente o que precisava para a fazer parar de de lamentar por não ter encontrando seu irmão ainda. A visão que teve quando ultrapassou o batente para a sala compacta com a cozinha fora de Bucky com dois panos de prato tentando pegar algo quente de dentro do micro-ondas. Ele já havia tomado seu banho antes, então os vestígios de um cabelo molhado ainda estava ali. Só que diferente de todas as vezes que o vira, ele estava com uma camiseta azul escuro (sem manga) dando um total acesso a qualquer pessoa para seu braço de vibranium.

James não conseguia parar de pensar sobre o soro do soldado, e isso ficava se revirando em seu consciente incansavelmente. Era a primeira vez em seis meses que ficava obcecado com algo daquela maneira, e sinceramente não era algo agradável a ele. Levou em torno de dois minutos para perceber que não estava mais sozinho, apoiou a lasanha comprada no mercado da rua de baixo sobre o balcão estreito —, e levantou os olhos para a outra pessoa sala. E no instante em que fez tal ato se arrependeu amargamente, pois Victoria estava sorrindo de orelha a orelha por conta da comida e quando os olhos de Bucky bateram em si, ela tornou a olhá-lo ainda sustentando o sorriso. E foi algo extremamente cruel, pois a maneira que seus cabelos escuros molhados caiam sobre seus ombros e sobre a regata branca —, tornou aquela cena um pouco sexual para James.

Fazia séculos, milênios que não transformava algo em uma coisa desse tipo. Talvez pelo sutiã de Victoria estar sujo ou algum outro motivo que ele jamais saberia, ela decidiu não o usar —, então era bastante perceptível seus dois mamilos por baixo da regata branca. E isso deixou Bucky tão tenso... de uma maneira que não ficava nem quando estava em um campo de batalha.

— Eu nem acredito que terei uma noite de sono hoje. — comentou ela, se sentando na bancada dando uma pequena inclinada para a frente para ver a lasanha que o mais velho estava cortando.

Claro que ele percebeu esse pequeno movimento, mas disfarçou voltando a prestar atenção em suas próprias mãos.

— Pois é. — foi a única coisa que conseguiu dizer.

As pupilas das grandes bolinhas azuladas de Victoria se dilataram quando o soldado estendeu o prato com o pedaço farto de lasanha.

— E o Sam? — perguntou, enfiando a primeira garfada na boca.

Bucky limpou os dedos sujos no pano de prato.

— Foi resolver assuntos pessoais.

— Às dez hora da noite? — questionou novamente de boca cheia, recebendo a atenção de James para si.

— É. As dez horas da noite. — repetiu a frase, colocando o pedaço da lasanha no próprio prato.

Apesar de não fazer muito tempo que conhecia o homem sentado a sua frente, Victoria já havia anotado alguns detalhes em seu consciente sobre Bucky, e isso incluía a maneira que ele sempre mantinha a mesma expressão facial e os olhos cerrados, o jeito que ele parecia estar totalmente despreparado para um momento rodeado de pessoas normais — como ambos estavam naquele instante. Era como se ele sempre estivesse preparado para lutar com alguém, mas nunca preparado para puxar uma conversa. E na mesma proporção que isso a deixava meramente irritada, também a intrigava e era isso que parecia a manter completamente imersa em seus olhos misteriosos mesmo enquanto se deliciava com a lasanha a sua frente.

— Então, você faz terapia. — Vic quebrou o silêncio.

Bucky engoliu mais um pedaço da lasanha, se forçando a encarar os olhos azulados da garota a sua frente.

— Era meio que obrigatório. — desviou o olhar, verificando rapidamente Alpine que dormia profundamente no sofá — Foi a melhor opção.

— Uh. 

Victoria não era do tipo que ficava constrangida com muitas coisas em sua vida, para falar a verdade ela era muito mais do tipo extrovertida que diz as coisas na cara das pessoas sem se importar muito bem com o que vão achar. E isso já era algo que James havia percebido, talvez não propositalmente só que era um detalhe tão minúsculo que foi impossível para ele não notar. Mas, voltando para Victoria —, ela não se sentia envergonhada com muitas coisas mas, Bucky fazia isso acontecer com muita facilidade. Mesmo não tendo o menor intuito de causar tal sentimento na garota, ele acabava por fazer isso de um jeito ou de outro.

— Vamos tirar no palitinho quem fica com a cama. — avisou ela de boca cheia.

— Vou ficar com o sofá. — balbuciou, tentando não prestar muita atenção.

Ui, tá bom então, cavaleiro charmoso.

Ela se levantou da banqueta segurando o prato já vazio em mãos, parou e encarou ele. Vendo a expressão confusa e incerta pairar sobre seu rosto por não conseguir diferenciar se ela havia dito aquilo de uma maneira agradável, ou se havia sido irônica. E por Deus Bucky agradeceu que Victoria não lesse mentes, pois quando ela parou daquela maneira o pequeno vislumbre de seu mamilo esquerdo ganhou um destaque a mais por conta da luminosidade da luz da cozinha e fez algo na boca do seu ventre borbulhar.

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A primeira noite em uma cama após o que aconteceu com seu irmão Victoria achou que seria um pouco mais diferente —, por estar tão terrivelmente cansada pensou que desmaiaria no instante em que sua cabeça tocasse a fronha do travesseiro. Mas, não foi realmente isso que aconteceu pois novamente as lembranças e pensamentos ruins tomaram conta de todos os átomos existentes de seu corpo. A incerteza era a pior maldição para qualquer pessoa, o "e se" é o que arrebenta todas as suas entranhas de dentro para fora, por quê não importa o que aconteça você vai sempre continuar se cobrando e se perguntando como teria sido se tivesse tomado aquela devida decisão diferente.

O "e se" é o que não te deixa dormir, o que fica pairando sobre a sua cabeça relembrando cada pequeno erro que já cometeu em toda sua vida. Não há nada que possa mudar a culpa que paira sobre seus ombros, a incerteza de uma decisão que você jamais poderá escolher por já ter optado por um outro caminho. O arrependimento. 

É exatamente essa a razão por todos seres humanos terem um pingo de conectividade, por quê não existe uma única pessoa no mundo inteiro que não se arrependa de algo. Sempre há, e sempre continuara havendo mais e mais "e se". Por isso Victoria demorou a cair no sono, por quê os erros insistiam em ser recordados e pareciam nunca querer ir embora. Só que em algum momento entre meia noite e duas da manhã seus olhos foram abertos no automático, sem uma razão especifica. Como todas as vezes em que algo desse tipo acontecia, Victoria levou alguns segundos para focalizar sua visão no escuro e quando por fim conseguiu tal coisa — ouviu um pequeno barulho do lado de fora de sua porta. Os piores pensamentos são sempre os que chegam primeiro, começou a imaginar que talvez seu pai tenha descoberto o lugar onde havia se hospedado, depois começou a pensar que os Apátridas resolveram fazer uma pequena visitinha e por fim pensou que poderia ser Sam chegando da rua.

Esse último pensamento lhe acalmou, por isso se levantou da cama e abriu a porta do quarto encontrando um nada a sua frente. Resolveu ir até a cozinha beber um copo de água e verificar se aquele barulho não era a Alpine tentando escapar pela janela, por quê se algo do tipo acontecesse não queria nem imaginar a cara de seu dono obcecado. Porém, no segundo em que seus pés tocaram o chão da sala conjugada com a cozinha —, Vic notou que Bucky dormia no completo chão, com a cabeça apoiada na almofada. O barulho que ouvira de seu quarto estava vindo especificamente dele, o que significava que para ela ter o ouvido deveria estar alto o bastante, então isso a fez se aproximar para ver se ele estava vivo e bem.

James murmurava alguma coisa, os fios de cabelos estavam grudados na testa indicando que ele estava suando mais do que deveria. Vic se aproximou um pouco mais, ganhando um miado de Alpine em resposta — e se agachou até a altura dele.

— James? — o tocou no ombro gentilmente, tentando decifrar o que ele tanto murmurava — Bucky, você tá be...

Os olhos que estavam fechados se abriram no segundo seguinte em um alerta assustador para a garota, o braço de vibranium agarrou o pescoço de Victoria — e em uma facilidade incrível, ele inverteu as posições do corpo prendendo Vic abaixo de si, enquanto apertava a mão ao redor de sua traqueia. 

— Bu-Bu-Bucky. — tossiu assustada, com o ar se esvaindo.

Era uma expressão assustadora, o olhar frívolo de um assassino. O semblante na defensiva, e a mão continuando a apertar o pescoço dela.

— Bu...

Então, tão rápido como James havia acordado — seu consciente voltou ao normal. A própria expressão em seu rosto foi de completo medo de ter a machucado. Soltou a mão o mais rápido que pode, vendo a marca vermelha que deixou sobre o pescoço de Victoria. Ela se arrastou no chão até encostar as costas no sofá, tossindo com tamanha falta de ar, com os olhos arregalados para o soldado a sua frente. 

— Me desculpa, eu...

Medo... nesse breve segundo Bucky sentia medo.

— Sempre durmo sozinho, aí eu... — tentou se justificar, mas percebeu que nenhuma palavra no universo consertaria o que ele havia acabado de fazer.

Victoria tossiu mais uma vez, sentindo os olhos lacrimejarem e se levantou com as pernas bambas. Nunca havia sido quase assassinada antes, era uma atitude perfeitamente aceitável. Ela foi até o outro lado do cômodo (na cozinha) e encheu um copo de água gelado, sendo acompanhada pelos olhos culposos de James. 

— Tudo bem. — Vic respirou fundo, meio tonta — Eu não devia ter te acordado assim.

Bucky se sentou no sofá passando as mãos pelo cabelo em seu típico sinal de frustação, nesse caso consigo mesmo. Estava em uma batalha constante com si próprio a seis meses desde que começou a fazer a terapia, e uma das principais regras era nunca machucar ninguém e fazer sempre o possível para que conseguisse consertar seus erros do passado. Por isso ter feito o que havia acabado de fazer era como regressar todo o c aminho até o início, pois havia falhado. O que fortalecia a ideia de que talvez Steve estivesse errado sobre ele... e nada naquele instante poderia o machucar mais do que isso.

— O que é isso? — perguntou assim que abriu os olhos e viu que Victoria estendia uma xícara branca para si.

A marca vermelha ainda estava em seu pescoço, só que pelo menos não tão quanto anteriormente.

— Chá gelado. É bom para os pesadelos, sempre funcionava com o Dex. — sorriu em uma linha reta — Vou te fazer companhia.

James com um olhar confuso aceitou a xícara em mãos, sendo observado atentamente por ela.

— Eu não tive pesadelos. — mentiu ele, dando o primeiro gole no chá.

A garota deu uma pequena risada fraca, se sentando no espaço vago ao seu lado —, cruzando as pernas uma na outra.

— Não precisa mentir, alguém como você deve ter pesadelos. — entoou, começando a beber o primeiro chá.

— Alguém como eu?

— Sim. — concordou — Alguém que passou por muita coisa.

Os olhos do soldado pairaram sobre os olhos de Victoria, dessa vez sem nenhum cenho franzido ou sua expressão de sempre. Ali era o Bucky sem filtro e suado — muito suado mesmo —.

— Como sabe que... que passei por muita coisa. — relutou em perguntar, encarando as próprias mãos dessa vez.

— Ah, você sabe... Internet, YouTube. Tem alguns vídeos seus por lá...

— Sério? — perguntou incrédulo — Achei que tinham sido deletados.

— Você sabe que nada é cem por cento deletado da Internet, não é? — suspirou, dando outro gole no chá.

Pela expressão no rosto de Bucky ele definitivamente não sabia daquela mera informação do mundo atual e Victoria notou perfeitamente, acabando dando uma risada sem graça em resposta. Seu pescoço ainda doía... mas não podia culpa-lo. Era perfeitamente visível a maneira que isso o havia afetado, pois seu par de olhos azuis e misteriosos haviam ganho uma tonalidade diferente... uma tonalidade que Victoria conhecia por ter convivido com seu pai, Henry. A tonalidade da culpa.

— Posso fazer uma pergunta um pouco invasiva? — ela relutou ao dizer, notando a expressão confusa no rosto do mais velho — Aí eu te dou o direito de fazer uma também.

Bucky deu outro gole no chá, sentindo o líquido gelado fazer algum efeito na boca de seu estômago.

— Pode.

Victoria sorriu um pouco mais largamente, cruzando as pernas acima do sofá se virando de frente para ele. Bucky manteve o rosto na mesma posição, dessa vez com as sobrancelhas já franzidas como sempre.

— Você sente alguma coisa?

Franziu os lábios, analisando a barba mal feita dele. Em questão de dois segundos se deu conta de que ele poderia ter entendido aquilo de uma maneira completamente errada, e logo tratou de se corrigir.

— Quero dizer, — forçou uma tossida — no braço. Você sente quando eu faço isso — fechou a mão totalmente em seu pulso de vibranium — ou ele é apenas para o combate e tudo mais?

Os lábios de James que antes estavam em uma linha reta após beber seu gole de chá, se desgrudaram realçando o formato de seus lábios institivamente. A expressão que antes estava pairando sobre seu rosto também havia sido desfeita, como fumaça. Deixando para trás um olhar cinza pego de surpresa, e uma queimação estranha na boca do estômago. 

— Ah, desculpa eu... — Victoria soltou a mão de seu pulso, voltando a segurar sua xícara com as duas mãos — Acho melhor eu voltar pro quarto. — se levantou do sofá, constrangida. Ao mesmo tempo em que Alpine subia no colo de Barnes.

— Não. — entoou James em um tom de voz um pouco mais alto — Pode ficar. Desculpe, eu só... não tô acostumado com isso. Conversar.

Vic franziu os lábios e o nariz ao mesmo tempo, sem saber o que pensar o que dizer a seguir.

— Sua mão é quente. Eu sinto, sim.

Havia uma coisa em Bucky que fazia Victoria querer desvendar, fossem seus segredos, suas palavras ou até mesmo seu olhar. Era como se ela precisasse saber sobre ele, sempre mais e mais. Como se não pudesse evitar todo aquele mistério que envolvia aqueles seus olhos lindos e tristes. Quase como se desse para sentir o imã que lhe puxava para mais e mais perto... tão indecifrável que a fazia se esquecer do próprio desespero que corroía seu peito nos últimos dias. Quando ela parasse na frente de um espelho e visse a marca dos dedos do soldado ainda distinguíveis sobre sua pele sensível, talvez assim conseguisse desassociar aquela imagem curiosa que tinha sobre ele. E até que Vic tentou se convencer disso, mas era impossível. E saber que tal coisa — que parar de querer algo — era o que mais a fazia querer descobrir. 

James se levantou do sofá segurando a xícara vazia com as duas mãos, como se quisesse deixar claro para a garota a sua frente que não era uma ameaça e que sentia muito mesmo pelo o quê havia ocorrido a alguns minutos atrás. Bucky não gostava desse sentimento de culpa, era como estar se afogando sem nenhuma escapatória... ele conseguia sentir a maneira que o ar faltava em seu peito... e era apavorante até para alguém como ele. Mas, os olhos de Victoria Lancaster não transparecia o que ele achou que aconteceria: medo por quase ter sido morta sufocada. Não, os olhos dela eram diferentes de todos os milhares de olhos que já havia conhecido em todos os seus cento e seis anos vivos. Era quase como se desse para sentir a gentileza transbordar por eles... E gentileza misturada com o pouquinho dos pensamentos sexuais que Bucky tivera mais cedo, o resultado apenas poderia ser catastrófico.

Fora apenas três segundos que ambos sustentaram o olhar, mas que pareceram longos minutos até o barulho da porta sendo aberta quebrar totalmente aquele momento. 

Alpine soltou um miado agudo quando Sam Wilson passou para dentro, totalmente agasalhado com um casaco escuro quente. Ele continha uma mochila nas costas, e estava segurando uma bandejinha onde continha três copos de cafés. Assim que ele fechou a porta atrás de si tomou um pequeno susto ao se deparar com os outros dois olhando para ele.

— Achei que estivessem dormindo. — apoiou a bandejinha sobre o balcão, tirando a mochila das costas — O que houve com seu pescoço?

— Ah, o Bucky me sufocou. — Vic deu de ombros, se sentando na banqueta pronta para beber o café — Pera, isso soou muito pornográfico. — soltou uma pequena gargalhada — Foi um acidente.

Sam cerrou os olhos observando a maneira que o cabelo do amigo estava suado, e aquilo até poderia ter sido sim algo sexual —, mas pela expressão no rosto de Bucky (a famosa culpa) deixava bem a mostra que definitivamente havia sido um acidente.

— O que está pensando? — perguntou a ele.

Bucky deu uma balançada de cabeça em resposta, antes de responder.

— Eu sei o que temos que fazer. — suspirou — Quando Isaiah disse "meu pessoal"...

—  Não leva pro lado pessoal. — Sam tirou o casaco — Não foi o que ele quis dizer.

Prestando atenção na conversa dos rapazes, Victoria se levantou e encheu o potinho de ração de Alpine e o copo de água.

— Não, ele falou da HIDRA. — corrigiu James — A HIDRA era o meu pessoal.

— Ah — Sam soltou um suspiro exausto — sem chance.

— O Walker não tem nenhuma pista. — disse convicto.

— Eu sei onde quer chegar, e não. 

— Eu ainda não entendi, não. — Vic levantou a mão, olhando confusa para o rosto dos dois homens.

— Ele sabe todos os segredos da HIDRA. — continuou Barnes, ignorando a garota — Não lembra da Síberia?

— Ele quem...

— Então, quer sentar numa sala com esse cara? — indagou Wilson perplexo.

— Uh, é, quero.

Sam soltou outro suspiro, passando a mão pelo rosto.

— Então, tá. Vamos falar com o Zemo.

— Quem é Zemo? — perguntou Victoria — Vão continuar mesmo agindo como se eu não estivesse aqui? Por quê olha que posso descontar o meu ódio no nariz de um de vocês.

Bucky franziu o cenho, olhando finalmente para ela como se tentasse processar o motivo por tamanha agressividade.

— É o cara que separou os Vingadores. — explicou Sam, pegando o copo de café.

— Ah, — exclamou ela — então foi ele? 

— É. Foi. — balbuciou James, se sentando no sofá pegando Alpine nos braços. 

・*:.。. .。.:*・゜゚・*☆

— Como foi tipo estar na mesma sala que o Tony Stark? — Vic fez mais uma pergunta a Sam.

Os três haviam deixado o pequeno apartamento antes mesmo do sol nascer para pegarem um avião até onde o objetivo estava.

— Uh, normal, Vic. Já te disse.

— Não é normal, Sam. Eu queria tanto ter conhecido ele, sabe. — choramingou, fechando o zíper da própria mochila — Nem se fosse apenas de longe.

— Ele não era tão legal assim, não hein. Lembra que ele ficou do lado do Governo sobre o Tratado de Sokovia. — relembrou Wilson.

— Eu não suporto o Governo. — revirou os olhos — Mas, pelo Tony Stark eu teria aberto uma exceção.

Sam abriu e fechou a boca sem saber o que dizer, incrédulo com tal comentário.

— Ha-ha- há você sabe que ele tinha o triplo da sua idade, não é? — riu incrédulo.

Vic franziu os lábios pensativa.

— É... Talvez eu tenha daddy issues.

O aeroporto particular que os militares usavam não estava tão cheio como o da última vez, mesmo assim Victoria não parava de olhar para os lados esperando pelo momento em que alguém fosse aparecer para os atrapalhar. Mas, nada disso aconteceu. A única coisa que entrou em seu campo de visão fora Bucky ajeitando Alpine dentro de sua jaqueta, todo angustiado por não estar conseguido fechar o zíper direito.

— O que é daddy issues? — James perguntou parando na frente dos outros dois, ainda tentando ajeitar a filhote.

Mesmo estando longe o suficiente, sua audição era extremamente boa.

— É tipo... — Vic tomou o zíper das mãos dele, puxando lentamente da maneira correta. Conseguindo ajeitar Alpine — sentir atração por alguém mais velho.

— Tipo um fetiche. — completou Wilson.

— Às pessoas tem isso? — franziu o cenho, achando estranho.

Vic sentiu as bochechas se esquentarem, por quê por breves segundos imaginou algo completamente indecente sem querer.

— É algo bem normal. — desconversou ela.

— Não é normal inventarem um nome para isso. Qual o problema da sociedade?

— Século vinte e um, James. — Vic estalou os dedos — Se acostuma.

Bucky franziu os lábios pensativo, antes de voltar a dizer algo.

— Então, se uma pessoa supostamente tivesse me
chamado de daddy é esse o significado?

Sam e Victoria abriram a boca em um O, olhando perplexos para o soldado.

— Quem te chamou disso? — perguntaram em uníssono.

Vic pode jurar que o rosto pálido de James começou a tomar uma pequena tonalidade rosada, indicando o constrangimento.

— Naquele, uh, aplicativo azul. — coçou a cabeça — Que tem um passarinho branco...

— Twitter.

Victoria cerrou os olhos, analisando a expressão do mais velho.

— Deixa eu ver. — estendeu a mão para ele.

Bucky deu de ombros, puxando o celular do bolso da calça e colocando na mão da garota.

— Qual a senha?

— Que senha?

— A do celular, Bucky. — Sam revirou os olhos, já impaciente pelo avião não ter saído ainda.

— É só deslizar. — balbuciou confuso — A de todos não é assim?

Wilson e a Lancaster trocaram olhares intrigantes, como se estivessem prestes a começar a gargalhar da cara do mais velho. Mas ambos se conteve, e Victoria deslizou o dedo já notando o papel de parede padrão de fábrica. Não havia literalmente nada de redes sociais naquele celular, tirando o Twitter. Victoria acessou o aplicativo recebendo de imediato uma timeline vazia, mas no canto inferior direito estava uma notificação azul indicando que continha uma mensagem. A primeira coisa que fez foi clicar na mensagem, e era uma suposta garota respondendo a foto do perfil de Bucky.

Nossa, oie daddy 😏.

Victoria leu a mensagem em voz alta, e no segundo seguinte Sam começou a gargalhar por não aguentar mais segurar.

— Que vaca. — murmurou, devolvendo o celular para o dono. Segurou a alça da própria mochila, e começou a sair na direção do avião.

— Por quê você tá rindo?

Sam gargalhou tão alto que as lágrimas começaram a sair de seus olhos, mas ele não conseguia se conter.

— Onde ela foi? — soltou a pergunta no ar, olhando para o lugar onde Victoria havia ido.

— Acho que ela tá chateada com você. — Sam deu um tapinha no ombro do amigo, começando a seguir pelo mesmo caminho.

— O que eu fiz? — gritou Bucky, começando a acelerar os passos para alcançar o companheiro.

Era tantos momentos pequenos que conseguiam fazer um dia ser bem melhor, que nenhum dos três se davam conta disso. Principalmente Bucky que não presenciava e nem sentia coisas como essa com tamanha frequência.

— Cara, você tem cento e seis anos. — Sam respondeu, acelerando os passos para entrar no avião — Não pensou que ela possa ter daddy issues por você?

— Que?

— Tô zoando com a sua cara. — riu Wilson mais uma vez, entrando no avião — Ou não.

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