Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Prólogo - Jimin, o solitário

Jimin

Mesmo hoje, tantos anos depois, eu ainda me lembro do primeiro emprego que perdi, felizmente não fui mandado embora por incompetência ou algum erro cometido, o que aconteceu foi que a empresa passou por uma grande crise financeira, e não estava mais conseguindo cobrir os salários de tantos funcionários, sendo assim acabei fazendo parte da leva de pessoas que foram para a rua.

O que eu fazia lá dentro não era grande coisa, fui apenas um ajudando no almoxarifado por cerca de dois anos, não ganhava muito, mas era aquele pouco dinheiro que me ajudava a cobrir minhas necessidades, como o aluguel, comida, contas da casa e as parcelas da faculdade.

Naquele tempo eu dividia um pequeno apartamento com mais cinco colegas de curso, ou seja, as contas e o aluguel eram sempre divididos entre a gente, então minha parte não saia caro, dava para pagar isso e a faculdade, que ainda sobraria um dinheiro, mesmo que não fosse muito.

Porém quando perdi o emprego, foi desesperador, logo tentei arrumar outro o mais rápido possível, entretanto isso não estava sendo fácil, tanto que dois meses se passaram, e eu continuava desempregado e com colegas de quarto me cobrando minha parcela nas contas da casa. 

E eu não tinha com quem contar, saí de casa com dezoito anos e minha relação com meus pais não era das melhores, meu pai não aceitava de forma alguma que eu queria ser um artista, para ele isso não era profissão para um alfa, meu pai desejava que eu fosse um homem dos negócios como ele, mas eu preferia bem mais ter minhas roupas sujas de tinta e um pincel entre meus dedos.

Eu sabia que aquela área não era popularizada por alfas, tanto que quando entrei no curso, acabei sendo o centro das atenções por ser um dos poucos alfas que entravam naquela matéria porque realmente tinha algum talento e desejava ser um artista, e não um daqueles que apenas fingia interesse para poder estar perto de vários ômegas e betas.

Mas voltando a minha família: eu sabia que minha mãe também não me apoiava nessa escolha de profissão, mesmo que ela nunca falasse com todas as palavras, apenas vinha com a frase: "você tem certeza, Jimin?", e já sabia que ela esperava que eu dissesse que havia mudado de ideia.

Porém o problema com minha mãe não era minha escolha de carreira, e sim com minha falta de interesse em lhe dar netos.

Acho que o sonho dela era me ver entrando pela porta da sala com um ômega, dizendo que estávamos próximos de nos casar, mas isso não aconteceria, pelo simples motivo que eu tinha toda uma vida para resolver antes de pensar em me envolver seriamente com alguém, e minha mãe não entendia isso.

Sendo um filho único, a cobrança era grande sobre mim, e tudo isso acabou me afastando deles, eu não tinha como ir pedir ajuda financeira dos meus pais após quatro anos mal falando com eles ou os visitando.

Eu estava sem saídas, nem uma das entrevistas que eu tinha feito para concorrer a vagas de emprego deram resultados, meus colegas de quarto estavam praticamente querendo me expulsar e as parcelas da faculdade estavam se enchendo de juros, eu não sabia mais o que fazer.

Havia entregando currículos para todo estabelecimento e empresa que surgia na minha frente, porém a minha falta de experiência não ajudava muito, os contratantes não queriam ensinar alguém, ansiavam somente por empregados já preparados, algo que complicava minha situação.

Foi quando meu amigo Youngjae veio até mim dizendo que havia visto uma placa em frente a uma clínica de fertilização perto de nossa universidade, afirmando que estavam contratando, mais especificamente para a recepção. Eu nunca tinha trabalhado com o público antes, mas era uma chance de sair do vermelho, sem contar que segundo Youngjae, não estavam pedindo experiência na área para a contratação.

Corri até lá o mais cedo que pude, torcendo para que não tivesse conseguido a vaga ainda, e minha preocupação só aumentou quando percebi uma certa aglomeração de pessoas em frente a clinica assim que cheguei, entretanto já fui tranquilizado por uma recepcionista que disse que todas aquelas pessoas estavam ali pois era um mês de campanha de doação, voltada mais para os alfas, pois ela me explicou que as pessoas da minha casta tinham um certo preconceito com a fertilização in vitro, e por isso os bancos de sêmen sempre acabam tendo certa careciam de doações vindas de alfas, enquanto a quantidade das vindas de betas e ômegas sempre estavam num nível alto. 

Eu não sabia praticamente nada sobre esse assunto, apenas escutei a moça simpática, aprendendo um tiquinho sobre, até que ela me questionou se eu estava disposto a fazer uma doação também, afirmando que para ser um doador eu tinha que ser uma pessoa saudável e sem doenças hereditárias ou genéticas. Eu me encaixava nisso, mas não me senti tão confortável com aquilo, afinal a doação significaria que eu futuramente teria filhos dos quais não saberia a existência, por isso acabei me dando um tempo para pensar.

A recepcionista acabou tendo que ir atender outras pessoas e um outro funcionário veio até mim, pois eu havia explicado a atendente que tinha vindo ali apenas por conta da vaga de emprego. O homem disse que poderíamos fazer uma entrevista em sua sala, e lá fui eu,  torcendo para conseguir aquela vaga.

Acabamos conversando bastante sobre a clinica em si, o rapaz me explicou e contou muitas coisas, principalmente sobre a campanha que estavam fazendo lá fora, tanto que comecei a me sentir mais convencido a fazer uma doação também assim que o homem explicou que minha identidade e privacidade seriam completamente priorizados.

E aquela acabou sendo a única doação que fiz em minha vida, e eu até consegui o emprego, não de recepcionista, mas virei praticamente um faz tudo na clinica por um tempo, ajudando desde a limpeza, até na parte de fazer a ficha dos pacientes, a quantia que recebia não era muita, porém deu para acertar as contas do apartamento e tirar meus amigos do meu pé por um tempo.

Felizmente consegui um novo emprego que pagava melhor pouco tempo depois e as coisas se arrumaram, continue a universidade até enfim me formar e ter que caminhar sozinho, foi assustador a época que percebi que agora eu não teria mais meus colegas de quarto ou os de classe para me auxiliar nas coisas, mas na arte de se virar, eu já estava profissional.

A primeira grande coisa que consegui após terminar a faculdade foi expor um de meus quadros numa galeria pequena da cidade, e para a minha surpresa, um casal pareceu realmente admirado pelo meu trabalho, eles compraram aquele quadro por uma quantia exorbitante e descobri um tempo depois que aqueles dois eram pessoas bem influentes no mundo das artes.

Acabei chamando atenção de outros admiradores de arte por conta disso, e assim os pedidos de quadros e esculturas começaram a surgir, um tempo depois abri meu próprio ateliê e meu nome começou a ficar falado entre os críticos de arte, me chamavam de jovem talento, falavam que eu era o alfa de alma mais sensível que já conheceram, e isso me trouxe a fama.

A partir daí problemas com dinheiro foi algo que nunca mais tive, minha arte e talento me deram muito, até mesmo um pedido de desculpas vindo de meu pai, ele ainda não dava muito o braço a torcer, mantinha seu orgulho, mas ao menos reconheceu que eu tinha escolhido a profissão certa para mim.

Minha mãe continuava nas suas neuras de ter netinhos, ainda mais quando me viu chegar nos trinta e dois anos e permanecendo solteiro. A verdade era que eu tinha me jogado tanto na minha profissão que deixei a vida pessoal completamente de lado, e foi numa visita de minha mãe que percebi que eu estava começando a me tornar solitário. 

Ela voltou a perguntar sobre namorados, e isso me fez pensar um pouco, pois eu havia tido apenas dois em toda a vida, a primeira namorada que tive foi ainda no colégio, e o romance acabou depois da formatura. Já o segundo foi na faculdade, mas ele terminou comigo quando aleguei que me focaria na minha carreira antes de pensar em casamento e em marcar alguém.

Desde que saí da universidade eu não tinha tido mais relacionamentos sérios, apenas envolvimentos rápidos e coisas de uma noite, porém quanto mais o meu trabalho ficava reconhecido, menos tempo eu tinha para mim mesmo, até os meus ruts eu comecei a passar sempre sozinho, e pelas minhas contas, estava há quase dois anos sem ao menos beijar alguém.

Foi decepcionante perceber que eu ainda não havia tido um grande amor, uma pessoa de quem eu sempre fosse me lembrar, era comum que alfas da minha idade já tivessem um parceiro marcado e coisas assim, porém eu nunca tinha sentido meu lobo interior ansiar por alguém, talvez eu nunca tivesse me apaixonado verdadeiramente também.

Havia me tornado o solteirão da rodinha, mas demorei para notar isso, eu não era o último a ir embora da mesa do barzinho porque gostava de curtir a noite até o último minuto, eu era apenas o único que não tinha uma esposa, um marido ou filhos esperando em casa.

Já andava notando que eu ficava meio de lado nas conversas com meus colegas, afinal os diálogos deles giravam em torno do filho que estava se tornando "respondão", da filha que não estava indo bem na escola, na nova decoração do quarto do bebê, nos melhores remédios caseiros para resfriado e por aí vai.

Eles viviam uma nova época em suas vidas, e eu ainda não tinha chegado lá, eles planejavam viagens em família e eu estava adotando meu quinto gato de estimação, ou seja, comecei a virar o tio dos gatos.

A conversa com minha mãe acabou me fazendo ver que eu realmente estava vivendo uma vida solitária, meus parentes eram distantes, os amigos se tornaram escassos e eu não tinha ninguém para compartilhar as coisas bobas do dia a dia, me fazia falta ter alguém para dizer bom dia e coisas simples assim.

Alcancei muito sucesso, consegui todos os feitos que coloquei numa lista de realização de sonhos, e hoje morava numa casa gigantesca, praticamente vivia sem preocupações, mas minhas únicas companhias eram meus gatinhos e minha arte, e eu sentia falta de ter contato com pessoas.

Até havia me inscrito num aplicativo de namoro, e estava conversando com muitas pessoas, mas ainda não tinha aparecido alguém com quem eu realmente tivesse me identificado, porém era divertido ver que ao menos eu não tinha perdido a minha lábia para paquerar.

E esse meu momento de análise da minha vida acabou me fazendo recordar daquela doação de espermatozoides que eu havia feito há cerca de uma década atrás, talvez eu tivesse dezenas de filhos espalhados por aí, talvez algum morasse bem perto de mim, comecei a ficar curioso sobre isso.

Youngjae ainda era um amigo bem próximo, e entrei em contato com ele para saber se tinha um modo d'eu descobrir se minha doação deu algum fruto, e ele me mandou um site onde os doadores e receptores poderiam saber uns sobre os outros.

Basicamente por ali eu poderia digitar o código que me deram quando fiz a doação, já que não usavam nomes, por ser algo sigiloso, no lugar de um nome, eu era apenas um número na ficha, os receptores não sabiam nada de mim além das minhas características físicas.

O nome de quem recebeu a doação também não aparecia, mas eu poderia entrar em contato com cada um deles ou eles comigo, aquilo foi criado para segurança, caso a criança viesse a desenvolver alguma doença hereditária que não havia mencionada na ficha do doador ou até mesmo se precisasse da doação de um órgão ou sangue, os doadores e os receptores poderiam se comunicar e pedir ajuda.

Sabia que se tivesse tido algum filho, eu não tinha nenhum direito paterno sobre eles, e muito menos iria exigir alguma coisa, apenas gostaria de como eles eram, se estão vivendo bem, precisando de alguma ajuda, nem que fosse para os conhecer uma única vez na vida e saber que tenho descendentes, mesmo que nunca fosse participar da vida deles ou eles da minha, pois minha relação com eles é apenas biológica e nada mais.

Youngjae me perguntou algumas vezes se eu tinha certeza que queria fazer aquilo, pois se tivesse usado a minha doação, além do choque de se descobrir quantos filhos tive, também tinha o fato de que os pais e mães das crianças poderiam não gostar nada de saber que eu estava na busca deles, até seriam capaz de negar minha aproximação, e eu não iria poder exigir os conhecer.

Mas eu estava encarando o risco disso acontecer, sabia que havia grandes chances de me decepcionar criando esperanças falsas, entretanto eu apenas queria tirar aquela agonia do peito de ter uma dúvida que parece que nunca será sanada.

A verdade era que eu sabia que precisava tirar aquilo da minha cabeça, ficar sempre no "será que?" acabaria me prendendo nisso, eu sempre me lembrava daquela doação e me enchia de perguntas, eu precisava fechar aquela porta no meu passado para que assim pudesse seguir em frente e criar novos objetivos para minha vida.

E foi com esses pensamentos em mente que digitei o meu código naquela página, já sentindo meu coração batendo no céu na boca e o suor escorrendo por minha temporã.

E esperei até que em alguns segundos depois, vi um número aparecer...

O número seis...

Eu tinha seis filhos.

~♥~

eita Jiminzinho 

até 💜

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro