Epílogo - O encontro de almas
Oito meses depois
Jimin
Um sorriso brotou em meu rosto assim que desci as escadas e me deparei com a casa cheia, fazia anos que não via minha residência tão lotada de alegria, as crianças corriam brincando enquanto os pais conversavam entusiasmados, a decoração colorida que percorria todos os lugares me deixava contente, era bom aos olhos.
Quando ofereci minha casa para uma festa de aniversário para Minhee, Jungkook ficou bastante arredio, mas não era uma novidade vinda do ômega, ele sempre se preocupava muito em estar abusando da minha hospitalidade de alguma maneira, mesmo comigo repetindo mais de mil vezes que estava tudo bem, porém eu o entendia.
— Ei, Terra chamando Park Jimin. — Sai de meus pensamentos ao ver a mão de Jungkook balançando em frente ao meu rosto, tentando chamar minha atenção.
Ele estava muito bonito com aquela fantasia de pirata, fazendo o papel de primeiro imediato, pois Minhee tinha exigido, já que fazia parte do tema da festa e ela estava de capitã do navio, eu só não apareci fantasiado também pois as vestimentas de marujo não tinham servido, eu não tinha ido junto comprar e não pude experimentar na hora, acabamos esquecendo de provar tudo com antecedência para dar tempo de trocar, e acabou ficando por isso mesmo.
— Ah, oi. — Murmurei, rindo soprado. — Desculpa, me distraí.
— Eu percebi. — Me acompanhou na risada em seguida. — Vamos, a gente tem que ver como os convidados estão.
— Onde você estava? — Perguntei, já que ele tinha sumido no meio da festa, não tinha o visto se afastando.
— Respondendo um e-mail, aquela empresa de software ficou interessada no meu currículo, mas não sei se vão querer me contratar, tem mais três pessoas concorrendo a vaga, e pelo visto são mais experientes. — Comentou suspirando frustrado.
— Eu já disse mais de mil vezes que você pode vir trabalhar comigo. — Falei, aproximando minha mão da sua e a segurando.
— Ah, você sabe, se me contratasse eu seria o funcionário que está transando com o chefe, pega mal... — Brincou, me fazendo elevar as sobrancelhas em surpresa.
— Jungkook! — Exclamei rindo, olhando em volta para ver se alguém estava prestando atenção na nossa conversa.
— Sério amor, está tudo bem, eu quero conseguir por mérito próprio. — Automaticamente me prontifiquei em discordar, porque também o contrataria por mérito, mas Jeon tratou de concluir em seguida: — É, eu sei que você me acha talentoso, e que trabalhar com você também seria por minhas aptidões, mas eu sei que não conseguiria ser completamente criterioso, afinal, conseguiria me demitir?
— É, você tem um ponto, eu não iria conseguir ser profissional a esse ponto, ainda mais porque não estou acostumado a ter funcionários, os dois que tive eram amigos meus. — Respondi, e ele sorriu de lado. — Mas de qualquer modo, se mudar de ideia, a vaga estará te esperando.
— Obrigado, amor. — Murmurou antes de aproximar nossos rostos e plantar um selar rápido em meus lábios. — Agora vamos, a galera nos espera.
— Vamos! — Respondi, saindo da varanda para o quintal e já vendo Minhee correndo de um lado para o outro com seus amigos, brincando de algo.
A pequena Jeon estava muito animada para o seu aniversário, tanto que quis ajudar em tudo, e ficou muito ansiosa a espera dos convidados, a única dificuldade que tivemos foi a fazer decidir qual tema a festa teria, pois Minhee queria de tudo um pouco quando fomos na loja de decorações, mas é normal, e talvez essa indecisão ela tivesse puxado de mim.
Jungkook e eu demoramos um pouquinho para contar a Minhee quem eu realmente era, não queríamos confundir sua mente, que já ficava bem confusa para entender que Yugyeom não era seu pai biológico, porém não poderíamos ficar escondendo as coisas dela, e após uma longa conversa, explicamos da forma mais simples para ser compreendida pela mente da pequena alfa.
Minhee entendia que eu era seu pai de sangue, mesmo que ainda se referisse a mim como "o tio Jimin", e estava tudo bem, as coisas deveriam ser levadas com calma mesmo, eu era um novidade na vida dela e ela era uma na minha, e de qualquer modo eu ainda parecia o irmão mais velho bobão na maior parte do tempo.
Jungkook ficava radiante quando percebia que tudo estava indo bem, pois ficou muito receoso no começo de tudo, temendo que houvesse alguma rejeição por parte de Minhee, afinal ela continuava muito apegada a Yugyeom e eu era o novo namorado do pai dela, poderia sim acontecer de uma barreira surgir entre nós.
Felizmente nada disso aconteceu, nem mesmo entre mim e o ex marido de Jungkook, o qual conheci alguns meses atrás, Yugyeom era uma pessoa muito simpática, apesar de não termos conversado muito, ele se mostrou alguém divertido e educado, uma pessoa com quem eu com certeza faria amizade rapidamente.
Entre Jungkook e eu as coisas tinham avançado bastante, claro que somente após oito jantares, seis caminhadas no parque, duas sessões de cinema, três piqueniques, doze cafezinhos, quatro noites de netflix, uma ida ao teatro, centenas de mensagens trocadas e incontáveis ligações, o Jeon enfim tirou todas as suas dúvidas e se convenceu de que éramos sim predestinados, e então nosso relacionamento começou.
Meus pais foram quem mais comemoraram a notícia do meu namoro, principalmente minha mãe que já veio com uma indiretas para mim, sobre netos, e foi aí que tive que revelar os frutos que aquela minha doação esquecida a uma clínica de fertilização tinha dado, e tudo o que havia acontecido naqueles últimos meses.
Eles já sabiam sobre a doação, porém saber que eu tinha seis filhos biológicos espalhados pelo país os deixou chocados de primeira, mas hoje já encaravam o assunto com mais naturalidade, ainda mais após conhecer Minhee, essa doce alfa conquistou o coração mole de seus avós rapidinho.
Jeon acabou decidindo se mudar para Seul dois meses atrás, alegando que não via mais sentido em morar em Busan, estava longe de seus pais e de tantos amigos, então assim que o divórcio aconteceu e tudo foi dividido, Jungkook pegou o dinheiro que recebeu e veio de mala e cuia para Seul, alugando um pequeno apartamento não tão longe da minha casa, mas ele acaba passando mais tempo aqui de qualquer forma.
— Ei, Jiminie, onde você guarda os guardanapos? — Taehyung foi quem perguntou, olhei em sua direção vendo que trazia sua filha pela mão, Yoojung estava as bochechas sujas de brigadeiro, e até tinha um pouco em suas roupas, Mark não mentia quando dizia que ela tinha o talento para bagunça.
— No armário da cozinha, na portinha próxima a geladeira. — Respondi em seguida, recebendo um "joinha" dele como resposta.
— Obrigado por estar ajudando a gente, Tae. — Jungkook agradeceu, pois Taehyung e Mark tinham chegado aqui na noite anterior, e nos ajudado a terminar de arrumar tudo, principalmente as decorações.
— Não é nada, fico feliz em ajudar. — Retrucou abrindo seu característico sorriso retangular, e logo se afastando pelo jardim junto de sua filha.
Taehyung foi a primeira pessoa a saber do nosso relacionamento, também pudera, sendo o melhor amigo de Jungkook sei que ele ficaria até bravo se fosse uns dos últimos a saber, o mesmo tinha até afirmado que se inspiraria na nossa história para um de seus próximos livros, e isso me deixava muito animado, não via a hora de poder ler.
— Como vai o casal? — A pergunta surgiu do outro lado do jardim, perto da churrasqueira, onde Yoongi estava sentado, junto de Jaebum.
— Tudo ótimo, e vocês? — Jungkook respondeu, enquanto caminhávamos até eles.
— Tem comida de graça e a Suhee parece estar se divertindo bastante, então estamos numa boa. — Jaebum respondeu bem humorado.
— E quando vão lá no meu estúdio fazer uma tatuagem de casal, mas dessa vez propositalmente? — Yoongi questionou, olhando mais para Jungkook, pois sabia dos receios do mesmo quanto a tatuagens.
— Nunca, eu já tive um trauma pra vida inteira, não quero mais. — O Jeon respondeu, arrancando risadas do casal.
— Talvez só eu volte então. — Expressei, mas sabia que Jungkook tinha vontade de fazer novas tatuagens.
— Você sabe que já tem o desconto da casa, Jimin. — Yoongi proferiu, elevando seu copo de refrigerante no ar, num "brinde" figurativo.
Por incrível que pareça o Yoongi foi a pessoa que fiquei mais próximo, além de Jungkook, o tatuado de cabelos chamativos poderia dar a primeira impressão de que era um cara fechado que não estava nem aí para te agradar, mas a verdade era que ele era um cara descontraído e conselheiro, eu amava as longas conversas que tive com ele desde então.
— Como as coisas estão por aqui? — Perguntei, assim que cheguei na mesa onde Hoseok, Seokjin, Bambam e Jinyoung estavam.
— Muito bem, admito que não sou o mais fã de comparecer em aniversários infantis, mas esse bolo está tão bom que nem presto atenção em toda a barulheira que está aqui. — Hoseok foi o primeiro a responder, fazendo um sorrisão se abrir nos lábios de Jin.
— Ah, só está falando isso para me agradar. — Seokjin disse fingindo uma expressão desconfiada, arqueando umas das sobrancelhas.
— Você sabe que é apenas a verdade. — Proferiu rindo, voltando a dar mais uma colherada no pedaço de bolo.
— Obrigado mais uma vez pelo bolo, Jin, você salvou o mais esperado. — Pela manhã havíamos recebido a ligação da empresa onde tínhamos encomendado o bolo da festa, avisando que não poderiam fazer a entrega a tempo, foi aquele caos porque era muito em cima da hora para pedir outro e mesmo que Jungkook soubesse confeitar, fazer várias camadas de um enorme bolo em poucas hora era muito difícil, mas felizmente Seokjin já estava aqui em casa e literalmente se virou nos trintas para terminar a tempo, não era atoa que trabalhava há anos nessa área.
— Que nada, fico feliz que tenha ficado bom, fiz tudo na correria. — Jin respondeu sendo modesto.
— E vocês? Não os vi comendo nada ainda. — Bambam indagou, a gente não tinha comido quase nada mesmo, só beliscando umas coisinhas enquanto arrumávamos tudo.
— Somos os donos da festa, já deve imaginar, só vamos conseguir comer depois de todos. — Jungkook respondeu dando de ombros.
— Está tudo caminhando bem, sentem um pouco e comam alguma coisa. — Jinyoung falou e assentimos, dizendo que faríamos isso daqui a pouco.
— Mas a festa está incrível, com certeza a Minhee está muito contente com tudo. — Hoseok disse por fim, antes que saíssemos.
Hoseok já tinha quebrado qualquer muro que existiu entre a gente de primeiro encontro, uma pessoa bem humorada e compassiva como ele não deixaria qualquer primeira impressão estranha se estabelecer.
O Jung era até então a pessoa que não tinha ligações com os demais ômegas, ou ao menos era isso que eu pensava até descobrir que ele e Seokjin tinham estudado juntos na época de escola, esse mundo é mesmo pequeno, e o território do nosso país também.
E falando em Seokjin, Jungkook ainda trabalhava para uma das panificadoras do mesmo, não era o melhor dos salários, porém o ajudava a pagar as contas, assim como também usufruía de bicos como fotógrafo, e se mantinha em sua busca de um emprego melhor, na sua área de formação.
— Vocês não param de andar, assim não vamos ter tempo para conversar. — Jackson expressou, nos dando um leve sustinho por não ter percebido sua presença atrás de nós.
— Ah, oi Jackson hyung... — Cumprimentei nervosamente, lhe encarando com a mais provável cara de bobo e tentando não gaguejar, ainda não sabia como agir perto do meu ídolo e ficava parecendo um pateta.
— Jungkook, controle seu alfa, ele está babando pelo meu marido de novo. — Namjoon entrou na rodinha, já vindo tirar uma com a minha cara, e Jungkook só riu... Vê se posso com isso?
— Ei! — Reclamei, corando um pouco talvez.
— Como estão as coisas, Kook? — O advogado questionou.
— Bem, colocamos a antiga casa a venda, tem alguns interessados, logo vamos vender e dividir os lucros. — Jungkook explicou em seguida.
— Ficamos felizes, foi um longo processo. — Jackson disse e Namjoon assentiu concordando.
— Eu que o diga. — Disse o Jeon, soltando um suspiro.
Namjoon quase não tinha podido comparecer, assim como Jackson, mas ambos deram um jeitinho para cancelar seus compromissos e poder vir a festa, ainda era um tanto cômico em minha concepção ver meu ídolo bem ali na minha casa, comendo um pedaço de bolo e me chamando para bater um papo, não tinha como negar que eu ficava todo desconcertado com isso.
— Vamos sentar um pouco, estou andando pra lá e pra cá o dia todo, meus pés doem. — Jungkook pediu após conseguirmos falar com todos os convidados, o que também incluía os pais dos colegas de escola de Minhee, os pais de Jungkook que tinham chegado há pouco tempo e os meus pais, que não puderam ficar pois tinha um compromisso, mas passaram para parabenizar Minhee e deixar um presente a aniversariante.
— Claro, amor. — Assenti, escolhendo a mesa onde Youngjae sua esposa estavam para nos sentarmos.
— Ei casal, como estão? — Jae perguntou assim que nos aproximamos e sentando enfim, meus pés também doíam.
— Cansados. — Respondi, sorrindo ao perceber que o filho do casal, o qual Yangmi segurava nos braços, dormia profundamente. — E o Jinki, como está?
— Bem, mesmo com toda essa barulheira ele só quer saber de dormir. — Yangmi disse, observando a face serena do neném que recentemente tinha completado três meses.
— Eu o invejo. — Jungkook disse me fazendo rir, tudo o que queríamos era descansar naquele segundo, organizar uma festa é muito cansativo, mas obviamente eu não me arrependia, e sabia que o Jeon também não.
Juntar toda aquela gente não tinha sido fácil, ainda mais porque a maioria morava em zonas afastadas de Seul, outros estados e cidades distantes, mas nada que uma ajudinha financeira nas passagens não tenha ajudado, e bem, todo mundo se hospedaria ali na minha casa pelos próximos dois dias, iria ser uma bagunça só, mas tudo bem, Jungkook e eu queríamos reunir todo mundo e conseguimos.
— Appa, por que não está usando a fantasia? — Minhee chegou até nossa mesa perguntando.
— Eu estou usando, meu anjo. — Jungkook respondeu apontando para si mesmo.
— Sim, mas eu estava falando com o Jiminie. — A alfa respondeu fazendo uma expressão confusa e eu travei no lugar.
— Ah... E-eu... — As palavras pareceram travar em minha garganta, era a primeira vez que ela se referia a mim como appa.
— A fantasia não serviu, Min, mas a gente promete que no próximo aniversário vamos experimentar tudo com antecedência, tudo bem? — Jungkook respondeu por mim, já que ele quem tinha comprado as fantasias, porém parecia tão desconcertado quanto eu estava.
— Sim. — Ela assentiu, ainda um tanto decepcionada.
— Está gostando da sua festa? — Pergunte, tentando segurar minhas emoções.
— Sim, está tudo como eu queria, ficou tão bonito. — Respondeu, subindo na cadeira que estava vaga entre nós dois e nos dando um abraço em conjunto, se Minhee estava planejando me emocionar, logo conseguiria. — Obrigada, appas.
Minhee tinha uma personalidade muito doce assim como Jungkook, cativava com facilidade as pessoas em sua volta, e apesar de ser um pouco tímida, não tinha receio em ser sincera e falar o que estava sentindo, e claro, se tornava tagarelava o quando o assunto era sobre algo que gostava muito, eu me identificava demais nesse ponto.
— Ficamos felizes que tenha gostado. — Jeon sussurrou, e Minhee logo quebrou o abraço, voltando a correr até seus amigos, que pareciam todos hiperativos por conta dos doces da festa.
Nem tive tempo de conversar com Jungkook sobre o que tinha acabado de acontecer, pois Taehyung apareceu dizendo que os salgadinhos tinham acabado em uma das mesas, e lá foi eu e Jungkook para a cozinha pegar mais, já estava me arrependendo de ter decido economizar e não contratar garçons e um buffet.
— Ela me chamou de pai, Jungkook. — Expressei, ainda surpreso.
— Sim, ela chamou. — Murmurou enquanto colocava os salgados numa vasilha, ouvi um fungado após suas palavras e automaticamente o olhei, vendo lágrimas finas descendo por suas bochechas.
— Ei, que lágrimas são essas? — Parei instantaneamente o que estava fazendo, indo até ele, que se virou para mim rindo soprado. — Não chora, se não eu vou começar a chorar também.
— O momento me pegou de surpresa. — Confessou, enquanto ia até a pia lavar suas mãos sujas pelos salgadinhos.
— A mim também, estou tão feliz. — Respondi em seguida, os dois eram minha família afinal, não tinha como não ficar feliz com aquele pequeno passo dado.
— Jimin, eu... — Murmurou, secando suas mãos num pano de prato. — Tem uma coisa que quero te falar, mas nunca sei se é o momento certo, mesmo achando que não existe hora certa para dizer coisas assim.
— Me fale, amor, o que é? — Proferi, e ele voltou a andar em minha direção, parecia um tanto tímido.
— Estamos juntos há seis meses, eu agora consigo entender com clareza todos os sinais que meu lobo mostra, todo o meu ceticismo sobre almas gêmeas se desfez, pois eu encontrei a minha finalmente, e me sinto muito feliz, porque você é uma pessoa incrível, completamente apaixonante. — Suas palavras tinham o poder de acender uma chama dentro de mim, seu jeitinho adorável de me confessar isso fazia meu peito se encher. — E eu amo você, só queria que soubesse.
Uh, agora ele me desmoronou de vez mesmo.
— Não precisa responder por se sentir obrigado a isso, só queria... — Tagarelou todo nervoso, mordendo o lábio e piscando repetitivamente.
— Meu Deus, homem! Me escute. — Exclamei o interrompendo, segurando seu rosto entre minhas mãos e encarando seus olhos, deixando o azul tomar as minhas íris, a cor dos olhos do meu lobo se fez presente. — Entenda, eu te amo, muito, e não sou bom com palavras mas nossas almas compartilham uma ligação, então sei que pode sentir.
— É, eu sinto. — Sorriu, com novas lágrimas inundando seus olhos, que agora também tinham tomado a cor do olhar de seu lupino, aquele vermelho intenso que eu tanto amava.
— Só não disse isso antes porque não sabia se você ia achar que era cedo demais, eu não queria assustá-lo e te afastar, também é a primeira vez que sinto algo tão forte por alguém. — Expressei, sentindo a testa de Jungkook colar na minha.
— Diz de novo. — Ele pediu, num tom de voz bem baixinho e rouco.
— Eu te amo, Jungkook. — Declarei, e agora quem tinha os olhos lacrimejando era eu.
— Eu também te amo, Jimin. — Sua frase veio segundos antes de um beijo doce depositado em meus lábios, o qual evoluiu para um ósculo mais intenso no instante seguinte, quando aprofundamos o contato, tínhamos descoberto recentemente que se nos beijássemos enquanto os olhos de nossos lobos estivessem ativos, conseguiríamos sentir a energia alheia emanando, e envolvendo nossos corpos.
Jungkook me abraçou sem desconectar nossas bocas, trazendo ao meu corpo a dança de seus dedos, que percorriam minhas costas e barriga, espalhando um carinho gostoso enquanto nossas línguas trabalhavam em conjunto, deixando aquele beijo ainda mais cálido.
Precisei tocá-lo também, sentir seu calor ao deixar minhas mãos irem de encontro com seu tronco, dedilhando suas costas e cintura, tocando o abdômen e explorando suas reações como se já não conhecesse cada uma delas, Jungkook tinha muitas partes sensíveis em seu torso, as quais me ensinou a estimular enquanto tínhamos momentos como aquele, de completa entrega.
Infelizmente não pode durar muito, ainda éramos os anfitriões e tinha muitos convidados na casa, então nos separamos num selinho prolongado e lançamos um olhar de pura cumplicidade antes de voltar a arrumar os salgados, soltando alguns risinhos hora ou outra, eu me sentia incrivelmente feliz.
Em seguida voltamos para o quintal, onde já nos deparamos com Minhee brincando alegremente com seus cinco irmãos — os quais ela sabia sim que eram seus parentes, pois não escondemos isso — e mais as outras crianças que eram seus amigos de escola, vi um sorriso largo surgir nos lábios de Jungkook e acabei por sorrir junto, ver nossa filha feliz era um presente para nós.
Por fim encarei todo aquele cenário, todas aquelas pessoas, era incrível pensar o que levou toda aquela gente a aquele exato momento, o fato d'eu ter feito uma doação sem qualquer expectativa a uma clínica de inseminação, tinha acabado ajudando a conceber seis novas vidas, e a minha vontade futura de saber quem eram essas pessoas acabou me levando diretamente até Jeon Jungkook, o amor da minha vida.
Ainda existiam muitos fatos e segredos sobre almas gêmeas que eu desconhecia, mas já tinha entendido que o tal senhor destino que nos juntou apenas escolhe a hora certa, mesmo que às vezes parecesse que estava somente brincando com a minha cara, porém de qualquer modo, ele sabia muito bem o que está fazendo.
FIM
~♥~
Demorou mas chegou shauhsuha Obrigada por acompanhar, gente! Agradeço muito os comentários e as estrelinhas, nos vemos na próxima >u<
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