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I- Strangers

  


   Hesitei apenas por alguns míseros segundos antes de atravessarmos a rua, o crepúsculo nos envolvendo em tons de laranja e cobre, tornando os cachos castanhos de Grace quase um ruivo constrastando com sua pele branca como a neve que outrora cobria parte das grandes cadeias montanhosas ao redor da cidade.

Os ruídos e as conversas altas daqueles parados em uma fila desorganizada, se sobressaíam sobre o barulho abafado das batidas agitadas da música que preenchem a casa noturna por dentro  quando Grace inclinou o pescoço para trás me lançando um sorriso de lado.

- Parecemos suspeitas? - enrolou um dos dedos em uma mecha de seu cabelo.

- Espero que seu plano de certo - engoli a bile que ameaçava subir - Tia Adelaide ficaria furiosa se tivesse que me resgatar de trás das grades da cadeia por tentar invadir um estabelecimento, sem ela ao menos ter o conhecimento de que estou aqui.

- Tem certeza de que aquele papagaio idiota não a viu sair?

Grace se refere a Whisky o papagaio de tia Adelaide, o insulto foi merecido, desconfio de que Whisky seja como uma extensão de seus ouvidos e olhos, para momentos em que sua ausência seja necessária, ou apenas para ter o controle de tudo.

Whisky é como um espião, a procura de qualquer sinal de fumaça.

- Tenho. - embora tudo estivesse estranhamente calmo quando sairá de casa está noite.

Tia Adelaide estaria neste exato momento, em uma pousada na cidade vizinha, o cabelo negro com uma única linha branca o atravessando, os olhos cansados e as mãos incrivelmente ágeis admirando a quantidade de incensos, chás, pedras preciosas e quaisquer que sejam os outros objetos que tenha encontrado.

Nunca entendi essa sua inclinação para ler as cartas de tarô, talvez seja um lance de família, sua avô, sua mãe e agora a própria. Mas não posso dizer com certeza, sei pouca coisa sobre o assunto, e ainda assim contínuo me esgueirando pelas pequenas brechas, tentando encontrar a oportunidade certa a lhe persuadir e me brindar com algumas respostas para as minhas perguntas.

No entanto este momento parece nunca chegar.

E toda vez que insisto no assunto sua expressão se torna uma carranca dura como uma rocha, as palavras ríspidas e frias como uma lâmina:

- Pare de tentar remoer o passado Violet, não há nada nele que possamos mudar.

E então o assunto morre, ou pelo menos até que eu recupere o ânimo para outra tentativa inútil.

Virei a cabeça para trás lentamente ao sentir o cheiro de maconha impregnar o ar, um menino de calças folgadas e camisa de flanela está as minhas costas, a cabeça inclinada para o lado, possui um leve sorriso no rosto como se estivesse entorpecido, bem longe de onde seus pés estão fincados.

Ao seu lado uma garota agarra sua mão, como se estivesse com medo de o soltar, como se apenas o pensamento a aterrozisasse .

Algo se remexeu em minhas entranhas ao observar a cena por mais tempo do que o necessário, engoli em seco e voltei o olhar a tempo de duas muralhas de músculos se erguerem diante de Grace e eu.

  Os rostos duros e inexpressivos.

- Eai pessoal! - a tentiva de Grace soar simpática desceu pelo ralo quando o homem de cabelos curtos em estilo militar a respondeu.

- As entradas por favor?

Estremeci dos pés a cabeça, se não bastasse o visual, sua voz é ainda mais intimidadora, um som grave e forte.

- Tem alguém nos esperando aí dentro, então se for possível nos deixar passar eu agradeceria.

A mentira soou convidativa, porém não deixa de ser uma mentira. Fiquei surpresa por não ter gaguejado ou me atrapalhado nas palavras.

- Ah Alguém é? -  o outro homem comentou descrente.

- Jhon Leymer, vocês sabem uma pessoa bem influente. Certamente não iram querer o deixar irritado por não permitir que sua irmã mais nova e sua melhor amiga entrem.

O homem arquejou em um movimento astuto e nos avaliou demoradamente.

- Você é irmã de Jhon Leymer? - há uma pontada de dúvida em sua voz.

Todos o conhecem pela cidade, sua coluna na revista de fofocas "Kiss", é lida desde as pessoas com mais idade até os pré-adolescentes.

- Claro que sou! E tenho uma foto para comprovar.

Ignorei os cochichos das outras pessoas resmungando a respeito da demora e observei Grace retirar o smartphone da bolsa, em um movimento graçioso deslizou o dedo esguio sobre a tela, clicou rapidamente e ergueu o celular para os dois seguranças a nossa frente.

Inclinei a cabeça para admirar a perfeita montagem de Jhon Leymer e Grace juntos abraçados com os país verdadeiros de Jhon ao lado esboçando belos sorrisos brancos e reluzentes, uma família feliz de comercial de margarina.

Tirando o fato de Grace estar mentindo descaradamente sobre ser irmã de Jhon Leymer.

- E aí? Vão nos deixar passar ou será necessário que eu vá reclamar a meu irmão sobre a falta de consideração, uma notícia ruim em sua coluna e essa casa noturna irá a falência em menos de 24 horas.

A ameaça da ruína, fora o bastante para que nos deixassem passar sem nos dizer mais nenhuma palavra sequer, Grace lançou um olhar em suas direções.

- Homens espertos... - balbuciou.

Soltei o ar que estava prendendo ao adentrar o lugar e pisquei incomodada com as luzes fluorecentes iluminado o ambiente de diferentes direções em tons de vermelho, verde e azul, uma réplica mal feita do arco-iris que a mãe natureza nos proporciona. Fora isso, o lugar parece reluzir, a casa noturna fora recentemente inaugurada como se pode sentir ao dar uma longa respirada no ar, cheiro de novo.

Segui com Grace até um dos inúmeros bares mais próximo, e me recostei contra o balcão de mármore.

- Incrível, não acha? - Grace indagou observando ao redor.

- Melhor do que a ultima, isso eu posso afirmar.

Um dos problemas de se morar em uma cidade pequena, além de todos práticamente conhecerem uns aos outros, é o fato de termos que ir atrás de diversão, pequenos festivais de música que ocorrem duas ou três vezes ao ano (isso se tivermos sorte), o parque de diversão da cidade está quase fechando as portas por falta de verba, mas embora eu particularmente goste desses lugares e tenha boas memórias a guardar sobre eles, esse é o tipo de diversão que uma eu de cinco ou seis anos teria adorado, não a minha versão atual bem mais grandinha que mal caberia o traseiro em um dos carrinhos de bate-bate.

- Pegue. - fechei meus dedos ao redor do copo úmido e inspirei o aroma adocicado da bebida.

- Você ao menos sabe o que é isso? - provei um pouquinho da bebida e fechei os olhos aprovando o sabor.

- Claro que sei! - sua expressão passou de insultada para um franzir de sobrancelhas - Okay, eu sei que é bom e isso deve bastar.

Não penso mais sobre o assunto, e isso se torna infinitamente mais fácil de se fazer com a bebida rosa deslizando por minha garganta.

Digo a mim mesma repetidamente -  enquanto danço com os braços para cima, a cintura se movendo com facilidade, a sensação de preenchimento - que esse é um efeito colateral que alguns goles de bebida fornece.

O corpo se tornou um caldeirão fervente, sendo guiado pelas batidas de música, fechei os olhos inspirando profundamente o aroma adocicado do perfume de alguém, o tom amadeirado de outra pessoa, inúmeras fragrâncias se misturando em uma só, formando uma mistura surpreendentemente agradável.

Tornei a abrir meus olhos novamente, ainda me movendo em meio ás outras pessoas, e algo captou minha atenção, um verde profundo que desconfio não ter nada haver com as luzes fluorescentes do outro lado da pista de dança, recostado a uma parede com os braços cruzados acima do peito próximo ao extintor de incêndio, seus olhos me observaram de volta.

  Foi como entrar em um transe, como se seus olhos verdes fossem um canto de sereia me arrastando como um pobre marinheiro ao alcance de suas garras. Mas este rapaz, no entanto não possui garras até onde posso ver, mas sim um rosto ânguloso perfeitamente moldado, com maçãs do rosto acentuadas, lábios completamente convidativos, musculos sobressaindo em sua jaqueta de couro.

Soube na hora que este estranho a qual pousei meus olhos a apenas segundos, seria o rapaz mais lindo que virá na minha vida.

Os cantos de seus lábios se repuxaram para cima em um sorriso, tentei me concentrar na música, procurei desesperadamente por Grace com os olhos, mas não a achei, nada que seja interessante o suficiente para prender minha atenção, nada além dele.

Sua sobrancelha esquerda foi arqueada em tom de desafio, uma de suas mãos brancas e pálidas se ergueram em um gesto, me permitindo enxergar um anel de rubi em um de seus dedos, uma bela jóia, um homem perigoso, e no entanto me vi seguindo seus passos.

Apressada desviei das outras pessoas, mal tendo tempo de encarar seus rostos, mal tendo tempo de registrar nada que possa ter acontecido ao meu redor, minha atenção totalmente focada na parte de trás de sua jaqueta de couro.

Seus passos ágeis nos levaram em direção á saída traseira da boate, a porta que deveria estar devidamente trancada quando o estranho a tocou, se revelou aberta.

  Apertei os passos para não o perder de vista e saímos para o crepúsculo da noite, respirei fundo sentindo uma novem branca espessa flutuar com o ato, apoiei a palma da mão sobre uma das latas de lixos dispostas contra a parede, e observei a silhueta masculina se locomover em direção á uma motocicleta posta á esquina de um terreno baldio.

Arfei sentindo o cansaço em meus joelhos, e me posicionei ao meio da rua, sabendo que não existiria nenhuma movimentação de veículos ao qual pudesse me infligir um acidente grave.

- Ei espere! - gritei afastando fios de cabelo do rosto.

O estranho cessou os passos a apenas alguns poucos metrôs da motocicleta, não pude distinguir sua cor, mesmo que quisesse. Os dois postes de luz que deveriam iluminar o lugar, ao menos se dão o trabalho de colaborar.

Os músculos de suas costas largas se tensionaram e  sua cabeça se virou graciosamente em minha direção.

"Volte para dentro"

Pensei ter escutado uma voz sussurar como um aviso dentro de minha cabeça.

"É perigoso para meninas indefesas como você, perambular pela rua essas horas da noite"

  Havia um leve tom de deboche, me perguntei se o estranho poderia escutar também, talvez tenha sido coisa da minha imaginação, talvez esteja ficando louca.

Essa deve ser a única explicação pela qual eu me vi correndo atrás desse rapaz com tanta vontade, como se eu não fosse capaz de conter o ato.

- Qual o seu nome? - gritei novamente após uma onda de silêncio se instalar entre nós dois

Sem obter resposta, ele se moveu até a motocicleta, pegou o capacete e subiu em um movimento gracioso.

- Você logo saberá, querida Violet!

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