XVIII
Outro pra deixar o dia de vocês melhor, espero que vcs gostem, curte e comenta aí pq isso me ajuda a continuar☺️
Segue o capítulo, boa leitura
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Assim que Finneas estacionou meu carro em casa, comecei a sentir uma dor enorme em minha mão, percebo que o carro do meu pai tava na frente da porta da garagem, eu vou escutar um monte...
Finneas desce do carro e faço o mesmo, Lauren e Zayn descem logo depois, andamos até a porta só que paramos assim que percebemos que os dois ficaram perto do carro.
- vem- Lauren chama mas eles ficam meio receosos.
- ele não vai matar vocês, só a mim mesmo- eles sabiam como meu pai era já que comentei um pouco sobre como ele era comigo, eles vem um pouco devagar pra perto de nós.
Abrimos a porta devagar, entramos em casa sabendo que todos estavam acordados já que todas as luzes estavam acessas, andamos até a sala vendo todos sentados no sofá, pareciam muito preocupados.. assim que entramos no campo de visão deles, todos se levantam menos meu pai.
Meu pai olha pra mim e seu rosto de preocupação caiu assim que viu meus machucados, sua feição tomou conta de uma fúria que não via a muito tempo.
- sua desgraçada de merda aonde você tava?- ele começa a gritar com o copo de água em mãos, ando um pouco em sua direção pra me explicar.
- eu posso explicar- sou interrompida por ele que se levanta e começa a gritar mais ainda comigo.
- PORRA, VOCÊ NÃO TEM UM PINGO DE RESPONSABILIDADE?- ele grita fazendo com que minha mãe e Finneas ficassem em alerta.
- eu...
-CALA A BOCA PORRA!- ele joga o copo em minha direção só que desviou por pouco, ele bate na parede- você levou a sua irmã naquelas merdas que você faz?
Não consegui responder por estar em choque com o que acabou de acontecer, ele chega mais perto de mim.
- tá me escutando porra? Levou a sua irmã naquela merda?
- pai era uma festa da escola- Lauren entra no meio.
- ela te levou pra uma festa? Da pra sentir o fedor de álcool vindo dessa vagabunda- sinto algo quente escorrendo da minha bochecha fazendo eu sair do estado de choque.
- nunca levaria Lauren para algo assim, sei onde eu passo e nunca levaria minha irmã pra lá- digo e ela me olha.
- você, sua vagabunda do caralho, não acredito que essa merda é filha minha, por que você é assim? Só se mete em confusão? Porra faz algo direito caralho!- ele queria vir pra cima de mim só que Lauren impede- sempre soube que você seria uma problema assim que o médico falou da gestação da sua mãe!
- Michael!- minha mãe o repreende.
- o que? Estou errado? Essa coisa não deveria ter nascido! Eu falei! Avisei desde do começo- minha mãe fica quieta, as palavras do Michael foram como uma facada em meu peito- O que você é? Um homem? Uma mulher? Uma aberração?
- não fale dela assim, a gente pode resolver isso- minha irmã diz- não precisa ser assim
- pai se acalme- ouço a Taylor dizer.
Ouço Cris pedir para Taylor subir pro quarto.
- Taylor faz oque seu irmão tá pedindo agora- minha mãe diz.
Vejo Taylor passar por mim e ouço ela subir as escadas.
- eu vou resolver dando uma surra nela- meu pai fala e encaminha em minha direção mas Lauren o impede e Cris fica no meio entre eu e ele.
Minha mãe vem pra perto de mim vendo meu rosto.
- você tem que ir pro hospital - diz minha mãe.
- NINGUÉM VAI SAIR DAQUI!- ele grita fazendo minha mãe tomar um susto- quer saber, você vai embora dessa casa, não quero saber- por mais que o que ele tenha dito possa ter doído um pouco, fico feliz por que não teria ele no meu pé pra me dizer o que devo ou não fazer.
- calma pai a gente pode resolver- Cris diz.
- a s/n pode fazer uma extra curricular pra ocupar mais tempo, ela não vai poder se meter em encrenca se ela estiver na escola- Lauren fala desesperada, sei que ela não quer que eu vá embora, não fui até agora por causa dela, mas ficar na escola até tarde não né Lauren.
- as extracurriculares encerraram hoje- Finneas diz chamando atenção da minha família.
- quem são vocês?- pergunta meu pai.
- se tivesse realmente preocupado com sua filha não estaria tentando matar ela, e sim perguntando como ela tá, talvez soubesse quem é a gente- diz Zayn ríspido e grosso, com uma feição fria.
- quem é você seu moleque- diz meu pai.
- um vagabundo bebado- diz Zayn sem nenhuma emoção.
- não ligue pra ele, bom as extracurriculares estão fechadas- Finneas diz.
- eu abro, não quero saber, você vai fazer algo da sua vida e não quero escutar um pio, você vai levar aquela lata velha pra vender ou tirar peça por peça daquela merda até virar um carro de verdade, quero que até segunda ele esteja sem nenhuma daquelas peças.- ele sai da sala nos deixando lá.
- temos que ir pro hospital agora- Cris pega um pano e coloca na maçã do meu rosto.
Entramos no meu carro e fomos direto pro hospital, no caminho eu consegui entender o que aconteceu para eles estarem tão desesperados assim para me levar as pressas ao hospital, um caco de vidro entrou na maçã do meu rosto, sangrou bastante mas não senti nenhuma dor na hora por causa da adrenalina no meu corpo.
Assim que chegamos no hospital o médico logo nos atendeu, ele tirou o caco de vidro da maçã do meu rosto, depois limpou e deu 6 pontos, o tempo todo o doutor foi conversando comigo. Assim que o médico acabou ele disse pra tomar cuidado e limpar sempre envolta, também recomendou um analgésico caso eu sinta muita dor, depois de terminar tudo, ele chegou a fazer muitas perguntas sobre o que ouve mas não disse nada por que sei que ele pensaria que estava sofrendo algum abuso ou sei lá, o pior foi quando ele tentou fazer uma piada sobre brigas mas não deu muito certo.. não teve nenhuma graça.
...
Assim que chegamos em casa, minha mãe propôs para que os meninos dormissem aqui em casa já que eles estavam meio alterados pelo álcool e seria muito perigoso voltar dirigindo, depois de um tempo de relutância eles finalmente cederam.
Depois de um tempo minha irmã Lauren tinha arrumado cobertas para que eles dormissem no sofá e não demorou muito para que Zayn caísse em um sono profundo e totalmente largado, ele estava em uma posição meio duvidosa.. acredito que esteja exorcizado porque não faço ideia de como ele dormiu desse jeito... parece aquelas pessoas nos filmes de exorcista.. acho que vou chamar um padre para ele...
Me despeço de Cris e minha mãe, ambos os 2 pediram para que eu tomasse cuidado com os machucados. Subo as escadas passando pelo quarto de Lauren até que ouço ela me chamar.
- s/n, hei espera- me viro pra voltar mas ela está no batente da porta.
- eu??
- queria dizer que você não é uma aberração como ele tinha dito, você é uma pessoa incrível e única, eu te amo tá bom? você sempre vai ser minha irmã chata e obrigada por sempre cuidar de mim- diz Lauren.
- eu também te amo e eu sempre vou cuidar de você, não deixaria nada acontecer com você, é minha irmãzinha mas a que eu menos gosto- rimos um pouco- estou cansada lolo, tenha uma boa noite tá bom?
- ok, boa noite s/a e por favor tome cuidado com o rosto.- me viro indo pro meu quarto.
Estava tão cansada e minhas roupas está cheia de sangue, assim que entro decido ir tomar um banho, pego minha toalha e vou ao banheiro, tento tirar as minhas roupas com muita dificuldade, tiro o curativo da minha mão e do meu rosto que o doutor tinha feito, não ligo muito para dor.
Vou até o box ligando o chuveiro sentindo meus machucados arderem quando entra em contato com a água. Passo um tempo e meus olhos começam a arder se enchendo de lágrimas, meu queixo tremia aos poucos e as lágrimas caiam dos meus olhos se misturando com a água que escorria da minha cabeça... isso é tão cansativo, eu estou tão cansada... não aguento mais sempre isso, não queria que fosse assim, que minha vida fosse assim... que eu fosse desse jeito... eu não aguento mais isso. Cada vez mais eu me machuco, minha família me cobrando... eu.. só queria ser normal, não uma aberrarão ambulante... meu próprio pai me chamando naquele nome que eu tanto odeio... que tanto me machucou e ele sabe disso... aos poucos meus pensamentos vão me consumindo.
Depois de um bom tempo, desligo o chuveiro e coloco as roupas sujas no cesto, saio do banheiro com uma toalha na cintura e vou até o closet colocando um short e um top, me deito na cama e fico olhando pro teto pensando em tudo oque aconteceu hoje, eu odeio essa merda de vida, porque ele tem que ser assim? eu odeio ele.. sinto meus olhos começarem a encher de lágrimas com essa enxurrada de pensamentos que sempre me consome... enxugo as lágrimas e então apita algo em minha cabeça como uma lâmpada, me lembro do pacotinho em minha gaveta sei que prometi a Lauren que só usaria com emergência, mas isso é uma emergência pra mim.. vai me ajudar a me acalmar..
Abro a gaveta pegando o pacotinho, mais duas cedas e uma biqueira, me sento na cama pra conseguir fazer, abro o pacotinho despejando uma quantidade boa na seda, posiciono a biqueira na ponta e vou bolando o baseado, cada movimento era uma pontada em minha mão, termino um e vou fazer o outro. Depois que termino de bolar, pego um isqueiro que tinha e vou até a janela, me sento na mesa com minhas pernas penduradas pra fora da janela.
Um pensamento louco passa por minha cabeça e resolvo fazer, coloco os baseados no bolso e desço ao poucos da minha janela pisando na telha de casa, vou subindo com cuidado pra cima da casa, chego e fico em pé olhando a vista.. e uau.. uma vista linda daqui de cima, me sento no topo.. acho que achei o lugar perfeito pra mim. Pego meu baseado e acendo, levo até meus lábios dando uma tragada, me deito nas telhas olhando as estrelas, aos poucos solto o ar soltando toda a fumaça, dou mais uma tragada, aos poucos meu corpo não doía, meus pensamentos cessaram e meus machucados não doíam, o pesar em meu coração não sentia mais... eu tava em paz, a cada tragada que eu dava ia ficando cada vez melhor. Assim que o primeiro baseado acabou eu esperei uns 30 minutos e acendi o outro.
Quando deu 5:40 resolvi descer do telhado e entrar no meu quarto, me deito na cama e fico esperando o sono bater, aos poucos ele veio e com ajuda do baseado dormi tranquila, pelo menos uma vez eu não me sinto culpada por fumar.
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Revisado.
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