8 capítulo
Vocês viram o capítulo 7? É que está com pouca visualização comparado ao que eu também postei ontem e OLHA A NOVA CAPA, gostaram?
Karla point of view
Tempos atrás...
Abro meus olhos ao sentir raios de Sol batendo em meu rosto, puxo a coberta para cima e suspiro.
- Lauren, você já está acordada? Se sim, pode fechar a janela, por favor? - peço mas nenhuma resposta é ouvida, passo minha mão pela cama e percebo que eu estava em uma cama de solteiro. Descubro minha cabeça rapidamente e vejo que eu estava em um quarto totalmente diferente do meu, me sento rapidamente e olho o chão...
Não havia carpete.
- Merda, onde eu estou? - murmuro olhando em volta e vejo um quarto bem precário de móveis - Cadê o meu celular... - procuro meu celular mas acho apenas um celular antigo sobre a cômoda e franzo o cenho, o pego e ao esbarrar meu dedo na impressão digital, ele desbloqueia e franzo meu cenho.
Ignoro possíveis perguntas de como eu havia desbloqueado ao ver uma foto minha sem franja no fundo do celular, ignoro e entro nos contatos e dígito o nome de Lauren na tentativa de achar o contato da minha esposa para tentar saber onde eu estava.
Lauren chefe.
- Mas o que... - murmuro e no mesmo clico no contato que tinha uma foto da Lauren com um jaleco de médico e uma chamada se inicia, levo o aparelho celular até o meu ouvido e em alguns toques Lauren atende - Amor, ontem eu sai para algum lugar? Eu não me lembro, apenas lembro de estarmos transando e depois eu dormir mas eu acordei em um lugar diferente...
- Cabello, isso são horas de me ligar, porra? Eu acabei de conseguir dormir porque eu estava em um plantão, se tiver acontecido um acidente grande ligue para outra pessoa! - me corta e ouço uma voz sonolenta do outro lado da linha, franzo meu cenho novamente e passo minha mão por meu rosto.
Espera! Cadê a minha franja?
Olho rapidamente para o meu colo e não vejo o relevo que sempre tinha por ali. Arregalo meus olhos e levo minha mão para dentro da minha calça de moletom, ao não sentir meu tão adorado pau, deixo o aparelho cair na cama e começo a gritar assustada.
Salto da cama e me vejo no reflexo do espelho que tinha no canto do quarto, caminho até ele e abaixo minhas calças vendo algo diferente. Uma boceta.
Meus gritos se tornam ainda mais altos e horrorizados, grito ainda mais ao passar minha mão por meus seios e os sentirem um pouco menores. Mexo em meu cabelo para tentar encontrar a minha franja mas não acho e grito ainda mais alto — se possível — e dou alguns passos para trás até cair e sentir o chão gelado contra a pele da minha bunda.
- CAMILA, O QUE ESTÁ ACONTECENDO? - ouço a voz de Lauren gritando mas saia baixo por conta que o celular não estava em viva voz.
Levanto minhas calças e corro em direção a cama, pego o celular e me ajoelho no chão.
- Lauren, o meu pau sumiu! - grito horrorizada.
- Seu o que?
- MEU PAU!
- Esse desespero todo porque você quer se masturbar e o seu pênis de borracha sumiu? Camila, pelo amor de Deus, use os seus dedos ou sei lá, só não use legumes. - diz e eu ouço um barulho no fundo.
- NÃO É DE BORRACHA! - grito assustada e enfio as mãos dentro das minhas calças na esperança e o achar - Ele é de carne!
- Então o seu ficante sumiu?
- Lauren, lembra do meu pênis? Aquele grande e rosinha e que usamos ontem? - dou detalhes - Ele simplesmente sumiu!
- Que nojo, Camila! Não usamos nada ontem e não tivemos nada!
- Laur...
- Estou indo para a sua casa ver o que aconteceu, me aguarde pois odeio esperar na entrada.
///
- O que aconteceu? - Lauren entra preocupada pela porta da casa e me jogo em seus braços.
- Lauren, meu deus o meu pau... Onde eu estou? Cadê a Megan? - pergunto e Lauren me empurra.
- Camila? - franzi o cenho e me encara por uns segundos, sua mão vai até a minha testa - Você não está com febre, por que está delirando?
- Eu não estou delirando... Olha, eu estou sem franja! - falo exaltada tocando o meu cabelo onde ddvedia estar a minha franja - Os meus seios, olha. - pego suas mãos e levo até meus seios - Estão menores e olha... - abaixo a minha calça e Lauren fecha os olhos.
- Levanta essa calça, eu não quero te ver pelada. - puxa suas mãos do meu seio e levanto as calças no mesmo instante - Você bateu a cabeça?
- Não, amor! Eu só dormi! - Lauren franzi o cenho e me encara horrorizada.
- Pare de me chamar de amor, garota. - fala ríspida e a encaro, vejo profundas olheiras - Eu não acredito que você me fez sair do outro lado da cidade e atrapalhar o meu sonho apenas para você falar essas asneiras e me mostrar a sua virilha.
- Lauren, eu pensei que estávamos bem, eu pedi desculpas por ter saído com meus amigos ontem.
- E você tem que me dar desculpas por sair com seus amigos? Por favor, Camila. - revira os olhos - Ah, como o seu carro foi parar dentro de um lago? Eu pensei que você tinha morrido, sua imbecil! - da um soco leve em meu ombro.
- Ouch! - murmuro - E eu achei que deveria te pedir desculpas já que somos casadas!
- Você por acaso bateu a cabeça? - Lauren me olha preocupada.
- Não.
- Qual é a última coisa que você se lembra?
- Me lembro de você estar me xingando de todos os nomes possíveis enquanto a gente transava. - Lauren faz uma leve cara de nojo e cruza os braços.
- Saiba que isso nunca aconteceu Cabello, não comigo... A não ser que você estava tão chapada de sono que acabou transando com outro alguém e me viu lá.
- Mas era você mesma, nós tínhamos discutido antes e... - antes que eu termine Lauren começa a me puxar para o andar de cima e me empurra para o meu quarto.
- Coloque uma roupa agora, eu preciso te levar as pressas para o hospital.
- Amor, para de me tratar assim.
- Pare de me chamar de amor, caralho Camila você é surda? - seu tom sai irritado e abro a boca diversas vezes.
- Você ainda está irritada comigo?
- Coloque uma roupa descente ou eu vou te arrastar para o hospital nesse estado. - avisa e bate a porta do quarto.
- Eu pensei que estávamos bem...
///
- Doutora Jauregui, o que faz aqui? - uma mulher loira pergunta vendo Lauren entrando no hospital.
- Parece que a Camila bateu a cabeça naquele acidente que aconteceu com o carro dela... Ela está delirando. - fala andando apressadamente e franzo o cenho.
- Você é médica? Não, você não é médica! Você é cientista. - digo a acompanhando em seus passos apressados enquanto seus dedos seguravam o meu braço de forma delicada - Pare de me puxar mulher, meu deus.
- Você não anda Camila, parece uma tartaruga! - fala e a olho.
- Desde quando você é médica?
- Desde que eu me formei a quatro anos atrás, não se lembra?
- Uh, não. - nego - Onde está Megan? Já a levou para a escola?
- Quem é Megan?
- Nossa filha Lauren.
- Camila, não sei em que fantasia você está vivendo mas eu não transei com você, não temos uma filha e não, eu não sou uma cientista. - aperta alguns botões do elevador rapidamente e tombo a cabeça para o lado.
- Como não? Eu te conheço a dezessete anos, eu sei que temos uma filha de quinze anos e você trabalha em um laboratório de tecnologia, fizemos faculdade juntas!
- Camila, nós conhecemos a menos de cinco anos. Nós não fizemos faculdade juntas porque você se formou a dez meses e eu a quase quatro.
- Minha cabeça está doendo. - murmuro baixo completamente confusa.
- Camila, você está bem? - me olha e nego com a cabeça apertando os meus olhos sentindo a minha vista escurecer e eu ter que me apoiar no corrimão do elevador.
- Minha cabeça está rodando. - murmura perdida e sente as mãos de Lauren passando por sua cintura impedindo que ela caía caso perder o equilíbrio ou desmaiar.
- Tragam uma cadeira de rodas para o elevador. - abro os olhos levemente e vejo Lauren falando em uma espécie de rádio. Assim que a porta do elevador se abre, ela me coloca sentada e pressiono a veia que eu sentia que pulsava em minha cabeça - O que está sentindo? - Lauren pergunta apressada e começam a me levar para algum que eu não consegui decifrar onde era.
- Minha cabeça... - murmuro apertando os meus olhos e aos poucos sinto o meu corpo mole e acabo perdendo os sentidos.
///
- Ei, você acordou. - Lauren fala entrando no quarto onde eu estava.
- Amor, o que acontec-
Abro a boca surpresa ao vê-la usando um jaleco de médico, ela tinha uma espécie de prontuário nas mãos e se aproxima de mim pegando uma espécie de lanterna. Fico ainda mais perdida assim que ela coloca a luz nos meus dois olhos.
- Ei, o que está fazendo?
- Camila, você se lembra de bater a cabeça ou algo? - pergunta analisando minha cabeça e sinto a ponta de seus dedos tocarem o meu couro cabeludo.
- Não. Por que? - indago confusa e Lauren suspira pesadamente.
- Parece que seu cérebro sofreu trauma e por isso está causando a confusão ou a falta de memória. - explica de uma maneira fácil de ser entendida se franzo o cenho.
- Eu não estou sem memória, eu me lembro de tudo.
- Certo, em que ano você se formou?
- Em dois mil e vinte e três. - digo com coerência e Lauren pega seu aparelho celular.
- Estamos em 2018. - me mostra a a data no celular.
- Não! Estamos em 2033.
- Não Camila, faltam quinze anos para chegarmos nesse ano.
- Não, esse ano a nossa filha nasceu e o ano que nos casamos. - digo com completa certeza.
- Como iríamos nós casar sendo que a nossa relação é apenas de colegas de trabalho? - indaga.
- Mas eu não trabalho com você... Você é cientista e eu sou engenheira. - explico - Você está fazendo algum tipo de brincadeirinha com Dinah para me punir por ter usado entorpecentes ontem sendo que eu havia jurado que estava parando?
- Você usa drogas, Camila? - fala surpresa - Tudo bem, cada um com seus problemas e eu não estou aqui para te julgar. - fala retomando a pose profissional.
- Você sabe que eu uso e bebo bastante mas estou tentando parar.
- Eu não sabia que você era viciada e alcoólatra... Você poderia ter me pedido ajuda, eu iria a te ajudar passar por isso. - fala acolhedora e franzo o cenho.
Como ela havia mudado a pose de grosseira para gentil em segundos?
- Mas Lauren...
- Você usou ontem, certo? - começa a anotar algo a caneta(?) no prontuário e a olho confusa - Seus pais vivem na Inglaterra, irei ligar para eles virem...
- Meus pais? Na Inglaterra? - pergunto espantada mas logo eu rio querendo acreditar que era uma piada - Meus pais nunca sairam de London.
- Pelo o que diz aqui, os seus contatos de emergência são da Inglaterra, são Sinuhe Cabello e Alejandro Cabello.
- Sim, são meus pais mas... - fico em silêncio e mordo meu lábio ficando irritada com aquela brincadeira - Quer saber? Eu vou embora para casa. - olho para as agulhas enfiadas em meu braço e faço menção de tirar mas Lauren segura o meu braço e me olha preocupada.
- Tudo bem, eu não chamo os seus pais. - diz e a olho.
- Lauren, sério porque está agindo assim? E o que você fez com o meu pênis?
- Camila, olhe nos fundos dos meus olhos. - pede seria e se curvando para ficar com o rosto próximo ao meu - Repita comigo: eu não sou casada com a minha superior Lauren Jauregui, não transamos ontem, não temos uma filha chamada Megan e eu não tenho um pênis.
- Mas eu tenho tudo isso que você falou. - Lauren arruma sua postura e suspira.
- Eu irei chamar uma neurologista e uma psicóloga. - avisa antes de se retirar do quarto.
- Mas eu tenho um pênis. - falo com um fiapo de voz e coloco a mão onde ele normalmente ficava.
///
- Parece que ela perdeu toda a sua memória e sem explicação, ela pode passar por outros médicos mas você pode ver que eles dirão a mesma coisa. - ouço uma mulher dizer para Lauren que a olhava com atenção.
- Então ela realmente perdeu a memória?
- Sim. - Lauren me olha pela porta que estava aperta e fico a encarando.
Olhando bem agora ela estava diferente mas eu não conseguia saber o que era.
Vários minutos depois conversando com a outra mulher, Lauren pareciam extremamente frustrada com o que ela dizia, eu já não conseguia ouvir pois elas estavam perto de uma bancada mas eu conseguia ver suas expressões já que o quarto em que eu estava era ali mesmo, na frente da bancada onde os médicos pegavam os prontuários dos pacientes ou assinavam as coisas.
- Parece que uma das minhas melhores cardiologista vai ficar afastada por um tempo. - ouço Lauren comentando com uma expressão fechada pegando alguma pasta.
Ela estava dizendo que eu era cardiologista? Tudo bem, agora eu acho que quem enlouqueceu foi ela e não eu.
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