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Capítulo 33

O cheiro amargo das ervas que Triket usa para tratar os ferimentos de Markson ainda paira no ar. Ela voa de um lado para o outro, pegando a pomada aos poucos — e, sinceramente, parece um trabalho bem mais cansativo do que consigo descrever. Ainda assim, a fada mantém a concentração enquanto aplica o remédio, embora reclame a cada segundo sobre o quão pegajoso ele é.

Ela faz questão de aplicar até nas bordas das feridas, mesmo sem necessidade de tanta delicadeza... A pomada acabaria se espalhando sozinha com o tempo, mas eu não seria a pessoa a avisá-la disso. Já disse, o único motivo de tê-la convencido a fazer isso é justamente prolongar a dor do elfo.

Afinal, a culpa era dele. Demorou para pedir ajuda. E se eu não tivesse percebido? Teria caído morto. Ou pior, teríamos que carregar seu peso até um curandeiro em Pinos, e sabe-se lá o que nos espera por lá.

Eu os observava em silêncio, segurando os cantis que havia enchido minutos antes. Já sei o que quero: quero ir para Pinos. Vou descobrir o que eles querem comigo, entender o que aconteceu... Estou decidida. Mas não vou para lá sem ter o máximo de controle sobre a situação, porque, se eu descobrir algo de que não goste... quero ser capaz de lidar com isso da melhor forma que posso. E a melhor forma?

É me livrando do que não gosto.

Desvio o olhar para o príncipe. A expectativa de que a poção tenha dado certo realmente está me consumindo. Abro um sorriso assim que o vejo, mesmo que ele não me corresponda. Tudo bem, acho que ele não gosta do fato de ainda estar preso. É uma pena, a posição em que ele se encontra tem seu charme.

Vai ser bom para ele se a poção realmente tiver dado certo; assim, ele não precisará mais ficar com as algemas nem amarrado. Quer dizer... ele terá que ficar comigo de qualquer forma, mas isso é um detalhe que ele não pode mudar. Eu falei que ele seria meu antes mesmo de o conhecer pessoalmente.

Caminho em sua direção, com o sorriso ainda no rosto. Dérium me encara, tentando manter a postura mais digna possível para alguém nessa situação, os cabelos brancos se destacando contra a roupa escura, com as pontas caindo e se espalhando no chão. 

Ele se destaca em qualquer lugar, chama atenção sem esforço. Sempre acabo olhando, mesmo distraída.

Entrego um dos cantis, e ele precisa pegá-lo com as duas mãos presas. Parece difícil o suficiente para que acabe derramando a água em si mesmo sem querer.

— Quer que eu entregue na boca como da última vez? — Não podia perder a oportunidade de provocá-lo.

— Não veio me trazer o café da manhã também? — diz o príncipe, a zombaria evidente na voz.

Reviro os olhos, mas, em vez de responder, simplesmente me sento ao seu lado. Tiro um pedaço de pão do bolso, da cesta que os Abatedores deixaram — ou do que sobrou dela — e levo à boca, mastigando devagar enquanto observo Triket e Markson.

— Aproveite o banquete — digo, partindo o pão em dois, mas antes de entregar, encaro o príncipe mais uma vez, o sorriso sapeca estampado no meu rosto. Fico de frente para ele.

Seguro um dos pedaços entre nos, mais próximo dele do que de mim. A comida é para ele. Dérium apenas me encara com aquela expressão neutra e controlada que tanto gosta de manter, como se estivesse no controle de tudo, mesmo obviamente não estando.

— O quê? Vai recusar minha generosidade? Saiba que não vai comer tão cedo se esse pão acabar... — provoco, aproximando mais o pão de sua boca, como se estivesse tentando alimentar um animal arisco. — Aceite logo... aposto que está acostumado a ser paparicado assim desde criança.

Sei que ele percebe que a doçura em minha voz é falsa. Ele também está jogando comigo desde que me lembro, sempre com uma resposta na ponta da língua, mesmo que, às vezes, essa resposta seja o silêncio e aquela cara de desdém de sempre. Mas essa é a primeira vez que o peguei de verdade. 

A cara de antipático só faz confirmar o que ele é, na realidade: um príncipe mimado. Cercado de fartura e de empregados para bajular da forma como quisesse, mas que agora não tem nada, nada além dessa prisão e da sua própria arrogância.

Nada além de mim, para sua sorte ou para seu azar.

— Bom garoto... — Me sinto vitoriosa ao vê-lo realmente comer o pão, é quase como se estivesse o adestrando. — Vou deixar com a minha parte também... Alguém grande e forte como você precisa se alimentar bem.

Ele solta um sorriso quando pega a comida, encarando o pão na mão por mais tempo do que acho que seja necessário. Afinal, é só um pão. O que tem demais nele?

— O que foi? — Não consigo esconder minha curiosidade.

— Nada... — ele murmura, e a única coisa que me incomoda é o olhar de tranquilidade que persiste em se manter. Um olhar que está fixo em mim.

— Não ficou com raiva de mim? Ficou? — Solto um sorriso forçado, tentando esconder o receio e o medo que senti ao encará-lo dessa vez, um arrepio percorrendo meu corpo ao recordar do que fez com os abatedores. Preciso me lembrar de não passar do limite também, se é que já não passei.

Ele não responde.

— Só quis agradá-lo, majestade — falo, tentando não parecer irônica, mas falhando miseravelmente.

— Quando eu tiver chance de recompensá-la, vou me lembrar desses seus agrados...

— Vai me alimentar na boca também? — falo por impulso e me condeno imediatamente.

Eu não consigo manter o medo comigo por muito tempo, talvez esse seja um dos principais motivos por eu ser tão imprudente. Preciso me controlar. Só que... como vou me controlar? De repente, pensar nas formas como o príncipe poderia "retribuir" meus agrados me faz perder o foco, e olha que eu sei que ele não está pensando em nada fofinho, isso claramente foi uma ameaça.

Mas eu duvido muito que ele consiga cumprir. Ainda assim, vê-lo expressar algo assim me divertiu mais do que o previsto.

— Claro... — ele confirma, e meu sorriso aumenta. Ele realmente está brincando comigo. Eu não deveria instigá-lo, mas parece que é ele quem me provoca a fazer isso.

— Então... Se quiser... Posso pegar mais pão. — falo, me levantando devagar, sem esconder a diversão. — Não se sinta envergonhado.

Dou um passo para trás, apenas para apreciar a expressão dele, esperando alguma reação. Eu sei que estou brincando com fogo... Mas, sinceramente? Nunca fui boa em resistir à tentação. E veja só, diante dos fatos, já estou toda queimada mesmo.

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