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Capítulo 3

Os Brownies são seres pequenos, noturnos, de pele amarronzada e adoram usar roupas largas, que parecem ser de um guarda-roupa humano: camisas que arrastam pelo chão e mangas que ultrapassam os pulsos. Suas orelhas são como ramos de folhas e os seus olhos são grandes bolas negras que parecem brilhar sem a parte branca.

Eu os acho estranhamente fofos demais para o trabalho pesado que sempre fazem, mas eles não reclamam, nunca reclamam. Para eles, basta a promessa de uma porção generosa de comida ao término das tarefas para manter o ânimo. Sua rotina é peculiar, tendo um ritmo de sono que se estende por toda a manhã e um despertar no final da tarde para recomeçarem as atividades.

Os Brownies têm outro hábito peculiar: migram para o mundo humano sazonalmente, atraídos pelas especiarias das casas mundanas. É como se ansiassem por um sabor diferente, algo que só poderiam encontrar entre os humanos, fazendo simples favores em troca de comida. No mundo mágico, encontram seu lar nas vilas ao longo das costas da praia, especialmente no sul, onde vivem tranquilamente e apenas aproveitam as férias. Ou, pelo menos, costumavam viver assim.

A dominação de Zilo começou no extremo sul e deixou um rastro de destruição até o extremo norte, onde se ergue a capital. Os Brownies, criaturas pacíficas que geralmente são ignoradas nos conflitos entre os grandes reinos, foram os primeiros a se depararem com o impacto avassalador dessa invasão, surpreendidos pela fúria do conquistador. Pelo menos, é isso que me contaram.

Há dezenas de Brownies ajudantes pelo circo, confesso que não consigo decorar o nome de todos eles. Às vezes, eles se cansam de ajudar e, sem avisar, passam alguns dias no mundo humano. Depois retornam, ou não...

O senhor Musk Arlon ofereceu abrigo a todos os que encontrou ao longo do caminho. Eles não são diferentes de nenhum dos outros integrantes do circo. Todos estão aqui porque perderam algo, inclusive eu. Embora eu não saiba ao certo o que perdi, já que não tenho memória alguma que me ajude a dizer quem sou.

Pensei, por muito tempo, que viajando pelo mundo, ao lado dessas criaturas estranhas, eu encontraria algo, alguma pista sobre quem sou, mas no fim... Deveria estar mais preocupada com isso, pois não encontrei nada e não faço ideia de quem eu seja de verdade, mas já faz mais de dez anos que não encontro nada. Então, estou apenas acostumada. E feliz por, pelo menos, ter o circo.

Observo um amontoado de Brownies formando fila e empurrando uma caixa pesada que é cinco vezes o tamanho de um deles. Um rastro se forma no chão conforme avançam, mas logo atrás vem mais Brownies, areando a terra para que ela fique como estava antes.

Pelo menos eles sabem quem são, e de onde vieram... pelo menos são uma família e nunca estão sozinhos.

ㅡ Já contabilizou os seus ingredientes? ㅡ A voz do senhor Musk me pega desprevenida enquanto estou sentada com as pernas cruzadas em uma das caixas que os Brownies carregaram. Fazendo um peso adicional quando eles a arrastavam, queria testar para ver se eles reclamariam, mas... não reclamaram.

Preciso levantar a cabeça para falar com o elfo. O senhor Musk Arlon era notavelmente alto e esguio, com os cabelos que pareciam seda dourada, caindo em uma cascata que alcançavam sua cintura. Sempre ostentava uma coroa de flores alaranjadas no topo da cabeça, simbolizando algo que não sei o que é.

Talvez o rei do circo? Ninguém realmente o levava a sério o suficiente para se lembrar com exatidão do que ele dizia sobre aquilo; ele sempre inventava uma história diferente. Estou no circo há mais de sete anos e aprendi muito com ele sobre inventar histórias improvisadas e engraçadas, apenas para passar o tempo e escapar de problemas.

Ainda assim, mesmo que ninguém o leve muito a sério, mesmo ele sempre sorrindo e animado, todos têm certo respeito pelas suas escolhas. Vejo isso como gratidão. Estava verdadeiramente perdida quando cheguei no mundo mágico, e ele realmente me salvou. Imagino que todos tenham um sentimento parecido.

ㅡ Ah... ㅡ Encaro a caderneta e faço um sinal negativo com a cabeça, pegando a bolsa que carrego comigo, a qual mais parecia um pano velho, que uso para guardar tudo que tenho de importante. ㅡ Não tenho quase nada, não dá para fazer mais poções de baba do dragão.

Examino mais uma vez; há diversos ingredientes na bolsa: ervas medicinais, frutas aromáticas, extratos coloridos, cada um com uma propriedade mágica diferente. No entanto, falta o pó de estrela. Apesar de não fazer parte do livro de poções, precisava dele para misturar com o açúcar, uma vez que não havia a baba de dragão.

Acho que setenta por cento do grimório de poções é composto por poções impossíveis. Para começar, um ingrediente comum presente na maioria delas é o sangue real feérico, do qual nunca consegui obter uma amostra. Afinal, não se encontra príncipes e princesas passeando por aí, especialmente depois que Zilo chegou. A maioria da família real foi morta, se suicidou ou fugiu, deixando o povo do continente da Lua à mercê do caos.

ㅡ Onde vendem os ingredientes, mesmo?

ㅡ O pó de estrela é importado do Continente que fica ao Nordeste... não se encontra mais nas lojas ㅡ disse com um ar deprimido, saltando da caixa; elas eram verdadeiramente altas, até para mim. ㅡ Pelo menos nunca mais o vi...

Pelo que me lembro, desde que Zilo assumiu a coroa, as importações pararam de chegar. Por sorte, o continente da lua sempre foi autossuficiente em tudo, comparado aos outros continentes, embora a queda nas importações tenha deixado tudo mais caro e difícil de encontrar. Eu não consegui um substituto tão eficiente quanto pó de estrela, ele deixava tudo encantado e mágico, mas sabia que essa hora chegaria...

Agora, eu tenho que voltar a testar ingredientes e aprimorar as poções do livro, até encontrar algo tão bom quanto o pó de estrela, ou qualquer outro ingrediente difícil de encontrar. O problema é que quase tudo que testo e modifico acaba transformando a poção em veneno. Isso me levou a uma conclusão...

É assustadoramente fácil produzir veneno.

ㅡ Sei que as cidades do sul produziam o próprio pó antigamente ㅡ continuei falando, acompanhando o senhor Musk que começou a caminhar até a saída do circo, para ver o pavimento lá fora. Estava ficando tarde e o céu começou a ganhar um tom arroxeado, que logo se transformaria em azul-escuro, repleto de estrelas. ㅡ Pode ser que a gente encontre lá.

O movimento do lado de fora começava a aumentar.

ㅡ Então vamos para o sul na próxima viagem ㅡ comentou animado, gritando para que todos pudessem ouvir. ㅡ Daqui a cinco dias.

Nem sempre roubávamos; somente quando o público nos oferecia algo interessante para usufruirmos. Ficávamos na cidade e fazíamos vários tipos de apresentações, especialmente quando o céu escurecia e os feéricos, ao invés de irem para casa, davam uma passadinha no circo para se divertirem.

Para atrair o público, temos um barzinho festivo que abre antes dos espetáculos, mas não me deixam chegar muito perto. Apenas porque, uma vez... quando eu era mais nova e não me deixavam beber nada, fiquei com raiva e joguei uma poção escondida em uma das garrafas de bebida, o que deixou a pele de todos listrada ou com bolinhas.

Achei um exagero a punição e o escândalo que fizeram, proibindo-me de pisar lá dentro, pois a maioria dos feéricos já tinha a pele colorida.

Eu também não fazia apenas um tipo de espetáculo. Brincava com o público de diversas maneiras, dançava, cantava e até servia de cobaia em experimentos de outras apresentações. Por outro lado, eu também aproveitava os talentos dos outros artistas em minhas apresentações. Apesar de alguns deles não gostarem muito quando precisavam tomar uma das minhas poções, houve uma vez em que, sem querer, uma delas virou veneno. No entanto, consegui curá-los sem maiores problemas.

Era para eles já terem superado isso; eu era muito amadora naquela época, e foram poucas às vezes em que isso ocorreu.

ㅡ Você vai comprar os ingredientes para mim? ㅡ perguntei, o sorriso de ponta a ponta, imaginando que a resposta seria positiva, mas ele coça a cabeça e desvia o olhar.

ㅡ Se quiser, eu roubo para você. Esse tipo de ingrediente deve ter o valor do circo ㅡ falou, assinando uns papéis que um dos Brownies trouxe para ele.

ㅡ Eu roubo, então ㅡ respondi sem desfazer o sorriso no rosto, porém fechei quando o elfo me olhou desconfiado. ㅡ É só que... você não vai saber qual é o de melhor qualidade.

ㅡ Claro, claro... Só cuidado para não pegar itens demais e ser descoberta antes mesmo do primeiro espetáculo.

Tínhamos uma regra no circo: não causar problemas e nem levantar suspeitas nas cidades por onde passávamos. Como falei, não roubávamos muito, somente quando o público oferecia algo interessante. Não queríamos causar problemas, mas também não era possível sobreviver apenas com a renda do circo, especialmente com os altos impostos que o governo de Zilo nos cobrava em cada cidade.

Além disso, costumávamos deixar os centros das cidades em paz, conscientes de que muitas delas já eram pobres demais, especialmente as mais afastadas da capital, onde os recursos mal chegavam. Nossas apresentações focavam-se na metade do continente da Lua para o sul, onde as fiscalizações também eram mais brandas.

Nosso objetivo não era tornar ninguém mais pobre. No entanto, quando recebíamos a autorização do nosso chefe, podíamos dar uma olhada com a mão leve em algumas lojas para reabastecer o circo.

ㅡ Jamais! Apenas o necessário. O senhor me conhece ㅡ disse, exibindo uma postura de final de espetáculo, me curvando antes de sair de perto. Não pegaria muitos itens, mas daria uma olhada nas prateleiras para ver se encontraria algo interessante.

ㅡ Esse é meu medo, eu te conheço ㅡ ele falou quando eu já estava distante, correndo para subir em outra caixa que os Brownies carregavam, na esperança de desta vez conseguir irritá-los.

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