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Capítulo 16

Há pinheiros coloridos em todas as direções, a maioria morrendo, quase sem folhas. Os poucos que continuam vivos exibem cores apáticas. Ainda assim, a floresta se torna cada vez mais densa e uniforme. Não sei se usam algum tipo de magia para se orientarem ou se utilizam o sol e as estrelas para isso.

Aproveitamos o sol para seguir viagem e, quando escurece, montamos o acampamento. O problema é que isso bagunça toda a nossa rotina. Já mencionei que, aqui no circo, costumamos ter hábitos mais noturnos por conta dos espetáculos, mas ninguém é louco de viajar à noite. Nunca se sabe o que pode encontrar. O mundo mágico sempre foi misterioso, e isso, por si só, o torna perigoso.

Já desisti de saber onde estou. Só sei que estou perdida, e, ainda bem, não dependem de mim para chegar ao sul. Achei que, a essa altura, já estaríamos em alguma cidade grande.

Pensei que não seria tão difícil chegar à Corte de Pinos, a corte mais rica do sul, onde devemos encontrar o Pó de Estrela. Só espero que toda essa viagem valha a pena e que, pelo menos, renda alguns espetáculos bacanas quando chegarmos. Com sorte, encontro o príncipe lá também.

O acampamento está montado ㅡ nada muito exagerado, pois estamos viajando ㅡ, exceto por uma magia que nos esconde na floresta. É uma redoma que provoca uma ilusão de continuidade. Essa magia, porém, é cheia de falhas; qualquer um com um poder de detecção um pouco mais avançado conseguiria nos encontrar. Mas não é como se fôssemos procurados a ponto de nos preocuparmos em nos esconder.

Ao menos, não precisamos nos preocupar em ser incomodados por transeuntes indesejados ou criaturas noturnas estranhas. Além disso, apenas nós conseguimos ver a bagunça do acampamento: as tendas de pano velho e a fogueira no centro.

Ao longo da noite, após as refeições, a fogueira serve mais para me aquecer do que para qualquer outra coisa. À medida que progredimos, o frio se intensifica, e nem o gibão mais grosso que estou usando adianta. Por mais que exista uma magia simples para esquentar levemente a temperatura do próprio corpo, eu não possuo essa habilidade.

O senhor Musk Arlon e a senhorita Flinner foram dormir. Estão exaustos, obviamente. São eles que gastam a magia para nos carregar. Enquanto isso, a maioria de nós permanece acordado.

É o costume.

ㅡ Se quiser, eu consigo usar...

ㅡ Não precisa ㅡ interrompi a fala de Vult, que me observava enquanto eu chegava mais perto da fogueira para esquentar as mãos.

Ele provavelmente aqueceria meu corpo com alguma magia, mas, de certa forma, sempre achei isso um pouco constrangedor. Não sou tão frágil a ponto de precisar de ajuda para ser aquecida.

ㅡ Não quero que use sua magia inexperiente em mim.

ㅡ Minha magia não é inexperiente. ㅡ O feérico se sentiu ofendido, mas logo percebeu que eu não estava falando sério.

ㅡ Se fosse algum veneno, você nem faria questão de experimentar ㅡ disse Markson, próximo ao círculo ao redor da fogueira. A magia que aquecia o corpo era útil, mas não livrava totalmente do frio.

ㅡ Se fosse veneno, eu faria um chá para você experimentar no meu lugar ㅡ retruquei, enquanto retirava algumas coisas da bolsa.

ㅡ Descobriu o que é isso? ㅡ perguntou Vult, ao ver os três frascos que eu tirava da bolsa, os que ganhei do feérico na feira.

Balancei a cabeça afirmativamente. Estava escuro, e eu tentava aproveitar a luz da fogueira para enxergar melhor; as sombras faziam os três líquidos parecerem idênticos naquela iluminação, mas eu sabia que apenas um deles mantinha a mesma consistência com o passar do tempo.

ㅡ Este aqui... ㅡ Peguei o líquido transparente e o cheirei, apenas para ter a confirmação de que precisava. ㅡ Só que não adianta explicar o que são os outros... Vocês não vão entender.

ㅡ E esse aí, o que é? ㅡ Markson ergueu a sobrancelha enquanto perguntava.

ㅡ Este é uma poção simples destilada, para aquecer o corpo ㅡ disse, sorrindo, enquanto servia um pouco em um copo. ㅡ É cachaça. Quer?

ㅡ Eu quero! ㅡ Fixer apareceu de repente, chamando a atenção enquanto se aproximava da roda.

Sua presença atraía olhares, mesmo à noite; sua pele parecia coberta por uma tinta que brilhava suavemente em um tom rosado fluorescente. Ele não se importava em esconder isso, embora pudesse cobrir com um manto.

ㅡ Terminei seu vestido.

ㅡ Oba! ㅡ Comemorei ao receber o pacote de tecido, mas levei um tapa na mão quando tentei abrir. ㅡ O quê?

ㅡ Hoje não, amanhã... Essa peça deu tanto trabalho que não quero olhar para ela e perceber que errei alguma medida.

ㅡ É sempre assim... ㅡ resmunguei, guardando o pacote na bolsa. Abriria mais tarde, longe dele. Peguei mais um pouco do líquido no frasco e separei uma medida para entregar ao feérico rosado. ㅡ Aqui está!

ㅡ Vai mesmo tomar isso? ㅡ perguntou Markson, com um tom de implicância nas palavras.

ㅡ Você deveria tomar, mais de cinco anos trabalhando e morando juntos, e ainda não sabe quando eu ofereço veneno ou não ㅡ respondi com certa ironia, oferecendo um copo para o elfo, que aceitou após Vult também pegar um.

ㅡ Vai servindo mais dois. ㅡ Arken se aproximou com Hasey. ㅡ Não consigo dormir com essa barulheira.

ㅡ Eu tive um pesadelo... Não acho que consigo dormir, mesmo sem barulheira ㅡ queixou-se Hasey, melosamente, sentando-se próximo ao irmão.

Os pesadelos são recorrentes para todos desde que Zilo começou sua tormenta. Pergunto-me se, caso eu tivesse memória, isso também seria um problema para mim. Não consigo sequer sonhar com meu passado, mas sei que todos aqui têm dificuldades para dormir por conta de lembranças dolorosas.

Já vi cada um aqui acordar assustado, desesperado, sem ar. O olhar ausente ao perceber que o sonho foi uma memória que desejariam apagar, uma lembrança que prefeririam não ser real. E, em seguida, um sorriso falso, fingindo que não era nada demais.

E se meu passado for assim? Se for algo tão doloroso que me faça acordar em pânico, como vejo acontecer com todos aqui? Será que minhas lembranças seriam tão perturbadoras quanto as deles? Eu não sei, mas tenho pesadelos também, por não saber quem sou ou o que aconteceu.

Vaguei sem rumo por muito tempo antes de encontrar o pessoal do circo. Mas, às vezes, penso... e se meu futuro for tão solitário quanto minhas lembranças?

ㅡ Eu quero meia dose ㅡ pediu Triket, chamando minha atenção. Ela estava com uma vestimenta mínima, apenas um pano em volta do pescoço, que usava como cachecol. Eu a observei de lado; ela estava cambaleando, já parecia embriagada.

ㅡ Todos servidos? ㅡ perguntei, convidando-os para um brinde.

ㅡ Ainda não... ㅡ A voz do senhor Musk Arlon me fez virar para trás.

Ele se aproximava com a senhorita Flinner. O elfo segurava mais dois copos e sentou-se ao meu lado, enquanto a fada trazia mais bebidas e se acomodava ao lado dele.

ㅡ Não seja mesquinha, sirva mais dois.

ㅡ Assim vai acabar, e não terei nada para tomar escondido ㅡ provoquei, antes de servir os dois.

ㅡ Vamos brindar a algo em especial? ㅡ indagou a senhorita Flinner, segurando o copo.

ㅡ Achei que fosse óbvio ㅡ respondi, erguendo o braço. ㅡ Ao fim dos pesadelos!

Esperei os risos, mas ninguém se opôs ao brinde. Todos repetiram, em sincronia, e tomamos a bebida de uma só vez. O álcool desceu ardendo pela minha garganta, fazendo todo o meu corpo se arrepiar. Encarei-os, e, naquele momento, não foi a bebida que me aqueceu. Sentia-me bem, acolhida e, de certa forma, feliz por compartilhar essa simplicidade com eles.

Porque não importava se eu não tinha memória do meu passado, se não sabia de onde vinha. Neste momento, não importa se ainda não entendo completamente quem sou, porque não estou sozinha; estou cercada por um grupo de pessoas estranhas que, mesmo assim, me acolheram.

ㅡ Bem... quando toda a bagunça deste continente acabar, gostaria de visitar o continente Sudoeste ㅡ disse Hasey, tossindo um pouco após se engasgar com a bebida. ㅡ Saber o que sobrou do nosso antigo circo, se conseguiram realmente fugir...

ㅡ Foi sobre isso seu pesadelo? ㅡ perguntou Arken, mas a irmã não respondeu.

ㅡ Quando toda essa confusão terminar, espero que possamos fazer mais apresentações ㅡ comentou o senhor Musk Arlon, olhando para o céu após fazer uma careta com o drink.

Para nós, que estávamos dentro, a redoma era transparente, e o céu estava fascinante. Um tom de roxo tingia a paisagem, e um pontilhado de estrelas tirava o fôlego de qualquer um que apreciasse a vista; parecia que tinham espalhado glitter pelo firmamento.

ㅡ Sem que... ninguém precise... ficar... só... ㅡ o senhor Musk Arlon parou de falar, estreitando os olhos na direção de uma estrela que parecia se despedaçar.

Observei com a mesma expressão perplexa. O céu parecia estar rachando. Era a redoma que estava se quebrando.

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