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Capítulo 8

André

— Por que não me deixou te levar para um hospital? — perguntei. Ainda estava puto com ele, por ter me dado tanto trabalho, por ter sujado meu banheiro, meu carro e por ter me feito me sentir daquele jeito... estranho.

Tudo bem, vou confessar. Não era de achar homem bonito. Mas mesmo com o rosto todo fodido, Jeff era bonito. Ele tinha esse tom de pele dourado, um meio bronzeado, e tinha um cabelo meio claro que parecia bagunçado e por isso mesmo ficava charmoso (usei a palavra charmoso, sério?).

O mais impressionante nele eram os olhos. Pareciam lâminas geladas, uma coisa de doido! Quando ele olhava direto assim, era como se um laser invadisse minhas entranhas.

Meu coração disparou de repente, e me senti um idiota.

— Você sabe o motivo. Por que está se fazendo de sonso?

Fiquei ainda mais irritado. Eu especulava o motivo, mas não sabia de fato. Ele queria se esconder, até aí tudo bem. Mas por quê?

— Me diz você! Na minha opinião, nada vale a pena ter um órgão perfurado por uma ponta de costela.

— Larah vale a pena.

Larah? Oush... Por que ele estava falando da filha?

— O que tem a sua filha?

Ele me olhou com uma expressão de incredulidade. Fiquei envergonhado de novo. O cara me tirava do prumo toda hora, e isso era algo muito impossível de acontecer antes. Ninguém me tirava do prumo, nem bandidos, nem policiais, nem políticos ou celebridades. Eu me considerava imbatível, até conhecer esse sujeito.

— Não acredito que a Hannah contratou um detetive do seu cacife e não abriu a porra da história toda contigo.

Certo, senti-me novamente humilhado, irado, usado e o caralho a quatro.

— O que sei, não vou dizer — tentei disfarçar — e se você morrer no meu sofá, vou ficar muito mais puto contigo e toda essa merda fará ainda menos sentido.

Para minha surpresa, ele desencostou do sofá, abriu o zíper do blusão e levantou a camiseta, sem desgrudar os olhos dos meus. Deu pra sacar que doeu fazer isso, porque ele escondeu uma careta. Desviei o olhar para o corpo revelado.

— Tá vendo as manchas? Mapeou? Decorou? Muito bem! Se alguma ficar mais escura, ou surgir uma nova, ou eu começar a cuspir sangue, então você pode me levar para um hospital. Caso contrário, eu ficarei grato se me der a porra do meu celular para que eu faça o que preciso fazer.

— Eu não vou ficar inspecionando o seu corpo!

— Não viu problema nenhum em fazer isso há pouco, no banho. Qual é o problema agora?

Ele tossiu ao final da frase, e deu dó de ver sua carranca de dor. O curativo tinha uma linha escura, e eu estava preocupado de aquela linha se ampliar. Significaria que os pontos se romperam, e eu não queria mais problemas.

— Ok, eu fico de olho.

Ele pareceu mais aliviado e pediu o celular de novo. Entreguei a ele, mas mantive comigo a arma de baixo calibre que ele escondia no cano da bota.

— Quando aqueles caras te ameaçaram, por que não reagiu? Não usou a arma?

— Você sabe que eu não posso usar a arma. Não mais.

— Se não pode, por que anda com a porcaria da arma escondida?

— Não usaria por mim. Minha vida não vale a pena. Usaria para salvar a vida de alguém que amo.

Não respondi. Suas palavras me tocaram, e não gostei da sensação. Ele começou a mexer no aparelho e eu fui fazer um café. Já era mais de quatro horas da manhã e eu estava sem dormir há sei lá quantas horas. Esse desgraçado fodeu com a minha rotina.

Quando voltei da cozinha, ele estava apagado, jogado todo torto sobre o sofá. Havia vestido o capuz e enfiado as mãos nos bolsos do blusão. A única parte não coberta dele eram os pés descalços e pensei que deveria ter lhe dado um par de meias, afinal, fazia frio e meu apartamento não tinha aquecimento. Segurei-me para não o ajeitar, cobri-lo ou enfiar meias nos seus pés. Seria demais.

Não sabia o que estava acontecendo comigo para ficar toda hora querendo colocar a mão no cara. Nunca curti esse lance pegajoso, não gostava nem de abraço!

Joguei o café na pia sem tomar. Já que ele tinha dormido, eu poderia aproveitar e tirar uma soneca também. Estava precisando, sem dúvida, mas Jeff no meu sofá me deixava muito inquieto.

E se ele resolvesse reagir e me atacar no meio do sono?

Por que eu pensaria algo assim? E por que o pensamento me causou um frenesi totalmente inconveniente abaixo da cintura?

Que merda!

Fui até meu quarto e fechei a porta. Não tranquei, isso seria humilhante, tipo, a donzela em perigo enquanto o bandido estava no quarto ao lado.

Affe!

Honestamente, não achava que ele faria algo do tipo. Uma porque estava todo machucado e não levantaria daquele sofá até que fosse terminantemente obrigado a isso, outra porque o ar de admiração quando falara a meu respeito indicava que havia nele um certo respeito pela minha pessoa.

Ele se lembrava de mim. Policiais falavam de mim entre si e isso me constrangia, mas quando ele falou, eu me senti... importante.

Havia um motivo para essa fama toda. Fui o cara que rastreou e resgatou a filha do prefeito, sequestrada há tempos. As condições do cárcere, a complexidade do caso e a quase inexistência de evidências tornaram a busca exaustiva. No entanto, com minha mente de nerd, consegui fazer as conexões necessárias e localizar o esconderijo. Além disso, elaborei um plano de resgate que garantiu a remoção da garota e a prisão dos sequestradores.

Sim, tornei-me uma lenda.

Depois disso, recebi propostas de trabalho privado, uma coisa levou a outra e dei um pontapé na carreira (um pontapé na bunda da polícia, quero dizer). Fui pro setor privado e fiquei abastado de recursos, principalmente porque meus principais clientes eram políticos, celebridades e gente que eu preferia não saber como ganhava dinheiro. Eu rastreava maridos adúlteros, filhos drogados, transviados e outras merdas que eu preferia nem lembrar.

E agora estava rastreando esse cara. Minha função era encontrar brechas na vida do indivíduo, comportamento suspeito, incriminatório, qualquer coisa que pudesse ser usada como objeto de chantagem.

É, eu tinha virado um MERDA, com todas as cinco letras em caixa alta. Tinha trocado o lema "servir e proteger" por "ganhar e foder".

Cansado de pensar nessas coisas, virei-me de lado e fechei os olhos. Estava exausto, e a última coisa que passou pela minha cabeça foi a sensação da textura dos cabelos bagunçados de um certo ex-policial sob meus dedos durante o banho.

— Mas que m...

Zzzzzzzzzz. 

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