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Capítulo 11

Puta cara idiota! Sério! Será que eu não teria mais paz? Desde que ele apareceu, parecia que eu estava sempre sujo!

Ele até que se virava como podia. Não tomou banho todos os dias, mas quando o fez, conseguiu fazer sozinho. Ele quase não comia e dormia a maior parte do tempo, e se eu ignorasse que tinha alguém ocupando meu sofá, ele até passaria despercebido.

Pena que não era bem assim. Eu não conseguia ignorar que ele estava no meu sofá, definitivamente.

Eu ainda estava tentando entender essa parada bizarra que rolava toda vez que eu olhava para ele. Eu não sabia o que era, mas estava lá. Fazia o coração dar um salto e minhas mãos suarem. Também rolava uma fisgada lá embaixo que, bem, deixa pra lá.

Não dá para descrever o que senti quando o vi caindo como um saco de batatas bem na minha frente. Ele simplesmente virou os olhos e despencou, e eu já estava no chão quando isso aconteceu. Eu nem percebi no que pisara, era uma coisa gosmenta que grudou na minha calça, e por aquele tempo em que levei para arrastá-lo até o tapete da sala e ligar para a Ângela, ignorei a sujeira. Só quando ela atendeu e vi que ele ainda respirava, fui ver a merda que ele tinha feito.

Era lógico que eu tinha ficado puto. O lance era que eu nem sabia com o quê, exatamente. Peguei o rolo de papel toalha do chão e me dei conta de que ele ia tentar limpar. O imbecil, que não conseguia nem se inclinar direito para colocar a calça sozinho, ia tentar isso, e a constatação me deixou aborrecido de um jeito que não saberia descrever.

Limpei o chão, proferindo palavrões antigos e alguns que nunca tocaram meus lábios. Estava nervoso, e se eu achava que não era motivo suficiente, quando voltei à sala, vi uma mancha de sangue se alargando na frente da blusa do cara.

Certo. Uma blusa a menos para mim. Era só lavar, certo? Errado. Usar a roupa sangrada de outro cara era uma coisa que não ia rolar. Eu sou fresco demais para isso, confesso. Mas esse era o menor dos problemas e eu o estava usando para maquiar o pânico crescente. Corri até ele e tirei a parte de cima da roupa. Algum ponto tinha se rompido e sangrava por trás da bandagem que quase não colava mais nas bordas.

Graças aos céus, Ângela chegou bem nessa hora. Desfilou um rosário de pragas contra mim e foi cuidar dele enquanto eu ia tomar um banho para tirar aquela coisa nojenta do meu corpo. Me referia ao que estava por fora, mas também ao que estava lá dentro.

Pois é. O cara mexia comigo. Meu corpo reagia só por tocar sua pele de novo, e esse lance com outro homem, eu não me lembrava de ter acontecido antes. Senti vergonha de mim mesmo, depois vergonha por estar envergonhado do que estava sentindo. Não era só essa coisa nova e física que me intrigava, pois vê-lo vulnerável e sofrendo me chateava, e eu não deveria me importar.

Por que eu me importava?

Saí do banho e ajudei Ângela a acomodá-lo no sofá. Peguei uns cobertores para mantê-lo aquecido, (estava bem frio, tá legal?) e fiquei ali trocando ofensas com a Ângela enquanto esperava o idiota acordar.

Chegou uma hora que ela não acreditou mais na história que contei sobre o Jeff. Chegou a perguntar se ele não era algum bandido foragido, e tive que esclarecer que, na verdade, ele era um ex-policial que estava trabalhando disfarçado (mentiroso nível 2). Ela aceitou por hora, me deu uma série de instruções para cuidar dele, e me explicou que a recuperação em casos como o dele poderia ser lenta.

Ou seja, sei lá quando ele desocuparia meu sofá.

Quando Jeff acordou, eu confesso que fiquei meio emocionado. Sei lá, achei de verdade que ele ia morrer. Pensei isso quando o vi caindo na minha frente e talvez tenha sido por isso que fiquei contente quando aquele aço de seu olhar gelado me atravessou.

Puta olho bonito da porra!

Ele pediu desculpas e tal, mas daí surgiu no rosto dele uma expressão que eu não tinha visto nenhuma vez até então.

Um sorriso.

Fiquei meio amortecido, e chateado, e animado, e envergonhado porque estava... entusiasmado demais. Distanciei-me. Fugi para o meu quarto e me fechei lá. Ângela havia ido embora e me resignei a cortar o contato com Jeff pelas próximas horas.

Fui checá-lo três vezes ao longo daquela manhã. Troquei o soro uma vez e me peguei contemplando-o enquanto ele dormia como uma pedra. Cobri aquele corpo, todo machucado, com um cobertor quente e o deixei em paz. No outro quarto que eu usava como escritório, liguei o computador e comecei a fazer as anotações relacionadas aos últimos dias, desde o ataque.

Eu mantinha uma espécie de diário de tudo o que ocorria durante uma investigação. Funcionava como uma base de dados que eu costumava consultar quando precisava mudar a ótica ou resgatar algum detalhe ignorado, pois como eu tinha muita informação guardada na mente, às vezes elas se misturavam demais, e eu precisava organizar os dados do meu jeito.

Numa investigação, nada podia ser ignorado.

Bom, não precisava ser tão preciso. Essa coisa que rolava entre minhas pernas seria terminantemente ignorada até o fim dos meus dias.

Enquanto estava lá, digitando, meu aparelho vibrou. Atendi já sabendo quem era.

— Você sabe onde ele se meteu?

Nem um "oi", "bom dia", ou qualquer fiapo de educação. Mulher insuportável!

Eu poderia dizer a verdade a ela. Era o cenário ideal. Se eu queria descobrir qualquer coisa sobre Jefferson Prado, nada como tê-lo vulnerável no meu sofá.

A cena dele vulnerável no meu sofá me deu coisas. Por pouco não joguei o aparelho na parede.

— Não sei exatamente. Soube que ele sofreu um acidente e meio que sumiu. Alguém o ajudou, e eu estou no rastro dessa pessoa.

Foi isso. Eu menti. Subi mais uma vez de nível na mentira e tentava entender por que escolhi esse caminho. Algo me dizia que tinha coisa nessa história, e eu já estava começando a desconfiar que não era coisa boa. O lance da Larah ainda era um mistério, e isso eu ia ter que arrancar do Jeff assim que ele pudesse abrir a boca.

— Você descobriu alguma coisa?

— Além de ele ser um bêbado encrenqueiro que não toma banho? Acho que isso ainda não pode ser considerado crime, então, não. Ainda não.

— Me disseram que você era o melhor.

— Eu sou o melhor. Só não descobri ainda como encontrar coisas que não existem. Se não existe, como vou achar?

— Se não existe, dê um jeito de inventar, mas me traga algo!

Ela estava mesmo sugerindo o que eu achava que estava sugerindo?

— Você está insinuando que eu deva... Plantar uma história?

— Não importa como vai fazer. Transferi outra parte do dinheiro pra sua conta. Está na hora de ser criativo, detetive!

E desligou na minha cara.

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