Túmulo
Voltei, desculpem a demora...
Comentem bastante!
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-Emilly: Quem te ofereceu o caso? - segurou meu braço antes que eu deixasse a sala.
-Brunna: Caio Cabral. - falei rouca, quase em um sussurro. Minha garganta secou e eu senti o ódio percorrer cada milímetro do meu corpo.
-Emilly: Temos o Renato, ele tinha o Caio. - disse ainda com a mão segurando meu pulso. Nossas visões não se chocavam, eu tinha o corpo virado para a saída, enquanto Emilly se mantinha parada com o olhar vingativo, que só eu conhecia.
Assenti milimetricamente e ela retirou sua mão do meu pulso. Levei minhas mãos até a barra de botões e os fechei calmamente, retirando-me dali.
Eu sentia cada neurônio meu em intensidade de ódio, e sede de vingança. Meu corpo ardia em raiva e meus olhos transmitiam a amargura que eu sentia internamente.
-Brunna: Preparem o helicóptero, sairemos essa madrugada. - avisei em um tom baixo, para que somente Luis Jorge escutasse. Os vi entrarem na Ranger Rover Evoque e esperarem que eu entrasse no meu novo carro.
Acelerei rapidamente saindo do campo de visão de qualquer um que não fosse meus seguranças, sim eu tinha outros espalhados por pontos estratégicos. Segurança, nunca era de mais. Rapidamente alcancei o condomínio de Ludmilla e pude entrar sem que ninguém me observasse, estavam seguras ali dentro... pelo menos por algumas horas.
-Brunna: Ludmilla! - gritei, mas não ouvi respostas. Subi as escadas rapidamente em busca do corpo que eu desejava e a voz que me atraia. - Amor! - gritei novamente, mas não ouvi respostas.
Senti meu corpo gelar e meu cérebro trabalhar como uma maquina indestrutível, mas logo senti o toque delicado em meu ombro e consegui respirar novamente.
-Ludmilla: Não precisa gritar, vida. - disse com a voz rouca e um rostinho sonolento.
A abracei rapidamente e deixei um beijo chegasse em casa.
-Brunna: Eu preciso conversar com você, urgente. - falei seria. - Mas antes preciso fazer uma ligação, me espera no seu quarto? - pedi.
-Ludmilla: Tudo bem, amor. Pode ir fazer sua ligação. - sorriu simpática, e eu senti meu corpo arrepiar. Aquela mulher era o amor da minha vida... eu não podia deixar ela pra tras.
Deixei um beijo rápido em sua bochecha e sai de seu campo de visão indo uma pequena sacada vazia no canto esquerdo da casa.
Ligação on:
- Emilly: Tenho péssimas informações. - disse antes mesmo que eu falasse algo. - Gabriel Jesus está sim envolvido, de alguma forma. Foi transferido esta manha cerca de 3 milhoes e meio pra conta de um mercenário de Romulo, que foi identificado pelo Renato. Um tal, Felipe Dias.
-Brunna: Filho da puta! - xinguei baixo. - Conseguiu verificar o caso de Fortaleza? Acho que o nome do garoto era Vinicius Soares. - falei apreensiva.
-Emilly: Eram informações falsas, Brunna. Não existe Vinicius Soares, nunca existiu. A única coisa que existia, era sua morte arquitetada em formas perversas e trágicas. - soou fria e rouca. - Se cuida, não quero te ver em um caixão. Segura sua sede de vingança, não quero que te parem com um tiro na testa.
-Brunna: Eu posso morrer no final de tudo, mas o Romulo vem comigo. - sorriu cômica.
-Emilly: Você é completamente louca. - sorriu. - Descobri ainda mais sobre o Caio. Ele vem seguindo sua vida desde a California.
-Brunna: Mas só o conheci aqui... não faria sentido. - disse confusa.
-Emilly: Você estudava sobre a vida do Romulo antes mesmo de se envolver. Alguém o avisou, e provavelmente era próximo de você para saber. - disse seria, pude ouvir uma porta de carro bater e a respiração de Emi ficar mais leve.
-Brunna: Patricia... - soou desprezível.
-Emilly: Exatamente. - confirmou. - Procurarei mais sobre tudo isso, não me dê noticias e nem me ligue mais, troque seu numero de alguma forma pode estar registrado aqui. - concluiu.
-Emilly: Pedi que deixassem uma pistola 9mm no porta-luvas do seu carro. - disse seria antes de jogar o celular em uma vala de esgoto.
"Esse numero não existe" soou a voz metálica e Brunna sorriu, já sabia o que a morena havia feito.
Ligação off.
Brunna retirou o chip do celular recém comprado, jogou-o no chão pisou em cima com seu salto ouvindo-o quebrar em pedaços retirou de dentro da bolsa da Channel um recém pego em sua gaveta do escritório, que já possuía números importantes para manter contato e o adicionou ao aparelho. Dirigiu-se até o quarto de Ludmilla, olhou pelos janelões enquanto a morena lhe seguia com o olhar e fechou as cortinas rapidamente.
-Ludmilla: O que está acontecendo? - perguntou confusa ao ter a visão de Brunna fixada em si.
-Brunna: Estou em perigo. - disse seria, movendo-se para sentar ao lado de Ludmilla, segurando uma de suas mãos. - Sairei da America esta madrugada. - concluiu olhando nos olhos de Ludmilla.
-Ludmilla: Como assim, amor?
-Brunna:... - a loira explicou completamente tudo, com devidamente cada detalhe importante. Até mesmo sobre Gabriel e Caio. Viu Ludmilla olhar com medo, pois não conhecia essa outra versão do ex marido.
-Ludmilla: Você vai me deixar? - perguntou com os olhos marejados.
Brunna olhou quase chorando.
-Brunna: Eu te amo de mais, pra ousar te levar para o tumulo comigo. - disse seria, enxugando as lagrimas que escorriam. - Com o tempo, vai me esquecer... me desculpa, Lud. - soou fraca, baixo e rouca.
-Ludmilla: Acha que eu vou ser feliz longe de você? - perguntou em meio as lagrimas.
-Brunna: Não sei... mas estará segura, e poderá tentar. - disse sincera.
-Ludmilla: Prefiro morrer com você. - disse seria. - Me leva. - pediu. - Não me resta nada aqui, além de você.
-Brunna: Você tem fãs, tem uma enorme mídia que notaria seu sumiço. Os meus já são constantes. - disse em lagrimas. - Gabriel perceberia e notaria que estará comigo, eu te levaria pro perigo Ludmilla. Tem sua família, seus amigos... - foi interrompida.
-Ludmilla: O meu único perigo é viver sem você... o resto é apenas improvável. - sorriu fraco. - Eu vou com você, onde for necessário, e eu espero verdadeiramente que meu ultimo suspiro seja ao seu lado.
Brunna sorriu amorosa puxando a morena para seu colo, mesmo que ainda estivesse machucada, queria o peso do corpo de Ludmilla sobre o seu.
-Brunna: Eu te amo. - disse em um sussurro.
Ludmilla tomou seus lábios em um beijo quente e sedutor... mas por mais que quisessem, não poderiam, não agora.
-Ludmilla: Me leva com você? - pediu mais uma vez, após separarem do beijo.
Brunna respirou fundo antes de dizer...
-Brunna: Pega suas coisas, não vamos mais voltar aqui. - disse firme.
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