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Princesa


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O destino traz situações desconfortáveis em momentos inesperados, ele separa e une novamente. A vida te prega peças, te traz pessoas de um passado sombrio. Amores mal resolvidos, relações incompletas... corações quebrados... e em meio a tantas pessoas, alguém pode ser a cura compatível para cura-lo novamente.

Brunna via Ludmilla como sua cura, e Ludmilla a via como sua salvação. Mesmo em poucas semanas, com dias desastrosos, tinham construído uma "relação" especial, com confiança e um crescimento de intimidade. Se Ludmilla não a houvesse beijado, Brunna faria... a morena lhe atraia, lhe puxava pra perto, e lhe dava o apoio e colo necessário. Coisa que nunca havia recebido em nenhuma outra situação...

Brunna era como a sede incontrolável no deserto de Ludmilla, era como o amor curável de todos os machucados lhe pregados na pele. Era a agulha acompanhada da linha, que costuraria todas as partes rasgadas de seu coração. O unindo novamente, com amor e cuidado.

Brunna tinha a delicadeza no olhar, a paz no abraço, o carinho e a firmeza no toque. Ludmilla podia sentir, seus medos, sua fúria, sua insegurança... seu amor, seu carinho, sua delicadeza, sua força. Eram como imãs separados, mas que agora se encontraram perto, e não relutariam em se unir para compartilharem as melhores partes de sua vida, e vivenciar as difíceis unidas.

Brunna conhecia quando a morena se sentia brava, fraca e destruída. Ludmilla sabia quando Brunna estava prestes a se entregar a uma crise de ansiedade. A empresaria a protegia, quando a via em uma situação constrangedora. A loira sabia defendê-la com unhas e dentes, como uma leoa, em proteção de quem ama.

Ludmilla sentia sede, e Brunna era a água. Brunna estava ferida, e Ludmilla era a cura. Ludmilla era insegura, Brunna era sua segurança. Brunna tinha medo... Ludmilla era sua paz.

A vida não espera você ter o momento certo, a vida não espera você se curar para que encontre novamente a possível chance do amor da sua vida. Brunna sabia...

Ludmilla estava ali, perto, amando-a sem pavor, com ânsia e desejo. Não podia deixa-la ir... tinha que ser forte. Sua insegurança e medo do passado, não lhe parou... e nem lhe pararia, Ludmilla era a única, capaz de impedi-la.

Mas não a impediu...

Ludmilla não a perderia agora... nem nunca.

Brunna não a deixaria ir... nem agora, nem nunca.

Estavam jogadas sobre a cama enquanto Brunna se encontrava aninhada ao corpo de agora então, sua namorada, com o rosto afundado em seu pescoço. Ludmilla tinha os cabelos espalhados pela cama, os braços em volta da cintura da loira, puxando-a para si.

Os raios solares adentravam o quarto transpassando as cortinas bege escuras. Formando uma linha reta no chão...

A pequena caixinha de veludo, ainda estava ao lado da cama. E os devidos anéis... em seus dedos, agora oficialmente marcando sua relação. O inicio de um amor...

-Ludmilla: Bom dia, amor. – disse sonolenta, apertando o corpo da loira ao seu.

Brunna a olhou boba, ainda não acreditava que tinha a mulher que amava circulando seu corpo com os braços... agora então, beijando seu rosto. Não era capaz de acreditar que era aceita, amada e cuidada. Não era capaz de acreditar que Ludmilla havia aceitado seu pedido...

-Brunna: É bom acordar e saber que tenho aqui, e que agora, você é oficialmente minha namorada. – sorriu.

A loira subiu rapidamente no colo da morena, que apoiou as mãos em sua cintura. Ludmilla elevou o corpo, ficando agora de frente para Brunna.

A morena observava agora cada detalhe no rosto de Brunna, não que ainda não houvesse feito antes, pois já havia. Mas era diferente... tudo ali parecia lhe pertencer de alguma forma.

-Brunna: Eu te amo. – disse baixo.

"Eu também te amo" disse sem som, repetindo, com um sorriso em seu rosto. Ludmilla juntou seus lábios em um selinho demorado, e levantaram depois de alguns segundos indo em direção ao banheiro.

Ludmilla elevou o corpo da loira em seu colo, e a pôs sobre a pia.

Pareciam um casal de adolescentes...

Escovaram os dentes em meio a sorrisos e depois tomaram um demorado banho, entre beijos, carinho e cuidado.

Ludmilla ajudou a loira a secar os cabelos, que agora estavam longos, por Brunna colocar um mega. Depois Brunna como uma criança birrenta, espalhou os cremes faciais de proteção pela pele macia da morena...

-Brunna: Você é...

-Ludmilla: O que? – perguntou sorridente.

-Brunna: Perfeita. A mulher mais linda que eu já tive o privilégio de ver, em toda minha vida. – respondeu séria, ainda deslizando os dedos com carinho pelo rosto de Ludmilla.

Ainda sentada na pia...

-Ludmilla: Você é incrível, sabia? Eu tenho muito orgulho de você... – disse segurando as mãos de Brunna e tendo sua atenção.

Ludmilla puxou as mãos da loira para envolverem sua cintura.

-Ludmilla: Uma vez minha mãe me disse que se eu merecesse, eu encontraria o "príncipe" perfeito. Que ele me amaria, me cuidaria, não sentiria medo dos meus medos, me protegeria... – sorriu boba, puxando o rosto de Brunna para deitar em seu peito. – Mas eu encontrei a princesa, e eu não preciso merecer...

Brunna sorriu.

-Ludmilla: Porque ela me ama, me cuida e me protege... mesmo com todos os meus erros um dia já cometidos, ela não se importa, ela só me ama. – sorriu. – Eu encontrei você... Brunna.

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