Assim que Brunna estacionou o carro na garagem, a morena pegou o celular e viu as notificações. Seu nome já estava nas paginas de fofoca, sua vida era como réu, e a mídia, seu juiz.

-Brunna: Tudo bem? - questionou ao olhar a mulher ao seu lado.

-Ludmilla: Creio que sim... - disse baixo - Meu nome já estar em diversas paginas de fofocas, e estão supondo que a Mercedes como sua. - concluiu ao deslizar os dedos sobre a tela. - Desculpa.

-Brunna: Eu não me importo com o que vão falar de mim. Me importo com o que você vai se importar, e se vai te atingir... - disse baixo - Estou acostumada a ser ameaçada e julgada pela mídia, especularem coisas sobre mim, é o mínimo. - concluiu.

-Ludmilla: Não me importo, me importo com o mesmo motivo que você. - disse calma - Inventamos qualquer coisa? - questionou.

-Brunna: Sim. E ai? Qual mentira vai escolher? -questionou sorridente.

Assim que Léo insistiu em debochar da empresaria, Brunna sentiu-se na obrigação de defende-la. Mas com educação e explicação.

(...)

Ludmilla sorriu enquanto Brunna procurava alguma coisa na TV e comiam a pizza com as mãos. Estavam jogadas no sofá e conversavam sobre bobagens...

Após comerem, Ludmilla pediu pra ela desistir de achar um filme, estavam cansadas e teriam que acordar cedo. A loira apenas assentiu e foram para o quarto. Ludmilla estava apenas com um blusão de Brunna e calcinha, enquanto a loira vestia apenas o moletom vermelho.

-Ludmilla: Obrigada, por tudo, de verdade. - sorriu tímida. - Por me alegrar nos primeiros dias e por me animar agora. Por se preocupar comigo e por estar sendo uma pessoa incrível. - concluiu corada.

-Brunna: Eu estava em dias horríveis, cansada e sem ânimo. Eu quem te agradeço. - sorriu boba - Agora precisamos dormir, Lud.

Ludmilla deitou do lado esquerdo da cama, mas quando viu Brunna se afastar puxou o braço da loira a trazendo pra si.

-Ludmilla: Foi me buscar, agora tem que me aturar. - disse baixinho e sorridente.

-Brunna: Com prazer. - concluiu.

A loira repousou a cabeça sobre o peito da morena enquanto recebia um leve carinho nos cabelos loiros espalhados por ali. Estavam cobertas por um grosso edredom e se aninharam mais ainda ao corpo da outra.

-Brunna: Boa noite, Lud.

-Ludmilla: Boa noite, Bru. - deixou um beijo demorado no topo da cabeça da loira.

Brunna circulou os braços por sua cintura e aconchegou-se ali, pareciam se conhecer a anos... a segurança, o carinho, o respeito era incrível.

(...)

Na manhã seguinte, tomaram banhos separados erápidos, um café da manhã preparado por Ludmilla e logo saíram em direção aofórum.

(Fingi que o cabelo da Bru é loiro nessa foto)

As duas chegaram e ficaram em uma parte mais afastada do fórum, recapitulando algumas perguntas possivelmente questionadas a Ludmilla pelo advogado de Gabriel. Enquanto Brunna conversava com Ludmilla, Gabriel passou com um sorriso debochado no rosto enquanto encarava a advogada, Ludmilla achou estranho, mas assim que Brunna olhou para trás... estava seu maior ódio, caminhando em sua direção.

Patrícia Cristina

Já que Gabriel teria mínimas chances, encontrou o ponto fraco de Brunna para desestabiliza-la.

-Ludmilla: Brunna, está tudo bem? - questionou segurando no pulso da loira.

A loira travou o maxilar e olhou nos olhos de Ludmilla.

-Brunna: Eu preciso sair daqui! - disse quase em um sussurro. Ludmilla assentiu e segurou na mão da loira enquanto caminhavam para se afastar, para o lado esquerdo do fórum exatamente, onde não havia ninguém.

-Brunna: Se nos filmarem de mãos dadas vão especular coisas. Se não quiser sair em sites de fofocas, é melhor soltar. - disse quanto tinha o olhar erguido, observando parte do gramado do lado esquerdo do fórum.

-Ludmilla: Não me importo com especulações. - disse rápido - Você esta bem?

-Brunna: Eu não sei... - disse com os olhos marejados - O Gabriel encontrou meu ponto fraco.

Ludmilla olhou para a loira demonstrando o quanto estava confusa.

-Brunna: A Patricia, advogada dele, foi a mulher que me destruiu a 4 anos atrás. - disse seria. Ludmilla a olhou, por dentro sentia o medo de Brunna ter uma recaída e voltar para a loira caso ainda sentisse o mesmo. - Eu estava prestes a pedi-la em casamento, mas... - O cérebro de Ludmilla trabalhava rapidamente, porque tanto medo? - Quando eu cheguei em casa, ela tinha ido embora. Me deixando apenas uma carta, dizendo que eu era insegura o suficiente pra ela não ficar. - sorriu fraco. Ludmilla havia acabado de decidir. Por mais que fosse difícil, lutaria por Brunna, já estava apaixonada... não dava pra negar.

-Ludmilla: E vê-la agora te abalou... - disse baixo.

-Brunna: Mas está tudo bem, não vai interferir no seu processo. - disse séria - Me desculpa, meus problemas pessoais... - foi interrompida.

-Ludmilla: Eu me importo com você. - disse rápido, fazendo a loira abaixar o olhar. - Podemos conversar depois que saímos daqui. Mas agora quero que olhe para mim! - falou tocando o rosto da loira. - Eu quero que entre lá e mostre a ela do que é capaz, de que você não é fraca o suficiente pra que ela te abale. Você precisa mostrar que não vive mais nessa sombra que ela criou pra você.

-Brunna: E depois que tudo acabar? Você vai embora... - disse baixo enquanto sorria fraco com os olhos marejados.

-Ludmilla: E quando tudo acabar... Eu estarei bem aqui, esperando por você. - disse levantando o rosto de Brunna novamente. - Me apeguei a você de alguma forma, e não quero que isso acabe. - concluiu.

Ludmilla segurou o rosto da loira com carinho e selou seus lábios em um selinho demorado. Não havia ninguém além das duas na parte em que estavam, já que era mais afastado. Permitindo-as privacidade.