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Bem-vinda a Forks.

Narrador pov:

Dean equilibrava um café juntamente com um chocolate quente e rosquinhas enquanto subia as escadas do hotel, havia deixado Olympia dormindo já que sabia que a mesma havia ido dormir muito tarde, já imaginava que a irmã tinha feito isso apenas para não ter mais um de seus pesadelos e preocupa-lo, quase que a obrigou a ir dormir. Logo chegou na porta do quarto e pegou a chaves de seu bolso, destrancando a porta e encontrando Olympia sentada na cama com lágrimas caindo sobre suas bochechas, fechou a porta e colocou as coisas sobre a mesa, andou até a garota e se sentou ao seu lado colocando seu braço sobre os ombros da mesma a trazendo para perto.

— Ssh, está tudo bem Oly. - Dean começou a passar sua mão sobre o cabelo da irmã enquanto a sentia tremer levemente.

— Esse remédio não ajuda de nada. - Olympia murmurou escondendo seu rosto no peito do irmão.

— Podemos conseguir alguma outra coisa quando chegarmos em Forks. - Se separou um pouco da irmã para poder olhá-la. - Só mais um pouco e eu vou dar um jeito, está bem? Eu sempre resolvo, não é? - Perguntou tentando soar divertido e a garota assentiu passando sua canhota sobre o seu rosto, Dean sorriu minimamente e a soltou. - Que tal você ir trocar de roupa? Comprei chocolate quente para você e rosquinhas. - Olympia concordou e tirou as cobertas de cima de seu corpo, se levantou pegando sua bolsa em seguida e andou em direção ao banheiro, Dean suspirou e passou a mão sobre seu rosto, se Castiel estivesse o respondendo talvez conseguisse ajudar Olympia, mas nem um sinal aquele desgraçado o respondia, pensou Dean irritado.

Olympia pov:

Como eu odeio isso, eu só queria dormir em paz, apenas isso, mas parece que é um imenso sacrifício. Respiro fundo colocando a mochila sobre a privada e começo a tirar a minha roupa, em seguida entrei para baixo do chuveiro ligando a água no morno, fechei meus olhos deixando que a água caísse sobre o meu rosto, voltei a abri-los passando minhas mãos sobre meu rosto e peguei o shampoo o passando em meu cabelo fazendo o máximo de espuma que conseguia. Logo começo a tirar toda a espuma e assim que termino, fico me ensaboando deixando que alguns pequenos bocejos escapassem. Será que se eu tomasse algum remédio para dormir, iria adiantar?! Talvez eu consiga alguns. Depois de alguns minutos, desligo o chuveiro e puxei a toalha a enrolando em meu corpo, sai de dentro do box e paro em frente a pia, pegando minha escova de dentes e botando pasta e a levo até minha boca e escovo meus dentes enquanto me olhava no espelho fazendo algumas caretas, cuspi a pasta e enxaguei minha boca em seguida, limpo minha escova e a guardo já que não iria precisar mais dela. Em seguida tiro da mochila uma blusa preta com mangas, uma calça jeans claro rasgada e um casaco um pouco grosso xadrez de cor roxa, parecia que cada vez que nos aproximávamos de Forks, o clima ficava mais frio. Pego minhas roupas íntimas e começo a me vestir, estávamos perto de Port Angeles, passaríamos pela mesma ainda hoje e chegaríamos em Forks, tirando meus momentos de pesadelos, a viagem estava sendo bem divertida.

Eu e Dean conversamos bastante sobre a viagem e até relembramos alguns momentos do passado, durante duas noites tivemos que dormir dentro do carro na beira da estrada por não achar nem um hotel ou motel por perto, mas não deixou de ser legal. A gente se entupia de comida sempre que achávamos algum restaurante ou lanchonete que fosse do nosso agrado, claro que ele reclamava quando eu pedia alguma salada para a viagem, mas o que posso fazer? Sam me acostumou a comer verduras. Demoramos um pouco para chegar até, já que hoje já era sábado e saímos na quarta-feira, mas tudo bem, faria tudo de novo se pudesse. Me olhei no espelho ao me ver já arrumada e com as minhas coisas guardadas, abri a porta e sai do banheiro encontrando Dean mexendo no notebook enquanto tinha a boca toda suja de chocolate por conta da rosquinha que estava em sua mão.

— Quer um babador bebê? - Perguntei com sarcasmo e o mesmo revira seus olhos, me fazendo soltar um riso baixo, me aproximei da mesa que ele estava e peguei uma das rosquinhas. - O que está fazendo? - Como um pedaço enquanto me sentava na cadeira ao seu lado, o vejo engolir o pedaço em sua boca e me virar a tela do notebook, nela tinha a imagem de uma casa em tom pastel, era até que fofa.

— Achei essa casa pra você, é barata e fica um quase nada longe da escola. - Dean morde mais um pedaço da rosquinha enquanto o olhava com a sobrancelha erguida.

— Eu vou ter uma casa? - Perguntei após engolir o pedaço em minha boca.

— Achou que iria morar em um hotel? - Me devolveu com outra pergunta e com a sua boca cheia de comida, mas é um porco mesmo, peguei um dos guardanapos e me aproximei dele limpando sua boca.

— É que não achei que você me daria uma. - Digo terminando de limpar a sua boca e amasso o guardanapo o deixando sobre a mesa.

— Você tem que parecer uma pessoa normal, então é melhor ter uma casa e ela é mobiliada, claro que são coisas de segunda mão, mas estão em bom estado. - Ergueu seu último pedaço de rosquinha e colocou na boca em seguida, até que ele estava certo nesse ponto, o vejo limpar as mãos umas nas outras enquanto eu comia mais um pouco. - E outra, ela tem um porão, é sempre bom ter um. - Ele apontou seu indicador para mim enquanto pegava seu copo de café, bom... ele estava certo novamente, já que nunca se sabe quando se precisa tirar informações de algum monstro. - Já falei com o corretor e ele consegue nos mostrar ela hoje mesmo.

— Não quer olhar amanhã? - Termino minha rosquinha e pego um guardanapo para limpar minhas mãos e boca.

— Melhor hoje, pois amanhã iremos comprar algo que você precise e segunda irei até a escola fazer a sua matrícula. - Assenti enquanto pegava meu chocolate quente.

— Posso ir com você? - Tiro a tampa do meu copo e assopro um pouco antes de beber o conteúdo quente.

— Pode, daí você já vai poder memorizar o caminho. - Faço uma leve careta ao queimar um pouco a minha língua e Dean acaba rindo enquanto me olhava.

— Não ri, idiota. - Resmunguei puxando o ar pela boca para amenizar um pouco a ardência.

— Bom, vou levar nossas bolsas para a baby e pagar o hotel, leva as rosquinhas e pé na estrada. - Concordei o vendo fechar o notebook e se levantar com o mesmo embaixo de seu braço, estava começando a sentir um leve frio na barriga, logo eu ficaria sozinha em uma cidade nunca vista por mim, mas vai ser bom, tenho certeza disso, eu espero... eu rezo na verdade.

[...]

Olhava pela janela do carro e tive tempo de ver a placa de boas-vindas de Forks, o céu estava nublado e o frio impregnava na alma, tivemos até que parar para pegar mais um casaco que estava no porta malas, o friozinho desgraçado. Passamos em uma cafeteria e pegamos dois cafés, já que Dean falou que eu já havia comido muito açúcar, até parece. Agora estávamos indo de encontro com o corretor que nos esperava em frente a casa, tinha tanto verde que me sentia uma formiga andando pela grama, a altura eu já tinha mesmo, suspirei fraco observando as pequenas e fracas gostas de chuva que caiam sobre o vidro, levo meu copo até meus lábios e bebo um pouco me sentindo mais quentinha por um momento, de repente meus pensamentos foram parar em Castiel, desde do dia que falei que queria ficar sozinha. Ele não apareceu mais, talvez seja por conta do Dean estar dormindo no mesmo quarto do que eu, ainda quero entender o motivo dele não contar pro meu irmão que anda aparecendo e ainda mais aparecendo para mim ele. Logo vejo várias casas, uma do lado das outras e o carro vai diminuindo a velocidade até parar em frente a casa da foto, um homem baixinho barrigudo que vestia um terno preto com um sobretudo da mesma cor, estava em frente a casa com um grande sorriso em seu rosto.

— Pronta maluca? - Solto um riso baixo e concordo, abri a porta do carro e saio do mesmo colocando o capuz sobre a minha cabeça. Fecho a porta e Dean dá a volta parando ao meu lado e andamos até o homem que logo se aproximou de nós com sua destra erguida.

— É um prazer conhecê-lo senhor Singer, sou Jeremy Miller. - Dean apertou sua mão com um leve sorriso e o homem se voltou para mim. - E você é a senhora Singer? - Perguntou apertando minha mão e fiz uma careta.

Cristo. - Balanço minha cabeça em negação e quando não vejo nada de estranho, continuo. - Sou irmã dele.

— Ah, claro, me desculpem. - Respondeu envergonhado e soltei um riso baixo.

— Está tudo bem.

— Bom, vamos entrar. - Indicou com a cabeça em direção a porta e nos deu as costas para abrir a mesma.

— Eu já tinha feito isso por telefone. - Dean sussurra para mim e revirei os olhos.

— Como se por telefone desse para ver muita coisa. - Sinto um tapa em minha nuca e resmungo, Dean passa pela minha frente enquanto o fuzilava com o olhar, logo o segui e entramos na casa.

— Bom, a casa possui apenas um andar, aqui é a sala. - Olho em volta, a sala possuía um sofá de cor clara junto com uma mesa de centro e balcão para a televisão, um pouco perto de onde dava para se notar ser a cozinha, havia uma porta com uma tranca sendo presa por um cadeado. - Mais aqui fica a cozinha, tem espaço o suficiente para uma mesa, a antiga moradora preferiu levá-la. - O mesmo se explicou, os armários eram de cor amarelada mas não era uma cor enjoativa, olha só, uma geladeira, legal. - Venham comigo.

— Cara animado. - Sussurrou Dean me olhando e concordei, mas com certeza é tudo bajulação.

— Aqui é a lavanderia, tem uma máquina de lavar e outra para secar, já que nem sempre o tempo está bom para isso.

— O tempo sempre fica assim? - Perguntou Dean enquanto colocava as mãos em seus bolsos.

— É raro quando abre o sol, é uma cidade bastante chuvosa.

— Certo. - Voltamos a andar e entramos em um pequeno corredor, logo o homem abriu uma das três portas.

— Este é o quarto principal e o outro para hóspedes, os dois são iguais, a diferença é que este é maior. - Observei o mesmo, uma cama de casal, uma cômoda de cor marrom e um pequeno closet, pequeno mesmo. - A casa possui um único banheiro que fica no final do corredor, possui água quente e não precisa se preocupar com que ela acabe.

— Legal. - Murmuro e o senhor Miller sorri de forma orgulhosa.

— Vocês irão morar juntos?

— Não, apenas minha irmã, ela quer a famosa liberdade sabe, coisa de adolescente. - Dean dá de ombros e reviro meus olhos de forma discreta enquanto o senhor Miller ria.

— Entendo sim. Bom, a senhorita irá gostar daqui de Forks e principalmente da casa, ela possui até um quintal com visão para a floresta. - Sinistro, pensei colocando um sorriso em meu rosto. - E todas as pessoas desta rua são muito amigáveis, principalmente o chefe Swan.

— Quem seria esse? - Perguntou Dean enquanto trocava seu peso de perna.

— É o xerife da cidade, então a senhorita não teria que temer nada. - Com toda certeza que não, não é como se tivesse monstros prontos para arrancar um pedaço meu por aí.

— Com toda certeza eu me sinto até mais segura assim. - Vejo por canto de olho, Dean reprimir uma risada e forçar uma falsa tosse.

— Então maninha, o que achou da casa?

— Eu gostei, ela é adorável e iria adorar morar nela. - Falei de forma gentil e calma, dava para sentir o senhor Miller esbanjar orgulho, provavelmente não era sempre que alguém se mudava para cá.

— Bom, ficaremos com ela então.

— Ótimo, ótimo, ótimo. - O senhor Miller se aproximou enquanto retirava a pasta de baixo de seu braço. - Apenas irei precisar de algumas assinaturas e documentos, se quiserem, já posso entregar a chaves da casa para não terem que ficar em algum hotel.

— Mas não teria problema senhor Miller? Eu e minha irmã não queremos que isso lhe prejudique. - Meu irmão deveria ganhar um oscar por esse teatro todo.

— Claro que não, além do mais, o lugar mais perto que vocês poderiam achar para dormir seria em La push, seria cansativo para vocês.

— Disso eu tenho que concordar com o senhor. - Dean tinha um sorriso amistoso em seu rosto. - Bom, vamos assinar esses papéis e quando a escritura ficará pronta?

— Provavelmente na segunda-feira no final da tarde ou terça-feira de manhã, tem algum problema?

— Claro que não, tudo no seu tempo senhor Miller. - Mordia o interior de minha bochecha balançando minha cabeça em negação de forma discreta, logo sinto meu celular vibrar em meu bolso e o pego vendo o número de Ben no visor.

— Maninho, vou atender seu enteado.

— Beleza. - Ando em direção a porta e saio da casa atendendo a ligação em seguida.

— Oi Ben.

— Oi Olympia, como vocês estão?

— Estamos bem, acabamos de chegar em Forks e estávamos vendo uma casa. - Digo enquanto arrumava o capuz. - E vocês, como estão?

— Estamos bem também, Dean vai deixar você ter uma casa? Que perigo.

— Ei, eu sou muito responsável. - Escuto sua risada do outro lado e reviro meus olhos. - Não ria pirralho.

— É mais forte do que eu, ai, minha mãe quer falar com você.

— Passa aí pra ela, foi bom falar com você pirralho.

Com você também Liz. - Ben murmurou entre risos, mas que peste esse guri.

— Oi querida.

— Oi Lisa, como está sendo suas férias do Dean? - Pergunto a ouvindo rir.

— Estão bem tranquilas. - Respondeu em tom divertido. - Ouvi você falando que já chegaram em Forks, como se sente sobre isso?

— Com muito frio, o cidadezinha gelada. - Solto um riso baixo sendo acompanhada por ela, mas logo seu riso vai cessando.

— E como você está?

— Estou bem.

— Como você realmente está? - Abaixo o olhar por um momento e faço um estalo com a minha língua.

— Eu tô legal, não tem com o que se preocupar. - Escuto um suspiro vindo da mesma.

— Está bem, diga para Dean me ligar depois que vocês se desocuparem.

— Vou pedir sim, até mais Lisa.

— Até querida. - Finalizo a ligação no exato momento que Dean saia com o senhor Miller, rindo ainda por cima.

— Tudo certo? - Pergunto ao me aproximar dos dois.

— Tudo sim, já entreguei as chaves para o seu irmão e no chaveiro possui a chave que destranca o cadeado da porta que leva ao porão, seu irmão falou que não precisavam ver então...

— Não se preocupe senhor Miller, irei dar uma explorada na casa mais tarde. - O escuto rir e concordar em seguida.

— Certo, irei indo e seja muito bem-vinda a Forks senhorita.

— Obrigada senhor Miller. - Acenei para o homem o vendo se afastar e me voltei para Dean, nós encaramos por um momento e acabamos por rir. - Vamos tirar as coisas do carro senhor Singer?

— Claro que sim, senhorita Singer. - Rimos novamente e nos dirigimos para o carro, isso era bom, um clima mais agradável. Tiramos as poucas caixas que havia dentro do carro e as deixamos na sala, logo já estávamos do lado de fora novamente e dentro do impala indo em direção ao pequeno centro da cidade, precisávamos comprar algumas coisas, como alimentos e cobertas mais quentes, nesses momentos que agradeço pela existência de clonagem de cartões de crédito, fomos ao supermercado e compramos coisas que poderia cozinhar se precisasse, claro que em nenhum momento deixando de levar algum doce, por incrível que pareça conseguimos pegar uma torta de pêssego, a última que tinha, quase nos atropelamos para conseguir pega-lá antes de alguém. Depois das compras terem sido feitas, fomos para uma loja que vendia coisas para casa, compramos algumas cobertas e travesseiros. Eu já tava querendo desistir de viver, quando Dean anunciou que iríamos comer em uma lanchonete, nunca fiquei tão feliz por ouvir ele falar algo. Agora estávamos aqui na lanchonete, bom... eu estava dentro dela em uma das mesas esperando os nossos pedidos e Dean conversava com alguém no celular, talvez fosse a Lisa, já que tinha avisado para que ela queria conversar com ele. Mexia de forma distraída os guardanapos e sinto meu celular vibrar, o tiro do meu bolso vendo que era um número desconhecido, atendendo ficando em silêncio.

Olympia?

— Cass? - Pergunto surpresa ao ouvir a voz do anjo. - Por que está me ligando?

— Dean ainda está com você. - Ergo minhas sobrancelhas, óbvio que era isso. - E você queria ficar sozinha, não achei que deveria encontrá-la. - Passo minha mão livre sobre meu rosto, e dou uma olhada para ter certeza que Dean ainda estava do lado de fora.

— Eu apenas estava irritada naquele dia, por isso falei aquilo.

— E agora você não está mais? - As vezes me sentia falando com uma criança.

— Não Cass, não estou mais irritada.

Bom. - O mesmo fica em silêncio e fico fazendo movimentos de oito com meu indicador sobre a mesa.

— Quer falar mais alguma coisa Cass? Pois o Dean logo pode aparecer e não sou a pessoa que mais usa o celular para falar com alguém.

— Não, não tenho.

— Bom, então até qualquer hora.

Até. - Falou por fim finalizando a ligação, fiz o mesmo e guardei o celular, o anjinho estranho. Suspiro e a garçonete apareceu ao meu lado com um sorriso gentil em seus lábios enquanto depositava as bandejas sobre a mesa.

— Aqui está, se precisar de mais alguma coisa é só me chamar.

— Claro, muito obrigada. - Devolvi o sorriso para a mesma e assim que ela se afastou, peguei uma das minhas batatas e assoprei a mesma antes de comê-la. Em seguida escuto o barulho do sino da porta e ergo meu olhar encontrando Dean entrando enquanto guardava seu celular no bolso, em seguida se sentou em minha frente. - Era a Lisa?

— Não, consegui uma consulta para você. - O olhei confusa e peguei a mostarda a colocando sobre as batatas.

— Consulta?

— Sim, quinta-feira às 16:30 da tarde, no hospital de Forks com a doutora Linda, ela é psiquiatra. - Assenti já entendo o que se referia. - Vai ser só uma conversa, nada de mais.

— Disse isso quando me levou naquele psicólogo. - Falei de forma despreocupada mas com uma leve petulância enquanto comia mais uma batata, escuto seu suspiro e o olho.

— Olha, sei que é horrível, mas vai ser bom para você. - O mesmo rouba uma batata minha e a come. - Você viu muita coisa e passou por muita coisa, é normal precisar de ajuda.

— É... - Mas nem por isso você também está indo fazer algo desse tipo, a única diferença é que no meu currículo não está marcado ida para o inferno, penso enquanto comia mas apenas acrescento. - Vai ser interessante talvez.

— Isso ai, pirralha. - Ele leva sua mão livre para o meu cabelo e o bagunça, sorri minimamente e pego meu hambúrguer. Uma caçadora indo em uma psiquiatra, irônico.

Segunda-feira.

— Anda logo pirralha ou vou te deixar! - Escuto a voz alta de Dean enquanto colocava meus novos tênis, segunda-feira finalmente tinha chegado, domingo tínhamos ido para Port Angeles e comprado dois tênis novos, um era preto e outro roxo escuro que eu estava usando no momento, aproveitei para pegar mais dois casacos quentinhos, um azul bebê e outro verde escuro. Compramos matérias escolares também e tivemos uma noite de pizza enquanto assistíamos filmes do Scooby-Doo.

— Se acalma, já estou indo. - Digo enquanto terminava de amarrar meus tênis, fiquei quase toda a noite acordada para não ter pesadelos e acabei acordando atrasada para irmos na escola.

— Tá fabricando as suas coisas? - Bufo enquanto pegava meu casaco roxo e corro para fora do quarto após pegar meus óculos, os coloco e visto o casaco em seguida. - Finalmente. - Reviro meus olhos por baixo dos óculos. - Vai mesmo sair de óculos? Está até chovendo.

— Vamos logo Dean. - O mesmo dá de ombros e saímos da casa em seguida, andei até o impala e entrei nele o mais rápido possível me encolhendo levemente, Dean logo estava no lado do motorista, colocou a pasta com os documentos sobre o painel e ligou o carro dando partida, fiquei olhando para frente para memorizar o caminho. - Você ainda vai ficar hoje?

— Já está me expulsando? - Perguntou divertido sem me olhar, o empurrei levemente pelo ombro rindo fraco. - Vou ficar até amanhã a tarde, quando você voltar da escola, será a minha motorista.

— Folgado. - Ele me olhou por um breve momento e acabei rindo ao entender o que ele queria dizer. - Completamente diferente, sai fora.

— Claro, com certeza. - Debochou e ri novamente, logo vejo dois carros passarem em alta velocidade por nós, acabei assobiando baixo. - O tal Swan está fazendo um ótimo trabalho ein.

— Qual é, você também está acima do limite. - Digo olhando para o medidor de velocidade.

— Ah cala a boca. - Ri voltando a minha atenção para frente. Ficava impressionada com o tanto de árvore que tinha por aqui, meu Deus do céu, se passaram no máximo uns 20 minutos e tínhamos chegado na escola. - Escola dos espartanos, ótimo nome. - Debochou Dean me arrancando uma risada e estacionamos no prédio que havia uma placa indicando ser a secretaria, descemos do impala e já pude sentir um vento forte bater contra mim, fazendo meu cabelo se bagunçar. - Samara, é você?

— Cala a boca, idiota. - Resmunguei rindo com o mesmo enquanto arrumava meu cabelo, andamos até o prédio e entramos em seguida, espero apenas que não demore muito, estou morrendo de fome já.

Narrador pov:

Um grupo de adolescentes, mais especificamente, de irmãos adotivos composto por duas garotas e três garotos, se encontravam encostados em seus carros enquanto conversavam e ignoravam os mesmos olhares de sempre sobre eles, o grupo possuía uma beleza nunca vista antes, muitos acreditavam que eles antes de irem para Forks eram modelos, suas peles completamente pálidas e seus olhos de cor de ouro derretido era o que mais chamava a atenção de garotas e garotos. Enquanto os mesmos conversavam um dos garotos do grupo que possuía um topete muito bem alinhado simplesmente se calou e virou seu rosto para a direção oposta.

— O que foi Edward? - Perguntou uma das garotas, Alice, está era baixa e possuía cabelos curtos e repicados, sua aparência poderia lembrar uma pequena fada.

— Tem alguém pedindo socorro. - Respondeu de forma séria tentando encontrar o humano ou melhor a humana, que pedia por ajuda entre lamúrias.

— Não tem ninguém pedindo por ajuda irmão. - Jasper, um garoto de cabelo um pouco comprido, com madeixas loiras e levemente onduladas e uma expressão de dor se pronunciou.

— Você deve estar lendo o pensamento de alguém Edward. - Especificou a outra garota do grupo Rosalie, está sim, todos tinham total certeza que fazia parte do ramo da moda, ela poderia muito bem ser confundida com uma modelo, possuía madeixas loiras assim como Jasper, mas diferente do mesmo, seu cabelo era liso.

— Mas por que o humano ficaria pedindo ajuda em pensamentos? - Perguntou o último garoto do grupo, Emmett, este tinha um corpo bem atlético e era bastante forte, possuía traços infantis.

— É uma humana e não sei porque faria isso, nunca ouvi essa voz antes. - Edward comentou o que acabou resultando em olhares confusos. - Está ficando mais alto. - Murmurou e então, o grupo pode ver um impala indo em direção a secretária, em seguida um cheiro de lavanda com um leve toque de jasmin se espalhou pelo ar do estacionamento, o cheiro simplesmente acalmou os cinco adolescentes, como estivessem sob efeito de alguma droga. - Mas o que...

"— Samara, é você?" - Conseguiram ouvir uma voz um pouco rouca masculina em tom de brincadeira.

"— Cala a boca, idiota." - Uma voz doce soou, mas não parecia irritada pois estava rindo junto com a outra.

— É ela... ela que estava pedindo socorro. - Edward olhou para os irmãos, mas todos estavam completamente confusos, a voz dela não parecia de alguém que precisava de ajuda.

— Uma aluna nova?! - Perguntou Emmett enquanto abraçava Rosalie por trás. - Você viu algo sobre isso Alice?

— Não, eu não vi nada sobre isso. - Respondeu a baixinha um tanto que frustrada, ela teria que ter tido alguma visão sobre tal acontecimento.

— Isso está muito estranho. - Murmurou Rosalie enquanto olhava por onde o carro havia passado.

— Com certeza está, vocês sentiram o cheiro dela?! Era como se fosse um calmante. - Emmett comentava e recebeu acenos positivos.

— Quem quer que sejam, estão emanando uma grande tristeza. - Jasper se pronunciou enquanto olhava para seus irmãos, logo o sinal foi tocado os tirando de seus pensamentos e extremas dúvidas.

— Vamos para a aula, quando chegarmos em casa conversamos com Carlisle sobre isso. - Rosalie encerrou a conversa, logo os irmãos começaram a andar para dentro da escola, mas o único que mais demorou para ir foi Edward, por que aquela humana pedia por socorro? O que estava acontecendo para receber apenas a sua voz?! O mesmo balançou sua cabeça para os lados para tentar espantar seus pensamentos e se dirigiu para entrada do colégio tentando focar em outra coisa.

Olympia pov:

— Suas notas são exemplares senhorita Singer. - O diretor comentou admirado enquanto olhava para os papéis em sua frente, claro que Dean deu uma mexida nisso mas eu realmente era inteligente, papai sempre me fazia ter aulas mesmo que não fosse para a escola e quando Sam voltou a caçar com a gente, ele me dava aulas, já que foi o único a ir para a faculdade.

— Obrigada senhor. - Dou um leve sorriso para o mesmo e me arrumei na cadeira, era para eu ter ficado esperando mas o diretor insistiu que eu participasse.

— Deve ter muito orgulho da sua irmã senhor Singer. - Falou assim que arrumou os papéis sobre a mesa e olhou para Dean.

— Com toda certeza, ela pegou toda a inteligência da família. - Reviro meus olhos de forma discreta.

— Bom, será uma honra tê-la estudando em nossa escola, possuímos um ótimo currículo com aulas avançadas. - Quando iria negar isso, Dean foi mais rápido.

— Ouvi falar muito sobre isso, tenho certeza que a Liz se dará muito bem. - Olhei para Dean ainda sorrindo mas querendo arrancar a sua cabeça.

— Ótimo, vamos preparar seus documentos senhorita, volto logo. - Assentimos para o mesmo que se levantava e saia em seguida, logo acerto um tapa com força no braço de Dean que reclamou passando sua mão sobre o mesmo.

— O que foi isso, maluca?

— "O que foi isso"? Aulas avançadas, sério? - Pergunto baixo um tanto que irritada.

— Você vai se sair bem, não tem que se preocupar.

— Bem, vai ser a marca do tapão que eu quero te deixar. - Cruzo meus braços enquanto me encostava melhor na cadeira enquanto ouvia o riso nasal de Dean, idiota.

[...]

O que eu fiz para merecer isso? Salguei a santa ceia, foi isso?! Já estava quase na hora do almoço, ainda não tínhamos saído daqui pois deu problema na impressora e precisavam dela para meu novo histórico e para os xerox, já estava ficando completamente emburrada.

— Eu to com fome. - Resmunguei para Dean e o vejo me olhar e em seguida olhar para o diretor.

— Ela poderia comprar algo na lanchonete da escola?

— Oh claro, me desculpem por toda essa confusão. - Tinha que se ajoelhar isso sim, penso e escuto o sinal novamente ser tocado. - Use isto. - O mesmo me entrega um adesivo dizendo "visitante". - Assim os professores não irão falar algo pensando que está matando aula ou qualquer coisa.

— Certo, obrigada. - Agradeço enquanto colava em meu casaco e deixava meu cabelo para trás, arrumo meu óculos e volto a olhar para Dean estendo a minha mão, ele bufou e puxou sua carteira me entregando o dinheiro.

— Trás algo pra mim também.

— Tá bom. - Guardo o dinheiro e saio da sala do diretor e ando até a porta que levava até os corredores do colégio, logo vi alguns alunos e comecei a segui-los, pude sentir alguns olhares sobre mim, mas preferi ignorar, logo avisto duas portas juntas e alguns alunos que estavam mais à frente tinham aberto e pude reparar ser o refeitório, glória a Deus.

Narrador pov:

"PAI, ACORDA POR FAVOR!"

Edward fechou seus olhos por um momento ao ouvir o grito estridente, dessa vez a voz era um pouco mais jovem, voltou a abrir seus olhos e ergueu seu olhar procurando em volta de forma discreta até seus olhos se focarem em uma garota que entrava no refeitório, dava para notar que a mesma era um tanto que baixa, usava jeans escuro quase preto, estava com um casaco roxo xadrez que parecia ser maior do que ela, em seus pés estava um all star de um roxo igualmente como o casaco. A mesma tinha cabelos castanho escuro quase preto e usava óculos de sol, algo que deixou o mesmo bastante curioso, já que não havia nem um resquício de sol.

— É ela. - Edward falou olhando em direção a porta atraindo a atenção dos seus irmãos que olharam para a garota a analisando.

— Olha só, alguém baixo que nem a Alice. - Brincou Emmett enquanto observava a garota ir para a fila e olhar as várias coisas que tinha ali.

— Alice, o que foi? - A voz de Jasper pode ser ouvida e a atenção foi voltada para a menor que tinha um olhar perdido, Edward não perdeu tempo em ler a sua mente.

"A garota desconhecida estava em um quarto de hotel junto a quatro outros caras, dois deles estavam de máscara e cada um segurava uma escopeta. Os outros dois apenas os olhavam, um deles possuía um cabelo um pouco grande e castanho escuro, ele estava usando seu corpo como escudo para proteger a garota que estava sentada atrás dele na cama, já o outro era loiro e falava algo que não se dava para ouvir, então os dois mascarados tiraram as máscaras e as jogaram no chão, falavam alguma coisa e então um deles apontou a escopeta para o moreno e atirou, a garota soltou um grito mudo enquanto olhava para o corpo, em seguida os atiradores falaram algo a mais e suas expressões eram assustadas e então atiraram contra o peito garota e em seguida contra o loiro."

— O que foi isso?! - Indagou Edward assim que a visão terminou e Alice o olhou horrorizada.

— O que vocês viram? - Perguntou Rosalie olhando entre os dois.

— A garota, sendo morta com mais dois homens com um tiro no peito. - Alice falou de forma baixa para que apenas eles ouvissem, ergueram seus olhos em direção a garota que sorria enquanto comia um pedaço de pizza e saia do refeitório com uma pequena embalagem em mãos, Alice olhava para a garota até ela desaparecer de sua vista, esse era o destino dela? Morrer por bandidos? Ou será que ela apenas estava na hora errada e no lugar errado? Muitas perguntas e sem nem uma resposta apareciam na mente dos cinco irmãos, precisavam entender nem que fosse uma mínima coisa, mas parecia que seria muito difícil de conseguir algo.











Para quem já assistiu a série devem saber que cena foi citada, apenas acrescei a menina Olympia.

E sim, Alice não está vendo o futuro dela e sim o passado, mesma coisa o Edward que escuta apenas palavras perdidas de coisas anteriores.

Desculpe por qualquer erro e obrigado por ler '-')sz

-W

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