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Capítulo 3

Subir as escadas do hotel até ao terraço com os sapatos que deixaram junto ao vestido não foi nada agradável. Contudo, saltos altos não atrapalham uma mulher, e muito menos se esta for uma assassina.

A noite já caiu faz tempo, e o sol deu lugar a um calmo céu de verão.

O terraço é largo e nas laterais tem vista para os prédios mais altos do centro da cidade. No meio está colocado um bar coberto por um toldo e mais ao fundo uma mesa de mistura.

Passo discretamente por entre o grupo de pessoas a dançar e dirijo-me ao bar. Depois, enquanto bebo um copo de sangria, estudo a situação em que me encontro.

Tendo em conta a forma como as mulheres à minha volta estão vestidas, o meu vestido não é nada demais. Os decotes largos, saias curtas e apertadas, ou até mesmo os saltos altos enormes, fazem com que eu pareça demasiado contida, o que dificultará o meu trabalho.

Sentada num banco do bar, observo os comportamentos à minha volta.

A proporção de mulheres para homens é de um homem por cada três mulheres. Há poucos deles a dançar, já que a maioria está no bar ou nos sofás encostados aos corrimões metálicos que rodeiam o terraço.

De acordo com a carta, o empresário Santoro está entre eles.

— Beleza?

Viro-me para o atendente do bar, indignada pela forma como me acabou de chamar.

— Aquele cavalheiro quer oferecer-lhe uma bebida. Pode ser qualquer uma à sua escolha. — De seguida aponta para um homem apoiado no balcão, que me pisca o olho.

Olho atentamente para ele. Tem um fato preto vestido, a barba por fazer e o cabelo penteado para o lado.

Pode ser o empresário que procuro, portanto decido arriscar.

— É um copo de sangria — digo assim que chego ao pé dele. Não posso misturar bebidas alcoólicas, senão perco a concentração.

Reage com um meio-sorriso e faz o pedido ao barista.

— Posso saber o nome da principessa?

— Nella.

— Prazer, sono Teodoro Lamberti. Mas trate-me por Teo.

O barista entrega-nos o meu copo.

— Por favor, coloque mais uma ou duas pedras de gelo, daquelas bem frias... é para uma mulher quente.

Aquelas palavras fazem-me sentir desconfortável, e ter que as suportar é a pior parte do trabalho.

O homem que tenho à minha frente não é quem procuro, portanto dou dois golos enquanto afasto a conversa fiada e dirijo-me à casa de banho.

Pelo menos um dos homens já sei que não é, mas não tenho tempo nem vontade de perguntar o nome a todos.

Dou uma vista de olhos por cada um deles, enquanto procuro pequenas características que o identifique. Por fim, decido apenas perguntar a uma senhora que já bebeu um pouco álcool a mais.

— Perdão, poderia ajudar-me?

— Diga.

— Poderia dizer-me qual destes cavalheiros é o senhor Santoro?

— Oh, querida — diz um pouco alto demais. — Está a ver aquele ali rodeado de vagabundas? Pois, é esse mesmo.

— Hum, obrigada — respondo, mas ela já está a avançar novamente em direção ao bar.

Ela apontou para um sofá onde está um homem que não diria ter mais que trinta anos, com três mulheres jovens e produzidas sentadas nos lugares ao lado dele.

Endireito as alças do vestido e avanço em direção a ele.

Agora mais perto, consigo ver as feições dele. Tal como a maioria dos homens aqui, tem um fato preto vestido. A pele é morena e o cabelo de um negro intenso. Usa óculos de aros pretos, e os olhos são escuros e marcantes.

Já poucos metros em frente ao empresário Santoro, virada ligeiramente para a direita para que não pense que estou a ir ter com ele, troco os pés e forço uma queda aparatosa.

As pessoas à minha volta perguntam-me se está tudo bem e aproximam-se de mim, mas ele chega primeiro por estar mais próximo.

— Está tudo bem? — pergunta-me ao dar-me a mão para me poder ajudar a levantar.

Si, grazie — respondo e lanço-lhe um olhar demorado e sedutor.

— Por que nome a deverei tratar?

— Nella, prazer em conhecê-lo, senhor...?

— Trate-me por Santoro, prazer — disse, já a acompanhar-me em direção ao sofá e fazendo um gesto para que as outras mulheres que lá estavam saiam de lá.

Elas olham umas para a outras de uma forma indignada, porém acabam por se levantar e dirigir-se a outro sítio.

— Precisa de gelo? Ou até mesmo que a leve para a clínica do hotel?

— Não é preciso, obrigada — respondo graciosamente enquanto penso no meu próximo passo.

Sentamo-nos os dois e ele começa a mostrar interesse.

— A senhora é daqui?

— Sou do sul de Itália, de Marsala. E o senhor Santoro?

— Bem me parecia que o seu sotaque não era desta zona. Sou de Bologna.

Um longo arrepio percorre-me a coluna quando penso no que estou prestes a fazer.

Terei que o matar.

Ele não fez nada contra mim, porém a ética de assassinos obriga-me a acreditar que ele merece esse final.

Mas, então, o que foi que ele fez?

Não faz parte do trabalho ganhar confiança com um alvo. No entanto, sou motivada pela curiosidade. Curiosidade essa que deveria ter aprendido a controlar.

Será que o que sinto é empatia?

Não, não pode ser. Tenho que saber evitá-lo. Esta é a minha profissão e deverei respeitar as ordens que me são dadas pelos meus superiores.

— Passa-se alguma coisa?

Acordo dos meus pensamentos e respondo sem pensar:

— Não me estou a sentir bem.

O que digo é verdade. Uma pulsante e improvável enxaqueca surge nas minhas têmporas.

— Com licença, venha comigo.

— Não é preciso, eu consigo fi... — Uma nova onda de dor interrompe a minha frase.

— Venha — ordena com um tom de voz grave e autoritário.

Ele dá-me o braço e seguimos até ao elevador como se não se passasse nada.

Chegamos até à zona de espera para os elevadores, onde não está mais ninguém.

— O elev... não... Eu ir... escadas.

Por mais que tente evitá-lo, cada palavra que digo piora o meu estado. Já dificilmente consigo manter os olhos abertos devido à luz dos candeeiros de teto.

— Por favor,  dona Nella, mantenha a calma.

Não percebo o que se está a passar comigo. Isto não deveria estar a acontecer e é algo para o qual nunca fui treinada.

Com a consciência que me resta, peço-lhe que me deixe no quarto.

Jamais poderia aceitar ir para a enfermaria, pois a arma que tenho na perna ficaria facilmente exposta.

— Tem a certeza que não quer ajuda médica?

Faço que não com a cabeça.

Tenho um trabalho para terminar ainda esta noite, por isso elaboro um novo plano enquanto esperamos pelo elevador.

Vou regressar ao quarto, guardar a arma e sair para ir à enfermaria tomar qualquer coisa.

Depois, voltarei ao quarto para buscar a arma e irei até à receção do hotel pedir que me informem qual o quarto do empresário Santoro com a desculpa de ter que lhe entregar algo.

Não é um grande plano, mas não consigo neste momento pensar em algo melhor.

— A sua pele está a ficar pálida. Esta situação não é comum.

— Não é nada de mais — digo.

— Confie em mim; estou a tirar um curso de enfermagem.

— Enfermagem? — pronuncio com dificuldade. — Mas o senhor não é empresário?

— O quê? Quem lhe disse isso?

E, inevitavelmente, todos os meus sentidos se perdem, fazendo com caia no chão já inconsciente. 


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