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Capítulo 26

Olá a todos!

Infelizmente algumas situações com a escola não me deram muito tempo para escrever. No entanto aqui está um novo capítulo fresquinho e com algumas surpresas. O próximo será muito mais importante, mas este ajuda a perceber a situação dos irmãos Santoro.

Espero que gostem! Boa leitura!

Maria POV

Bastou o meu irmão ir embora da mansão para o meu pai voltar. Porém, se a presença dele antes de tudo já era dispensável, passou a ser muito indesejada. O motivo? A forma como nos tratou a todos. Como puxou os cabelos da minha mãe bem à minha frente e a acusou de o ter traído com o mordomo. Como caminhou sem dificuldades e o fez sem a cadeira de rodas. Como me atirou contra o móvel e me disse que eu iria ser uma assassina controlada por ele.

De seguida, com a minha mãe ainda no chão com a maquilhagem borrada e os olhos vermelhos, meteu-nos aos dois num voo privado até à Bélgica. Lá, apresentou-me a SIAT, ou Sociedade Internacional de Assassinos Treinados. Com recurso à força, obrigou-me a aprender a disparar uma arma. Obrigou-me a dar um tiro na perna de uma pessoa inocente que ele dizia ter traído a Sociedade. Obrigou-me a não sentir nada.

Contudo, quando eu pensava que nada pudesse piorar, disse-me que eu só me tornaria uma boa assassina se fizesse tudo o que ele mandasse e deu-me uma primeira ordem. Matar o meu irmão.

Eu, Maria Epifania Santoro, com apenas quinze anos e uma arma na mão, tenho que matar a pessoa da minha família que mais admiro. O Pietro.

A arma treme na minha mão enquanto penso no quanto não quero fazer isto. O meu pai está louco. O meu pai está muito louco. Isto é doença.

— Maria, não... — Ele murmura ao olhar-me profundamente nos olhos, de tal forma que talvez seja capaz de ver a minha alma.

Eu não quero fazer isto. Não quero. O Pietro tem o meu sangue. Se o matar, um pouco de mim morrerá também.

Faço uma mira desajeitada e uma pequena pressão no gatilho que cria um estrondo ensurdecedor. De seguida, vejo o sangue no peito do meu pai. Não o quero matar, mas, entre ele e o meu irmão, escolho o Pietro vivo. O meu pai sempre nos abandonou, ao contrário dele, que me tentava explicar que eram aqueles negócios que nos metiam comida no prato. No entanto, se esses negócios estão relacionados com uma empresa cujo produto é a morte, não hesito em desejar que ele desapareça.

— Ah! Ah! Ah! — O meu pai começa a rir que nem um louco, deixando-me a mim e ao Pietro muito confusos. — Que burrinha, Maria! Que bu-rri-nha — soletra num tom de gozo. — Sabe o que tinha nessa arma? — Volta-se a rir. — Uma bala de borracha! Ah! Ah! Isto no meu peito é só um raspão. — Todo o meu corpo treme, e engulo em seco. — Levem-nos! Ponha-os numa cela! Tenho nojo só de olhar para a cara deles.

De seguida ele pega na bala e coloca-a com algum cuidado em cima da mesa. O meu olhar e o do Pietro cruzam-se mergulhados em receio. O meu rosto fica quente. Tremo. Volto a tremer. Até que um dos seguranças me pega ao colo e força a ir para uma sala no último piso escura, vazia e sem janelas.

Nenhum de nós os dois se atreve a olhar para aquela pessoa que já não posso chamar de pai.

A sala onde nos colocam apenas tem uma cama de ferro com um colchão e um lavatório de metal com um balde ao lado. Ficamos por alguns minutos sentados na cama, até que o Pietro interrompe o silêncio:

— Obrigada, Maria.

Volto a engolir em seco e fungo ao tentar controlar as lágrimas.

— Vamos morrer, não sabes? — digo. — Está tudo perdido.

— Ainda tenho esperanças.

— Pois, Pietro, tu tens sempre esperanças! Ele fez-me um teste para me tornar uma assassina. Um teste! E eu... bem, eu falhei.

— Há uma longa história por trás de tudo o que se está a passar. E o que tu sabes é só a ponta de um icebergue.

— Então podes contar-me por que raio é que ainda tens esperanças? Se visses a forma como o pai tratou a mãe, nunca dirias isso assim!

— O quê? O que é que aquele estupor fez à mãe? — Ele grita visivelmente transtornado e a abanar imenso os braços.

— Deu-lhe murros, espancou-a, atirou-a contra o chão. Pietro, foi como se o Inferno estivesse à minha frente. — Duas lágrimas deslizam pelo meu rosto, e limpo a voz. — Somos filhos de um Monstro. Ele é Satanás.

O Pietro levanta-se e leva as mãos à cabeça enquanto grita:

— Ele vai morrer. Estou a dizer-te, ele vai morrer. Morrer. Morrer. Morrer.

— Pietro, já olhaste à tua volta? Não temos forma de escapar.

Noto o sangue seco nas mãos dele.

— Sabes uma coisa, Maria? Eu queria ser enfermeiro para poder descobrir uma forma de curar pessoas com a mesma deficiência física que ele. Queria ser o melhor enfermeiro do Mundo. Com o dinheiro da nossa família, investiria numa cura, e ao mesmo tempo continuaria a ajudar pessoas todos os dias. — Ele hesita, porém continua com um enorme ódio na voz: — Tudo para descobrir mais tarde que a cadeira de rodas era uma farsa! Uma forma de manter a sua identidade oculta de tudo e todos. E sabes outra coisa? Ele nem é meu pai. E sabia. E nunca me disse. E agora mandou-te matar-me. E vamos morrer os dois porque não o fizeste.

— Mas não morremos ainda — digo.

— Ah, pois não. Porque ainda há uma esperança de escaparmos. Há uma esperança de que a justiça seja feita. E essa esperança é a Natália.

— Acreditas mesmo nisso? — digo com um tom cético.

— Se tu a conhecesses, Maria, verias o quanto ela é capaz disso. Disso e muito mais. A coragem que ela tem para lutar pela justiça não é deste Mundo. Ela é extraordinária. O tipo de pessoa que só se encontra uma vez na vida.

— Bolas, — murmuro — estás mesmo apaixonado.

— Era impossível não me apaixonar por ela. Ela é a mulher que quero para casar e criar os nossos filhos. Maria, eu nunca senti isto. Nem pela Sabrina.

— E sabes onde ela está?

— Não... mas diz-me uma coisa, Maria, porquê que ele fez isso à mãe?

— Ele acusou-a de ter conspirado a favor do assassinato dele. Até acusou a Sabrina de lhe ter encomendado a morte só para poder casar contigo.

— Pois é... no meio disto tudo nem voltei a estar com a Sabrina.

— Ela queria casar contigo. Ela queria imenso casar contigo.

— Entre ela e a Natália, quem escolherias?

— Ora, não é óbvio? — Ele faz que não com a cabeça. — A Natália. Ela parece simpática mesmo depois de tudo o que passou.

Ele sorri com alguma amargura e diz:

— Espero que não seja tarde demais.

Durante as horas seguintes, ele conta-me sobre o que é a Sociedade e qual a influência do nosso pai nesta. Depois, conta-me o que aconteceu na mansão sem que eu soubesse de nada. E termina a chorar de uma forma que nunca achei ser possível ao contar-me que talvez tenha sido por culpa dele que descobriram onde moravam os avós da Natália, que foram assassinados a mando da Sociedade.

Tentamos dormir para passar o tempo, mas é impossível. A nossa cabeça está cheia de demónios que nos perseguem e que tornam essa missão impraticável. Porém, pior que não conseguir dormir é a culpa. A culpa que o Pietro está a sentir pela morte dos avós da Natália e a culpa que estou a sentir por não o conseguir ajudar.

Já perto da madrugada e enquanto os nossos estômagos protestam de fome e da água enferrujada do lavatório, três tiros do lado de fora da sala deixam-nos sobressaltados.

— Diz-me que também ouviste isso — digo ao acordar e encadeada pela luz do teto que continua acesa.

De seguida, uma explosão faz com que todo o edifício trema e o meu olhar cruza-se imediatamente com o do Pietro, até que ele se levanta e diz:

— É ela.



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